sábado, 26 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
24 de dezembro de 2009! Mais uma véspera de Natal. Não tem sido dias lá muito fáceis, mas tento de todo jeito manter uma centelha de esperança em mim, nas pessoas, na data... Hoje acordei tentando manter essa esperança de forma até infantil, quis acreditar que nesse Natal meu espírito de Natal não me abandonaria e que Papai Noel me daria uma trégua. O problema é que é pedir demais para esse ser tão cretino que, angelicalmente, é chamado de O BOM VELHINHO. Bom velhinho pra quem? Acho que nem para as renas... Mas esperança é a última que morre e eu quis acreditar nele.
Involuntária e, quase, inocentemente eu lhe escrevi uma carta, como nos anos anteriores. Meu pedido foi o mais simples do mundo, não pedi nada de extravagante... Até porque boa parte das coisas que eu desejei esse ano conquistei sozinha. Para ele repeti o pedido de anos anteriores. Escrevi e não contei a ninguém, fiquei quieta esperando ansiosa a resposta. Quase acreditei que dessa vez eu seria atendida e pensei: ‘DESSA VEZ VAI’. Mas além de me tomar o presente aos 45 minutos do segundo tempo, o cretino não perdeu a chance de responder.
Papai Noel - O bom velhinho
P.S.: Esse ano o seu Espírito de Natal esteve aqui comigo e pediu que te avisasse que ele também não vai aparecer. A época coincidiu com as férias dele. Então não o amole também. E para que não aches que sou tão mal assim, segue uma foto minha, que preparei especialmente para ti. HO HO HO! "
Srta. Marinho
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
O Natal está aí... A cada ano que passa essa época do ano tem sido mais torturante e frustrante, e eu sei que não deveria ser! Fico olhando a casa enfeitada, a árvore, a guirlanda, os arminhos... mas nada disso faz mudar esse sentimento de tristeza, de falta esperança, angústia.
Eu sei que eu deveria ser tomada por um sentimento de renovação, de amor, perdão e alegria. Mas não dá, simplesmente não dá! As piores coisas que me aconteceram, as maiores mágoas que me causaram, as maiores tristezas dos últimos 10 anos se passaram nessa época. E por mais que eu carregue em mim uma centelha de esperança, não estou conseguindo mudar ou reverter isso...
Thalita
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Mas um texto que não é meu sendo publicado aqui, mas que caiu como uma luva para o momento. Embora eu saiba que algumas de minhas qualidades, que parecem ser defeitos para alguns, inclusive para ti, quase todo mundo sabe que sou curiosa, inteligente e intelectualizada... Estou sempre descobrindo novos livros, músicas, autores, expressões... O fato é que em um desses meus passeios pela rede e pelos livros, voltei a descobrir o escritor nicaraguense, Ernesto Cardenal. Estudei um pouco sobre ele na época em que eu fazia um curso de literatura hispânica. Apaixonei-me por sua escrita!
Daí outro dia, minha amiga Cris, que me ligou na ocasião eufórica, pra falar exatamente deste texto, AO PERDER-TE. Ele é um daqueles textos que você lê e diz: ‘Caramba... é exatamente o que eu gostaria ter escrito!’ Foi o que senti com o texto... Acho esse poema de uma singularidade cortante. É uma verdade dita, embora aparentemente de forma fria, direta e cruel, de um jeito sublime. Em poucas linhas é a história de alguém que ama e de alguém que rejeita esse amor, mesmo sabendo que ele faria bem a ambos. E o pior, é que nós dois sabemos disso!
Srta. Marinho
Ao perder-te eu a ti
tu e eu teremos perdido.
Eu, porque tu eras
o que eu mais amava;
tu, porque era eu
que te amava mais.
Mas, de nós dois
tu perdes mais do que eu.
Porque eu poderei amar a 'outros'
como amava a ti,
Mas a ti não te amarão mais
do que te amava eu!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
UM DIA VOCÊ PARA PRA ENTENDER, QUE TUDO ISSO UM DIA VOLTA PRA VOCÊ (ou Cuidado que inveja mata!)
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Feliz Aniversário, meu Guerreiro Menino!
Tem aproximadamente 1 mês que ensaio preparar mais um texto para celebrar teu aniversário. Parece que está ficando cada vez mais difícil te escrever... Talvez porque eu fique me policiando, castrando as minhas palavras para não falar tudo que quero, tudo que estou sentindo, tudo que estou percebendo. Então li e reli esse texto milhares de vezes, escrevi e reescrevi outro tanto. Pensei em deletar tudo e simplesmente não escrever nada! Daí lembrei o quão ficaste magoado, e com razão, pelo texto do ano passado. Quer dizer, texto não, pelas três frases malcriadas e ácidas do ano passado. Mas esse tinha que ser especial, afinal de contas é para comemorar seus 40 anos. E são 40 anos de uma vida repleta de boas coisas, bons momentos, de realizações...
Srta. Marinho
UM HOMEM TAMBÉM CHORA (GUERREIRO MENINO)
(Gonzaguinha)
Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os torne perfeitos
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
E se você quiser um mundo colorido, eu compro todas as canetas coloridas, tomo emprestada todas as cores do arco-íris só pra você. Se quiser, encho sua vida de cores. E se você quiser cheiros e aromas, lhe faço um jardim, uma horta e planto as mais lindas flores e as ervas mais aromáticas só para alegrar a sua vida.
Percebe, percebe as pegadas na sua alma? Diz-me o que você quer, e então nós vamos fazer. Não há nada que eu não faça pra ver brilhar no seu rosto o sorriso mais lindo, feliz e tranquilo. Se for amor que você quer, então é amor que eu vou lhe dar, é amor que nós vamos fazer, da maneira mais louca, mais intensa, mais sublime, mais verdadeira.
E se você quiser, eu abro as janelas do mundo para o sol do novo dia entrar, aproveito e lhe mostro as mais belas paisagens só pra ver brilhar esses seus olhos que mais parecem um oceano. E se você quiser ir mais alto ainda, eu abro as minhas asas e lhe ensino a voar. Dou carona a você na minha loucura pra lhe mostrar o que é adrenalina. E não há o que eu não faça por você!
Se você sentir frio, eu serei o seu calor, mesmo que congelada eu fique. E nos dias de calor serei sua sombra e matarei sua sede. E se você sentir medo, eu enfrento o seu temor, saio em sua defesa e lhe protejo. E como diria o poeta, ‘...serei teu pão, tua comida e todo amor que houver nessa vida’. E é esse amor que só você, e nossos frutos, vão conhecer!
Se você quiser, eu componho música, faço dança, apanho a estrela mais brilhante, crio a surpresa mais criativa, faço serenata e aceito casar com você mil vezes, só pra ver brilhar a luz do seu sorriso, pra ver sua alegria constante. Eu lhe enlouqueço, lhe acordo de madrugada pra fazer amor, lhe beijo pela manhã ao sair para o trabalho com todo o meu amor e lhe garanto assim o melhor dia, todos os dias. Dou-lhe carinho e atenção. Mas entenda, não quero ter você na mão! Quero ter você ao meu lado, quero fazer de você, e de mim, uma pessoa ainda melhor, por que eu sei que seremos os melhores, para nós dois e para quem estiver a nossa volta. Todos serão contagiados!
Quero fazer de você o homem mais realizado desse mundo. Que dure o que Deus escreveu que deva durar. E se for eterno, sorte a nossa! Se for assim, não precisa ser um amor como é amor de cinema, que faz milhões de pessoas caírem as lágrimas, até porque esses só duram até os créditos aparecerem. Que o nosso seja real, seja materializado, personificado através de você e de mim.
Que eu seja a melhor de todas, em todos os sentidos, na eternidade da tua memória. Enquanto estivermos juntos, eu serei o teu melhor, a tua melhor amiga, a tua melhor mulher, a tua melhor namorada, a tua melhor amante, a tua melhor conselheira, o teu melhor ombro, e aquela que vai até o infinito pra fazer desse amor, o amor mais lindo.
Srta. Marinho
domingo, 13 de dezembro de 2009
FAZ DE CONTA (por Martha Medeiros)
Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Já te falaram do amor? Acredite, ele não é cor-de-rosa. O amor até tem cores interessantes, mas não é essa cor de contos de fadas que cintilam aos olhos. Ele não é perfeito e constante, assim como muitas outras coisas que povoam nosso imaginário lúdico. Porque a bailarina não passa o dia vestida com saia de fru-fru, nem o palhaço passa o dia fazendo graça pra gente sorrir, nem o equilibrista passa dia se equilibrando na corda bamba...
O amor é uma teimosia indomável do coração! É um ciúme escondido de dividir com quem apenas paga o ingresso e dorme sentado. É vontade de se revelar pra a vida, puxar todas as cobertas, deixar a luz, sentir o calor que invade a alma e transpirar por todos os poros. É sair feliz e, porquê não, infeliz do exercício de ser. O bom não é o perfeito. Perfeito é o completo; o bom e o ruim; o seguro e o inseguro; o mágico e o real. A perfeição é, em toda a sua essência, amplitude. A imperfeição ajuda a empurrar o tempo. Amor é, também, sair ferido pela palavra mais inocente; quando se é equilibrista e a criança diz que prefere o palhaço. Sem contar que o amor não é constante e permanente, não devemos nos agarrar a essa ilusão, pois nem o amor próprio resiste tanto tempo sem umas reavaliações.
Você deve estar se perguntando por que eu estou insistindo nessa tecla... É que eu resolvi falar da tal Síndrome da Cinderela. Eu achava que a tal síndrome acometia só as mulheres, mas existem homens que padecem também deste mal e insistem em não constatar o óbvio: Tudo na vida é provisório e passageiro, inclusive nós mesmos. Então esqueça esse papo de procurar alguém pra vida toda, e simplesmente viva cada segundo ao lado da pessoa com quem está nesse momento como se fosse o último. Como se fosse a vida toda. Porque se um dia acabar, e oremos para que não, não haverá traumas.
Acredito que a maioria das mulheres já teve ou ainda tem a vontade de conhecer o tal príncipe encantado que nunca vai existir, porque somos humanos, e assim sendo, somos imperfeitos. O que não há nada de errado! Aliás, são essas imperfeições e diferenças que dão sabor a uma relação. Não existem parceiros perfeitos, só aqueles que inventamos de amar.
Conheço uma pessoa que morre de medo que a namorada não seja a mulher da sua vida. Então eu me pergunto, e o que tem demais se ela não for? Porque perder tempo se preocupando se vai dar certo ou não? Não é melhor, em vez de ficar se preocupando com bobagens, aproveitar, explorar, descobrir, experimentar o relacionamento? E se não der certo, vira-se a página.
Continuo achando lindo as pessoas, mesmo com toda promiscuidade que existe hoje em dia, ainda acreditarem nessa coisa mágica e única chamada amor. Acho lindo sonharem com casamentos duradouros, uma casa com quintal, jardim, filhos e toda essa coisa de envelhecerem juntos, porque é o que eu desejo pra mim também. Porém, não vai existir um homem que me complete em tudo ou eu a ele. Sempre vão existir defeitos, limitações, restrições... O importante, quando existe o amor, é saber lidar, conhecer, aprender, observar, aceitar, respeitar as diferenças do outro. E pensando bem, se ele se parecer muito comigo, vai ser um grande problema, pois nem eu sei de mim por completo. Como outro alguém vai saber?
Ultimamente tem sido uma constante as pessoas me questionarem o fato de eu estar sozinha já há algum tempo. Quer dizer, sozinha não, solteira. É sempre a mesma coisa:
- Como é possível uma mulher como você estar sozinha?
O assunto tem virado discussão em mesa de bar e reunião de amigos e familiares. Até meu irmão resolveu me apresentar seus amigos. Algumas pessoas questionam até o fato de eu estar sozinha e feliz! De fato não existe tristeza nenhuma em mim, se houve um dia, hoje não há. Certa melancolia pode até ser, mas tristeza não. Continuo com o mesmo sorriso, brilho no olhar, gosto por viver e ‘amar as pessoas como se não houvesse amanhã’. Mas eu não sei amar, ter uma pessoa em meu coração, minha mente, meus pensamentos e, por não estar com ele, ficar, estar com outras pessoas só para satisfazer a vontade alheia ou uma carência que por vezes existe sim.
Claro que em algumas situações, essa condição de estar solteira incomoda um pouco. A pior situação é nas sessões de cinema, principalmente nos finais de semana. Muitas vezes meus amigos com seus companheiros e companheiras, e eu com meu pacote de pipoca ou doces. Às vezes são casais anônimos e eu ali junto assistindo comédia romântica, com todos aqueles roteiros repletos de suspiros, beijos e abraços. Não me incomoda mesmo o fato de estar sozinha, mas me incomoda que em boa parte desses filmes, os casais são felizes para sempre e sem problemas reais. Como pode? Existem cenas de amor que a gente fica sonhando que aconteça na vida real, pelo menos nós mulheres, quase sempre desejamos, pensamos assim. Aí sim eu me sinto um pouco só! Então resolvi não ver mais comédia romântica, principalmente no cinema. Boa não é?
Entendam, e aceitem, estou solteira porque estou, sou apaixonadíssima por um homem encantador. E que eu tenho certeza que na hora que resolver dar uma chance a nós dois, faremos um efeito maravilhoso na vida um do outro e teremos nosso amor admirado e respeitado por muitos. Mas e se ele não quiser? Paciência! Vou ter que superar... Mas tudo isso leva tempo! Não gosto, nunca gostei dessa promiscuidade de sentimentos, sair ficando por aí, pulando de ‘boca em boca’. Então, diante dessa situação em que me encontro hoje, resolvi fazer um pacto com o amor. Por isso, estou sozinha porque fiz um pacto com o amor, eu não procuro por ele, nem ele me persegue. Um dia a gente se encontra. Claro que nos encontraremos!
Quem me conhece de verdade, sabe que eu nunca fui de ficar por ficar, e não vai ser agora que vou me enfiar numa balada a procura da batida perfeita, ou melhor, da pessoa perfeita pro meu coração. Festa, farra, balada às vezes é legal, mas todo final de semana, muitas vezes até a semana toda, é coisa de gente vazia e boemia demais, com o perdão da palavra e com respeito aos que fazem isso. O que Deus me reservou, com certeza, não está enfiado em um boteco ou casa noturna. Sem contar que, algumas pessoas são tão especiais que não devemos machucá-las ou iludi-las quando simplesmente queremos ficar sozinhos. E eu estou sendo bem clara com todo mundo, é uma decisão minha estar e ficar sozinha. E olha que ficar sozinha comigo mesma já dá trabalho! Permaneço solteira por opção minha e do meu coração. Pedidos de namoro, e até de casamento, recebi vários nos últimos meses...
Estou até gostando desse meu momento de ficar só comigo, de me dar esse tempo, essa chance. Estou aproveitando para me (re)conhecer, me (re)descobrir. De repente, ainda não me sinto pronta pra dar um vôo mais alto. De repente meu coração me pede para esperar mais por ele. Falta-me, quem sabe, um pouco de coragem pra resolver essa situação em que me encontro de uma vez por todas, então estou preferindo manter os meus pés no chão. Prefiro não ser, por enquanto, a namorada parceirona, porque eu simplesmente não sei não ser parceirona quando eu namoro. Prefiro, por enquanto, não me dedicar como eu quero e sei que eu vou me dedicar, porque eu simplesmente me dedico, mergulho de cabeça em tudo o que eu faço, e me dou por inteiro, dou o meu melhor. Mesmo sabendo que nem tudo tem recompensa. A minha recompensa é saber que eu fui, sou a melhor para o meu companheiro (quando tenho um) e que isso não será esquecido. Não quero ser só uma mais namorada na vida de uma pessoa... Não por enquanto!
Amar é bom! Ter um companheiro, um cúmplice, um amigo é bom, até por que não existe amor sem isso. E ficar só também é! E não é crime ou pecado minha gente, amigos do meu coração que tanto me querem bem, sou grata por todo carinho... Mas acreditem, estar só não significa, nem de longe ser ou estar triste. E é apenas isso que eu quero e preciso que vocês entendam. Até porque, o palhaço quando não está palhaço, às vezes, também se sente só e nem por isso deixa ser palhaço. Até os realistas-românticos como eu também amam (muito) e sabem que ficar só, é uma coisa provisória.
Ter alguém, um companheiro, não deve ser necessidade, prioridade única na vida de ninguém. Amar não é apoiar-se no outro, amar é trilhar, construir juntos um caminho. Amor é perceber e aceitar que a bailarina também cansa, que o palhaço nem sempre vai te fazer sorrir e que o equilibrista, às vezes, se desequilibra e cai.
Amor é mais que romance. Amor requer paciência, companheirismo e muita paixão por aquele que não se tem e nem nunca vai se possuir. Amar é ser equilibrista, bailarina e um grande palhaço, entenda as entrelinhas como quiser, afinal de contas, o amor não foi feito pra se explicar ou compreender, apenas para sentir e amar.
Faltam pouco menos de 20 dias para o Natal... De uns anos pra cá eu deixei muito de curtir essa época do ano. Sei lá, me bate uma coisa meio triste, meio melancólica e fico me perguntando se sou só eu ou se todo mundo pensa igual e faz um esforço tremendo para parecem os mais alegres possíveis. Não cheguei a conclusão nenhuma! Mainha é que vez ou outra me diz: ‘Quando você tiver sua família, sua casa, seus filhos, entenderá por completo o sentido do Natal.’ Pode ser que ela tenha razão, mas até esse dia chegar...
Me peguei esses dias pensando nos Natais de minha infância, adolescência e de como toda a agitação da noite de Natal mobilizava a minha casa. A família toda reunida, tios, primos, avós, a oração antes do jantar, a expectativa pelos presentes, as risadas... muito bom! Daí eu lembrei que meu pai, sempre que estávamos a 1 mês, 20 dias da festa, reunia a mim e minhas irmãs e pedia que fizéssemos uma lista com o que gostaríamos de ganhar, podíamos colocar até 10 itens na lista, era uma delícia. Quase sempre ganhávamos tudo que havíamos pedido e até um pouco mais. Era uma farra. Eu sempre fui ligada em tecnologia, jogos eletrônicos, de concentração, bichos de pelúcia... A expectativa pelos presentes era o máximo, mesmo sabendo o que havíamos pedido, faltava a certeza se ganharíamos mesmo. Nunca fui muito ligada em bonecas, achava de uma mesmice sem tamanho, até que meu pai, além do que eu havia pedido, me deu uma boneca chamada Balila. A boneca tem uma cara redonda e bochechuda como eu, e meu pai resolveu me dá porque parecia comigo. Tenho essa boneca até hoje. Fora os presentes que eram moda na época, como: Pogobol, prancha de bodyboard, patins in-line, pense bem, nitendo, menina-flor, meu pequeno pônei... Muita coisa. Que lembrança bacana essa de agora!
Hoje os meus presentes são mais simples, porém tão significativos quanto a época de infância. Então, esse ano, estou tentando me animar um pouco em relação as festas natalícias... Aconteceram muitas coisas boas e ruins esse ano e eu espero terminar com o saldo, principalmente das emoções e sentimentos, no positivo. Decorei a casa, como há muito não fazia e sempre curti essa coisa de enfeitar tudo, montar a árvore, a guirlanda, o presépio... E de uma forma bem simbólica, para resgatar aquele ‘brilho’ que havia na minha infância, resolvi fazer uma lista das coisas que eu gostaria de ganhar esse ano, quem sabe Papai Noel deixa de ser cretino e em vez de tomar meus presentes, me dá algum. É bem fácil que eu até me dê de presente algumas delas.
1. Queria a coleção das temporadas completas da série Grey’s Anathomy ou Friends;
2. Um dos perfumes Givenchy que eu adoro – AMARIGE, ABSOLUTELY IRRÉSISTIBLE e/ ou VERY IRRÉSISTIBLE; ou POISON de Dior;
3. O Box com todos os filmes de Pedro Almodóvar;
4. Um dos conjuntos da nova coleção da Fruit de La Pasion;
5. Um relógio Swatch da coleção FULL BLOODED – Swiss Made – Prata;
6. Um óculos RAY BAN, bem nos estilo Jackie O;
7. O livro O MUNDO DE SOFIA de Jostein Gaarden (roubaram o meu) ou DON QUIJOTE de Cervantes (edição completa e em espanhol);
8. Um notebook;
9. Um caixa (linda) para colocar jóias e ‘otras cositas’ que vi na Modelo, de madeira trabalhada com veludo por dentro;
10. Um dos vestidos da nova coleção da FARM.
Claro que a lista não está na ordem de preferência e esses representam apenas algumas das coisas que eu gostaria de ganhar. Mas no fundo o presente que eu gostaria para esse ano e para todos os outros, não cabe em nenhuma lista, ele sequer tem preço. Até porque há coisa que o dinheiro não compra! E esse presente valeria por qualquer outro e traria a felicidade mais plena e absoluta para mim. Porque sei que eu faria de tudo, e mais um pouco, para ser totalmente merecedora. Porque eu cuidaria desse presente da forma mais cuidadosa, zelosa e apaixonada do mundo. E com esse presente eu estaria completa! Mas esse presente, sou eu que tem que (re) conquistar!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Sabe quando se está muito feliz e, pouco importa o que os outros digam ou o mar de inveja de gente pequena, a gente simplesmente nada de costas e berra: TÔ NEM AÍ, TÔ NEM AÍ...! Resolvi caminhar pela vida com calma, com olhos atentos, sorrindo, trazendo no peito só alegria e amor.
Decidi carregar meu coração nas mãos, com todo cuidado do mundo. Ele é meu guia, minha razão, meu oráculo da sorte, quem me diz a verdade, quem me diz o tipo de pessoa que eu devo ser. É nele que eu carrego todas as respostas para as minhas perguntas. No fundo, nosso coração sabe as respostas para todos os nossos "porquês". Carrego meu coração puro de toda a maldade, não guardo coisas ruins nele, não guardo más lembranças, não guardo nada que pese mais que a felicidade.
Levo comigo a bondade, o olhar de quem não vê com maldade e assim entre um passo e outro, eu vou vivendo feliz! Fazendo meu caminho com a humildade de quem sabe onde se deve e pode chegar. Faço minha caminhada aproveitando cada segundo, porque o melhor não vem depois, o melhor é o agora, o melhor é o todo. O melhor é a conquista, a realização, a concretização. O resto, tô nem aí.
Quero mais é ser feliz. Quero mais é beijo na boca demorado e acordar fazendo amor. Quero mais é comer doce sem pensar na dieta. Quero mais é caminhar na praia com os pés descalços, sentindo as ondas lamberem minhas pernas. Quero mais é tomar banho de chuva, sentir o cheiro das flores. Quero mais é assistir todos os filmes que der vontade, ler todos os livros que despertam meu interesse, assistir todas as peças que me façam relaxar, fazer todas as viagens que me façam conhecer bem mais que paisagens.
Quero mais é amar o homem incrível que escolhi para amar, sem ter que dar explicações a quem quer que seja do porque insistir quando nem ele ainda sabe se me quer. Quero mais é estar em companhia de gente interessante, de pessoas agradáveis e de valor. Quero mais é rir sem motivo. Quero aprender tudo o que eu ainda não sei. Quero mais é escrever, cantar, compor, fazer música, fazer amor. Quero mais é dançar até as pernas ficarem dormentes. Quero mais é trabalhar fazendo o que eu gosto com amor. Quero mais é ter, e fazer, amigos e amigas e que eles sejam uma questão de qualidade e não de quantidade.
Quero mais é abraçar, todos os dias, as pessoas que eu amo, tê-las por perto e quando isso não for possível que uma ligação, e-mail, oração possam aliviar a distância. Quero mais é casar, me juntar, viver com aquele mesmo homem incrível antes citado e com ele criar seu filho, ter os nossos filhos, viver em harmonia e afeto com nossas famílias. Quero mais é toda a simplicidade do amor puro e verdadeiro na minha vida.
No mais, tô nem aí pra quem quer que eu me rale, pra quem não quer ver as coisas dando certo em minha vida, pra quem quer me ver quebrando a cara, para quem isso ou aquilo. Tô nem aí pra maldade alheia! Tô nem aí... Quero mais é ser feliz!
domingo, 6 de dezembro de 2009
Não se pode mais afirmar que todas as pessoas procuram pela metade de sua laranja. Até porque já existem muitas pessoas convencidas que a metade da laranja é um problemão. O bom mesmo é achar uma pessoa inteira, completa! Contudo, a ideia que persiste ainda hoje é do juntosomosum.
Já vivenciei diversas situações onde estava acompanhada do meu irmão ou de algum amigo e fomos tratados como casal. Não me incomoda o fato de ser tratada assim, afinal de contas, em tese, éramos um casal. Mesmo que a definição de casal no dicionário seja, em partes, retrógrada (par; composição de macho e fêmea ou marido e esposa). Longe de mim querer criar polêmica ou debater sobre ‘o macho e a fêmea’, éramos um par, composto de um homem e uma mulher com estados civis solteiros.
Mas voltando a história... Eu e meu amigo Davi fomos à rede Subway, um ótimo lugar para treinar decisões em curto prazo, talvez seja isso que nos faz gostar tanto de lá. Ambos, por vezes, indecisos tínhamos que escolher a composição do sanduíche: pão, recheio, saladas e molhos. Quem conhece o sistema da Subway sabe o roteiro que precisamos seguir: Qual é o Pão? Qual o recheio? Alface e tomate? Pepino, picles, azeitona? Sim! Não! Sim!
Decidimos que além do sanduíche levaríamos cookies de sobremesa. E aí começou a tentativa do atendente de nos transformar em um casal.
– O pagamento é junto? – perguntou o atendente.
– Não, é separado! – eu disse.
– As bebidas são juntas? – insistiu.
– Não, não... Separadas mesmo! – disse Davi diante da persistência do atendente em nos juntar.
Mas não convencidos e insistentes, os atendentes colocaram os sanduíches e as bebidas na mesma bandeja. Pode parecer bobagem, mas no mundo self-service que vivemos, eu acreditava e esperava que cada um ganhasse a sua. Nossa bandeja foi concluída com os cookies e um pouco mais de insistência.
– Os cookies posso colocar no mesmo saquinho?
– Não! Separados! – eu respondi e tive a certeza que estavam nos tratando como um casal.
Que mania estranha algumas pessoas têm de acharem que são Noé e teimam em juntar todo mundo em parzinhos? E mesmo que fôssemos um casal de namorados, precisaríamos fazer tudo junto? Comer na mesma bandeja, beber no mesmo copo, pegar os cookies no mesmo saquinho? Cadê a individualidade? A singularidade? A independência conquistada? Muitas vezes me pergunto sobre o que os casais de hoje em dia estão fazendo por ai, para que isso se reflita em tamanha simbiose? Tudo é junto, nada é separado? Alguém considera esse comportamento como prova de amor? Ou será, apenas, que eu sou a implicante e antiquada da história?
Longe de mim discordar do quanto é bom estar perto de uma pessoa que gostamos. Do quão prazeroso podem ser os encontros, as conversas, os beijos, os toques, a cumplicidade, o companheirismo, mas acredito que existam espaços e principalmente momentos para que isso aconteça. O espaço público exige comportamentos diferentes dos espaços privados, essa é a regra base para uma sociedade civilizada. Querem se abraçar, beijar, namorar em público, ótimo, mas não fiquem tão a vontade!
O amor realmente é lindo! Mas parece que a vontade de quebrar as leis da física é incrível. A simbiose dos relacionamentos está na moda, mas são as metades da laranja que impressionam os ambientes das pessoas inteiras.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Passamos uma vida tentando nos conhecer, tentando descobrir do que gostamos, que caminhos devemos seguir... E hoje, acho normalíssimo fazermos e sermos o que e quem queremos, porque essa é a única maneira de sermos realmente felizes. Muitas pessoas não sabem dizer ‘não’ a um favor irritante que não querem fazer. É mais complicado quando se trata de um favor importante, mas se você não está a fim, seja claro e diga de uma vez por todas que não o fará.
Observo muito que, cada vez menos, as pessoas deixam de reclamar seus direitos. Às vezes é uma coisa simples e banal como a blusa nova que na primeira lavagem, encolheu ou o garçom que, além de ter sido mal educado, trouxe o pedido errado ou ainda gente que, na cara de pau, fura a fila bem na sua vez de ser atendido. Ou mesmo dentro de casa quando abrem uma correspondência que foi endereçada a você. Existem vários outros exemplos que eu poderia ficar aqui citando por horas, mas quando isso acontece você tem mais é que por a boca no mundo. Não estou falando que deva ser antipático, fazer escândalo, baixaria, ser mal educado nem nada disso. Mas até mesmo quando estamos no supermercado e na hora do troco os operadores de caixa não nos devolvem 0,10 centavos que seja, devemos exigir o que é nosso por direito. Claro que, sem perder a classe jamais! Fale de maneira educada, calma, paciente, porém firme. Seja uma pessoa de atitude. Pare de pedir desculpas por nada. Peça desculpas quando elas realmente forem necessárias.
Corte as asas de pessoas invejosas, seja indiferente ao veneno de pessoas maldosas e, caso se faça necessário, fale o que deve ser dito e de maneira bem clara para que não restem dúvidas. Se ainda assim não quiserem lhe entender, insista e continue agindo de maneira educada, sem jamais descer do salto. Aprender a dizer não é um bem que nós devemos fazer a nós mesmos. Dizer não, não é deixar de ser uma boa pessoa, mas ser boa consigo mesmo. Fazer o que se quer, respeitando os limites dos outros e os nossos, e reclamar o que se deve com classe e educação, nos torna pessoas de personalidade.
Cansa ver pessoas que entram na pele de um personagem, muitas vezes idealizado pelo parceiro ou parceira, e tentam ser aquilo que não são simplesmente pra prender a pessoa a seu lado. Por Favor... A distinta pessoa que o acompanha tem que gostar de você do seu jeito. E se não gostar, simplesmente, não é a pessoa. A gente evolui, cresce, amadurece, cai algumas vezes, levanta muitas outras, comete inúmeros erros, vários acertos, mas ninguém muda personalidade e caráter. Pode mudar de roupa, de sapato, de emprego, de cidade, de parceiro ou parceira, mas de personalidade e caráter, não!
Considero ridículo mulheres que deixam de usar uma determinada roupa ou homens que deixam de sair só com os amigos por conta do ciúme doentio do parceiro ou parceira. Cadê a personalidade, a individualidade de ser humano, o direito de ser quem você é sem ter que mudar para agradar?
Na vida, temos sempre duas escolhas que determinam quem somos e como somos. E essas duas escolhas que temos a oportunidade de fazer são bem claras: Ou você se torna mais um robô nas mãos de quem quer que seja, desrespeitando os seus limites para agradar os outros, ou você vive uma vida feliz sendo você mesmo, respeitando suas limitações e as dos outros. Isso se chama personalidade, caráter, atitude. Não tenha medo de desagradar, tão pouco de agradar a si mesmo e não aos outros.
Nossa vida é passageira... E, às vezes, desagradar com educação é muito mais válido do que ser uma mentira pra agradar.
Ontem, dia 02 de dezembro, foi DIA NACIONAL DO SAMBA. Por pura falta de tempo, não publiquei nada ontem. Então, resolvi faze-lo hoje.
O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e em 1963 virou uma comemoração nacional.
O ritmo tem suas origens na África, derivado do lundu e do batuque. Os escravos que vieram para cá o trouxeram e o ritmo se popularizou. Este ritmo se diversificou e se multiplicou, agora possui várias vertentes: o samba-enredo, partido alto, pagode, swingueira, sambalanço, samba rock, samba reggae... Contudo o dia dois não é apenas o dia do samba, é também dia do bom malandro e das comunidades que se criaram e cresceram tendo o samba como herança. Há quem diga que o samba é carioca, uns que dizem que é baiano e outros afirmam que é pernambucano. Mas com uma coisa todos concordam O SAMBA É BRASILEIRO!
Muito são os nomes que ao longo dos anos valorizam o ritmo, como Ary Barroso, Cartola, Nelson Sargento, D. Ivone Lara, Monarco, Bezerra da Sila, Paulinha da Viola, Roberto Silva, Leci Brandão, Elza Soares, Riachão, Zé Ketti, Pixinguinha, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Almir Guineto, Sombrinha, Jamelão, Martinho da Vila, Alcione... Chegando a nomes da nova geração como Dudu Nobre, Monobloco, Maria Rita, Roberta Sá, Mariana Aydar, Seu Jorge, Paula Lima, Casuarina, Mart’nália, Diogo Nogueira, Aline Muniz, Diogo Pozas, Simoninha e tantos outros que elevam o ritmo a máxima potência e não deixam o samba morrer.
O samba não tem idade. O samba não é como esses ritmos da moda que depois que passam ninguém sabe cantar uma música. O samba está vivo e constante. É bonito ver pessoas de mais idade empolgadas com um samba, mas bonito ainda é ver as novas gerações, como a minha, se derreter pelo ritmo e entoar canções que chegam a ter mais idade que nossos pais, mas que seguem tão originais e contagiantes. O samba não tem preconceitos, não tem segregação, não tem discriminação... Basta uma roda de amigos, uma batucada cadenciada e a festa está feita. Porque samba é isso. Samba é alegria, amor, paixão, amizade. O samba tem a cara, o ritmo, o cheiro do Brasil. O samba alegra, emociona, contagia... e mesmo que não saiba um passo, uma música é só senti-lo com o coração e se deixar levar. Adoro, sou apaixonada por música e não tenho muito tempo que eu descobri que o sangue corre em minhas veias. Eu sou do samba. Eu sou o samba! E é com o samba que vou, é no samba que eu sigo. Pra quem não gosta, sinto muito, mas já diz o ditado ‘é ruim da cabeça ou doente do pé.’
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
nada é melhor que ganhar um sorriso de alegria de uma criança de 10 anos, nada melhor que deixar nossos amigos partirem pra mais tarde nos reencontrarmos, que as pessoas queridas quando, um dia morrem e, se juntam ao Pai Celestial para o descanso eterno, encontrar no meio do nada aquele brinco ou blusa...
Outro dia, assistindo ao filme ‘Amor além da vida’, ouvi uma frase que me fez prestar atenção em algumas ‘perdas’ que tenho tido ao longo da vida. A frase dizia que: ÀS VEZES QUANDO VOCÊ PERDE, VOCÊ GANHA. Aliás, me identifico muito com esse filme porque ele fez com que eu percebesse algumas coisas, ele me ensinou algumas coisas sobre eu mesma. Porque inúmeras vezes eu tive medo de ter ir além, mas eu sempre acabo indo apesar do medo que vez ou outra sinto.