segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Agora eu sei, me curei de você!


‘Nada acontece por acaso...’ Muitas vezes já pronunciei essa frase. Hoje, mais do que nunca eu falo isso de novo. Nada acontece por acaso! Ninguém pode explicar coisas inexplicáveis. Fico triste, mas feliz. Fico magoada, mas aliviada. Sei que nada perdi, e fico feliz por ter total noção disso. Hoje, muito diferente do que antigamente, me pergunto o quanto o amor é importante. E eu, sozinha, encontro a resposta. Ele, o amor, é importante, mas eu sou muito mais. Não posso querer que as pessoas sejam tudo que eu sou ou o que eu quero. Não posso querer que as pessoas se doem ou se entreguem do mesmo jeito que eu. Não posso esperar fidelidade de quem já foi capaz de me ‘trair’ outras vezes. Pois é, mas nada acontece por acaso mesmo. Não foi por acaso que eu fiquei atordoada, não foi por acaso que eu estava no computador aquela hora, não foi por acaso que aquele telefone tocou. Não, nada foi por acaso. Principalmente tu teres me perdido assim, como uma moeda em um bolso furado.
Sem lágrimas, sem ofensas, sem agressões. Nada mais pode ser explicado. Não há mais nada que eu queira saber. Sim, todo mundo me avisou. Não, eu preferi acreditar que tudo tinha mudado e dessa vez seria diferente. Ingenuidade minha. Mas o que me importa? Nada. Nada mais me importa. Porque deixei de ser trouxa. Dessa vez eu deixei mesmo, não acredito em juras de amor, em promessas feitas, não acredito mais em lágrimas falsas... Não acredito mais no amor, ou melhor, não acredito mais no teu amor. Tu não me mereces! Perdeste muito, certamente a maior perda da tua vida. A chance que tiveste de ser feliz. E um dia, tu vais te dar conta disso. Mas será tarde, tarde demais. É horrível perder a confiança, bem querer, o amor de alguém, e é impressionante como as pessoas são capazes de fazer isso com uma simples palavra, um simples gesto, uma única atitude, ou falta dela, como tu fizeste.


Srta. Marinho

P.S.: É só clicar na imagem e arrastar em direção a barra de ferramentas lá embaixo, quando aparecer o sinal (+) solte e conseguirás ler a conversa que está contida nela.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Fantasia

No reino do faz de conta,
reinam fadas, elfos,
duendes e anões.
No reino do faz de conta,
tudo vale,
tudo conta:
As estrelas dançam,
as flores falam,
os pirilampos beijam-se,
as árvores andam...
No reino do faz de conta,
as águas correm para a fonte,
os rios fogem do mar,
os arco íris, têm mil cores.
No reino do faz de conta,
o amor é eterno,
cheira a magnólias,
e tem cor de jasmim.
No reino do faz de conta,
estás tu, estou eu,
estamos todos nós,
fingindo um mundo rosa
cheio de corações vermelhos,
que cheiram a amor.

Srta. Marinho

sábado, 27 de dezembro de 2008

Essa noite demorei a dormir...


Essa noite eu não dormi. Quer dizer, dormi. Mas era um dormir estranho. Depois de passear com o controle remoto da TV por todos os canais possíveis até as 3h e um pouquinho da manhã, completamente sem sono, deitei para tentar descansar o corpo e a alma, mas não obtive tanto êxito. É estranho ter que descrever isso, mas eu vou tentar. Era como se eu estivesse dormindo, mas ligada, com um mínimo, muito mínimo mesmo de consciência. Tanto que até o zumbido de um pernilongo frenético me fazia despertar. Mil coisas na cabeça. Nem os sonhos são diferentes daquilo com que eu ando me preocupando ou vivendo. Acho que entrei em crise de ansiedade de novo.

Acordei, graças a Deus, para mais um dia de vida que tem tudo pra ser diferente dos outros 360 e poucos desse ano de 2008. Lembro que antes de tentar adormecer essa madrugada, pensei que deveria parar de pensar muito nas coisas e viver... Aproveitar o dia, o hoje, enfim, esse meu discurso que eu luto pra pôr em prática todos os dias, mas nem sempre dá certo. Eu até estava aprendendo a fazer isso, aliás, esse ano aprendi muita coisa, mudei mais nos dois últimos anos do que durante a minha vida toda. Mas, logo o dia amanhece e os pensamentos e sentimentos de angústia e ansiedade voltam a me tomar. Sou refém de mim mesma. E fica até parecendo que eu não estou aberta a negociação, mas não é verdade. Se meu travesseiro lesse meus pensamentos e falasse, bem saberia o quanto ando me esforçando para sair dessa crise existencial. Todas as noites, na hora de dormir, faço uma análise geral do meu dia e da minha vida, e traço metas para ser melhor. Porém, confesso que às vezes me pego a pensar que vai ser assim pra sempre. Que a gravidade vai agir sem piedade por mais um bom tempo. Diante da falta de força, eu sou tentada a me resignar. Cair na conformação talvez seja um dos piores estados do ser humano. Tenho medo de fica assim pra sempre...
Srta. Marinho

Termino parafraseando Caio Fernando Abreu, trecho capturado de um blog durante minhas navegações noturnas dia desses. Ela é a forma mais perfeita que encontrei para terminar esse texto.
"E se eu mudasse meu destino num passe de mágica? (...) Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado."
Reflexões de Natal

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Já é Natal...


Bem...chegou o Natal. O tempo anda passando rápido demais, até parece que 2008 começou ontem, e agora já chega ao fim.

Tem um tempo que eu deixei de gostar da época do final de ano. O clima é legal, as ruas ficam bonitas, enfeitadas de toda forma, cheia de luzes e piscas-piscas. Mas, quando chega o dia de Natal, instaura-se em mim uma tristeza sem fim. Fico melancólica angustiada... Ta, eu sei que é a data que simboliza a chegada do Salvador ao mundo, e isso muito me alegra e me traz esperança ao coração. Mas o desenrolar dos dias que antecedem o Natal, são extremamente tristes.

Confesso que o Natal deixou de ser Natal pra mim faz anos, desde quando eu comecei a perceber que a hipocrisia e a maldade, disseminadas durante todo o ano se camuflam diante do nascimento do menino Jesus, dos enfeites, dos presentes, e se ofuscam diante da iluminação natalina. Sem falar nos discursos de fraternidade, paz e amor, que, temporariamente, tomam a mídia, os outdoors, e a boca de todo mundo. Sinto-me mal em saber que o Natal perdeu e vem perdendo o seu significado ano após ano. Virou sinônimo de banquetes e presentes, só! Descobriram que é a época ideal para a disseminação do consumismo e do comensalismo sem limites. E no meio disso tudo, o real sentido do Natal se perde, fica escondido. O pequeno menino Jesus se perde no meio das palhas da sua humilde manjedoura. A gente passa por ele nas ruas, nos becos, nas portas dos supermercados...ou Ele até bate em nossa porta e nós, ocupados demais com o presente do amigo oculto ou com o cardápio da ceia, não o damos a devida atenção.

A roupa vermelha e branca do papai-noel já não me encanta mais há muito tempo. Aliás, eu não gosto muito dele por ser uma figura criada em prol da burguesia capitalista e um personagem muito do cretino. Um sujeito que se denomina "bom velhinho", mas que passa longe das favelas e dos mendigos, dos pobres e miseráveis. Um cara que só freqüenta as chaminés daqueles que detém algum poder aquisitivo. Uma realidade que vai de encontro à festa cristã que iremos celebrar.

O Natal já bate às portas, e eu gostaria apenas de pedir ao Jesus que nasce que Ele possa aumentar minha fé que anda tão desgastada. Quero pedir à Ele que cuide das pessoas que mais precisam dele, e acho que nem precisa eu pedir, pois tenho certeza que são os lugares onde Ele se faz mais presente, lá, onde habita a humildade e a pobreza, onde moram os seus filhos que sofrem e sofrem por causa da desigualdade disseminada pelo nosso sistema. Mas, vou reforçar o pedido assim mesmo! Quero ainda desejar um Natal cheio de paz. Que as possíveis reconciliações sejam pra valer, que durem, pelo menos, até o próximo Natal e que possamos enxergar na simples manjedoura, o real significado do Natal, e mais ainda, o real sentido da vinda do Salvador ao mundo!

Srta. Marinho


Dizem que meus olhos são como faróis, basta olhar para eles para sentir-se seguro e saber onde se está.
Já disseram que eles têm um brilho que não se explica, mas que fascina e acalma.
O rapaz que cantava quando eu passei, disse que sou como a tigresa de 'íris cor de mel'.
O mestre plagiou o poeta e disse que tenho 'olhos de Capitu'.
Falaram que quando sorrio com eles, tudo se ilumina. E quando choro revelam uma verdade que assusta e impressiona.
Já disseram que são como o mar, de um mistério profundo.
Para quem me conhece de verdade, acredita que eles são a janela, não só da minha alma, mas da alma do mundo.
Pra mim são apenas os olhos de uma menina curiosa, que traz a esperança de amanhã ver tudo melhor.
Srta. Marinho

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

15 de dezembro? É apenas o dia posterior ao 14 e anterior ao 16. Nada além disso!
Srta. Marinho

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mais mentiras (pra variar)...



Mentiras jamais me agradaram. Fossem para me proteger ou para me machucar... Elas sempre, eu disse SEMPRE, me machucam.
A mentira nunca trás a felicidade. NUNCA! Ela é falsa, traiçoeira, sabe como enganar. E eu ODEIO me sentir enganada e sempre odeio mais quem acha que pode me enganar. O pior, é me contar a mentira de forma tão sincera e achar que nunca vou descobrir. Será que não perceberam que a verdade sempre bate a porta do meu sexto sentido? Ou será que acreditam mesmo que, em tempos de MSN’s, ORKUT, MYSPACE, BLOG...etc consegue-se esconder alguma coisa ou manter a privacidade inabalada?

A mentira entristece. Mata! Faz com que eu me sinta fraca, sem voz. Já me questionei porque as pessoas mentem e nada descobri. Porque as pessoas mentem? Porque dizem ser o que não são? Porque dizem que fez o que não fez?
Eu queria acreditar em alguém de olhos fechados. Anular as mentiras do mundo e trazer pessoas sinceras, com algum ideal. A verdade, é que estou perdendo a fé nas pessoas. A fé no ser humano, naquele amigo, naquela pessoa da minha família, naquele possível novo par romântico. A última mentira que ouvi, que é a mentira de sempre, de vários lábios, me assustou por ter sido tão convincente, tão perfeita, que eu quase acreditei. Mentira insignificante que tornou a pessoa que me contou insignificante também, diante desse ato cruel. Mentiras...!
De repente minha vida é uma grande mentira. E juro que já estou cansada de tudo isso!


Srta. Marinho