sábado, 26 de dezembro de 2009

O último post.

No último dia 09 de novembro o meu blog fez 4 anos na rede mundial de computadores, a então chamada internet. Não é mais segredo pra ninguém que meu blog surgiu por aconselhamento do analista que me acompanhou durante a adolescência. Depois que parei com a terapia, vez ou outra eu ainda me comunicava com o Dr. Rodrigo e ele dentro de sua sabedoria e amizade me aconselhou a escrever como forma de desabafar, de colocar para fora as coisas que eu sinto e não consigo expor. Durante quase 1 ano eu mantive o blog no anonimato, nem público ele era, mas essa história eu também já contei em um dos textos.

O fato é que eu nunca esperei que esse blog fosse lido por tanta gente e de tantos lugares distintos; e não só por amigos mais próximos. Ainda me surpreendo quando vejo alguém comentar que leu um dos meus textos... Acho que devo o sucesso desse blog, se é que posso colocar a modéstia de lado e assim falar, ao fato dos textos nele publicado serem histórias, sentimentos reais. É o que eu sinto, como sinto, as minhas impressões traduzidas em palavras. O problema que eu começo a enxergar agora é que eu me mostrei demais, me revelei demais e isso permitiu que as pessoas tivessem o direito de julgar minhas palavras escritas e mais ainda os meus sentimentos. Fui analisada a cada novo texto.

Quem me conhece sabe que eu dificilmente, para não dizer NUNCA, peço ajuda para resolver meus problemas. As minhas tempestades vêm e vão e eu sempre seco a casa sozinha. Algumas dessas tempestades duram uma estação inteira, mas elas sempre passam. Mas alguém pode estar se perguntando o porque desse texto está sendo colocado aqui hoje. Eu explico.

Vou tirar o blog do ar! A partir de janeiro de 2010 ele sairá do ar, até lá não escrevo mais. Quer dizer, vou continuar escrevendo, vou continuar com minha 'terapia' se é que assim posso chamar... Mas o que escrevo, as coisas que sinto, nada disso será mais público! O que eu sinto, o que escrevo só deve dizer respeito a mim. No momento essa é a decisão mais cruel que eu tomo, mais sofrida, quase como ver morrer um filho e essa dor, acreditem, eu já senti. Mas cheguei à conclusão que hoje, o lugar mais seguro é dentro da minha conchinha. Aquele mesmo lugar de onde eu saí quando segui o conselho de Dr. Rodrigo e comecei a escrever...

Quero ainda pedir desculpas se em algum momento eu ofendi ou machuquei alguém com minhas palavras. Peço também desculpas ao Dr. Rodrigo (sim, ele me lê sempre e me envia e-mails para comentar!). Quero pedir-lhe desculpa doutor por recuar no 'tratamento', por voltar 18 anos no tempo, e me trancar como quando o senhor me conheceu aos 12 anos.

No mais, agradeço a todos que me acompanharam durante esse tempo. Agradeço a todos que deram risadas, que choraram, que se emocionaram, que participaram desse espaço que é tão meu. Que me mostra, me revela de uma maneira tão crua e tão direta. Mais de uma maneira real, sem máscaras, sem maquiagem, sem retoques de photoshop. Se quiseram saber de mim a partir de agora terão que me perguntar diretamente e se contentarem com o que eu quiser responder. Isso se eu quiser.



Sem mais demoras, a todos, OBRIGADA!

Thalita Marinho

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Carta de Papai Noel (Sim, ele fez questão de me responder)


24 de dezembro de 2009! Mais uma véspera de Natal. Não tem sido dias lá muito fáceis, mas tento de todo jeito manter uma centelha de esperança em mim, nas pessoas, na data... Hoje acordei tentando manter essa esperança de forma até infantil, quis acreditar que nesse Natal meu espírito de Natal não me abandonaria e que Papai Noel me daria uma trégua. O problema é que é pedir demais para esse ser tão cretino que, angelicalmente, é chamado de O BOM VELHINHO. Bom velhinho pra quem? Acho que nem para as renas... Mas esperança é a última que morre e eu quis acreditar nele.

Involuntária e, quase, inocentemente eu lhe escrevi uma carta, como nos anos anteriores. Meu pedido foi o mais simples do mundo, não pedi nada de extravagante... Até porque boa parte das coisas que eu desejei esse ano conquistei sozinha. Para ele repeti o pedido de anos anteriores. Escrevi e não contei a ninguém, fiquei quieta esperando ansiosa a resposta. Quase acreditei que dessa vez eu seria atendida e pensei: ‘DESSA VEZ VAI’. Mas além de me tomar o presente aos 45 minutos do segundo tempo, o cretino não perdeu a chance de responder.

Eu ainda dormia quando chegou a correspondência, colocaram o suntuoso envelope por baixo da porta do meu quarto. Gelei quando vi o remetente. Foi um misto de esperança, emoção e medo que me dominou. Ao abrir tinha até a singela foto acima, carta que dizia assim:

“Querida Thalita,

você não desiste nunca, não é? Admiro pessoas persistente em seus desejos, mas no seu caso já está se tornando um caso crônico de burrice. Está se tornando uma tradição as cartas que me envias. Chego a ficar ansioso para que essa época do ano chegue e eu receba carta tua. Mais uma! Até organizamos um evento aqui no Pólo Norte, ao chamamos de DIA DA COMÉDIA. Tudo em sua homenagem! Veja quanto prestígio.

O evento entrou mesmo para o calendário oficial. Reúno os meus ajudantes, as renas, Mamãe Noel, temos apresentações de grupos locais, comidas típicas... Mas o ápice da festa é quando peço 1 minuto de silêncio para que possa ler em alto e bom som sua carta para todos. Encerramos o evento com uma bonita queima de fogos de artifício e rezamos pedindo que no ano seguinte tenhamos a chance de celebrar mais uma vez, graças a você.

É admirável a forma como escreves. Tens uma sagacidade, uma coerência textual incrível. Deves se orgulhar bastante, afinal são poucos os que gozam desse dom. Mas o fato é que o que desejas e me pedes insistente, a pelo menos 3 anos, não vai se realizar. Por melhor que seja e te comportes, esse privilégio de ter um desejo atendido não terás nunca.

Quem pensas que és? Já não te basta ser uma mulher inteligente, gozar de certa beleza, ter um emprego... Ainda queres ser amada por ele, feliz ao lado dele? Contente-se garota! Disso não és merecedora e nunca o serás. Acredito que nem com ninguém. Contente-se em ser a segunda, terceira, quarta... opção dos outros. E daí que você se comportou? E daí que foi leal, amiga, generosa? E daí que manteve seu coração puro? Não se pode ter tudo na vida e já tens inteligência! Chega, não é? Deixe ser otária!

Para terminar, já que acabei perdendo um tempo precioso para te responder, e tendo em vista que me amolas tanto com tuas cartas ridículas, quero te fazer um pedido. Por favor, não deixe de enviar tuas cartas nos anos que virão, afinal de contas não quero deixar de levar felicidade aos meus com o Dia da Comédia.

Gentilmente,

Papai Noel - O bom velhinho


P.S.: Esse ano o seu Espírito de Natal esteve aqui comigo e pediu que te avisasse que ele também não vai aparecer. A época coincidiu com as férias dele. Então não o amole também. E para que não aches que sou tão mal assim, segue uma foto minha, que preparei especialmente para ti. HO HO HO! "


Srta. Marinho

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Não era para ser feliz?


O Natal está aí... A cada ano que passa essa época do ano tem sido mais torturante e frustrante, e eu sei que não deveria ser! Fico olhando a casa enfeitada, a árvore, a guirlanda, os arminhos... mas nada disso faz mudar esse sentimento de tristeza, de falta esperança, angústia.

Eu sei que eu deveria ser tomada por um sentimento de renovação, de amor, perdão e alegria. Mas não dá, simplesmente não dá! As piores coisas que me aconteceram, as maiores mágoas que me causaram, as maiores tristezas dos últimos 10 anos se passaram nessa época. E por mais que eu carregue em mim uma centelha de esperança, não estou conseguindo mudar ou reverter isso...

Fico olhando a cidade iluminada, o movimento das luzes e tento entender que magia é essa que toma de felicidade algumas pessoas. Eu fico desejando ser contagiada, mas não dá... Cada vez mais essa época faz com que eu me entristeça e me isole. Será mesmo que as pessoas ficam felizes com o Natal ou sentem o mesmo que eu e disfarçam bem?

Acho que estou perdendo a fé nas boas coisas, nos bons sentimentos e não gosto disso. Não gosto dessa sensação... Queria sentir aquela magia que eu sentia quando eu era criança. E não esse desespero, sensação de perda cada vez que vejo o calendário de aproximar do mês de dezembro. Queria de voltas a sensação de ‘noite feliz’, de confraternização, de não precisar fingir uma alegria que não está em mim. Queria de volta a sensação de perdão e renovação, mas o que me resta ainda é chorar, já que perdi até a fé para rezar.


Thalita

O inverno em mim...

Há pouco mais de uma hora começou o verão no hemisfério sul. Eu não senti nem uma pancada de calor, nenhuma brisa suave, nem cheiro do mar... Enquanto todos, oficialmente, se animam para as temporadas de praia, dias mais longos, pernas de foras e calor, eu me agasalho. O inverno começou em mim no mesmo exato momento do verão. Peguei meu casaco mais pesado, a manta mais quente, agasalhei os pés com meias. E o inverno chegou caprichado, com direito a nevascas e temperaturas abaixo de zero. Chegou congelando o que há de mais quente em mim. Congelou meu olhar, meu sorriso, meu coração...

Não sei se vai durar algumas semanas, meses, dias, o tempo de uma estação ou uma vida. Não sei se terei a oportunidade ver o sol brilhar. O olhar está gelado, as palavras então frias e o coração batendo devagar. Estou elegantemente vestida e agasalhada, ainda assim sinto frio, ainda assim tentam me convencer que o calor que faz lá fora está acima dos 40º e pede corpos com pouca roupa e bebida refrescante.

Fui remetida a esse frio... Já senti ele outras vezes! Já lutei por anos para fugir dele e obtive sucesso, mas dessa vez a tempestade me pegou desprevenida e eu nem tive tempo de fugir. Vou ficar aqui e esperar. Não sei se vai demorar muito, se vai passar logo... Ela poderia ter sido mais violente e me levado. Já não há mesmo motivos para sentir o calor, essa sensação eu deixo para os merecedores. Tenho que parar de desejar o sol, afinal de contas ele está no céu para todos, mas brilha para poucos e não é o meu caso.


Srta. 'do gelo' Marinho

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mais um texto... (das 'descobertas' que faço!)

Mas um texto que não é meu sendo publicado aqui, mas que caiu como uma luva para o momento. Embora eu saiba que algumas de minhas qualidades, que parecem ser defeitos para alguns, inclusive para ti, quase todo mundo sabe que sou curiosa, inteligente e intelectualizada... Estou sempre descobrindo novos livros, músicas, autores, expressões... O fato é que em um desses meus passeios pela rede e pelos livros, voltei a descobrir o escritor nicaraguense, Ernesto Cardenal. Estudei um pouco sobre ele na época em que eu fazia um curso de literatura hispânica. Apaixonei-me por sua escrita!

Daí outro dia, minha amiga Cris, que me ligou na ocasião eufórica, pra falar exatamente deste texto, AO PERDER-TE. Ele é um daqueles textos que você lê e diz: ‘Caramba... é exatamente o que eu gostaria ter escrito!’ Foi o que senti com o texto... Acho esse poema de uma singularidade cortante. É uma verdade dita, embora aparentemente de forma fria, direta e cruel, de um jeito sublime. Em poucas linhas é a história de alguém que ama e de alguém que rejeita esse amor, mesmo sabendo que ele faria bem a ambos. E o pior, é que nós dois sabemos disso!

Srta. Marinho


AO PERDER-TE

Ao perder-te eu a ti

tu e eu teremos perdido.

Eu, porque tu eras

o que eu mais amava;

tu, porque era eu

que te amava mais.

Mas, de nós dois

tu perdes mais do que eu.

Porque eu poderei amar a 'outros'

como amava a ti,

Mas a ti não te amarão mais

do que te amava eu!

(Ernesto Cardinal)



Mais do mesmo abismo... (Ou Pequeno Diálogo Entre EU e o AMOR)


- Pula Thalita, pula!
- Não, por favor, não me obrigues a fazer isso.
- Pula Thalita! A primeira vez é a mais difícil, depois tudo melhora...

Srta. Marinho

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

UM DIA VOCÊ PARA PRA ENTENDER, QUE TUDO ISSO UM DIA VOLTA PRA VOCÊ (ou Cuidado que inveja mata!)


Conversando outro dia, numa tarde despretensiosa, com a minha querida amiga Carol, resolvi escrever esse texto, que fala sobre inveja e ‘otras cositas más’. Aliás, amiga, é sempre muito bom dar risada contigo! E pra olho gordo: Colírio light! Amo-te!

Outro dia li uma coisa sobre a inveja, não lembro bem de quem é a frase, mas ela diz assim: "Inveja não é você querer o que o outro tem, isso é a cobiça! Inveja é querer que o outro não tenha, essa a grande tragédia do invejoso."

Sinceramente, não é porque, num dado momento, sofremos que devemos ficar na expectativa de que os outros sofram também. Isso é vingança, maldade, inveja... Fico impressionada com algumas criaturas que nem gostam mais da pessoa com quem se relaciona, mas não deixam o outro livre por puro capricho. Ou será que fazem isso, e outras coisas também, só por vingança, porque não aceitam perder, não aceitam sofrer em vão, não aceitam a felicidade dos outros. Afinal se não foi feliz porque não deixar que os outros sejam?

E aí o roteiro começa com as tais criaturas se fazendo de vítima de uma situação criada por elas mesmas; e levam algumas pessoas, desavisados e inocentes de plantão, a sentirem pena delas. Mas pena de quê ou de quem? Caramba, somos todos adultos aqui. Ou será que esse comportamento é algum um tipo de psicopatia, trauma de infância? Se for esse o caso, pode muito bem ser tratado em um psicólogo, psiquiatra, padre exorcista, reza braba... Perder com classe, e vencer com ousadia, é um comportamento que esse tipo de gente desconhece. Então você vai querer que o outro se dê mal na vida só porque o fulaninho ganhou a nota 10 ou a medalha de ouro?

Chega a ser triste, pra não dizer patético, o grau de apelação que algumas pessoas atingem só para aparecer, infernizar a vida dos outros. Daí criam Orkut, MSN, e-mails falsos, fazem o que a imaginação manda. Mas esquecem de pensar nas conseqüências de seus atos, principalmente depois que são descobertas, que seus disfarces são revelados. Sim, porque tudo o que plantamos hoje, será colhido amanhã. Ei, acorda! Ser vingativo faz um mal tremendo a alma. Irrita saber que essas criaturas são capazes das maiores maldades do mundo e ainda vêm com aquele papo de que não estão nem aí. Sinceramente, sejamos bem claros, quem não está nem aí, realmente não está nem aí; e não precisa provar, nem expor certas coisas ou pessoas para provocar. Não sei se classifico, chamo isso de humilhação ou baixaria. Fico na dúvida! Mas não importa. Só importa a intenção com que as pessoas fazem as coisas. Importa que precisamos seguir um fluxo de vida.

Esse tipo de gente é lamentável, são de fato, dignos de pena. Mas pena desse ciclo vicioso em que se colocam e que as deixam viverem a sombra de outras. Na expectativa de conseguirem, destruírem, saberem alguma coisa. Elas ficam ali na arquibancada da vida torcendo pra você se lascar, desculpem a expressão, mas é isso aí. Elas esperam, torcem, para que tudo dê errado; para que você perca o emprego, que brigue por qualquer coisa com as pessoas que gosta, que acabe o casamento, o namoro, a amizade... Isso alivia a alma desse tipo de gente. E porque? Porque são um bando de invejosos que não tem capacidade própria pra seguirem as suas vida em busca da própria felicidade, das próprias conquistas. São uns infelizes que gritam a sua desgraça aos quatro ventos e esperam que os outros tenham pena deles. Mas pena porque, minha gente?

O que esse tipo de gente deve esquecer é que a gente só passa por aquilo que a gente se deixa passar. E se fazer de pobre coitado é pra quem não tem garra o suficiente pra levantar e sacudir a poeira. Então, perde tempo se lamentando... Todo mundo sofre um dia na vida, não escapa um! Agora justificar seu sofrimento culpando o episódio a, b, ou c da sua vida, é perda de tempo. A vida passa sem graça para pessoas que vivem a vida de outras. Se você sabe que a inveja dói, causa sofrimento, então não procure por ela. Mas inveja é um bichinho triste e, no fundo, todo mundo tem um. Às vezes nem se percebe, mas fica ali, alimentando a maldade interior de algumas pessoas.

Mas o que fazer para se defender da inveja alheia? Ignorar! Se achar que é pouco, arruma um pouco de arruda, sal grosso, uma pimentinha... Meus amores, existem tantos amuletos pra isso! Além de muita oração. Não se preocupe, essas energias ruins não fazem mal só pra gente, mas para a pessoa que as envia também, pois somos como um espelho, bate e volta em dobro. É a, velha e famosa, lei do retorno. Infalível, acreditem!

Pessoal, todo mundo tem uma criaturinha invejosa por perto, que segue os nossos passos, que acompanha nossa vida e que no fundo mesmo queria ser como a gente. Mas determinação a gente cria com os erros e tropeços da vida. E se inveja mata... então que morram os invejosos. Viver a sombra dos outros é pra quem não compreende que o sol foi feito e brilha pra todos!


Srta. Marinho



P.S.: Obrigada Carol! Obrigada pelas boas conversas, pelas boas risadas e por ser essa amiga tão especial. Obrigada também pelas sacudidas que me dá e que me ajudam a perceber a maldade que às vezes eu não vejo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Feliz Aniversário, meu Guerreiro Menino!


Tem aproximadamente 1 mês que ensaio preparar mais um texto para celebrar teu aniversário. Parece que está ficando cada vez mais difícil te escrever... Talvez porque eu fique me policiando, castrando as minhas palavras para não falar tudo que quero, tudo que estou sentindo, tudo que estou percebendo. Então li e reli esse texto milhares de vezes, escrevi e reescrevi outro tanto. Pensei em deletar tudo e simplesmente não escrever nada! Daí lembrei o quão ficaste magoado, e com razão, pelo texto do ano passado. Quer dizer, texto não, pelas três frases malcriadas e ácidas do ano passado. Mas esse tinha que ser especial, afinal de contas é para comemorar seus 40 anos. E são 40 anos de uma vida repleta de boas coisas, bons momentos, de realizações...

Tudo bem, eu sei que detestas a nova idade, mas não podes negar que é especial. Principalmente porque sei que tens muito para celebrar, comemorar... Mas ainda na incerteza do que te escrever, perdida, brigando com as palavras, me peguei ouvindo a música UM HOMEM TAMBÉM CHORA (GUERREIRO MENINO) de Gonzaguinha. Nem sei se conheces a música, se já ouviu alguma vez, mas associei parte da letra a ti, ao teu momento atual, ao que sei sobre ti. Em como tenho te visto, um homem que também chora, que nos últimos 5 anos não teve medo de demonstrar fraqueza, fragilidade, medo, insegurança... Que não teve medo de se desesperar! E ao mesmo tempo como um guerreiro menino que luta, que supera e se supera, que sabe sorrir, se diverte plantando bananeira no meio do expediente, defende aqueles que ama, sabe fazer sorrir as pessoas que, como eu, o amam da forma mais despretensiosa do mundo. E que reage porque sabe que é melhor sorrir!

Dos teus 40 anos, eu faço parte dos últimos 5 anos. E nesses últimos 5 anos, até porque só posso falar deles mesmo, muitas coisas aconteceram. Foram 5 anos de uma intensidade... Pode até ser que alguns não tenham sido lá os melhores, mas certamente não foram os piores e muitas coisas boas aconteceram. Sempre que deixaste, eu participei desses bons momentos, te consolei em alguns maus, brigamos em outros, mas sempre soubemos reconhecer a importância que temos na vida um do outro. Tu és um dos melhores presentes que Deus colocou em minha vida e agora estou aqui tentando traduzir em palavras o quão deves celebrar a data.

Acredito que aos 40 anos tu realizaste coisas que algumas pessoas com o dobro de tua idade não realizaram. Viajaste, conheceste pessoas, amaste, não foste amado, foste amado e não reconheceste o amor que te ofertaram. Construíste tua vida profissional e pessoal. Honraste teu pai e tua mãe. Tens um filho maravilhoso que, só ele, já justifica a tua existência. Só ele já justifica o quão és grande, maravilhoso e especial. E daí que passaste por maus momentos? E daí que algumas pessoas tenham te traído? E daí que, em certo momento, tu tenhas sentido medo ou raiva? Isso tudo faz parte da nossa natureza, nos ajuda a crescer, amadurecer. Pensar nisso tudo deveria te fazer olha no espelho, se reconhecer com 40 anos e ficar muito feliz. Eu fico feliz por você e pelo homem que és e pelo que hoje representas em minha vida.

Hoje mais do que nunca te vejo como o homem da canção de Gonzaguinha. Hoje mais do que nunca te amo, te respeito e fico feliz por tê-lo em minha vida. Hoje eu te olho, me orgulho e reconheço esse homem que és... Um homem que hoje não tem medo de chorar, de se desesperar quando vê que castraram seus sonhos, suas expectativas, sua confiança, que não tem medo de dizer que sofre. Porque homens também choram! Orgulho-me mais ainda do guerreiro menino que vejo em você, e que é de uma simplicidade, de uma generosidade, de uma humildade sem tamanho... Que não tem medo de reconhecer e admitir que errou, de voltar atrás e pedir desculpas, de sorrir e fazer sorrir. É teu aniversário, mas acho que o maior presente foi dado a todos aqueles que podem gozar de tua companhia, de tua amizade, de tua presença em nossas vidas. Ainda não perdi a esperança de um dia celebrar a teu lado, de um dia olhar em teus olhos e dizer o quanto sou feliz por tê-lo por perto e do tanto que te quero bem.

Não sei se consegui expressar exatamente o que eu queria com esse texto, não sei se vais gostar como sei que já gostou de outros... Também não quis fazer um texto parecido com os anteriores e descrever aqui situações pelas quais já passamos. Fiz um texto diretamente para ti... As palavras aqui escritas são a tentativa, quase infantil e romântica, de não deixar que esqueças o quão és importante para mim. O quanto a data de teu aniversário é importante para mim e que todos os dias eu agradeço pela tua vida. Defenderei e lutarei por tua felicidade, mesmo que hoje as coisas pareçam estar estranhas. Confio em Deus e no tempo dele para que as coisas se acertem entre a gente. Nos últimos cinco anos passamos por coisas piores e superamos. E que mais 40 anos venham, pois estou certa que muito ainda teremos que celebrar.

Feliz aniversário!


Srta. Marinho


UM HOMEM TAMBÉM CHORA (GUERREIRO MENINO)

(Gonzaguinha)

Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os torne perfeitos
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz
Não dá pra ser feliz

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

SÓ POR VOCÊ...

E se você quiser um mundo colorido, eu compro todas as canetas coloridas, tomo emprestada todas as cores do arco-íris só pra você. Se quiser, encho sua vida de cores. E se você quiser cheiros e aromas, lhe faço um jardim, uma horta e planto as mais lindas flores e as ervas mais aromáticas só para alegrar a sua vida.

Percebe, percebe as pegadas na sua alma? Diz-me o que você quer, e então nós vamos fazer. Não há nada que eu não faça pra ver brilhar no seu rosto o sorriso mais lindo, feliz e tranquilo. Se for amor que você quer, então é amor que eu vou lhe dar, é amor que nós vamos fazer, da maneira mais louca, mais intensa, mais sublime, mais verdadeira.

E se você quiser, eu abro as janelas do mundo para o sol do novo dia entrar, aproveito e lhe mostro as mais belas paisagens só pra ver brilhar esses seus olhos que mais parecem um oceano. E se você quiser ir mais alto ainda, eu abro as minhas asas e lhe ensino a voar. Dou carona a você na minha loucura pra lhe mostrar o que é adrenalina. E não há o que eu não faça por você!

Se você sentir frio, eu serei o seu calor, mesmo que congelada eu fique. E nos dias de calor serei sua sombra e matarei sua sede. E se você sentir medo, eu enfrento o seu temor, saio em sua defesa e lhe protejo. E como diria o poeta, ‘...serei teu pão, tua comida e todo amor que houver nessa vida’. E é esse amor que só você, e nossos frutos, vão conhecer!

Se você quiser, eu componho música, faço dança, apanho a estrela mais brilhante, crio a surpresa mais criativa, faço serenata e aceito casar com você mil vezes, só pra ver brilhar a luz do seu sorriso, pra ver sua alegria constante. Eu lhe enlouqueço, lhe acordo de madrugada pra fazer amor, lhe beijo pela manhã ao sair para o trabalho com todo o meu amor e lhe garanto assim o melhor dia, todos os dias. Dou-lhe carinho e atenção. Mas entenda, não quero ter você na mão! Quero ter você ao meu lado, quero fazer de você, e de mim, uma pessoa ainda melhor, por que eu sei que seremos os melhores, para nós dois e para quem estiver a nossa volta. Todos serão contagiados!

Quero fazer de você o homem mais realizado desse mundo. Que dure o que Deus escreveu que deva durar. E se for eterno, sorte a nossa! Se for assim, não precisa ser um amor como é amor de cinema, que faz milhões de pessoas caírem as lágrimas, até porque esses só duram até os créditos aparecerem. Que o nosso seja real, seja materializado, personificado através de você e de mim.

Que eu seja a melhor de todas, em todos os sentidos, na eternidade da tua memória. Enquanto estivermos juntos, eu serei o teu melhor, a tua melhor amiga, a tua melhor mulher, a tua melhor namorada, a tua melhor amante, a tua melhor conselheira, o teu melhor ombro, e aquela que vai até o infinito pra fazer desse amor, o amor mais lindo.


Srta. Marinho



domingo, 13 de dezembro de 2009

Bem... quem me conhece sabe que eu não costumo colocar aqui textos que não sejam meus. Mas hoje me peguei lendo esse texto, que eu adoro, de Martha Medeiros, escritora gaúcha que eu gosto demais. Resolvi publicá-lo porque hoje parece que o coração tirou o dia para FAZER DE CONTA. Fazer de conta que não estou sentindo tua ausência, teu distanciamento, tua frieza... Faço de conta que não sinto, que não me preocupo, que não passo noites, e dias também, pensando em você. Fazendo de conta que estou aceitando tudo e me calando pra não falar o que está gritando dentro de mim e te perder de vez. Mas acho que eu não estou fazendo de conta sozinha!


Srta. Marinho




FAZ DE CONTA (por Martha Medeiros)


Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO.

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.

Debocho de festas e de roupas glamourosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eu estou falando de amor...



Já te falaram do amor? Acredite, ele não é cor-de-rosa. O amor até tem cores interessantes, mas não é essa cor de contos de fadas que cintilam aos olhos. Ele não é perfeito e constante, assim como muitas outras coisas que povoam nosso imaginário lúdico. Porque a bailarina não passa o dia vestida com saia de fru-fru, nem o palhaço passa o dia fazendo graça pra gente sorrir, nem o equilibrista passa dia se equilibrando na corda bamba...

O amor é uma teimosia indomável do coração! É um ciúme escondido de dividir com quem apenas paga o ingresso e dorme sentado. É vontade de se revelar pra a vida, puxar todas as cobertas, deixar a luz, sentir o calor que invade a alma e transpirar por todos os poros. É sair feliz e, porquê não, infeliz do exercício de ser. O bom não é o perfeito. Perfeito é o completo; o bom e o ruim; o seguro e o inseguro; o mágico e o real. A perfeição é, em toda a sua essência, amplitude. A imperfeição ajuda a empurrar o tempo. Amor é, também, sair ferido pela palavra mais inocente; quando se é equilibrista e a criança diz que prefere o palhaço. Sem contar que o amor não é constante e permanente, não devemos nos agarrar a essa ilusão, pois nem o amor próprio resiste tanto tempo sem umas reavaliações.

Você deve estar se perguntando por que eu estou insistindo nessa tecla... É que eu resolvi falar da tal Síndrome da Cinderela. Eu achava que a tal síndrome acometia só as mulheres, mas existem homens que padecem também deste mal e insistem em não constatar o óbvio: Tudo na vida é provisório e passageiro, inclusive nós mesmos. Então esqueça esse papo de procurar alguém pra vida toda, e simplesmente viva cada segundo ao lado da pessoa com quem está nesse momento como se fosse o último. Como se fosse a vida toda. Porque se um dia acabar, e oremos para que não, não haverá traumas.

Acredito que a maioria das mulheres já teve ou ainda tem a vontade de conhecer o tal príncipe encantado que nunca vai existir, porque somos humanos, e assim sendo, somos imperfeitos. O que não há nada de errado! Aliás, são essas imperfeições e diferenças que dão sabor a uma relação. Não existem parceiros perfeitos, só aqueles que inventamos de amar.

Conheço uma pessoa que morre de medo que a namorada não seja a mulher da sua vida. Então eu me pergunto, e o que tem demais se ela não for? Porque perder tempo se preocupando se vai dar certo ou não? Não é melhor, em vez de ficar se preocupando com bobagens, aproveitar, explorar, descobrir, experimentar o relacionamento? E se não der certo, vira-se a página.

Continuo achando lindo as pessoas, mesmo com toda promiscuidade que existe hoje em dia, ainda acreditarem nessa coisa mágica e única chamada amor. Acho lindo sonharem com casamentos duradouros, uma casa com quintal, jardim, filhos e toda essa coisa de envelhecerem juntos, porque é o que eu desejo pra mim também. Porém, não vai existir um homem que me complete em tudo ou eu a ele. Sempre vão existir defeitos, limitações, restrições... O importante, quando existe o amor, é saber lidar, conhecer, aprender, observar, aceitar, respeitar as diferenças do outro. E pensando bem, se ele se parecer muito comigo, vai ser um grande problema, pois nem eu sei de mim por completo. Como outro alguém vai saber?

Ultimamente tem sido uma constante as pessoas me questionarem o fato de eu estar sozinha já há algum tempo. Quer dizer, sozinha não, solteira. É sempre a mesma coisa:

- Como é possível uma mulher como você estar sozinha?

O assunto tem virado discussão em mesa de bar e reunião de amigos e familiares. Até meu irmão resolveu me apresentar seus amigos. Algumas pessoas questionam até o fato de eu estar sozinha e feliz! De fato não existe tristeza nenhuma em mim, se houve um dia, hoje não há. Certa melancolia pode até ser, mas tristeza não. Continuo com o mesmo sorriso, brilho no olhar, gosto por viver e ‘amar as pessoas como se não houvesse amanhã’. Mas eu não sei amar, ter uma pessoa em meu coração, minha mente, meus pensamentos e, por não estar com ele, ficar, estar com outras pessoas só para satisfazer a vontade alheia ou uma carência que por vezes existe sim.

Claro que em algumas situações, essa condição de estar solteira incomoda um pouco. A pior situação é nas sessões de cinema, principalmente nos finais de semana. Muitas vezes meus amigos com seus companheiros e companheiras, e eu com meu pacote de pipoca ou doces. Às vezes são casais anônimos e eu ali junto assistindo comédia romântica, com todos aqueles roteiros repletos de suspiros, beijos e abraços. Não me incomoda mesmo o fato de estar sozinha, mas me incomoda que em boa parte desses filmes, os casais são felizes para sempre e sem problemas reais. Como pode? Existem cenas de amor que a gente fica sonhando que aconteça na vida real, pelo menos nós mulheres, quase sempre desejamos, pensamos assim. Aí sim eu me sinto um pouco só! Então resolvi não ver mais comédia romântica, principalmente no cinema. Boa não é?

Entendam, e aceitem, estou solteira porque estou, sou apaixonadíssima por um homem encantador. E que eu tenho certeza que na hora que resolver dar uma chance a nós dois, faremos um efeito maravilhoso na vida um do outro e teremos nosso amor admirado e respeitado por muitos. Mas e se ele não quiser? Paciência! Vou ter que superar... Mas tudo isso leva tempo! Não gosto, nunca gostei dessa promiscuidade de sentimentos, sair ficando por aí, pulando de ‘boca em boca’. Então, diante dessa situação em que me encontro hoje, resolvi fazer um pacto com o amor. Por isso, estou sozinha porque fiz um pacto com o amor, eu não procuro por ele, nem ele me persegue. Um dia a gente se encontra. Claro que nos encontraremos!

Quem me conhece de verdade, sabe que eu nunca fui de ficar por ficar, e não vai ser agora que vou me enfiar numa balada a procura da batida perfeita, ou melhor, da pessoa perfeita pro meu coração. Festa, farra, balada às vezes é legal, mas todo final de semana, muitas vezes até a semana toda, é coisa de gente vazia e boemia demais, com o perdão da palavra e com respeito aos que fazem isso. O que Deus me reservou, com certeza, não está enfiado em um boteco ou casa noturna. Sem contar que, algumas pessoas são tão especiais que não devemos machucá-las ou iludi-las quando simplesmente queremos ficar sozinhos. E eu estou sendo bem clara com todo mundo, é uma decisão minha estar e ficar sozinha. E olha que ficar sozinha comigo mesma já dá trabalho! Permaneço solteira por opção minha e do meu coração. Pedidos de namoro, e até de casamento, recebi vários nos últimos meses...

Estou até gostando desse meu momento de ficar só comigo, de me dar esse tempo, essa chance. Estou aproveitando para me (re)conhecer, me (re)descobrir. De repente, ainda não me sinto pronta pra dar um vôo mais alto. De repente meu coração me pede para esperar mais por ele. Falta-me, quem sabe, um pouco de coragem pra resolver essa situação em que me encontro de uma vez por todas, então estou preferindo manter os meus pés no chão. Prefiro não ser, por enquanto, a namorada parceirona, porque eu simplesmente não sei não ser parceirona quando eu namoro. Prefiro, por enquanto, não me dedicar como eu quero e sei que eu vou me dedicar, porque eu simplesmente me dedico, mergulho de cabeça em tudo o que eu faço, e me dou por inteiro, dou o meu melhor. Mesmo sabendo que nem tudo tem recompensa. A minha recompensa é saber que eu fui, sou a melhor para o meu companheiro (quando tenho um) e que isso não será esquecido. Não quero ser só uma mais namorada na vida de uma pessoa... Não por enquanto!

Amar é bom! Ter um companheiro, um cúmplice, um amigo é bom, até por que não existe amor sem isso. E ficar só também é! E não é crime ou pecado minha gente, amigos do meu coração que tanto me querem bem, sou grata por todo carinho... Mas acreditem, estar só não significa, nem de longe ser ou estar triste. E é apenas isso que eu quero e preciso que vocês entendam. Até porque, o palhaço quando não está palhaço, às vezes, também se sente só e nem por isso deixa ser palhaço. Até os realistas-românticos como eu também amam (muito) e sabem que ficar só, é uma coisa provisória.

Ter alguém, um companheiro, não deve ser necessidade, prioridade única na vida de ninguém. Amar não é apoiar-se no outro, amar é trilhar, construir juntos um caminho. Amor é perceber e aceitar que a bailarina também cansa, que o palhaço nem sempre vai te fazer sorrir e que o equilibrista, às vezes, se desequilibra e cai.

Amor é mais que romance. Amor requer paciência, companheirismo e muita paixão por aquele que não se tem e nem nunca vai se possuir. Amar é ser equilibrista, bailarina e um grande palhaço, entenda as entrelinhas como quiser, afinal de contas, o amor não foi feito pra se explicar ou compreender, apenas para sentir e amar.
Srta. Marinho
A Lista...


Faltam pouco menos de 20 dias para o Natal... De uns anos pra cá eu deixei muito de curtir essa época do ano. Sei lá, me bate uma coisa meio triste, meio melancólica e fico me perguntando se sou só eu ou se todo mundo pensa igual e faz um esforço tremendo para parecem os mais alegres possíveis. Não cheguei a conclusão nenhuma! Mainha é que vez ou outra me diz: ‘Quando você tiver sua família, sua casa, seus filhos, entenderá por completo o sentido do Natal.’ Pode ser que ela tenha razão, mas até esse dia chegar...

Me peguei esses dias pensando nos Natais de minha infância, adolescência e de como toda a agitação da noite de Natal mobilizava a minha casa. A família toda reunida, tios, primos, avós, a oração antes do jantar, a expectativa pelos presentes, as risadas... muito bom! Daí eu lembrei que meu pai, sempre que estávamos a 1 mês, 20 dias da festa, reunia a mim e minhas irmãs e pedia que fizéssemos uma lista com o que gostaríamos de ganhar, podíamos colocar até 10 itens na lista, era uma delícia. Quase sempre ganhávamos tudo que havíamos pedido e até um pouco mais. Era uma farra. Eu sempre fui ligada em tecnologia, jogos eletrônicos, de concentração, bichos de pelúcia... A expectativa pelos presentes era o máximo, mesmo sabendo o que havíamos pedido, faltava a certeza se ganharíamos mesmo. Nunca fui muito ligada em bonecas, achava de uma mesmice sem tamanho, até que meu pai, além do que eu havia pedido, me deu uma boneca chamada Balila. A boneca tem uma cara redonda e bochechuda como eu, e meu pai resolveu me dá porque parecia comigo. Tenho essa boneca até hoje. Fora os presentes que eram moda na época, como: Pogobol, prancha de bodyboard, patins in-line, pense bem, nitendo, menina-flor, meu pequeno pônei... Muita coisa. Que lembrança bacana essa de agora!

Hoje os meus presentes são mais simples, porém tão significativos quanto a época de infância. Então, esse ano, estou tentando me animar um pouco em relação as festas natalícias... Aconteceram muitas coisas boas e ruins esse ano e eu espero terminar com o saldo, principalmente das emoções e sentimentos, no positivo. Decorei a casa, como há muito não fazia e sempre curti essa coisa de enfeitar tudo, montar a árvore, a guirlanda, o presépio... E de uma forma bem simbólica, para resgatar aquele ‘brilho’ que havia na minha infância, resolvi fazer uma lista das coisas que eu gostaria de ganhar esse ano, quem sabe Papai Noel deixa de ser cretino e em vez de tomar meus presentes, me dá algum. É bem fácil que eu até me dê de presente algumas delas.
Aí vai a minha lista:

1. Queria a coleção das temporadas completas da série Grey’s Anathomy ou Friends;
2. Um dos perfumes Givenchy que eu adoro – AMARIGE, ABSOLUTELY IRRÉSISTIBLE e/ ou VERY IRRÉSISTIBLE; ou POISON de Dior;
3. O Box com todos os filmes de Pedro Almodóvar;
4. Um dos conjuntos da nova coleção da Fruit de La Pasion;
5. Um relógio Swatch da coleção FULL BLOODED – Swiss Made – Prata;
6. Um óculos RAY BAN, bem nos estilo Jackie O;
7. O livro O MUNDO DE SOFIA de Jostein Gaarden (roubaram o meu) ou DON QUIJOTE de Cervantes (edição completa e em espanhol);
8. Um notebook;
9. Um caixa (linda) para colocar jóias e ‘otras cositas’ que vi na Modelo, de madeira trabalhada com veludo por dentro;
10. Um dos vestidos da nova coleção da FARM.

Claro que a lista não está na ordem de preferência e esses representam apenas algumas das coisas que eu gostaria de ganhar. Mas no fundo o presente que eu gostaria para esse ano e para todos os outros, não cabe em nenhuma lista, ele sequer tem preço. Até porque há coisa que o dinheiro não compra! E esse presente valeria por qualquer outro e traria a felicidade mais plena e absoluta para mim. Porque sei que eu faria de tudo, e mais um pouco, para ser totalmente merecedora. Porque eu cuidaria desse presente da forma mais cuidadosa, zelosa e apaixonada do mundo. E com esse presente eu estaria completa! Mas esse presente, sou eu que tem que (re) conquistar!
Srta. 'cheia de esperanças' Marinho

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

TÔ NEM AÍ...


Sabe quando se está muito feliz e, pouco importa o que os outros digam ou o mar de inveja de gente pequena, a gente simplesmente nada de costas e berra: TÔ NEM AÍ, TÔ NEM AÍ...! Resolvi caminhar pela vida com calma, com olhos atentos, sorrindo, trazendo no peito só alegria e amor.

Decidi carregar meu coração nas mãos, com todo cuidado do mundo. Ele é meu guia, minha razão, meu oráculo da sorte, quem me diz a verdade, quem me diz o tipo de pessoa que eu devo ser. É nele que eu carrego todas as respostas para as minhas perguntas. No fundo, nosso coração sabe as respostas para todos os nossos "porquês". Carrego meu coração puro de toda a maldade, não guardo coisas ruins nele, não guardo más lembranças, não guardo nada que pese mais que a felicidade.

Levo comigo a bondade, o olhar de quem não vê com maldade e assim entre um passo e outro, eu vou vivendo feliz! Fazendo meu caminho com a humildade de quem sabe onde se deve e pode chegar. Faço minha caminhada aproveitando cada segundo, porque o melhor não vem depois, o melhor é o agora, o melhor é o todo. O melhor é a conquista, a realização, a concretização. O resto, tô nem aí.

Quero mais é ser feliz. Quero mais é beijo na boca demorado e acordar fazendo amor. Quero mais é comer doce sem pensar na dieta. Quero mais é caminhar na praia com os pés descalços, sentindo as ondas lamberem minhas pernas. Quero mais é tomar banho de chuva, sentir o cheiro das flores. Quero mais é assistir todos os filmes que der vontade, ler todos os livros que despertam meu interesse, assistir todas as peças que me façam relaxar, fazer todas as viagens que me façam conhecer bem mais que paisagens.

Quero mais é amar o homem incrível que escolhi para amar, sem ter que dar explicações a quem quer que seja do porque insistir quando nem ele ainda sabe se me quer. Quero mais é estar em companhia de gente interessante, de pessoas agradáveis e de valor. Quero mais é rir sem motivo. Quero aprender tudo o que eu ainda não sei. Quero mais é escrever, cantar, compor, fazer música, fazer amor. Quero mais é dançar até as pernas ficarem dormentes. Quero mais é trabalhar fazendo o que eu gosto com amor. Quero mais é ter, e fazer, amigos e amigas e que eles sejam uma questão de qualidade e não de quantidade.

Quero mais é abraçar, todos os dias, as pessoas que eu amo, tê-las por perto e quando isso não for possível que uma ligação, e-mail, oração possam aliviar a distância. Quero mais é casar, me juntar, viver com aquele mesmo homem incrível antes citado e com ele criar seu filho, ter os nossos filhos, viver em harmonia e afeto com nossas famílias. Quero mais é toda a simplicidade do amor puro e verdadeiro na minha vida.

No mais, tô nem aí pra quem quer que eu me rale, pra quem não quer ver as coisas dando certo em minha vida, pra quem quer me ver quebrando a cara, para quem isso ou aquilo. Tô nem aí pra maldade alheia! Tô nem aí... Quero mais é ser feliz!
Srta. Marinho

domingo, 6 de dezembro de 2009

METADE DA LARANJA

Não se pode mais afirmar que todas as pessoas procuram pela metade de sua laranja. Até porque já existem muitas pessoas convencidas que a metade da laranja é um problemão. O bom mesmo é achar uma pessoa inteira, completa! Contudo, a ideia que persiste ainda hoje é do juntosomosum.

Já vivenciei diversas situações onde estava acompanhada do meu irmão ou de algum amigo e fomos tratados como casal. Não me incomoda o fato de ser tratada assim, afinal de contas, em tese, éramos um casal. Mesmo que a definição de casal no dicionário seja, em partes, retrógrada (par; composição de macho e fêmea ou marido e esposa). Longe de mim querer criar polêmica ou debater sobre ‘o macho e a fêmea’, éramos um par, composto de um homem e uma mulher com estados civis solteiros.

Mas voltando a história... Eu e meu amigo Davi fomos à rede Subway, um ótimo lugar para treinar decisões em curto prazo, talvez seja isso que nos faz gostar tanto de lá. Ambos, por vezes, indecisos tínhamos que escolher a composição do sanduíche: pão, recheio, saladas e molhos. Quem conhece o sistema da Subway sabe o roteiro que precisamos seguir: Qual é o Pão? Qual o recheio? Alface e tomate? Pepino, picles, azeitona? Sim! Não! Sim!
Decidimos que além do sanduíche levaríamos cookies de sobremesa. E aí começou a tentativa do atendente de nos transformar em um casal.

– O pagamento é junto? – perguntou o atendente.
– Não, é separado! – eu disse.
– As bebidas são juntas? – insistiu.
– Não, não... Separadas mesmo! – disse Davi diante da persistência do atendente em nos juntar.

Mas não convencidos e insistentes, os atendentes colocaram os sanduíches e as bebidas na mesma bandeja. Pode parecer bobagem, mas no mundo self-service que vivemos, eu acreditava e esperava que cada um ganhasse a sua. Nossa bandeja foi concluída com os cookies e um pouco mais de insistência.

– Os cookies posso colocar no mesmo saquinho?
– Não! Separados! – eu respondi e tive a certeza que estavam nos tratando como um casal.

Que mania estranha algumas pessoas têm de acharem que são Noé e teimam em juntar todo mundo em parzinhos? E mesmo que fôssemos um casal de namorados, precisaríamos fazer tudo junto? Comer na mesma bandeja, beber no mesmo copo, pegar os cookies no mesmo saquinho? Cadê a individualidade? A singularidade? A independência conquistada? Muitas vezes me pergunto sobre o que os casais de hoje em dia estão fazendo por ai, para que isso se reflita em tamanha simbiose? Tudo é junto, nada é separado? Alguém considera esse comportamento como prova de amor? Ou será, apenas, que eu sou a implicante e antiquada da história?

Longe de mim discordar do quanto é bom estar perto de uma pessoa que gostamos. Do quão prazeroso podem ser os encontros, as conversas, os beijos, os toques, a cumplicidade, o companheirismo, mas acredito que existam espaços e principalmente momentos para que isso aconteça. O espaço público exige comportamentos diferentes dos espaços privados, essa é a regra base para uma sociedade civilizada. Querem se abraçar, beijar, namorar em público, ótimo, mas não fiquem tão a vontade!

O amor realmente é lindo! Mas parece que a vontade de quebrar as leis da física é incrível. A simbiose dos relacionamentos está na moda, mas são as metades da laranja que impressionam os ambientes das pessoas inteiras.
Srta. 'inteira' Marinho

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CHEGA DE SER BOAZINHA, APRENDENDA A DIZER NÃO



Há um momento na vida em que nós devemos dizer não a tudo aquilo que nos faz mal. Simplesmente não entendo como ainda possam existir pessoas, e elas não são poucas, que por medo de desagradar acabam fazendo coisas que não tem vontade. Pessoas que dizem sim quando na verdade querem dizer não. E sabe qual é o resultado disso? Pessoas com seus desejos e vontades afundadas no medo. Medo! E é esse medo que impede muita gente de ser feliz. Medo que o fulano ou a ciclana não goste do que fazem ou fizeram. Medo que o namorado ou namorada não goste das mesmas coisas, medo de emitir uma opinião que considera ser a correta, medo de discordar... Como é possível se permitir ter esse medo? Como é possível ter medo de ser você mesmo? De ser verdadeiro?

Passamos uma vida tentando nos conhecer, tentando descobrir do que gostamos, que caminhos devemos seguir... E hoje, acho normalíssimo fazermos e sermos o que e quem queremos, porque essa é a única maneira de sermos realmente felizes. Muitas pessoas não sabem dizer ‘não’ a um favor irritante que não querem fazer. É mais complicado quando se trata de um favor importante, mas se você não está a fim, seja claro e diga de uma vez por todas que não o fará.
Observo muito que, cada vez menos, as pessoas deixam de reclamar seus direitos. Às vezes é uma coisa simples e banal como a blusa nova que na primeira lavagem, encolheu ou o garçom que, além de ter sido mal educado, trouxe o pedido errado ou ainda gente que, na cara de pau, fura a fila bem na sua vez de ser atendido. Ou mesmo dentro de casa quando abrem uma correspondência que foi endereçada a você. Existem vários outros exemplos que eu poderia ficar aqui citando por horas, mas quando isso acontece você tem mais é que por a boca no mundo. Não estou falando que deva ser antipático, fazer escândalo, baixaria, ser mal educado nem nada disso. Mas até mesmo quando estamos no supermercado e na hora do troco os operadores de caixa não nos devolvem 0,10 centavos que seja, devemos exigir o que é nosso por direito. Claro que, sem perder a classe jamais! Fale de maneira educada, calma, paciente, porém firme. Seja uma pessoa de atitude. Pare de pedir desculpas por nada. Peça desculpas quando elas realmente forem necessárias.
Corte as asas de pessoas invejosas, seja indiferente ao veneno de pessoas maldosas e, caso se faça necessário, fale o que deve ser dito e de maneira bem clara para que não restem dúvidas. Se ainda assim não quiserem lhe entender, insista e continue agindo de maneira educada, sem jamais descer do salto. Aprender a dizer não é um bem que nós devemos fazer a nós mesmos. Dizer não, não é deixar de ser uma boa pessoa, mas ser boa consigo mesmo. Fazer o que se quer, respeitando os limites dos outros e os nossos, e reclamar o que se deve com classe e educação, nos torna pessoas de personalidade.

Cansa ver pessoas que entram na pele de um personagem, muitas vezes idealizado pelo parceiro ou parceira, e tentam ser aquilo que não são simplesmente pra prender a pessoa a seu lado. Por Favor... A distinta pessoa que o acompanha tem que gostar de você do seu jeito. E se não gostar, simplesmente, não é a pessoa. A gente evolui, cresce, amadurece, cai algumas vezes, levanta muitas outras, comete inúmeros erros, vários acertos, mas ninguém muda personalidade e caráter. Pode mudar de roupa, de sapato, de emprego, de cidade, de parceiro ou parceira, mas de personalidade e caráter, não!

Considero ridículo mulheres que deixam de usar uma determinada roupa ou homens que deixam de sair só com os amigos por conta do ciúme doentio do parceiro ou parceira. Cadê a personalidade, a individualidade de ser humano, o direito de ser quem você é sem ter que mudar para agradar?

Na vida, temos sempre duas escolhas que determinam quem somos e como somos. E essas duas escolhas que temos a oportunidade de fazer são bem claras: Ou você se torna mais um robô nas mãos de quem quer que seja, desrespeitando os seus limites para agradar os outros, ou você vive uma vida feliz sendo você mesmo, respeitando suas limitações e as dos outros. Isso se chama personalidade, caráter, atitude. Não tenha medo de desagradar, tão pouco de agradar a si mesmo e não aos outros.

Nossa vida é passageira... E, às vezes, desagradar com educação é muito mais válido do que ser uma mentira pra agradar.
Srta. Marinho
Ah o SAMBA...

Ontem, dia 02 de dezembro, foi DIA NACIONAL DO SAMBA. Por pura falta de tempo, não publiquei nada ontem. Então, resolvi faze-lo hoje.





Samba… Eita palavrinha mágica! Ao falar em samba eu lembro automaticamente de alegria, cadência, molejo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia... De certa boêmia que o ritmo por si só lança no ar. Lembro das origens, do “jeitinho brasileiro”, da malemolência, do passista, da mulata fogosa, das noites estreladas, do feitiço das batucadas, dos morros.
O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e em 1963 virou uma comemoração nacional.
O ritmo tem suas origens na África, derivado do lundu e do batuque. Os escravos que vieram para cá o trouxeram e o ritmo se popularizou. Este ritmo se diversificou e se multiplicou, agora possui várias vertentes: o samba-enredo, partido alto, pagode, swingueira, sambalanço, samba rock, samba reggae... Contudo o dia dois não é apenas o dia do samba, é também dia do bom malandro e das comunidades que se criaram e cresceram tendo o samba como herança. Há quem diga que o samba é carioca, uns que dizem que é baiano e outros afirmam que é pernambucano. Mas com uma coisa todos concordam O SAMBA É BRASILEIRO!
Muito são os nomes que ao longo dos anos valorizam o ritmo, como Ary Barroso, Cartola, Nelson Sargento, D. Ivone Lara, Monarco, Bezerra da Sila, Paulinha da Viola, Roberto Silva, Leci Brandão, Elza Soares, Riachão, Zé Ketti, Pixinguinha, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Almir Guineto, Sombrinha, Jamelão, Martinho da Vila, Alcione... Chegando a nomes da nova geração como Dudu Nobre, Monobloco, Maria Rita, Roberta Sá, Mariana Aydar, Seu Jorge, Paula Lima, Casuarina, Mart’nália, Diogo Nogueira, Aline Muniz, Diogo Pozas, Simoninha e tantos outros que elevam o ritmo a máxima potência e não deixam o samba morrer.
O samba não tem idade. O samba não é como esses ritmos da moda que depois que passam ninguém sabe cantar uma música. O samba está vivo e constante. É bonito ver pessoas de mais idade empolgadas com um samba, mas bonito ainda é ver as novas gerações, como a minha, se derreter pelo ritmo e entoar canções que chegam a ter mais idade que nossos pais, mas que seguem tão originais e contagiantes. O samba não tem preconceitos, não tem segregação, não tem discriminação... Basta uma roda de amigos, uma batucada cadenciada e a festa está feita. Porque samba é isso. Samba é alegria, amor, paixão, amizade. O samba tem a cara, o ritmo, o cheiro do Brasil. O samba alegra, emociona, contagia... e mesmo que não saiba um passo, uma música é só senti-lo com o coração e se deixar levar. Adoro, sou apaixonada por música e não tenho muito tempo que eu descobri que o sangue corre em minhas veias. Eu sou do samba. Eu sou o samba! E é com o samba que vou, é no samba que eu sigo. Pra quem não gosta, sinto muito, mas já diz o ditado ‘é ruim da cabeça ou doente do pé.’
Srta. 'do samba' Marinho

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Há tanta vida lá fora...

"...tudo muda o tempo todo no mundo. Não adianta fingir, nem mentir pra si mesmo agora... Há tanta vida lá fora..."
(Como uma Onda - Lulu Santos)



É, tudo muda. Principalmente aqui dentro... Bem dentro de mim. Engraçado como tudo muda na nossa vida em questão de anos, meses, semanas, dias... Tem coisas que eu ainda tenho medo de escrever, medo de ‘gritar’ pra todo mundo ouvir (ler!) Até porque tudo está tão bom, tão maravilhoso, que a gente não quer que nada atrapalhe. Sinto-me tão bem, tão viva, agora mais que nunca.
Então hoje eu quero escrever sobre coisas boas, coisas bobas, coisas minhas. A começar pelas borboletas a minha volta, pelos anjos perto de mim, pelo tanto de vida que há em mim. Não há motivos, reais, para ter medo. Não que o medo não exista, mas eu vou seguindo... Não sem medo, mas eu vou apesar de tudo! Preciso ir e vencer tudo, até os medos.
Deus certamente torce por mim e está guiando os meus passos, iluminando minha vida. Por isso, mesmo que o medo exista e ele sempre está ali, eu confio mais em Deus. Nesse grande ‘jogo’ que é a vida, precisamos driblar as coisas ruins e vibrar quando acertamos.
Sabe, desde pequena eu aprendi que devo lutar com unhas e dentes, e nunca desistir. Aprendi que lutar pelos meus desejos e sonhos é totalmente possível, mas sempre dentro das regras. Não posso ultrapassar os meus limites e devo sempre respeitar os limites dos outros. Eu aprendi ainda que as vezes é preciso perder e não devo me lamentar por isso porque tudo há uma razão de ser. Já perdi amigos, pessoas queridas, já perdi no banco imobiliário para o meu sobrinho de 10 anos, já perdi um brinco que eu gostava, já perdi aquela blusa que eu amava... Já perdi algumas vezes, mas perdi mais quando me deixei perder. Quando me perder fazia, aparentemente, algum sentido. Mas muitas das perdas, muitas vezes as que eu nunca entendia ou aceitava, era Deus me dizendo que mais tarde eu ganharia algo bem maior. Afinal de contas,
nada é melhor que ganhar um sorriso de alegria de uma criança de 10 anos, nada melhor que deixar nossos amigos partirem pra mais tarde nos reencontrarmos, que as pessoas queridas quando, um dia morrem e, se juntam ao Pai Celestial para o descanso eterno, encontrar no meio do nada aquele brinco ou blusa...

Outro dia, assistindo ao filme ‘Amor além da vida’, ouvi uma frase que me fez prestar atenção em algumas ‘perdas’ que tenho tido ao longo da vida. A frase dizia que: ÀS VEZES QUANDO VOCÊ PERDE, VOCÊ GANHA. Aliás, me identifico muito com esse filme porque ele fez com que eu percebesse algumas coisas, ele me ensinou algumas coisas sobre eu mesma. Porque inúmeras vezes eu tive medo de ter ir além, mas eu sempre acabo indo apesar do medo que vez ou outra sinto.
Sempre fui minha maior e pior adversária. Foi o que eu me permiti ser e fazer. Pouco importa, não interessa quem são as outras pessoas, tão pouco o que elas fazem. O que interessa mesmo é quem somos para nós mesmos e se o que fazemos aos nossos olhos e, principalmente, aos olhos de Deus nos é correto, digno.
Eu demorei muito para perceber certas coisas, demorei muito tempo pra ser assim como eu sou hoje, e ainda assim, tenho os meus inúmeros defeitos, já cometi vários deslizes, já pedi desculpas. Às vezes choro mais que criança! Choro por medo de me magoar ou porque magoei alguém que amo muito. Choro porque estou aprendendo a perdoar e deixar de ser tão dura comigo. Choro porque sou um animal sentimental que está aprendendo, muita coisa, na marra. Choro por saudade, choro por amor, choro algumas vezes sem nem saber por quê... Mas de tanto chorar acabo rindo, porque no fundo, eu ainda sou uma taurina chorona, romântica, sonhadora com ascendente em touro, o que me deixa ainda mais durona, realista, mas ainda assim excessivamente sentimental e a lua em touro que me enche de personalidade e acaba secando minhas lágrimas e me fazendo dar o mais belo dos sorrisos.A vida é mesmo encantadoramente maravilhosa! Cada caminho tem surpresas, cada dia tem uma nova porta a ser aberta, novas conquistas, novos amigos... A nossa vida é limitada, então não perca tempo vivendo a vida dos outros. Não perca tempo fazendo planos, perca tempo realizando, plantando, amando, sorrindo, vivendo.
Srta. Marinho