sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Referências perdidas...creio que não há mais possibilidades de (re)construir o que se perdeu!
Thalita Marinho

VÍCIOS DA ALMA (13)



MÁGOA. [Do lat. macula.] S.f. 1. Mancha ou nódoa proveniente de contusão. 2. Fig. Desgosto, amargura, pesar, tristeza. 3. Fig. Sentimento ou impressão desagradável causada por ofensa ou desconsideração; descontentamento, desagrado. 4. Fig. Dó, lástima, pena. [Cf. magoa (ô), do v. magoar.] ... Dicionário Aurélio.

Magoa-me o fato de não sentires a minha falta. Magoa-me o fato de todos esses anos parecerem não ter significado para ti. Magoa-me a ausência quanto as mensagens e e-mails que não me mandas ou respondes, as ligações que não me fazes ou retornas. Será que, ao menos, reparaste que deixei de te enviar mensagens, de te fazer ligações e até de te escrever e-mails?

Os e-mails que te escrevia, sem dúvida, eram o mais importante. Cada e-mail que te escrevi era um pedaço de mim que eu te enviava. Será que não consegues entender isso? Será que não estranhas o fato de ter deixado de o fazer? É, porque nunca entendeste o verdadeiro significado que cada palavra que te escrevia tinha para mim.
Tudo o que te escrevi levava um pedaço da minha alma. Será que também não foste capaz de entender isso? Apenas tentei que entendesses as minhas atitudes e o quanto eras, és...ou sei lá, importante para mim. Acho que nunca quiseste aceitar, entender isso.

Nunca tiveste a capacidade de me dizer o que sentias. Continuo achando que teria sido mais simples para mim que tivesses dito logo que apenas me vias como um nada na tua vida. Em vez disso, preferiste manter-te em silêncio...

Dias desses, quando me perguntaste sobre como eu estava, menti. Não está tudo ótimo comigo! Muito pelo contrário. Em relação a ti, principalmente, algumas vezes não esteve nada bem. Apenas me esforcei para te dar as respostas, te passar a impressão que querias. Mas é verdade que a minha vida já não depende de ti, nunca dependeu... Apesar de haver alguns conflitos entre nós, ainda existe um conflito maior comigo e com o que sinto por ti. Pensei que já tinha, quase, te esquecido, não só porque acreditei que não penso tanto em ti, como por agora tentar fazer toda a minha vida sem que faças parte dela. Enganei-me! Ainda sinto algo por ti, diferente do que senti em tempos, mas ainda me afetas. Bastaram meia dúzia de palavras tuas, sem qualquer intenção, para que eu fosse de novo abaixo.

Voltei a pensar em ti e em tudo que já falamos, confidenciamos, passamos...sentimos. Voltei a pensar no longo percurso que percorri desde que te conheci. Voltei a pôr em causa as minhas atitudes e a passar-me pela cabeça o que teria acontecido se eu tivesse agido de outro modo. Voltei a pensar nisso apesar de ter plena consciência de que tais pensamentos não abonam a meu favor. Rapidamente, resolvi expulsar de mim todas estas suposições. Não! Não me arrependo do que falei, confidenciei, pensei...senti. Ou sinto, sei lá, às vezes não consigo raciocinar com clareza quanto a isso. Não consigo raciocinar direito quando o assunto é você. Mas ficarei para sempre com a incógnita de um outro caminho que optei por não seguir.

Putz! Porque tudo precisa ser tão complicado? Porque não tiveste a capacidade de, no momento acertado, me dizeres tudo ou então de te deixares levar pelos sentimentos, que continuo sem perceber se algum dia foram mútuos ou não. Acho que nunca saberei se o que sentia também te tocava. Houve momentos em que senti, quase que com toda a certeza, que não eras indiferente a todos esses sentimentos que estavam tão claros. Mas do que adianta pensar nisso agora. Não tem, nunca teve, a menor importância. Pelo menos não para ti. Não é?

Agora sei que, mesmo que, eventualmente (e sei que não o farás), viesses estar comigo e percebesses que não deverias ter posto barreiras ao que sentia por ti, eu não te receberia de braços abertos com tanta facilidade. Agora não! Tiveste tua oportunidade... Agora seria tarde demais. Não direi que não te aceitaria nunca mais. Mas, de certeza, não seria como a algum tempo atrás. De forma leve e com a facilidade com que podem julgar.

Isto são apenas suposições. A oportunidade de termos algo que partilhar já passou. Não haverá mais nada entre nós. Sei disso! Estou me esforçando para sarar as feridas que, por muitas vezes, me abriste, o que é uma pena.

Thalita Marinho

domingo, 16 de dezembro de 2007

Este post deveria ter sido publicado ontem, mas por falta de tempo... Na verdade o post real não era esse e teve que ser modificado por conta da recusa de ser usada uma imagem 'certa' para ilustrá-lo. Mesmo assim, a quem é dedicado sabe que meus sentimentos e desejos são os mais nobres e verdadeiros. E sabe, também, do enorme desejo que tenho de um dia celebrar a data junto a ele, bem a seu lado... De certo é que SEMPRE HAVERÁ UM 15 DE DEZEMBRO!

FEIO, FELIZ ANIVERSÁRIO!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

VÍCIOS DA ALMA (11)



ILUSÃO. [Do lat. illusione.] S.f. 1. Engano dos sentidos ou da mente, que faz que se tome uma coisa por outra, que se interprete erroneamente um fato ou uma sensação; falsa aparência: ilusão de óptica; ilusão; auditiva; “Que ilusão, viajar! Todo o planeta é zero.” (Antônio Nobre, Só, p.92). 2. Sonho, devaneio, quimera. 3. Coisa efêmera, passageira. 4. Logro, burla, engano. 5. Psiq. e Psico . Percepção deformada de objeto (3). ... Dicionário Aurélio.
VÍCIOS DA ALMA (12)


DESILUSÃO. [De des- + ilusão.] S.f. Ato ou efeito de desiludir (-se); desngano; decepção. ... Dicionário Aurélio.
ILUSÃO... esta palavra me persegue. Quem é que nunca se iludiu? Gostaria de conhecer essa pessoa!
Eu vejo a ilusão como algo que crio sobre uma pessoa, ou melhor, vejo numa pessoa aquilo que quero ver e não a realidade. Pois é esta coisa (não encontro melhor descrição) que me faz sonhar alto, bem alto, e depois me faz cair. E a queda é grande! A essa queda eu dou o nome de DESILUSÃO.
A meu ver, depois da ilusão vem sempre uma grande desilusão. Pelo menos é o que acontece comigo. Iludo-me com alguém, acho que tudo o que eu desejo é possível e depois nada corre como eu quero.
Prova disso é este blog, tenho a grande sensação que tudo o que escrevo apesar de constituir uma verdade, é a verdade que eu quero ver, não a real. Tudo o que está aqui não passa disso mesmo, parágrafos, frases, palavras, letras...
"Carta ao moço que mora longe" ou “Carta ao homem incrível...”, dois posts que, agora, acho que não deveria tê-los escrito. Fui precipitada! Afinal de contas as pessoas em questão, parecem, já nem se importar com que eu lhes digo ou sinto. Ou vai ver nunca se importaram e eu, dentro da minha ilusão (sempre ela!), não percebi. Por trás desses posts estão uma lições de vida, mais umas... Apesar de, na altura em que os escrevi, ter plena certeza de que era aquilo que queria escrever. Agora que os leio novamente, consciente da realidade, sei que são insignificantes.
Neste momento, estou vivendo num misto de ilusão e desilusão. Por um lado, gosto da ilusão de quanto estou perto ‘daquele alguém’ tão importante, e por outro sinto uma imensa desilusão por cada vez mais achar que ‘esse alguém’ é uma ilusão que simplesmente não vai passar para a realidade.
Neste momento acho que precisava desabafar com alguém, não me refiro a todos os leitores do blog e aqueles que tão prontamente comentam sobre tudo o que escrevo. Sem desmerecê-los, claro! Mas, estou me referindo a alguém que me conhecesse (tão bem) e que pudesse, apenas, me ouvir. Tenho receio de o fazer, e vão inevitavelmente criar (maus) juízos. Tenho medo que me iludam ainda mais.
E a quem interessa... Sim, eu estou ÓTIMA!
Thalita Marinho

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

"É uma palavra bonita, mágoa. Sabe a lágrimas silenciosas, a noites de insônia, a manhãs de domingo solitárias e sem sentido. Está para lá da tristeza, da saudade, do desejo de lutar pelo que já se perdeu, da raiva de não ter o que mais se queria, da pena de ter deixado fugir um grande amor, por ser demasiado grande. Primeiro grita-se, barafusta-se, soluça-se em catadupas. Depois, é o pós-guerra, a rendição, a entrega das armas e as sentenças de um tribunal marcial interior, em que os juízes são a vida, e o réu, o que fizermos dela. Limpam-se os destroços. Enterram-se os mortos, tratam-se dos feridos, que são as nossas feridas, feitas de saudades, de desencontros, palavras infelizes e frases insensatas, medos, frustrações e tudo o que não dissemos. A mágoa chega então, quando o cansaço já não nos deixa sentir mais nada. É silenciosa e matreira, instala-se sem darmos por ela, aloja-se no coração. Mas o mundo nunca pára. Nada pára. A vida foge, os dias atropelam-se, é preciso continuar a vivê-los, mesmo com dor. Pelo menos a mágoa magoa, mas faz-nos sentir vivos."

As Crônicas da Margarida, Margarida Rebelo Pinto

Pois é, por quê? Porquê a voz que me derrete é a voz que não posso ter por inteiro? Muita judiação...

Thalita Marinho



quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

VÍCIOS DA ALMA (10)


RAIVA. [Do lat. *rabia, em vez de rabie.] S.f. 1. Med. Doença infecciosa, virótica, que acomete o sistema nervoso central e incide em mamíferos, sendo os silvestres os que constituem o grande reservatório, e o homem e, até certo ponto, os animais domésticos, hospedeiros acidentais na cadeia infecciosa. [O período de incubação, no homem, vai de 20 a 60 dias. Sin.: rábia, hidrofobia, mal, moléstia, danação.] 2. V. coléra (1): “Patrão ficou desatinado de raiva.” (Afonso Arinos, Pelo Sertão, p. 167) 3. Ódio, ira, rancor: Uma raiva surda roia-lhe o peito. 4. Grande aversão; horror: A criança tomou raiva ao estudo: “Dera para ter raiva do marido. Não podia vê-lo, que se arrepiava de nojo.” (José Lins do Rego, Meus Verdes Anos, p. 332). 5. Prurido produzido pela dentição nas crianças. 6. Espécie de biscoito. ... (Dicionário Aurélio)

Raiva... Nos últimos dias fui acometida por um enorme sentimento de raiva, desprezo. E não, necessariamente, o que foi dito que me irritou, mas o que percebi no meio dessa conversa toda, nas entrelinhas.
É vergonhoso, sinto-me enojada da capacidade que algumas pessoas têm de mentir, fingir, dissimular...principalmente sentimentos. Sou uma das pessoas mais complicadas que eu conheço, mas tenho a consciência limpa em saber que não prejudico, ou magoou, as pessoas simplesmente pra ver meus desejos e ego serem satisfeitos. Como já disse em outras oportunidades, não sou santa, mas meus pecados diante tanta prepotência são tão pequenos...
Sou do tipo que quando gosto de uma pessoa, gosto mesmo, de verdade, involuntariamente. Mas quando deixo de gostar... Ah meu bem, esquece! Provavelmente você já “morreu” pra mim. Meio radical? Nem tanto. Acho que minha tolerância é até grande demais. Não me convide à entrar na sua casa se não sou bem-vinda. Meio óbvio isso, não é? E acredito que a máxima deve valer também para nossa vida pessoal.
Pois é, mas nem todo mundo pensa assim.Tem pessoas tão falsas que mudam toda uma situação visando o seu lá na frente. Não suporto mentiras, o tipo de mentira apenas para proteger os seus sentimentos e ferrar os dos outros. E claro, sem pensar nas conseqüências que isso pode acarretar na vida do outro. Acredito que a verdade SEMPRE é o melhor, mesmo que cause imensa dor. Por favor, não façam mais isso comigo. Com toda certeza, um "botão" acelerador do meu limite de tolerância será ativado.
Mas ainda me assusta a incrível maneira como algumas pessoas tentam mudar, mexer com a cabeça, o coração de outras e não conseguem nem "consertar” a própria. E ainda tem aquelas que possuem a surpreendente capacidade, tendência de azucrinar a vida dos outros. Falta profunda do quê fazer, só pode ser isso! É...viva o egocentrismo!
Thalita Marinho

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Rastro de Papai Noel...(só pode ser ele!)


Nossa...estamos a 20 dias do Natal e Papai Noel já começou com as cretinices dele comigo. Podia ao menos ter esperado a data estar mais próxima, mas não teve que começar a infernizar logo no início do mês, para deixar a marca. Acho que ele anda sem ter o que fazer e como eu sou sua diversão gratuita, só dele não! Confesso que de certa forma começo a me frustrar com a data. É dezembro iniciar e eu começo a ter também arrepios, calafrios, mau presságio e etc. Pôxa vida, fui educada recebendo a informação que essa época do ano era para ser celebrada com alegria. A data onde as esperanças se renovam, nosso espírito se enche de felicidade, calma, paz...mas a máxima parece não funcionar para mim.
A tristeza que me acomete, por fatos que simplesmente não posso controlar ou mesmo entender o porquê de estarem acontecendo comigo, me afligem. Chego a beirar o desespero! Queria ter o simples poder de eliminar do meu calendário o mês de dezembro, ou então dormir. Dormir desde o dia 30 de novembro e só acordar no dia 01 de janeiro, como se nada tivesse acontecido. E nem adianta alguém sugerir que eu peça isso de presente de Natal a Papai Noel, pra quem não sabe, meu Papai Noel além de cretino costuma me roubar, na cara dura, os presentes que ganho ao longo do ano.
Quer saber...cansei! FODA-SE (assim mesmo com letras garrafais e como eu já disse anteriormente, a princesinha aqui também fala palavrão) Papai Noel... Já me tomou mesmo até o direito de fantasiar, o que vier pela frente agora é até um pouco de lucro. Vou esquecer de você, das coisas ruins, das pessoas que já deveriam ter perdido a importância, os sentimentos, desejos, sonhos que não são para mim a muito tempo. Vou mudar de postura, de atitude, de comportamento. Cansei de ser lesada e achar sempre que ‘ano que vem vai ser diferente’, sem lembrar que nossa vida dá voltas como um disco arranhado, sempre na mesma rotação. E todo ano é sempre a mesma bosta (sim, falei palavra feia de novo).
Thalita Marinho
P.S.: Não estou afim de dar explicações, portanto coloquem vossa curiosidade onde bem entender. Só não me encham de perguntas e suposições!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007


O silêncio é única resposta que se pode dar a quem não entende as perguntas que se pode fazer.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007


Como disse certa vez o poeta: “O QUE HÁ EM MIM É SOBRETUDO CANSAÇO”. E ainda tenho a quinta e a sexta-feira pela frente. Para não falar de um fim de semana que me aguarda para que eu o ocupe dando aulas nos plantões de véspera da prova de primeira fase do vestibular das federais de Pernambuco que iniciam no domingo.
Na próxima encarnação, acho que quero ser um gatinho, daqueles que não fazem nada além de comer, dormir e brincar.
Vou dormir!
Thalita Marinho
Dos amores mal vividos

"Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado
O velho texto batido dos amantes mal amados, dos
amores mal vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida"
Não Vale À Pena (interpréte: Maria Rita)
Maria Rita me fez pensar nesses tais Amores Mal Vividos (AMV). Doença. Os sintomas são facilmente detectáveis: Tensão ao encontrar a pessoa, dúvida de se poderia dar certo,aquela sensação de ainda gostar do outro, tristeza ao vê-lo, dor de cotovelo, impossibilidade de tornar-se amigo e a pior de todas, impressão de que ninguém é melhor que o ex, nem o atual romance. Não há nada mais deprimente e incomodante do que ter um AMV na bagagem. Aliás, tudo o que fica mal resolvido vira uma pedra no sapato. E pedras no sapato, por mais que tentemos ignorá-las, estão lá, ferindo nossos dedos, provocando nossos calos, apertando no andar. Quando a gente não termina direito o que começou, ou passa por cima de coisas, elas vão se acumulando e acabam virando um câncer.
Um amor, quando chega ao final - e sempre chega, os românticos que me desculpem - deve ser exorcizado! Precisamos de espaço pra viver coisas novas. Precisamos estar abertos, sem traumas para que novas possibilidades possam chegar livremente. Mas quem tem amor mal vivido faz de seu passado um sofá, e não um trampolim. Acomoda-se, senta e não consegue mudar de canal. A receita para prevenir o AMV é muito simples, mas quase ninguém segue a risca a prescrição (às vezes nem eu): AMAR PRA CARALHO.
Desculpem-me, mas é isso. O que torna o amor mal vivido é, como diz o Jabor, em uma de suas crônicas, o nosso medo de ‘gastar’ o amor. Enchemo-nos de dedos, de medos, de restrições, orgulhos e doces, tanto que, quando o romance chega ao fim, o pouco que nos sobra é arrepender-nos de não ter feito ou vivido tanta coisa.
Quando você encontrar alguém e gostar, quando a recíproca parecer verdadeira, não pense duas vezes em gastar o amor. Dê o primeiro passo, sem medo, viva tudo. Fuja no meio do expediente pra dar um beijo, ligue no meio da madrugada pra dizer que está com saudade. Não hesite em senti-la também. Se tiver medo, que tenha, mas fale pra ele (a) - não tem coisa melhor paro o outro do que saber que não é o único a sentir isso. Diga que ama, sem medo, mesmo que você não saiba distinguir se é amor, paixão, desejo, fissura, diga, diga ‘EU TE AMO’. Não se escravize pelo medo de ser mal-interpretado. Beije muito, o máximo que puder. Abrace mais ainda, sussurre as coisas que lhe vierem na cabeça ao pé do ouvido dele (a). Conversem sobre o primeiro beijo, sobre os encontros, reviva tudo, todo o início, para fazer aquelas deliciosas comparações das duas interpretações, aquelas que os casais adoram fazer. Sempre, sempre vai ter algo novo a se descobrir.
Permita-se estar apaixonado e assuma isso. Assuma os riscos! Viva a delícia de poder estar com alguém, feliz, em paz, empolgado, despretensiosamente, sem pensar se dará certo ou não. Viaje, deite junto, faça cafuné, convide-o pra programas bestas, abra o coração, fale sempre o que sente. Procure uma música que a faça lembrar de vocês, aproveite o cheiro dele. Troque confidências e mostre que isso se chama confiança. Não minta, não minta. Você não precisa disso, encontre nessa pessoa um cúmplice, alguém que seja capaz de dividir coisas que nenhum amigo e nem mesmo nossos pais poderão entender. Cumplicidade é uma das melhores coisas de um namoro. Não deixe nunca ela acabar.
Seja intenso. Esqueça que existe amanhã e entregue tudo o que tiver no seu coração logo. Faça com que o outro também se sinta a vontade pra fazer isso. Façam coisas juntos. Dividam, multipliquem. Ame, ame, ame... cometa loucuras por esse amor. Não há mal nenhum nisso. Amar não deve significar sofrer. Nunca se acostume com o outro, aprenda que ele é um indivíduo que, por mais que seja parecido com você em muitos aspectos, é único, diferente. Não o faça ser como você nunca. Afinal, você se apaixonou por ele daquele jeito. Deixe-o ser o que quiser, assim você sempre terá com o que surpreender. Valorize essa pessoa, por mais que a intimidade insista em tentar quebrar o encanto. Entenda que ele só se quebra se desaprendermos a admirar o outro. Admire-o sempre! Incentive-o a crescer. Deixe-o livre, assim você o terá cada vez mais perto. Às vezes demoramos a aprender isso, mas um dia descobrimos o quão importante é amar sem escravizar. E finalmente, ame, ame, ame, ame exacerbadamente. Gaste o amor! Para que, quando ele acabar, não haja dúvidas de que se viveu tudo o que pôde, de que não foram poupados esforços e isso nos fez feliz sim, muito! Para que quando ele morra, o amor, possa descansar em paz. E se for para terminar mesmo, que pelo menos tenhamos aproveitado bastante. Se as pessoas se despissem do orgulho e abrissem o coração sem medo de se machucar, não existiriam Marias Ritas escrevendo versos como aqueles. Amores seriam sempre possíveis! Não haveria amantes mal-amados, amores mal-vividos, casais incompletos, homens frustrados, mulheres defensivas, traumas e dor de cotovelo. Não esqueça, o amor existe para ser vivido. E eu não quero mais deixar de vivê-lo.
Thalita Marinho
P.S.: Vida...EU TE AMO!

sábado, 17 de novembro de 2007


"Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina."
Adriana Falcão – Mania de Explicação
Dias revoltos, sonhar de olhos abertos e momentinho ternura...


Minha vontade estes dias era pegar meu amor, meus CD’s, meus livros, mais meia dúzia de amigos e mudar para uma ilha deserta, no meio do Pacifico, onde haveria uma enorme e aconchegante cabana montada, peixe assado e coqueiros com garrafinhas de coca-cola... Onde passaríamos os dias olhando o mar azul e as noites em torno de uma fogueira...hahahaha.
Sonha Thalita, sonha! Dorme tarde, acorda cedo e rumo a mais um dia de chateações....

Thalita Marinho

P.S.1:Desculpem o sumiço daqui e dos blogs amigos... A ausência se fez necessária para que algumas coisas fossem entendidas e resolvidas, principalmente dentro de mim. Dias de absoluto cansaço por conta de trabalho.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

SEM PREVISÃO DE VOLTA!


Obrigada a todos que sempre acompanharam meus textos... Na verdade estavam acompanhando um pedaço da minha vida e todos os acontecimentos que me serviram de inspiração.
Vou agora dar um tempo... preciso mais uma vez ordenar as idéias, os pensamentos, o coração...A VIDA! Decidir o que vou fazer dela e que rumo vou tomar.
Sei que alguns de vocês vão se angustiar querendo explicações, mas dessa vez não as darei. Já me mostrei demais e isso nem sempre me fez bem. Descobri que as pessoas costumam usar a minha vida contra mim. Pura maldade? Não sei... Não entendo porque é tão fácil para alguns me machucar.
Um dia eu volto...quem sabe?! Mas por enquanto não há previsão.

Obrigada a todos!

Thalita Marinho
P.S.: Vou dar um tempo de ORKUT e MSN também.
Quando a chuva passar...


Pra quê falar
Se você não quer me ouvir?
Fugir agora não resolve nada
Difícil entender, depois desse tempo todo, vivendo uma história incrível. A minha alegria tava estampada na face, no meu comportamento...em minha alma. E do nada...com uma ligação você desconsidera tudo. Nada valeu à pena? Foi importante pra você como foi pra mim? Vou ficar aqui sem nenhuma explicação...
Mas não vou chorar
Se você quiser partir
Às vezes a distância ajuda
Estou aqui secando as lágrimas e querendo acreditar que o tempo vai fazer você perceber a injustiça que está cometendo comigo, agindo assim... Espero que esse tempo longe te ajude a enxergar.
E essa tempestade um dia vai acabar
Só quero te lembrar
De quando a gente andava nas estrelas
Nas horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar e hoje eu tenho certeza
Apesar de tudo, ainda trago um sorriso na face quando lembro de você, de nossas conversas... Nossa, tanta coisa foi dita, planejada. Lembro de cada momento em que ficamos juntos, mesmo em silêncio, porque até nos entendiamos e falávamos algo de bom.
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar
Claro que não terminou... Não houve sequer uma conversa e sempre conversamos. Você não é assim e nao queira agora querer me fazer pensar, acreditar no contrário...
Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir
Abra a janela e veja eu sou o sol
Eu sou céu e mar
Eu sou seu infinito
E o meu amor é imensidão
E quando você quiser, eu vou estar aqui, pronta para ouvir e só então aceitar qualquer decisão que queiras tomar. Mas ainda te vejo como o sol que me tirou da escuridão que fez meu sorriso brilhar e minha alma sossegar.
Tua Princesa

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Cheira que é legal...
Mais uma de minhas noites de insônia. Recém chegada em casa, passando da 0h, depois de um dia tenebroso. Corpo morto, mas mente viva... Por mais cansada que eu estava, a cabeça não parava de funcionar numa velocidade galopante.
Ligo a TV e... LIXO, LIXO e mais LIXO! Subitamente, zapeando pelos canais, me deparo com um daqueles programas toscos em que tentam, veementemente, te vender de um tudo. Eis que este programa em questão empurrava para os ‘consumidores’, patéticos e desprovidos de critério e noção, CDs repletos de músicas (ultra) manjadas, prometendo os maiores sucessos de todos os tempos (ou das "últimas décadas", caso prefira) com 97.685.784 "músicas originais". Até aí tudo mais ou menos bem, vai, nada do outro mundo! Mas como babaquice pouca é bobagem, eles tiveram uma BRILHANTE – IDÉIA – MARKETEIRA – GENIAL que muito me intrigou, e que, na minha opinião, é um dos mais recentes enigmas da humanidade: CDs AROMATIZADOS!
Putz...., mas PARA QUÊ DIABOS SERVE UM CD A-R-O-M-A-T-I-Z-A-D-O? E fiquei com aquilo na cabeça: CD aromatizado... CD aromatizado... Pára tudo! Deixe-me repetir para ver se entendo: CD AROMATIZADO... Não, ainda não entendi!
Para quê seria? Cheguei a algumas hipóteses, vamos à elas:

1. Será que antes de escutar você dá uma “cheiradinha” no CD (MEU DEUS! AROMATIZADO!), fica doidão e perde a consciência da porcaria que comprou por algumas centenas de dinheiros?
2. Será que serve para deixar seu MEGA – SUPER – ULTRA – SOM cheirosinho pelo lado de DENTRO? Brilhante, genial, muito útil (AROMATIZADO... SENHOR!).
Desisto! Meu sono foi embora mesmo, e acho que dessa vez para sempre, e jamais conseguirei dormir novamente enquanto alguém, nesse mundão de meu Deus, não me fornecer resposta para tão ENGIMÁTICO ENIGMA.

Thalita Marinho

P.S.: CD AROMATIZADO! Cristo...onde esse mundo vai parar?

sexta-feira, 21 de setembro de 2007


Bem...por hoje chega! Aos leitores cotidianos, só estarei de volta na segunda-feira, então divirtam-se com a leitura do final de semana.
Agora vou dormir... Ando com o sono e os sonhos, também, bem atrasados.
Thalita Marinho
Na sala de aula...(porque tem horas em que é melhor o aluno calar)

Depois de 15 minutos esperando que a turma silenciasse e notasse a minha presença (descobri que os alunos da sala 02 não me enxergam, mesmo eu tendo 1,70m, estar usando um salto 8 cm e uma camiseta amarela!), dei uma bronca na turma. É impossível acreditar que aquela turma esteja mesmo em um pré-vestibular e não em uma 4ª ou 5ª série. Ainda tenho dúvidas! Falei da importância deles estarem ali e qual era o objetivo a ser alcançado (passar no vestibular de uma das universidades mais concorridas do país). Lógico que não alcancei a compreensão de uma parte da turma que me olhava de uma maneira antipática. Eis que uma aluna, da forma mais displicente, levanta a mão a fim de fazer uma pergunta. O diálogo que seguiu, sobre o olhar atento dos demais alunos, foi o seguinte:

- Professora, posso fazer uma pergunta? (com um ar de soberba)
- Claro!
- A senhora tem namorado? (ainda com soberba)
- Sim, tenho. Por quê? (claro que me causou curiosidade a pergunta)
- Como ele lhe agüenta sendo a senhora tão antipática como está sendo agora com a gente só por conta de uma ‘conversinha’ durante sua aula? (abusada essa garota)

Segui-se um breve e mórbido silêncio, que deve ter durado uns 10 segundos apenas. Todos olhavam a espera de resposta. Foi então que me pronunciei.

- Lindinha, posso te fazer uma pergunta?
- A que a senhora quiser... (com a mesma soberba anterior)
- Tens namorado?
- Não! Mas por quê?
- Engraçado...és tão simpática!

Neste instante a turma fez um sonoro e barulhento levante em direção a mocinha atônita, paralisada e sem reação na cadeira. E em poucos segundos uma voz, vinda do fundo da sala, perguntou em que lição estava e a aula seguiu, muito, animada.

Thalita Marinho

P.S.: Esse episódio me fez lembrar um professor que tive. Ele falava que em alguns momentos, infelizmente, não se fazia educação com educação. Que futuro terá essa nação!
Meu Brazil brazileiro...

"ATENSSÃO PEÇOAL! KREP'S SUISSO APENAS CECENTA SENTAVOS!"

Esta foto aí estava perdida no meu computador há algum tempo. Fui a uma festa, dessas de interior, e não resisti. Lindo, não é?

Thalita Marinho


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Carta ao homem incrível que tem me feito perceber a mulher incrível que sou



Sinto-me como uma criança, uma adolescente boba e apaixonada, fazendo desenhos no meio da aula. Começo a sentir-me bem novamente, estou tão viva de novo. E estou amando estar assim!
Teu perfume ainda está em mim, na minha roupa, me lembrando da nossa noite perfeita. E eu suspiro, eu respiro novamente...e abro um largo sorriso, depois de tanto tempo vivendo as sombras de um amor rejeitado, não correspondido. Claro que, pra mim, ainda está tudo meio confuso, mas ao mesmo tão recente, tão bom...gostoso de sentir. Já fazem 4 meses e parece que foi ontem que tu apareceste, do nada, para me tirar da inércia, da mesmice que eu estava vivendo. Para reavivar meu coração que estava cansado e solitário. Para me trazer a vida, a felicidade, a paixão. Para me fazer perceber que sou UMA MULHER INCRÍVEL, com o fascinante dom de transformar a vida de qualquer homem que ouse me amar sem medo e até mesmo a minha.
Sinto-me amada novamente, viva, me sinto bem, linda, desejada e é incrível como não consigo parar de sorrir. E não consigo negar que estou me apaixonando! Espero um dia conseguir dizer que TE AMO. Começo a sentir vontade de dizê-lo, mas há um certo medo que ainda toma conta de mim. Tudo parece ser tão novo, tão cedo, tão de repente...
E esse perfume que não sai de mim...e só me traz lembranças dos bons momentos em que estou contigo. As lembranças me vêm à cabeça como um filme. A primeira noite que passamos juntos, a primeira troca de olhar, descobertas bobas como o nome do perfume, o gosto pela música, pelos vinhos, a vergonha que senti quando paraste no meio do caminho e me chamaste de linda e aquele sorriso bobo. Tudo voltando agora... Sinto-me muito boba e muito feliz! Não consigo parar de sorrir, e de pensar e acabo nem prestando atenção na aula, no trabalho. E penso: será que sentes o mesmo? Pensei isso ontem também quando fui dormir. Será que também estás assim tão feliz?
Me veio teu sorriso a cabeça, aquele jeito lindo de me olhar, de prestar atenção em tudo que falo, o jeito de me tornares presente e importante em tua vida. E nossas muitas conversas? Nossa, como nos entendemos e eu te adoro por isso. Eu sei, eu sei, ainda é cedo pra dizermos muitas coisas, mal começamos, mas é assim mesmo que me sinto agora. Com vontade de gritar ao mundo o tanto que tens me feito bem, o tanto que estou feliz, que não estou nem aí para o futuro e se vou estar ou não com você. Dessa vez eu não estou me preocupando se vou sofrer ou não. Pela primeira vez eu só quero viver esse momento do jeitinho que está. Feliz, me apaixonando e talvez, quem sabe, um dia te amando.
De começo eu tinha medo de ver velhas histórias se repetirem, mas cada vez mais tu te tornas mais incrível para mim. Não estou falando de perfeição, não quero isso. Quero algo real, sentimentos reais, uma pessoa real cheia de defeitos, medos, anseios, sonhos...e que ainda assim consiga me fazer sentir exatamente como tens me feito.
Eu sei que estou sendo melosa e até meio adolescente. Mas o que eu posso fazer se me sinto tão bem? Eu não encontrei ninguém ainda para desabafar do jeito que eu gostaria e deveria, e eu não consigo ficar calada! Eu queria poder dar um grito agora mesmo e calar as pessoas em volta, mostrá-las que me sinto a pessoa mais FELIZ, AMADA, DESEJADA, RESPEITADA desse mundo! E matá-las de inveja, ao perceberem que estou me sentindo incrível e que é um homem incrível que tem me feito tudo isso.
Thalita Marinho
P.S.: ¡TE ADORO, CARIÑO!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Panis et Circenses


Você percebe que é uma ilha rodeada por gente retardada de todos os lados quando escuta bizarrices dos seguintes tipos:


* EPISÓDIO 1 - PESSOA X


Você resolve brincar, com uns amigos, de STOP (nome, lugar e objeto), numa noite tediosa e chuvosa, tomando umas cervejas e escuta as seguintes pérolas:


- Músicas com a letra 'O'.
- ONDER ALL.
- O quê?
- ONDER ALL! Aquela assim... (e no mais profundo EMBROMATION SOCIETY ele entoa WONDERWALL de OASIS).


Na outra rodada, a mesma pessoa:

- Bandas com a letra 'H'.
- HOLLING STONES.
- ... (resolvi não tecer comentário e saí da brincadeira. A resposta me paralisou!).


* EPISÓDIO 2 - PESSOA Y


Outra pessoa brincando de STOP (nome, lugar e objeto), em outra ocasião:


- Carros com a letra 'R'.
- ROLLS HORSE
- Que carro é esse? Como se escreve?
- Ué...! HORSE, oras! H-O-R-S-E de CAVALO.
- Ui...que medo! (Nem preciso dizer que as criaturas do diálogo eram igualmente retardadas, tal qual a anterior).


* EPISÓDIO 3 - PESSOA Z


Em outra ocasião, um grupo de amigos conversando sobre Brasília, sua cultura, seus habitantes, costumes, etc...

- ...tanto é que lá em Brasília na Praça dos Três Poderes tem duas esculturas gigantes de dois CANDANGOS.


Depois de muito pensar, fazer umas caretinhas, outro ser ‘atento’ à conversa solta:


- MAS É GENTE OU BICHO?

To-d-a-s as pessoas se viraram para a criatura boquiabertas e responderam em uníssono:

- GENTE!
- Ah, tá... achei que fosse uma espécie de LAGARTO.
- ... (preciso mesmo dizer algo?).


Outra ocasião, mesma pessoa, jantarzinho de uns amigos. Tudo rolando bem, até que de repente começa uma música, a criatura presta atenção, pensa, vira para mim e solta:


- Putz, o foda são aqueles jantares que ‘nêgo’ ouve THE DOORS. Dá licença! Que mal gosto, é falta de noção...

E eu, com a cara tostada, delicadamente tentando disfarçar:


- Por favor, cala essa boca, fala mais baixo e fica quieto.
- Mas por quê? Não tô entendendo!
- Por que o que está tocando É DOORS!


A criatura faz uma cara séria e brada:


- Ah...! Como eu vou adivinhar que era DOORS? Nada a ver! Pra mim era aquele cara que vocês estavam comentando o JIM MORRISON. Nada a ver...


A música que tocava era ‘LIGHT MY FIRE’, que QUASE não é conhecida, sabem?


...

Pois é, por essas e mais outras eu ainda não morri de tédio aqui nessa ‘terrinha brasilis’, aqui onde Judas todo ano passa férias e deixa um par de botas.


Thalita Marinho


P.S.: Todos os nomes foram omitidos para preservar a integridade moral das pessoas envolvidas. Esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança de nomes, lugares e/ou pessoas terá sido mera coincidência.

Plantas em mim canteiros, de onde brotam a delícia dos teus cheiros em cada carícia que me fazes.
Thalita Marinho

terça-feira, 11 de setembro de 2007

A memória não caiu...



Hoje é dia 11 de setembro. Há seis anos atrás, quando o sol nasceu, era apenas o dia a seguir ao 10 e a anteceder ao 12...
Thalita Marinho

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A razão da chuva
Hoje, quando acordei, estava chorando. Na verdade fui dormir chorando...confusa com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Ao abrir a janela vi o tempo fechado, num tom de cinza forte, pavoroso e muita chuva. Eram 06:30h da manhã! Foi a essa hora que meu celular tocou, era meu amigo Nuno. A conversa que seguiu foi quase um monólogo.

- Thá?
- Oi... (com a voz embargada)
- Estás bem?
- (breve pausa e então a resposta) ...Não!
- Estás chorando?
- Muito...porquê?
- Nada...só queria entender a razão de tanta chuva sobre a cidade. Sabia que de alguma maneira tinha a ver contigo, foi então que percebi que podias não estar bem.
- ... (apenas choro)
- Quer falar?
- Agora não!
- Tudo bem! Mas se o Sol voltar, vou sabe que já estás um pouco melhor.

Thalita Marinho

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

MANIFESTO PARA MULHERES ILUDIDAS


Eu vou agora falar algumas verdades! Sim. Verdades que toda mulher precisa ouvir. Após alguns anos acompanhando relatos de mulheres desesperadas, carentes, solteironas, confusas e após ler tantos conselhos, planos e dicas “infalíveis” de certas revistinhas femininas, chego à conclusão óbvia: tá tudo errado!

Até parece que emagrecer em 10 dias, passar fome, fazer joguinhos de liga e não liga, aprender as 4.678 maneiras de enlouquecer os homens na cama são a fórmula mágica para conquistar um homem ou pior, prendê-lo!

Após alguns cursos intensivos de desalienação, também, com outras revistinhas feitas para mulher, mas não para amélias e robóticas (eu indico, Revista TPM!), algumas leituras rápidas em banheiros femininos, 02 neurônios da vida, e sim, um tantinho de experiência após alguns namorados loucos, neuróticos, normais, caretas, modernos, machistas e liberais, advinhem, descobri a pólvora: NÃO EXISTE FÓRMULA! Oh! E foram preciso tantas leituras para descobrir isso?
Vamos a algumas desmitificações:

•Faça pilates, dieta, ponha silicone, faça lipo, pinte o cabelo, use maquiagem definitiva, esteja sempre linda como as capas da Nova e da Boa Forma e tenha seu príncipe ao seu lado pra sempre!

Número 1: As capas da Nova e da Boa Forma, ou de qualquer outra revista, só vão lhe deixar mais pra baixo. Sua auto-estima vai despencar, todas as mulheres são lindas e perfeitas, e você se não tiver dinheiro para plástica, não for uma desocupada pra viver em academia e não tiver um photoshop, nunca vai ser como elas.

Número 2: Isso não vai garantir um príncipe apaixonado. Se isso fosse verdade metade das estrelas de Hollywood não seria trocadas a cada semana. No máximo sua beleza plastificada garantirá a você uma noite de sexo. Mas se seu namorado quiser vai lhe trair, ainda que você seja a mulher mais linda e desejada no mundo, e se você não malhar seu cérebro ou tiver alguma massa cinzenta, ocupação e outras virtudes para oferecer, ele não vai agüentar você! E você, meu amor, vai ser linda e infeliz. Mas vai ser perfeita! Perfeita idiota.

•Surpreenda seu gato, lasque um beijo gostoso no meio do cinema. Faça um strip na frente da TV na hora do jogo! Ele vai amar!

Acredite. A única hora em que um homem ama ser beijado no meio de um filme no cinema é quando ele nunca pegou a mulher! A verdade é que se você for tentar beijá-lo depois que algum tempo de namoro, ele vai dizer “pô, peraí, amor, to vendo o filme!”. E você vai ficar com aquela cara de tacho, de Maria-mala. Em alguns outros casos seu amor vai gostar sim, mas isso, quando for um filme água-com-açucar que ele só foi ver por sua causa! E eu nem vou comentar a respeito do jogo. Tem hora pra tudo, não é, meu bem?!

•Se ele não ligar no dia seguinte? Vá ouvir música, tire o celular do seu lado para não olhar. Se ele não ligou, ele não presta!

Pára, pára, pára. Peraí. Por que só ELE tem que ligar? Mas por que você não pega o telefone e liga? E mais, se ele realmente não quiser nada além da noite passada, qual o crime que ele cometeu? Agora me responda: e se fosse você que não quisesse e ficasse arrumando desculpas? Ah, não... Você seria a coitadinha perseguida, a gostosona. Desculpe, mas você estaria sendo tão megera quanto ele! Pare de rotular, e não ache que foi alguma coisa com você. Você não é feia, desinteressante ou não-namorável por isso.


•Se ele é trainspotter, colecionador de aves, lutador de jiu-jitsu, procure acompanhá-lo! E aprenda as letras da banda que ele curte!

Tsc, tsc, tsc. Erro clássico. Interessar-se pelo assunto que o namorado gosta é uma coisa. Ouvir, apoiar, respeitar, admirar, não é preciso ser homem pra gostar disso. Mas absorver os gostos como se fossem seus não! Ao contrário. Mostre a ele que você tem gosto, vontade, idéias próprias. Mostre a ele que você gosta daquele filme, mesmo que ele não goste. Que você curte ir aquele lugar mesmo que ele não. Senão, que graça vai ter a relação, o que vocês irão compartilhar de diferente. O que vai fazer lembrá-lo de você? Quer coisa mais linda do que um pagodeiro inveterado dar à namorada um CD de Heavy Metal porque simplesmente é a cara dela? Então. Seja você!


E mais! Não tenha vergonha de dizer que você quer fazer cocô! Poxa, ele é seu namorado! E daí? Você vai passar a vida fingindo que a comida evapora milagrosamente? Isso é intimidade! Ele também faz, a Giselle Bündchen faz e o Papa também. E por último: só ouça a você mesma. Faça apenas o que o seu coração, razão, vontade mandar. Não siga regras, nem deixe de ligar para ele porque sua amiga acha que você vai estar se rebaixando. Ligue se você quiser! Às vezes os conselhos vem nas melhores das intenções, mas só você mesmo pode saber o que acontece dentro do seu relacionamento. Não ligue para o conselho dos outros, eles quase nunca são bons. Inclusive, se quiser, não ligue pro meus, para nenhum desses que eu dei aqui. E sim, seja feliz como você quiser!
Thalita Marinho

domingo, 26 de agosto de 2007

Senhoras e Senhores: Bem-vindos à Vida Blasé!

Sim, eu me autodiagnóstico. E sim, tenho ansiedade generalizada. Pelo menos eu acho que tenho. E não, não sou hipocondríaca. Só tenho isso mesmo. Também tenho cansaço, tédio, monotonia, indiferença...
Esses dias, navegando sem rumo, perdida nas profundezas virtuais, fui parar em um site de credibilidade duvidosa e reputação não tão ilibada que dizia o seguinte:

Síndrome da Novidade incessante ou do "Ar blasé"
A pessoa se entedia ou enjoa com uma facilidade assustadora! Sente necessidade de sempre viver situações novas, diferentes. Vive na ansiedade, na "adrenalina" precisa estar sempre alternando, mudando os hábitos, não suporta fazer duas vezes o mesmo programa, ficar muito tempo em algum lugar… ou com alguém. Espera que o parceiro (a) esteja sempre inventando uma novidade, surpreendendo. Caso contrário se queixa de "monotonia" e olha com aquele "ar blasé" que faz qualquer mortal sentir-se a criatura mais medíocre e chata do mundo.
Alguém se identificou? Um brinde!

Thalita Marinho

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Raras são as pessoas que sabem reconhecer.
Raras são as pessoas que sabem considerar.
Raras são as pessoas que têm a capacidade de compreender, de se colocar no lugar das outras.
Às vezes fico pensando porque o ser humano tem uma tendência tão além dos limites toleráveis para o egoísmo, para a destruição.
Às vezes as pessoas me decepcionam.
E dá vontade de mudar de planeta.
Mas passa... tolerância, a longo prazo.

É meu bem, este é um mundo selvagem!

Thalita Marinho

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

GARRAFA TÉRMICA
Os embalos de segunda-feira à tarde. Estava eu embaixo do chuveiro tomando um tranqüilo, longo e demorado banho.
- Thalitaaaaaaaaaaaa! - gritou minha mãe
- Aduhfduhfdufhuyuytytyt grfgheohg?
- O quêêêêêêê? - perguntei eu
- Aduhfduhfdufhuyuytytyt grfgheohg?
- O quêêêêêêê?
- Aduhfduhfdufhuyuytytyt grfgheohg?
- O quêêêêêêê?
-Aduhfduhfdufhuyuytytyt grfgheohg?
- O quêêêêêêê?
-Aduhfduhfdufhuyuytytyt grfgheohg?
- O quêêêêêêê?

E o bizarro diálogo seguiu durante os 30 minutos subseqüentes, até que resolvo me dirigir a porta do banheiro, ensopada, abro e pergunto:

- O quêêêêêêê?
- CADÊ A GARRAFA TÉRMICAAAA?
- Ah, sim!
- E então?
- Não sei, não mexi!

Fecho a porta e continuo o meu tranqüilo, longo e demorado. Ao sair, minha mãe estava DENTRO do meu QUARTO procurando a garrafa.

- O estranho é que pela lógica só você tomou café hoje, disse ela. Sua irmã não toma, seu cunhado não desceu a manhã inteira, se pai e eu ficamos fora o dia todo!
- Não sei, não mexi...

Pois bem, segundos depois o mistério fora desvendado. Entrei na cozinha e estavam minha mãe, meu cunhado e minha irmã "rachando o bico". Logo pensei, no mínimo, de mim. Pois é...

Realmente eu peguei a garrafa térmica. Não me lembrava.
Realmente eu tomei o café. Nem sinal de recordações.
Realmente eu guardei a garrafa térmica na GELADEIRA!

(...)

Se minha mãe fosse, de fato, uma boa detetive e tivesse um bom raciocínio lógico ela iria fazer a básica associação:

GARRAFA TÉRMICA + CAFÉ QUENTE = GELADEIRA

Amigos, que vontade de pular da janela! Vim aqui comunicar que é muito provável que eu esteja com mal de Alzheimer e gostaria de dizer que caso eu suma não se preocupem. Estarei sendo bem tratada em uma clínica. Orem por mim.
Grandes beijos,
Carolina.
Ops,Thalita.

domingo, 19 de agosto de 2007


"As meninas, igual às mulheres, sonham com inocência, solidão e amor. Convertidas em matéria de sonhos, descobrem as sutilezas do mundo, as asperezas da sorte, os abismos do destino."


Raimundo Carreiro
do livro, O amor não tem bons sentimentos (página 17)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Carta à Mulher que eu vejo no Espelho

Já faz tempo que não temos essa conversa, olho no olho, por isso estou aqui, disposta a discutir nosso relacionamento.
Conheço esse teu olhar de acusação! Sei que vais reclamar que não tenho passado muito tempo contigo, nesses meus dias anestesiados e distantes, mas eu juro, e posso afirmar de forma clara e honesta que, embora não tenha demonstrado muito, eu nunca deixei de te amar.
Estou aqui, agora, neste momento, te olhando nos olhos e percebendo suas indagações, sentindo seus medos e anseios...ouvindo cada desejo nunca antes proferido. Eu ouço tua respiração à noite e conheço de cor cada pesadelo teu. Eu sofro quando sentes saudade, reconheço que te magoaram e que eu fiz muito pouco para evitar isso. Aliás, confesso que, em algumas vezes eu até contribuí com essa sua mágoa.
Confesso que já te sabotei! Te critiquei injustamente, não valorizei teus esforços e teus pequenos progressos. Confesso que te martirizei com meus altos padrões de exigência, que subestimei a tua companhia, que fiz pouco caso de tuas tentativas de se fazer enxergar. Agora estou aqui, te pedindo perdão e propondo uma nova etapa nesse nosso longo relacionamento. Então vai a minha proposta:

1. Proponho agora, não só te amar, mas demonstrar mais esse amor;
2. Proponho te ouvir primeiro e, mais do que só ouvir, prestar atenção ao que dizes;
3. Proponho respeitar os teus desejos e fazer de tudo para realizá-los;
4. Não vou deixar ninguém mais te machucar;
5. Vou cuidar de ti;
6. E, acima de tudo, eu proponho te amar, acima do bem e do mal, mas também prometo contribuir para o teu crescimento como ser humano, como profissional e como mulher.

Thalita Marinho

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Carta ao moço que mora longe.



Tentei fugir, te ignorar, te evitar...! Tu sabes que eu acordo quase de madrugada, que volto tarde e que, entre esses dois pontos eu tenho inúmeros afazeres.
Trabalho mais do que qualquer ser humano, estudo
, corro em um ritmo frenético em que tu não poderias e nem deverias te encaixar. Mas hoje abri a janela de manhã e foi como se teu cheiro entrasse intruso, pelo quarto. Senti tua presença em mais um dia que iniciava. Fechei os olhos, tentei te expulsar, mas tu não obedeceste.
Me acompanhaste ainda que as janelas do carro estivessem fechadas, estavas na música que eu ouvia e na saudade que eu sempre admiti sentir. De repente a minha fantasia de mulher forte e auto-suficiente nunca pareceu tão desbotada e fora de moda. E tudo o que eu queria era estar perto de ti, no teu colo... só um pouquinho! Esquecer-me do mundo, dos relógios, dos compromissos que se multiplicam e me sufocam.
Sim! Eu atingi muitas metas nos últimos dias e meses, só tu, somente tu, continua faltando na minha vida, como uma incógnita, um sonho irrefletido no espelho.
Thalita Marinho
P.S.: Bem-vindo de volta!
Noite...

Era noite e dentro do meu quarto o único som que ouvia era a respiração profunda no meu peito. Deitada, logo me perdi contando as estrelas do meu céu. O que antecede o sono são pensamentos. Pensei em minhas inseguranças. E que não poderia me sentir só, pois a solidão estava ali me fazendo companhia. Lembrei-me de todos os beijos que dei com amor e do dia em que apenas uma mensagem fez com que eu sorrisse um dia inteiro. Era noite afinal e minha alma, meu corpo estavam à procura da sintonia perfeita. Desenhei flores no ar e imaginei aromas para elas. Com as mãos repletas de amor toquei a Lua. Senti a reciprocidade desse amor todo que eu carrego e que não muda. Nunca mudou! Fiz uma oração e desejei ter sonhos doces e toda uma vida ao teu lado, porque se queres saber a verdade: EU AINDA NÃO TE ESQUECI...
Thalita Marinho
P.S.: A inspiração de sempre...!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Vida social x Computador


Você percebe que está passando muito tempo em frente ao computador e sua vida social está medíocre quando sua novidade da semana, que te deixou radiante, foi um cara que você acha lindo te adicionar no Orkut. Tsc... tsc... tsc...
Thalita Marinho

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Pensamentos Soltos, Sons e Livros...
"Nada, jamais, substituirá um companheiro perdido. Ninguém pode recriar velhos companheiros. Nada vale o tesouro de tantas recordações comuns, de tantas horas más, vividas juntos, de tantas desavenças, de tantas reconciliações, de tantos impulsos afetivos. Não se reconstroem essas amizades.
Seria inútil plantar um carvalho, na esperança de ter, em breve, o abrigo de suas folhas. Assim vai a vida. A princípio enriquecemos. Plantamos durante anos, mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho, arranca essas árvores.
Um a um, os companheiros nos tiram suas sombras. E aos nossos lutos mistura-se então, a mágoa secreta de envelhecer
..."

(Fragmento de A Terra dos Homens - Antoine de Saint-Exupéry)

Porque uma relação de amor é feita de doces lembranças, momentos presentes, desavenças, pedidos de desculpas, aceitação mútua, persistência, "apesar de" (distância, mal entendidos, palavras mal trocadas) e "por causa de" (amor, sentimento de amizade, afeto, risadas e beijos).

Porque uma relação de amor não é feita de obrigação e cobranças, mas da vontade de estar junto, do desejo de fazer o outro feliz porque isso te deixa feliz. Não é receita, mas é uma estrada a seguir, uma longa estrada, por sinal! Se for tortuosa, ainda assim deve ser seguida, porque se existe amor...

Um turbilhão, inspiração que passa rápido e não encontro tempo pra segurar, transformar em letras e contar... Um pouco de frustração por conta disso! Porque sinto os dias correrem, o tempo voar e eu sigo pela estrada sem tempo pra apreciar a paisagem que passa pela janela, rápida demais.

Não consigo dizer, não consigo preencher espaços, então só me resta pegar ele pela mão pra poder seguirmos pra algum oásis, pra podermos descansar mesmo que quietos, sob uma árvore e sua sombra...

Tudo está embaçado, os dias confusos, "eu sumida", cansaço, sem tempo de me coçar, mas ainda por aqui ...tentando tomar fôlego.

"Não basta o compromisso, vale mais o coração" ( 1º de Julho – LEGIÃO Urbana)
Thalita Marinho

domingo, 5 de agosto de 2007

Perguntando ao girassol...

Se eu precisasse de alguém pra me levar pra passear você me levaria?
Se eu precisasse de uma mão pra segurar você seguraria a minha entre as suas?
Se eu precisasse de alguém pra uma abraço aconchegante você estaria lá?
Se eu acordasse ansiosa no meio da noite você me acalmaria?
Se eu chorasse por uma dor você me consolaria?
Se eu sentisse uma febre alta você me daria um chá?
Se eu quisesse rir de bobagens você me contaria piadas?
Se eu quisesse reviver o passado você me escutaria?
Se eu quisesse dormir no seu colo você ficaria quietinho pra não me acordar?
Se eu quisesse ver um filme triste você me deixaria chorar no seu ombro?
Se eu quisesse sumir você fugiria comigo?
Se eu quisesse conhecer sua vida toda você me contaria?
Se eu te pedisse uma coisa você me daria com seu melhor sorriso?
Se a gente brigasse faríamos as pazes em seguida?
Se eu pensasse em você, no mesmo momento você estaria pensando em mim?

Para todas estas perguntas, gostaria que as respostas fossem sempre sim!

Thalita Marinho




sexta-feira, 3 de agosto de 2007

“Não segure muito teus instintos porque isso não é natural.”
Eu tive um sonho... Todas as pessoas escreviam em português correto, não usavam “y” ou “x” tudo ficava realmente e gramaticalmente no seu devido lugar, as palavras não terminavam todas com “u” e ninguém “gostaria de estar escrevendo” nada que fosse perfeito e irretocável, mas também que não fosse uma bizarrice tamanha que fizesse Machado de Assis se revirar na catacumba. Eu tive um sonho... Todos se comunicavam inteligivelmente na escrita, existia concordância básica e, pasmem, os acentos não eram lendas urbanas gramaticais!
Eu tive um sonho... mas foi só um sonho, pois caí da cama, bati com a cabeça no chão e quase tive um enfarto fulminante ao ler meus recados do Orkut. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, achei que toda essa maldição dos infernos estivesse BEM longe de mim, em diários alienados de patricinhas adolescentes sem rumo no planeta, mas não! A maldição estava ali na MINHA (possessivamente falando) página do Orkut, no meu espaço, ali, logo ali, nos recados, nos depoimentos... logo ali, no “meu domínio”, associado brutalmente e fatalmente à mim. Tudo bem, quase todo mundo que está ali é lindo, cheiroso e eu amo. Mas convenhamos, tanto analfabetismo reunido é para tirar do sério, MIM DAH UM POBREMA NOS NELVO, DOTÔ!
Não, quase ninguém sabe o endereço desse blog e muito menos quem está no meu Orkut entra aqui. Não, não se sintam ofendidos, não são vocês. Essa é a vantagem de ter um blog ‘quase’ secreto: dá para esculhambar sem ter que dar nome aos bois, ou atribuindo nomenclatura à boiada mesmo. Ctrl+Alt+lasque-se. Sem repressão, não me reprimo, não me reprima, não se reprima, não se reprima, pode gritar (com sotaque porto-riquenho e tudo).
Hiperbolicamente e novela-mexicanamente do SBT falando, eu gostaria que Martin Luther King estendesse sua mão e me levasse para um mundo melhor, onde não houvesse analfabetos de terceiro grau e neologistas de um dialeto inútil e improdutivo que tanto entristecem o meu coração.
E da próxima vez que alguém quiser me cantar dizendo que quer plantar uma "CEMENTINHA" no meu coração, eu vou mandar enfiar a "CEMENTINHA" na mãe.
Respira fundo... 1, 2, 3, 4, 5... e passou o rancor do coração! Viu como é bom? Passou!
Thalita Marinho
P.S.: Sim, estou ficando intolerante com certas ignorâncias, principalmente as gramaticais.