quarta-feira, 25 de junho de 2008

Pedras lançadas... (ou Palavras que se perdem com o vento)

Mensagem recebida no celular em 22 de junho de 2008, às 23:23:09 (certamente escrita na impulsividade , ou seria com sentimentos de culpa?):

Acabei de sair da sua página, li os últimos textos e senti algo estranho, como nos afastamos, parece que anos passaram! Como as coisas mudam, e nem lembro o pq.

Resposta enviada por e-mail em 23 de junho de 2008, às 18:48:49 (depois de muito pensar e quase desistir):


"...eu estava aqui o tempo todo, só você não viu..."
Trecho extraído da música NA SUA ESTANTE de Pitty.
*****

A escolha foi sua, sempre foi! Cada uma delas. Quanto ao tempo, ele tem a intensidade dos acontecimentos, dos sentimentos. E entre nós dois, tanto o tempo, os acontecimentos, quanto os sentimentos, sempre foram intensos. Mas parece que, infelizmente, não perdi o hábito de me expor através das palavras. E olha que tenho me esforçado para mudar!
De algum modo me causou certa angústia, assombro, talvez um pouco de mágoa, estranheza e também nostalgia, saber que segues, que preferes me acompanhar através das palavras que escrevo, das minhas palavras, que no fundo são meus sentimentos traduzidos. Tudo que, e como, sinto. Velhos e novos hábitos, preciso me acostumar! Ainda mais depois dos últimos acontecimentos que nos envolveram. A estranheza do sentimento não me assusta. Já havia sido assombrada por ela diversas vezes e, nessas muitas vezes, pareci lutar sozinha para me manter constante, presente em tua vida.
Parece que anos passaram? De fato! E me assusta perceber que mesmo depois de 'anos', nada sabemos um do outro. Não aprendemos a nos conhecer e se o fizemos, fomos acometidos por uma súbita falta de memória. Nos afastamos? Impossível se nem nos aproximamos. O tempo só muda aquilo que existe, sentimentos que existem. Você não lembra o porquê, eu não esqueço nenhuma palavra, gesto, acontecimento, atitude...tão pouco a falta delas.
Por fim, O QUE SINTO NÃO MUDARÁ, embora hoje não pareça fazer o menor sentido.

Thalita Marinho.

P.S.: Resolvi responder, a mensagem que enviaste ao meu celular, por aqui para não causar mais nenhum problema entre você e sua namorada. Afinal de contas, quem sou eu ou penso que sou?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Levantem a bandeira que o dono da festa chegou. Viva São João!
Thalita Marinho
Bem...vou aproveitar os festejos juninos para dar uma pausa para dar uma 'vividinha'. Aproveitem vocês também, só por favor, não queimem a bunda pulando fogueira. Beijos pirotécnicos.

Thalita Marinho
Dando sinal...




Então é assim que funciona. A vida vem e descarrega o problema em cima de você. Sai de fininho como dissesse “te vira agora fia”. E a gente tem que se virar. Ou ao menos tentar. Porque no caso, só milagre. Mas parece que O cara lá resolveu tirar umas férias. Acabamos apenas nos debatendo pra não morrer afogado. Eu sei que os problemas somos nós mesmos que criamos, mas bem que na hora de resolvê-los podíamos ter uma ajudinha não é? Nem que fosse encontrar pelo nosso caminho pessoas (no caso, a que decide a questão) um pouco mais humanas. Mas parece que o ser humano esqueceu de como “ser” humano. Resolvi nada não. Até porque eu precisaria de um milagre ou ganhar na mega-sena (coisa que eu nem jogo). Os mais desesperados me emprestaram o filme o Segredo. A mais desesperada aqui assistiu. Dormi na metade do filme, porque não agüentei aquele positivismo todo. Eu sei, eu sei que pensamento positivo atrai boas vibrações e tal, mas sinceramente não acredito naquilo tudo de DESEJAR/MATERIALIZAR/POSSUIR, se eu ficar aqui sentada DESEJANDO/MATERIALIZANDO que tenho um baita de um carro, ele não vai aparecer estacionado na frente da minha casa, se eu não me mexer pra isso acontecer. Pra mim não cola! Muito positivo, muito animador, muito pra frente... Mas não me convence. Desespero faz as pessoas fazerem cada coisa absurda. Mas assim, não estou mal num contexto geral, é apenas um PROBLEMA, mas daqueles que valem noites de insônia, e daqueles que podem te lascar legal por um bom tempo. Estranhamente outra parte da minha vida que já meio tinha desistido começa a andar. Não, não venham com “Ah... viu, nem tudo é tão ruim”. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Um não interfere e nem resolve o outro. Nem vou ficar falando muito, porque nessa maré de coisa ruim, se falar em algo bom é capaz de desandar também. O que acontece é que não ando muito inspirada pra escrever. Não me vem nada na cabeça, esta oca. Essas linhas explicativas demoraram horas pra sair. Porque também não vou aparecer aqui só pra reclamar e maldizer as coisas, ninguém tem saco pra ler isso todo dia. Quem sabe começo uma sessão de “republicação” de alguns textos... Não sei. Eu hoje apareci mais pra dar sinal de vida. Antes que vocês comprassem um pretinho básico pra me velar. Segurem os óculos escuros. Ainda não esta na minha hora.
Thalita Marinho

terça-feira, 17 de junho de 2008

Carta 1


Sabe... penso em ti todos os dias. Na roda viva deste destino que não escolhi. Nem escolhemos! E, sabe, sento-me todos os dias quando chego em casa nesta cadeira e choro um bocadinho. Por nós dois! Perco-me no silêncio que sobra quando percebo que vivo sozinha (sozinha sim, mesmo sempre cercada de pessoas com as quais convivo diariamente) e longe de ti. Mais que isso, choro ao lembrar-me que a tua vida me passa ao lado todos os dias e que no meu lugar outras tantas partilham tudo o que em ti me faz falta hoje.Outra noite alguém me perguntou de ti. Sem querer, sem sequer esperar, chorei um bocadinho. E, sabe, por mais força, por mais máscaras, por mais persistência que juntemos ao rosto com que enfrentamos o dia... eu sei que no fim, eu vou chegar em casa e sentar-me nesta mesma cadeira e, novamente, tu não vais estar nem um pouco perto. Tu não vais ligar, não vais responder as mensagens que te deixei no computador ou no celular, para quando enfim chegares em casa, e que depois de tudo isso, eu vou chorar, porque te sinto fugir. Porque tu estás longe e eu longe estou, porque outras pessoas entram na tua vida e na minha também e o inevitável custa demasiado.
E nessa noite, por um bocadinho de lágrimas eu disse talvez tudo. Porque a vida hoje não me chega e dá-me medo. Medo que um dia volte e tu já não esperes por mim. Hoje me agarro aos últimos feixes de luz que entram insistentes pela janela e escrevo-te sobre estas ultimas lágrimas que me secaram na pele. Amo-te como nunca achei possível. Como nunca me achei capaz. Mas a verdade é que te amo e esse será sempre um motor para perceber que no mundo o que se perde e se ganha é demasiado para admitir a individualidade como uma condição. Vivo de ti e da certeza que compensarás sempre tudo. Tudo, tudo... Da certeza de que sobre as lágrimas secas, outras tantas hei de chorar por ti.
Thalita Marinho
Caminhando...
Não tenho me dedicado à escrita como gostaria. Não por falta de assunto ou necessidade, mas porque sei que quando escrevo é porque preciso, de alguma forma, expor algo que não está bem comigo. Tenho preferido não desenterrar o que com o meu dia a dia tento esquecer.

Sinceramente, nem sei bem o que me atormenta ou o que provoca este leve mal estar que está perdido por entre dias de ocupação. Tenho caminhado lentamente. Cada passo que dou vai diminuindo aquele vazio deixado por alguém. De forma natural já não sinto os meus pensamentos serem atacados pelo desconforto e confusão de idéias que em tempos sentia.

Felizmente já está tudo mais claro. Digamos que tenho aprendido a racionar todos os sentimentos que tinha. Não nego que alguns ainda estão presentes. Apesar das saudades já não me assolarem constantemente e da ilusão ter se desfeito, não saberei se há espaço para um possível (re)encontro o que sentirei e se serei suficientemente forte para não sucumbir. Não sei, mas também não quero pensar nisso agora.

Apenas sei que por vezes até eu me surpreendo comigo mesma. Mudei e aprendi (e continuo a mudar e a aprender) muito com todas as incertezas com que me tenho deparado…
Thalita Marinho