sábado, 21 de novembro de 2009

A escolha é sua! (Deve ser)


Outro dia resolvi ficar em casa, sossegada, vendo alguns filmes no DVD. Um dos escolhidos foi CRIMES E PECADOS, filme de 1989, dirigido por Woody Allen. A certa altura do filme, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase ficou em minha mente e de lá nunca mais saiu. Compartilho, em parte, do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser. O destino, muitas vezes, pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazermos uma escolha, estamos descartando outra. E de escolha em escolha vamos construindo nossa vida.
No momento em que eu escolhi ser Professora, abri mão de muitas outras coisas que eu poderia ser, como: Bailarina, Psicóloga, Administradora, Publicitária, Cientista Contábil (como meu pai), Juíza de Direito, Pediatra (que foi um grande sonho de infância), entre outras. Deixei todas essas outras opções de lado e resolvi optar por Língua e Literatura Espanhola, primeiramente, e depois Letras, com habilitação em Português e Inglês. Mesmo tendo dons elogiados para Psicologia e Jornalismo, sendo esse o último curso alvo do meu desejo para muito em breve. Mas, ao me decidir pela licenciatura plena, abri mão de todas as outras vontades, porque a vida é feita de escolhas e precisamos renunciar algumas coisas para obter outras. Muitas vezes é necessário que chutemos pro ar tudo aquilo que no fundo não nos faz felizes, não nos agrada e isso vale para as pessoas que, de certa forma, ficam atravancando nosso caminho. Sim, eu poderia ser diretora de uma multinacional e mudar o rumo das coisas, levar uma empresa a ganhar milhões, porém, eu não quis. Eu escolhi ser Professora. Mesmo com as mazelas da profissão, ainda assim uma bela profissão e que me orgulha. Agradeço ao Prof. Tomás Maciel, que me fez enxergar que às vezes é preciso renunciar aquilo que não nos faz bem e buscar o novo.
Já parou para pensar que no amor também é assim? Ao longo da vida temos vários romances, machucamos algumas pessoas por causa de nossas escolhas, nos machucamos com a escolha dos outros... Mas nesse vai e vem de pessoas que entram e saem de nossas vidas, chega um momento em que temos que decidir entre passar o resto da vida sem um compromisso formal com alguém, pulando de pessoa em pessoa, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando já não são mais a ‘tal novidade’ ou casar e ter filhos. E através do casamento descobrir o universo maravilhoso de compartilhar uma vida, uma história com uma pessoa, com tudo que se tem direito, (briguinhas, contas a pagar, reuniões e festinhas na escola, reuniões e festa em família, almoço de domingo na casa da sogra, etc.) e ter a certeza que não será fácil, mas de que VAI VALER A PENA!
No fim, você que tem duas opções e que elas têm seus prós e contras:
Você pode ficar 20 anos com uma pessoa e descobrir mil maravilhas e, quem sabe, viver até mais, 40, 50, ou 60 anos, compartilhando filhos, netos, histórias... Uma vida! Ou você pode optar pela solteirice e lá pelos 40, 50 e poucos anos vá se orgulhar das ‘conquistas passageiras’ que fez e de não ter constituído uma família. Certamente seus dias acabarão em reuniões de trabalho e ao chegar em casa, e se ver sozinho, talvez se arrependa, ou não! Talvez você vá amar ser assim. Quem sabe você viaje pelo mundo e aos 80 anos acabe em uma dessas casas de repouso realizando várias atividades condizentes com a idade.
Ou quem sabe você chegue em casa e encontre a ‘mulher da sua vida’, aquela que sabe tudo de você e te receba do jeito que você tanto adora. Com filhos divertidos, bem educados e de cuca legal, cheios de histórias e com uma alegria que farão teus dias serem completos. Mas pense bem nessa escolha, pense bem em quem será o homem ou a mulher com quem dividirá sua vida. Pra quando chegar aos 40, 50 e poucos anos tenha certeza de que fez a escolha certa. Por favor, não magoe ninguém nessa procura e não tolere pessoas de coração leviano.
A vida é feita de escolhas e todas elas vêm carregadas de suas consequências. Por isso é importante, antes de conhecer o outro, se conhecer. Autoconhecimento é a chave para as boas escolhas. Ler muito e de tudo um pouco, conhecer outras culturas, novas pessoas, conversar, ouvir música, ouvir as pessoas, pensar, visitar novas tribos, novos mundos... E, não deixar de fazer as coisas das quais se tem vontade, mas com responsabilidade, sem ferir os limites ou individualidade do outro e sua mesmo.
Por fim, devemos reavaliar todas as nossas decisões, cuidar de nossas escolhas, com maturidade e responsabilidade. Pois tudo em nossa vida tem metade de chance de dar certo. A maneira como escolhemos, como nos dedicamos, é o que influenciará para alcançarmos o êxito e a felicidade plena.
A escolha é sua!
Srta. 'escolhendo' Marinho

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