sábado, 25 de julho de 2009

Há dias que vejo o sinal fechado e já não sei se fui eu ou tu

Respirei fundo havia dias que eu não fazia isso. Tem sido dias estranhos, tumultuados... Fechei os olhos, mais por ser um conceito bonito e não tanto porque me agrada. Abri os olhos. Decidi agora que só farei aquilo que me agradar. Eu gosto de escrever, muito mais até do que falar. Escrever sobre coisas que guardo dentro de mim. Escrever sobre aquilo que escondo ou que, em vão, tento esconder. E escrevo sobre, sensações que sempre me causaste, o bem-estar que por vezes me proporcionasse, os dias compridos em que estavas perto, mesmo estando tão longe. Dias em que não sabia por que mas que eram tão felizes. E ignorância é felicidade! Porque agora sei o que me falta. Faz falta a graça das palavras que nos embalava pelas horas no computador, a revelar-se sempre tão cúmplices. E faz falta as mensagens trocadas a qualquer hora dia, noite ou madrugada fazendo parecer que essa distância geográfica não nos separa. É aquele gostar por gostar, ou podemos dizer o amar pó amar, o gostar sem saber a razão. O amar sem saber a razão! Gostar, amar, porque sim, porque faz bem, porque alegra a alma. Porque sorrio abertamente, porque fico em festa quando te vejo chegar.
Encho o peito de ar, não porque ele me falta, mas porque me faltas tu.E de repente me escondo. Deixo de dizer o que me agrada, apesar de às vezes deixar, tão claramente, transparecer. Sustento o ar porque, se o solto, soltam-se com ele as mentiras que contarei à mim, para me convencer daquilo que nem tu pareces saber o que é e se sabe, renega. E como não estou falando nem ouvindo o que eu gostaria, aquilo que me agrada, não falo. Não escrevo. Aliás, escrevo, escrevo sim! Escrevo mas não é sobre os dias em que… Bem, dias nenhum. Não há dias nem tardes, nem sombra, nem música, nem mensagens trocadas ou gargalhadas. Há pedidos repetidos de desculpa, há sorrisos. Na verdade meias desculpas, meios sorrisos que escondem segredos. E o maior deles todos me faz encher o peito de ar. Não porque ele me falta, mas porque me faltas tu. Mas não encho. Não encho porque quando recomeço não faço aquilo que me agradaria.

Srta. 'esperando o sinal abrir' Marinho


terça-feira, 21 de julho de 2009

PRÉ-REQUISITO

Amo homens inteligentes, cada vez mais me convenço disso. Tudo bem, há quem goste, e eu me incluo nisso, de mãos bonitas, de olhos bonitos, de sorrisos bonitos... Mas inteligência é daquelas coisas que me deixa feito burro a olhar para o pasto, como dizem por aí. É partilhar e estimular o conhecimento, é ter diálogos pertinentes e interessantes, é aprender. E isso, convenhamos, também dá tesão. E se escreverem bem, realmente bem... nossa! Claro que há, também, outras coisas. Sim, eu sei que há!
Srta. Marinho

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O que acho perfeito sobre amizade (ou O que eu gostaria de ter escrito)



“Escolho meus amigos não pela pele, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus hábitos, fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Quero que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só ombro ou colo, quero sua maior alegria, amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice!


Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa ".
Oscar Wilde
À amizade!


Hoje é dia 20 de julho “O dia do amigo” você sabia? Descobri que ter amigo é muito mais do que eleger-se assim e ter que provar. Percebo, com certa sutileza, que sou abençoada pelos amigos que tenho, com quem posso compartilhar um pouco de mim. Ainda mais em dias atuais em que as amizades estão tão superficiais e passageiras. Algumas por puro interesse descarado em aparecer ao lado de alguém já conhecido do grande público, outras se chegam por interesse financeiro, e mais outras tantas razões que não me deterei em digitá-las.
Escrever sobre meus amigos ou para meus amigos sempre me causou muito prazer. Chegar aos 30 anos me trouxe ainda mais maturidade acerca das coisas da vida e me trouxe uma compreensão fantástica do que é ser amigo e do que ter amigos. Hoje meus amigos me trazem qualidade e não quantidade, agendas lotadas, MSN repleto... Tenho amigos que não conheço por completo, mas o que sei já me preenche, me agrada. Tenho amigos que são amigos, amigos que quero conhecer. Tenho amigos que me ouvem. Amigos que não me ouvem. Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos e não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
Fernando Pessoa uma vez falou: ‘A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.’
Amigo pra mim é terapeuta de plantão, que não cobra consulta nem pede hora marcada. É irmão que se escolhe, alma do mesmo sangue. Observador crítico de nossas falhas tanto quanto admirador confesso de nossas realizações. Amigo é o que se identifica naturalmente com a nossa procura. É afinidade tão rara de se achar.
Amigo é fundamental. Para jogar conversa fora ou filosofar, viajar no sonho ou cair na real, dar ou pedir um conselho, ver um caminho ou ver-se no espeho. Amizades contam-se nos dedos de UMA mão. Fortalecê-las está nas nossas.
Não sei quantos dos meus amigos lerão esse texto de hoje, sei que os que lerem e quando lerem, saber-se-ão aqui descritos. Porque amigo não necessita explicação.
Por fim, aprendi uma lição sobre amizade e como boa amiga que me considero, quero compartilhar com vocês. Pense em todos os lugares onde já morou, as escolas que frequentou, as cidades para onde viajou, as empresas para as quais trabalhou, os sites que visitou… Agora pense nas pessoas com quem conversou, com quem comemorou, com quem chorou, com quem construiu, com quem teclou… Não, os amigos não foram feitos para estar sempre por perto, mas para ser sempre lembrados. Por que você acha que amizade rima com saudade?


Srta. Marinho

Feliz aniversário, pequeno!

Quero começar esse texto pedindo desculpa! Desculpa por não ter publicado nada aqui no sábado ou mesmo ter mandado mensagem a teu pai felicitando pelo teu aniversário, como sempre faço. Não foi esquecimento... Apenas passei o final de semana sem acesso a computador, net, telefone...essas tecnologias que de alguma forma aproximam as pessoas. Então, com poucos dias de atraso, venho te desejar FELIZ ANIVERSÁRIO!
Já se passaram 4 anos... Nossa, como o tempo passa! Parece que foi ontem que teu pai me procurou, meio assustado, meio perplexo, e com uma felicidade ainda contida para me dizer que seria pai. Eu, aqui com meus sentimentos, acompanhei o ritmo dele e ansiava por cada nova notícia, desde o teu nascimento. Não sei se um dia vais ler esse texto ou mesmo outros que já escrevi aqui para ti ou para teu pai, mas sinto-me bem em escrevê-los. Considero-te como a um de meus sobrinhos, ou até mais, tamanho é o carinho que te tenho. Acompanho sempre tuas histórias e acho uma graça. Como quando convenceu teu pai a fazer batatas fritas as 22h, a Isadola, o primeiro gesso e o artista que virou dando uma nova pintura a ele todos os dias.
Admiro e acho lindo o carinho, amor, respeito que teu pai te tem e essa cumplicidade que sei que estão criando. Quase morro quando soube que havia sido mordido por um cachorro dias atrás ou quando machucou sério depois de uma queda em 2007. Vibrei quando teu pai ganhou tua guarda. Ri quando soube que estava fazendo judô para gastar um pouco da energia... Ri mais ainda quando lembrei das conversas que tinha com teu pai quando eu dizia que achava o máximo saber que era um ‘alemãozinho’ quem dobraria ele... Sempre digo que um dia vou te encher de cheiro, mas enquanto esse dia não chega [se chegar], quero te desejar tudo de bom.Fui à missa no sábado, mesmo sabendo que tenho vocês sempre em minhas orações, intencionei-as com mais força e fé. Pedi que Deus nunca deixasse de olhar por ti e que teu Anjo da Guarda nunca cochile. Pedi ainda que nunca deixasses de ser essa criança, esse menino ativo, alegre, carismático. Que teu pai nunca te falte. Que nunca te falte também o amor que cativas, até de quem nem te conhece, pessoalmente, como eu. Pedi que cresças com saúde, com boa educação, bons princípios, amizade, honestidade, caráter...e que assim sendo, sejas o espelho do teu pai e tenhas a grandeza dele [as qualidades e, porque não, alguns defeitos dele]. E assim sendo, eu disse AMÉM.
Srta. Marinho

terça-feira, 14 de julho de 2009

Há males que vem, meu bem. (ou Porque até as rosas têm espinhos)


Ainda não conheci uma maneira melhor e/ ou pior para aprender, senão vivendo. Qualquer cicatriz - em baixo, alto ou invisível relevo - nos faz relevar coisas que, de um jeito ou de outro, nos revelarão coisas.
Observar, com os dedos, o relevo dá a sensação de revê-lo. É como um estímulo já condicionado. Mas é totalmente possível fugir desse esquema meio mecanicista. E é possivelmente provável desequilibrar e tropeçar nas mesmas pedras-no-meio-do-caminho também. É. Isso acontece, e me ardem os olhos. Mergulho e me falta o ar, me arde o mercúrio no coração.
Moço, eu nunca passei por uma estrada com apenas um buraco. Mas toda estrada que eu passei chegou em algum lugar... E depois de sentir o peso pesando pra baixo de vez, é possível bater no muro, levar um tiro, tomar um murro, buscar um rumo e, enfim, ser... e estar... e ficar... bem.
Há males que vem.
Srta. 'apanhando, aprendendo, caminhando' Marinho
No woman no cry (...porque um conselho aqui e outro ali não fazem mal)

Não chore! Pois dizem que tudo vai melhorar. Mas eu te digo, apenas: Não chore, pois você precisará estar com os olhos bem abertos para ver que, apesar de o mundo ser injusto, às vezes algo de bom pode acontecer bem a sua frente, e uma lágrima pode te impedir de enxergar. Então, por favor, não chore! Erga-se e continue a caminhando, com os olhos bem abertos, pois aquele que foi o causador da lágrima de hoje um dia pagará pelo que te fez. Não tenha pressa, tudo vem a seu tempo. E lembre-se sempre: “O mundo dá muitas voltas”.
Srta. 'de olhos bem abertos' Marinho

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O guia, a rua, o caminho (ou Onde quero chegar.)


- Bom dia, pode me informar onde fica a Rua da Felicidade?
- Xiii... você não é aquela que perdeu a bússola?
- Exatamente! Disseram-me que você tem um bom senso de direção...
- Não sei não, já ouviu falar na estrada do Perdão?
- Ouvi, passei nela algumas vezes.
- Pois é, moça, terá que ir nela pela contra-mão. Não é fácil.
- Me ajuda?
- Me segue!

* * *
- Nossa, que loucura isso aqui. Quantas vezes mais terei que me jogar desses penhascos? Tentar passar nesses obstáculos? Já me bati, pulei, chorei e não consigo chegar nem na Avenida da Paz, quanto mais na Rua da Felicidade.
- Eu disse que não seria fácil, moça...
- Mas não avisou que poderia ser impossível, não é?
- É que às vezes o governo não tem estrutura para construir novas pontes para a Rua da Felicidade. Aí tem que esperar um empréstimo de outro país, o Tempo. Às vezes vem rápido, às vem nunca.
- E o que eu faço agora pra chegar lá?
- Bom, existem outros caminhos para tantas ruas e avenidas, vai que num desses você encontra um atalho para a Felicidade. Não esqueça, você tentou esse daqui, mas também não pode chegar lá cansada e desanimada a ponto de nada mais restar de ti, não é? E por favor, não se perca por aí.
- Bom, espero que o Tempo contribua com as pontes. Eu tentei... Mas obrigada, viu? Como eu te chamo?
- Coração. Pode me chamar de Coração.

Srta. 'perdida' Marinho

E então me despedi, peguei as poucas malas e segui... Tentando encontrar um caminho mais tranquilo. Saí olhando para trás, um pouco desiludida, um pouco ferida... Que pena! Eu tinha tanto para levar para o lado de lá.

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Olá...quanto tempo! Já se passou 1 mês desde a última publicação. Em respeito as pessoas que me lêem e que têm lotado minha caixa de e-mail querendo saber o porque do sumiço, cabe aqui uma explicação.
Do dia 25 de maio pra cá muita coisa aconteceu. Algumas decepções, uma (micro) cirurgia no pé, elaboração e correção de provas e uma pneumonia que quase me acaba e me fez passar mais tempo em hospitais e consultórios médicos.
A produção de textos está a todo vapor...Tenho escrito muito,embora algumas coisas eu acho que não chegarão a ser publicadas. Pura preservação pessoal.
Reclamaram também que não conseguem mais deixar comentários nos textos. Bem...isso também foi uma medida de proteção. Infelizmente meu blog andou sendo invadido por uma pessoa que não deveria sequer ter entrado em minha vida, então para evitar exposição excessiva, transtornos e aborrecimentos futuros novos, os comentários deverão ser enviados diretamente aos meus e-mails, Orkut,celular...etc.
No mais,esse texto de hoje é só para tirar as teias de aranha que tomaram conta do blog e para dizer que estou bem e mais ativa que nunca.
Srta. 'em atividade' Marinho