sexta-feira, 28 de julho de 2006

Passado algum tempo...

Não deixes que eu desapareça da tua vida,
antes de precisares de mim.
Não deixes que eu vá embora,
sem antes saberes quem sou
e quais são os meus sonhos.
Quem sabe não são os mesmos sonhos que os teus?
Quem sabe?

Não me percas de vista nunca.
Pode ser que um dia
tu tenhas vontade de me ver.
Thalita Marinho
P.S.: Para quem tem me inspirado. Sim, é o mesmo dos textos anteriores!

Escrevo enquanto chove lá fora!
Nem sempre faz sol,
nem sempre chove,
nem sempre choramos quando precisamos,
nem sempre rimos quando queremos.
Mas podemos sempre contar uma história...

Autor Desconhecido


terça-feira, 25 de julho de 2006



PRECIPÍCIO
Temos um precipício a separar-nos as vidas.
De um lado eu grito por ti,
do outro sussurras algo que não entendo.
Por vezes soa-me a QUERO-TE,
outras soa-me a ESQUECE-ME...
Podia tentar saltar para o outro lado,
mas tenho medo.
Não é medo de cair...
A queda que se dane!
É medo de ouvir o que realmente tens para me dizer...
Thalita Marinho
P.S.: Sim, esse texto é para a mesma pessoa do texto abaixo. Assim como tantos outros que por aqui estão espalhados... :(

Como consegues deixar que a estupidez às vezes te domine? Tens a noção do quanto as tuas palavras por vezes magoam? Não, não tens. Mas um dia vais ter e vais ver o quão partido o meu coração se encontra... Tão partido que durante a noite grita e não me deixa adormecer. Grita porque está partido. Grita porque é burro. Grita porque ainda acredita em ti e porque ainda tem esperança.
Ontem à noite disseste-me coisas horriveis com a 'maldade' que só tu consegues ter nesses momentos, mostrando-te indiferente ao que eu sinto. E sabendo que o fazias continuaste a maltratar, embora eu tenha tentado manter o silêncio e pedir para que parasse. Por vezes prefiro ficar em silêncio. É a minha fuga. Mas no silêncio ecoam sempre as tuas palavras.
Hoje vou continuar escondida no silêncio. Não vou te dizer nada. Não vou te mandar mensagens. Não vou te incomodar. É a sensação que me dás, que te incomodo. Espero que te divirtas, sem mim... E se puderes, sente um bocadinho a minha falta, por favor.


Thalita Marinho
P.S.: Texto escrito no dia 24 de julho de 2006, às 23:48h, ao lembrar de uma certa conversa de esclarecimento de fatos 'esquecidos' no domingo...
À uma pessoa que está longe, mas que tem tanto medo quanto eu do que sente e que as vezes parece só ter como defesa me maltratar.

quinta-feira, 20 de julho de 2006


AO PEQUENO

Nem parece, mas já tem um ano. Como passa o tempo... Lembro como se fosse hoje quando o Roberto veio conversar comigo todo desconfiado para dizer que uma ex-namorada estava grávida dele. Sabe quando a conversa fica suspensa no ar, foi assim que a nossa ficou. A maior preocupação não era nem com o fato da notícia em sim, mas sim como reagiria a atual namorada dele.
Passado todos os sustos e surpresas, eu acompanhava a distância, e através das notícias que ele me dava, toda a gestação. Nossa, precisavam ter visto a alegria dele quando soube que seria um menino e logo escolheu o nome, chamaria EDUARDO. Ele tratou logo de apelidá-lo de PEQUENO. Era assim que também me referia, e refiro até hoje, quando falamos dele. Às vezes eu achava que ele num tava nem aí com gravidez, mas ele tem essa mania esquisita de esconder o que sente e estava sim muito feliz. Quem não ficaria?!
Engraçado foi no dia em que ele nasceu. Eu tava inda pra faculdade fazer minha matrícula, e durante a viagem o telefone fica com o sinal fraco, de repente o telefone dispara com o sinal de uma nova mensagem. Quando abri era do Roberto avisando que o Pequeno tinha acabado de nascer. Liguei e ele tava radiante...
Essa semana, dia 18 de julho para ser mais exata, o Pequeno Eduardo fez um ano. Hoje tenho acompanhado seu crescimento através de fotos e das notícias que o pai, cada vez mais babão, me dá. Ele está cada dia mais lindo. Uma das crianças mais lindas que eu já vi. Uma criança que mesmo à distância e sem nunca ter visto pessoalmente, eu tenho um carinho fora do comum. Pensei que poderia lhe dar um ‘cheiro’ no seu primeiro aniversário, mas algumas mudanças de planos me fizeram cancelar a viagem e deixar o convite para comemorar com ele para um outro momento. Mas não tem nada não, sei que muitas ocasiões virão para que eu possa estar perto desta criaturinha linda, que mesmo sem saber, eu amo demais. E rezo pedindo toda proteção do Divino para ele. Deixo aqui em minhas palavras então, uma homenagem, ao pai e filho, pela comemoração do seu primeiro ano de vida. Primeiro ano de muitos!

Thalita Marinho


P.S.: A foto postada, não é do Roberto e do Pequeno, mas resolvi colocar devido a semelhança com ambos.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

VÍCIOS DA ALMA (5)


DECEPÇÃO. [Do lat. deceptione.] S.f. 1. Malogro de uma esperança; desilusão; desengano; desapontamento. 2. Surpresa desagradável; desapontamento. 3. Contrariedade, desgosto: Você só me dá decepções. ... (Dicionário Aurélio)
Decepção...vem principalmente quando não espero ou quero! Tá tudo bem! Vai ver que é assim pra todo mundo. Sentimento ruim esse, vem sempre quando estamos distraídos ou mesmo muito empolgados a espera de algo grandioso. Tenho me decepcionado com muita facilidade, com as coisas, com os sentimentos, com as pessoas... Eu confio demais, acredito demais, espero demais e quando as coisas não saem como eu espero a decepção vem fácil. Gostaria que não fosse assim! Mas sei que não são as pessoas que precisam mudar, na verdade sou eu. Talvez se eu deixar de ser mais otimista em relação a tudo ajude.
Nos últimos meses me decepcionei com quase tudo, com a política, com a profissão, com a faculdade, como o movimento estudantil, com algumas amizades, com meu coração e, agora recentemente, até com a seleção canarinha. A pátria de chuteiras? Não! Talvez chuteiras, sem pátria. Por quase um mês todos nós esquecemos a roubalheira da política, a eficiência e terror do PCC, as altas taxas de juros, os inúmeros impostos...todo mundo vestido de Brasil. Até que, em 90 minutos, veio a decepção total. Paramos todos, mais de 180 milhões de brasileiros, perplexos diante de televisores, muitos desses comprados em várias prestações só para ver a copa, o quadrado mágico...magia de araque. Quem sabe daqui a alguns dias o Mister M não aparece no Fantástico mostrando como fomos iludidos pelo quadrado mágico? E porque será que precisamos da copa para lembrarmos que somos brasileiros? Porque não reagimos aos desmandos de nossa política da mesma forma que reagimos com a eliminação por 1x0 na copa do mundo.
Devíamos reagir, como fizemos nos aeroportos do Rio e São Paulo, como fizemos na saída dos jogadores e comissão técnica na Alemanha. Devíamos nos vestir de Brasil e irmos todos, de braços dados, para a porta do congresso nacional, para a rampa do Planalto, para as sedes das administrações estaduais e municipais. Vamos lá dizer que não estamos gostando dessa política ‘comprada’, que assim como no futebol vem de maneira apática. Eles estão com os milhões nos bolsos, dando festas como se nada tivesse acontecido, num altar onde nós os colocamos como semi-deuses. A copa terminou, as eleições são daqui a 3 meses e nós vamos participar, acreditar e nos acomodar. Quanta decepção estampada nação. Mas tem nada não. Prometemos que agora tudo vai ser diferente, mas daqui a 4 anos a maioria de nós vai estar vestido de Brasil torcendo por mais uma seleção brasileira estrangeira, é, porque a nossa pátria de chuteira vive em outra nação, nem sabe mais o que é feijão e recebe seus salários em euros.
Bem, não sei vocês mas eu já me decidi. Na próxima eleição eu voto nulo e agora só torço pra França. Au revoir!

Thalita Marinho
continua...