segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Agora eu sei, me curei de você!


‘Nada acontece por acaso...’ Muitas vezes já pronunciei essa frase. Hoje, mais do que nunca eu falo isso de novo. Nada acontece por acaso! Ninguém pode explicar coisas inexplicáveis. Fico triste, mas feliz. Fico magoada, mas aliviada. Sei que nada perdi, e fico feliz por ter total noção disso. Hoje, muito diferente do que antigamente, me pergunto o quanto o amor é importante. E eu, sozinha, encontro a resposta. Ele, o amor, é importante, mas eu sou muito mais. Não posso querer que as pessoas sejam tudo que eu sou ou o que eu quero. Não posso querer que as pessoas se doem ou se entreguem do mesmo jeito que eu. Não posso esperar fidelidade de quem já foi capaz de me ‘trair’ outras vezes. Pois é, mas nada acontece por acaso mesmo. Não foi por acaso que eu fiquei atordoada, não foi por acaso que eu estava no computador aquela hora, não foi por acaso que aquele telefone tocou. Não, nada foi por acaso. Principalmente tu teres me perdido assim, como uma moeda em um bolso furado.
Sem lágrimas, sem ofensas, sem agressões. Nada mais pode ser explicado. Não há mais nada que eu queira saber. Sim, todo mundo me avisou. Não, eu preferi acreditar que tudo tinha mudado e dessa vez seria diferente. Ingenuidade minha. Mas o que me importa? Nada. Nada mais me importa. Porque deixei de ser trouxa. Dessa vez eu deixei mesmo, não acredito em juras de amor, em promessas feitas, não acredito mais em lágrimas falsas... Não acredito mais no amor, ou melhor, não acredito mais no teu amor. Tu não me mereces! Perdeste muito, certamente a maior perda da tua vida. A chance que tiveste de ser feliz. E um dia, tu vais te dar conta disso. Mas será tarde, tarde demais. É horrível perder a confiança, bem querer, o amor de alguém, e é impressionante como as pessoas são capazes de fazer isso com uma simples palavra, um simples gesto, uma única atitude, ou falta dela, como tu fizeste.


Srta. Marinho

P.S.: É só clicar na imagem e arrastar em direção a barra de ferramentas lá embaixo, quando aparecer o sinal (+) solte e conseguirás ler a conversa que está contida nela.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Fantasia

No reino do faz de conta,
reinam fadas, elfos,
duendes e anões.
No reino do faz de conta,
tudo vale,
tudo conta:
As estrelas dançam,
as flores falam,
os pirilampos beijam-se,
as árvores andam...
No reino do faz de conta,
as águas correm para a fonte,
os rios fogem do mar,
os arco íris, têm mil cores.
No reino do faz de conta,
o amor é eterno,
cheira a magnólias,
e tem cor de jasmim.
No reino do faz de conta,
estás tu, estou eu,
estamos todos nós,
fingindo um mundo rosa
cheio de corações vermelhos,
que cheiram a amor.

Srta. Marinho

sábado, 27 de dezembro de 2008

Essa noite demorei a dormir...


Essa noite eu não dormi. Quer dizer, dormi. Mas era um dormir estranho. Depois de passear com o controle remoto da TV por todos os canais possíveis até as 3h e um pouquinho da manhã, completamente sem sono, deitei para tentar descansar o corpo e a alma, mas não obtive tanto êxito. É estranho ter que descrever isso, mas eu vou tentar. Era como se eu estivesse dormindo, mas ligada, com um mínimo, muito mínimo mesmo de consciência. Tanto que até o zumbido de um pernilongo frenético me fazia despertar. Mil coisas na cabeça. Nem os sonhos são diferentes daquilo com que eu ando me preocupando ou vivendo. Acho que entrei em crise de ansiedade de novo.

Acordei, graças a Deus, para mais um dia de vida que tem tudo pra ser diferente dos outros 360 e poucos desse ano de 2008. Lembro que antes de tentar adormecer essa madrugada, pensei que deveria parar de pensar muito nas coisas e viver... Aproveitar o dia, o hoje, enfim, esse meu discurso que eu luto pra pôr em prática todos os dias, mas nem sempre dá certo. Eu até estava aprendendo a fazer isso, aliás, esse ano aprendi muita coisa, mudei mais nos dois últimos anos do que durante a minha vida toda. Mas, logo o dia amanhece e os pensamentos e sentimentos de angústia e ansiedade voltam a me tomar. Sou refém de mim mesma. E fica até parecendo que eu não estou aberta a negociação, mas não é verdade. Se meu travesseiro lesse meus pensamentos e falasse, bem saberia o quanto ando me esforçando para sair dessa crise existencial. Todas as noites, na hora de dormir, faço uma análise geral do meu dia e da minha vida, e traço metas para ser melhor. Porém, confesso que às vezes me pego a pensar que vai ser assim pra sempre. Que a gravidade vai agir sem piedade por mais um bom tempo. Diante da falta de força, eu sou tentada a me resignar. Cair na conformação talvez seja um dos piores estados do ser humano. Tenho medo de fica assim pra sempre...
Srta. Marinho

Termino parafraseando Caio Fernando Abreu, trecho capturado de um blog durante minhas navegações noturnas dia desses. Ela é a forma mais perfeita que encontrei para terminar esse texto.
"E se eu mudasse meu destino num passe de mágica? (...) Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado."
Reflexões de Natal

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Já é Natal...


Bem...chegou o Natal. O tempo anda passando rápido demais, até parece que 2008 começou ontem, e agora já chega ao fim.

Tem um tempo que eu deixei de gostar da época do final de ano. O clima é legal, as ruas ficam bonitas, enfeitadas de toda forma, cheia de luzes e piscas-piscas. Mas, quando chega o dia de Natal, instaura-se em mim uma tristeza sem fim. Fico melancólica angustiada... Ta, eu sei que é a data que simboliza a chegada do Salvador ao mundo, e isso muito me alegra e me traz esperança ao coração. Mas o desenrolar dos dias que antecedem o Natal, são extremamente tristes.

Confesso que o Natal deixou de ser Natal pra mim faz anos, desde quando eu comecei a perceber que a hipocrisia e a maldade, disseminadas durante todo o ano se camuflam diante do nascimento do menino Jesus, dos enfeites, dos presentes, e se ofuscam diante da iluminação natalina. Sem falar nos discursos de fraternidade, paz e amor, que, temporariamente, tomam a mídia, os outdoors, e a boca de todo mundo. Sinto-me mal em saber que o Natal perdeu e vem perdendo o seu significado ano após ano. Virou sinônimo de banquetes e presentes, só! Descobriram que é a época ideal para a disseminação do consumismo e do comensalismo sem limites. E no meio disso tudo, o real sentido do Natal se perde, fica escondido. O pequeno menino Jesus se perde no meio das palhas da sua humilde manjedoura. A gente passa por ele nas ruas, nos becos, nas portas dos supermercados...ou Ele até bate em nossa porta e nós, ocupados demais com o presente do amigo oculto ou com o cardápio da ceia, não o damos a devida atenção.

A roupa vermelha e branca do papai-noel já não me encanta mais há muito tempo. Aliás, eu não gosto muito dele por ser uma figura criada em prol da burguesia capitalista e um personagem muito do cretino. Um sujeito que se denomina "bom velhinho", mas que passa longe das favelas e dos mendigos, dos pobres e miseráveis. Um cara que só freqüenta as chaminés daqueles que detém algum poder aquisitivo. Uma realidade que vai de encontro à festa cristã que iremos celebrar.

O Natal já bate às portas, e eu gostaria apenas de pedir ao Jesus que nasce que Ele possa aumentar minha fé que anda tão desgastada. Quero pedir à Ele que cuide das pessoas que mais precisam dele, e acho que nem precisa eu pedir, pois tenho certeza que são os lugares onde Ele se faz mais presente, lá, onde habita a humildade e a pobreza, onde moram os seus filhos que sofrem e sofrem por causa da desigualdade disseminada pelo nosso sistema. Mas, vou reforçar o pedido assim mesmo! Quero ainda desejar um Natal cheio de paz. Que as possíveis reconciliações sejam pra valer, que durem, pelo menos, até o próximo Natal e que possamos enxergar na simples manjedoura, o real significado do Natal, e mais ainda, o real sentido da vinda do Salvador ao mundo!

Srta. Marinho


Dizem que meus olhos são como faróis, basta olhar para eles para sentir-se seguro e saber onde se está.
Já disseram que eles têm um brilho que não se explica, mas que fascina e acalma.
O rapaz que cantava quando eu passei, disse que sou como a tigresa de 'íris cor de mel'.
O mestre plagiou o poeta e disse que tenho 'olhos de Capitu'.
Falaram que quando sorrio com eles, tudo se ilumina. E quando choro revelam uma verdade que assusta e impressiona.
Já disseram que são como o mar, de um mistério profundo.
Para quem me conhece de verdade, acredita que eles são a janela, não só da minha alma, mas da alma do mundo.
Pra mim são apenas os olhos de uma menina curiosa, que traz a esperança de amanhã ver tudo melhor.
Srta. Marinho

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

15 de dezembro? É apenas o dia posterior ao 14 e anterior ao 16. Nada além disso!
Srta. Marinho

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mais mentiras (pra variar)...



Mentiras jamais me agradaram. Fossem para me proteger ou para me machucar... Elas sempre, eu disse SEMPRE, me machucam.
A mentira nunca trás a felicidade. NUNCA! Ela é falsa, traiçoeira, sabe como enganar. E eu ODEIO me sentir enganada e sempre odeio mais quem acha que pode me enganar. O pior, é me contar a mentira de forma tão sincera e achar que nunca vou descobrir. Será que não perceberam que a verdade sempre bate a porta do meu sexto sentido? Ou será que acreditam mesmo que, em tempos de MSN’s, ORKUT, MYSPACE, BLOG...etc consegue-se esconder alguma coisa ou manter a privacidade inabalada?

A mentira entristece. Mata! Faz com que eu me sinta fraca, sem voz. Já me questionei porque as pessoas mentem e nada descobri. Porque as pessoas mentem? Porque dizem ser o que não são? Porque dizem que fez o que não fez?
Eu queria acreditar em alguém de olhos fechados. Anular as mentiras do mundo e trazer pessoas sinceras, com algum ideal. A verdade, é que estou perdendo a fé nas pessoas. A fé no ser humano, naquele amigo, naquela pessoa da minha família, naquele possível novo par romântico. A última mentira que ouvi, que é a mentira de sempre, de vários lábios, me assustou por ter sido tão convincente, tão perfeita, que eu quase acreditei. Mentira insignificante que tornou a pessoa que me contou insignificante também, diante desse ato cruel. Mentiras...!
De repente minha vida é uma grande mentira. E juro que já estou cansada de tudo isso!


Srta. Marinho

quinta-feira, 27 de novembro de 2008


Tudo parece tão impessoal ultimamente. Não se reconhecem mais amigos como antes. Não é tão fácil encontrar aquela pessoa especial. Até as famílias estão bastante desunidas. E como acreditar nas pessoas? Hoje tudo se trata por e-mail e telefone. Nem é preciso conhecer, de verdade, quem você fala. É certo que em alguns casos desvenda-se muito mais um estranho de rosto do que um amigo íntimo. Mas são raras as exceções e é preciso haver uma entrega e uma disposição à cumplicidade. É como se as pessoas não sentissem mais a necessidade do olho no olho ou não desejassem o toque de pele. Como se não tivessem mais prazer em um abraço apertado. Parece que está tudo errado. Tudo fora do lugar. O que era para aproximar acaba afastando as pessoas. Sinto que estamos cada vez mais longe de quem gostamos. E ao mesmo tempo tão perto. Talvez por isso tudo pareça ser tão fugaz e irreal. É como se estivéssemos interpretando um papel que não nos pertence vinte e quatro horas por dia. Mentir torna-se tarefa muito fácil quando não existe uma busca da verdade no olhar. Porque mentir atrás de uma tela de computador é fácil, mas olhando no olho de alguém, fica difícil. Dizer que ama digitando sete teclas de um teclado é simples, mas convencer com palavras, cara a cara, é bem complicado. As pessoas não se entregam por inteiro, existe sempre aquele resquício da dúvida. Num mundo tão ilusório e efêmero é realmente muita ingenuidade entregar-se ao novo. Tenho medo do futuro e não sei ser moderna. Prefiro o meio antigo de comunicação. Gosto de olhar na cara, de sentir o cheiro e poder ver nos olhos. Por isso não adianta eu ficar justificando o NÃO que digo, pois ele já é um SIM. Nem pensar em maneiras de te esquecer, já lembrando de você. Tenho SAUDADES do passado, SÍNDROMES de solidão e uma eterna INDECISÃO.
Srta. Marinho
Hoje estou a pensar em nós, não sei por que, de repente todas as lembranças acordaram dentro de mim, quando o mais lógico seria esquecer, seria apagar-te do livro do meu coração. Mas, de repente, comecei a pensar, não sei o que provocou isso, talvez tenha sido uma rosa triste que vi morrer no vaso. O chão ficou cheio de pétalas mortas, desfeitas, como se fosse lágrimas vermelhas que a flor chorou ou talvez o pôr-do-sol bonito que vi, nada restou...nada!
Eu pensei que ia continuar a viver, como antes de entrares na minha vida, mas hoje compreendo que tu ficaste em mim, ficaste na minha vida. Penetraste com força no meu sangue e no coração batendo forte e vira dentro de mim, como se fosse uma presença extra-sensorial, como se fosse um ser ligado misteriosamente a mim, por laços reais que não vemos, mas sentimos. Sinceramente eu não sei mais o caminho que vou seguir, vou tentando esquecer-te, mas torna-se difícil.
Vieste para a minha vida como um pouco de brisa que vem para a tarde quente de verão, vieste simplesmente. Apareceste como um pouco de beleza que eu jamais sonhara ver e que de repente surgiu. Não quero nada além de ti, tu hoje, agora e sempre. Pensei que amar fosse apenas desejo, contato de lábios, de corpos, de mãos, aprendi que o verdadeiro sentimento vem de dentro. Das profundezas da alma e do fundo do coração.
Estou só e por isso analiso o que sinto por ti, analiso esta ansiedade, esta vontade imensa de ver-te, de apertar-te nos meus braços, de sentir a tua presença, de ouvir as tuas palavras e ver a tua alma debruçada nesses olhos que são toda a luz da minha vida. Retrocedi pelo meu caminho e pensei que estava na hora de recomeçar a viver, mas senti que não estava só, tinha comigo a sombra da saudade a seguir-me falando de ti, falando-me de nós e por isso estou a pensar em ti nesta noite vazia e fria, mas cheia de saudade.
Estou a pensar em nós que fomos algo e hoje não somos nada. Apenas dois estranhos, dois estranhos separados. Estou só e continuarei só. É como se a vida tivesse perdido o sentido, como se o adeus tivesse matado em mim o que eu tinha de mais nobre, de mais belo que era a capacidade de amar. Nada restou para mim! Restou-me apenas o conteúdo de saudade. Só esta vontade, imensa de apertar-te nos meus braços. Não sou ninguém sem ti, chego a essa conclusão. Estou perdida dentro de mim mesma... Por mais que tente não consigo te esquecer.

Srta. Marinho


Hoje não é um bom dia! Não há quem não tenha de quem lembrar. Lembro-me de alguém que me emprestou o nome, mas que por fim, era de ROSA que me chamava. Terei eu sido ROSA algum dia? Alguma vez? Sim, já fui ROSA, mas na alegria da juventude e de um grande amor. Para quem é ou já foi ROSA, para alguém, deixo esta rosa. Que nunca foi minha.

Srta. Marinho


Ausência...


Há dias em que me sinto assim... Hoje é um desses dias. Sinto-o desde que acordei. O peso da distância está cada vez mais difícil de suportar. A cada dia que passa, o vazio da ausência torna-se ainda mais vazio. A saudade do que ainda não vivi, cresce em cada minuto. Como é possível ter saudade de um desejo? De um sonho? Há dias assim!

Embora eu sinta o coração cheio, feliz, a transbordar, não consigo evitar que as minhas mãos pendam ao longo do corpo, vazias. Vazias de ti.
Srta. Marinho

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Risos são fortes; Lágrimas também.
Risos vêm e passam; Lágrimas vão além.
Risos são reflexos; Lágrimas a emoção.
Risos vêm de dentro; Lágrimas do coração.
Risos simplesmente, vêm te fazer sorrir. Lágrimas, mais a fundo, vêm te fazer refletir.


Risos e Lágrimas te ajudam a cicatrizar alguma ferida. Risos e Lágrimas estão presentes em cada momento da tua vida... Se teu sorriso acaba em lágrima, é ilusão que te faz sofrer. Mas, se tua lágrima acaba em riso; é a alegria que te faz viver.

Srta. Marinho
P.S.: Em homenagem a um novo amigo, que mesmo em meio a lágrimas, tem feito muita gente sorrir. Te cuida moço! E não esqueça... PEITO ABERTO, SORRISO CLARO, OLHAR BRILHANTE e ALMA EM FESTA. Sempre!

E ela chorou... Ao anoitecer lamentou-se por tudo aquilo que queria fazer e nunca fez. Lamentou pelo seu comportamento prematuro em relação aos problemas e por ser quem ela era.
Suas lamurias não tinham fim, e estava redondamente insatisfeita. Em um surto de desespero repetiu a música triste que soava até em seu coração e percorria as veias, como a sua consternação a tomava. E ela estava assim, entregue a ela mesma, entregue a vida e a morte principalmente, não achava sentido nela nem nas coisas ao seu redor. Motivos para viver ou morrer, motivos para sorrir ou prantear. Motivos...isso era o que ela mais tinha.
E ela chorou, sem saber mesmo o porquê. Sua dor era tão infinita, tão profunda, tão entranhada nela mesma que era ela. Ela era só amargura.
A menina cujos olhos não pude ver a cor, pois ela só chorava de olhos fechados, pobre de mim, uma simples menina.
Srta. Marinho

domingo, 23 de novembro de 2008

Coversando com o Vento...



Saí para apanhar ar, beber um café e pensar...pensar muito! Pensar em ti, em mim, nas voltas que a vida dá sem esperarmos. Pensar que poderia ter sido de outra forma, noutro lugar, noutra altura, e até com outra pessoa. Pensar que não é assim, mas que no fundo é assim que está correto, porque foi isto que o destino guardou pra nós. Como contrariar o destino, não é mesmo?Caiu-me olhar para o céu e caminhar de olhos fixos nas estrelas, sem saber que chão pisava. Vi o céu negro, estrelado, lindo e senti o vento forte. Açoitou-me o rosto, mas soube-me bem. Nessa altura, fechei os olhos e pensei com muita força em ti...
Pedi ao vento que te levasse uma carícia minha, um beijo, um abraço apertado, sei lá, qualquer coisa... esperando que aí chegassem e que soubesses que eram meus.
De repente o vento mudou de direção, num golpe estranho e, como que por magia, por breves instantes senti eu própria uma carícia, que sei, não era de vento.
Teria sido a tua resposta?
O vento soprou forte, frio, cortante...mas aqueceu-me, porque te senti aqui, tão perto de mim...
Srta. Marinho

sexta-feira, 21 de novembro de 2008



Posso perguntar? (ou a certeza de que ROMEU e JULIETA não eram deste planeta)


Se Romeu e Julieta tivessem casado ou fossem viver juntos, o amor teria sido eterno? Será? Daquele tamanho todo?
Será que o amor seria imenso se Romeu esquecesse de baixar o acento do vaso sanitário ou não se lembrasse de tirar a toalha de banho, molhada, de cima da cama? E se Julieta lhe infernizasse o juízo cada vez que ele chegasse em casa, e começasse a contar as teimosias dos filhos ou o obrigasse a almoçar na casa da sogra todos os domingos. Eu disse todos!
E se ele saísse todas as sextas-feiras para o tradicional futebol e chopinho com os amigos e criasse o maior bico quando ela resolvesse ir a um barzinho ou à praia sozinha com as amigas? Teríamos alguma história de amor para ler?
Lembrei-me, agora, de uma muito boa: e se Julieta passasse metade da vida a cutucá-lo para que ele virasse de lado, de costas ou de bruços, na esperança de sufocar aquele ronco que mais parecia o último apito do Titanic antes de afundar de vez?
E se Romeu pusesse toda a culpa na mulher, pela conta de telefone, cada mês mais alta? Hein?
Agora é com vocês. Digam lá o que acham que aconteceria ao casal mais amoroso dos romances literários se tivessem três filhos e alugassem um apartamento de 2 quartos em Candeias (ou Casa Amarela, ou Imbiribeira, ou Ipsep, ou etc.)e fossem viver juntinhos? Ainda bem que se mataram...

Srta. Marinho


P.S.: Desde já esclareço que não tenho nada contra nenhum dos bairros citados. Citei-os apenas para ilustrar o texto. E mais, tem séculos que ensaio escrever esse texto. Não tenho nada, absolutamente nada contra romances. Mas deixei de acreditar em conto de fadas, não vamos viver a base de ‘Era uma vez...’ ou ‘E viveram felizes para sempre’. Ah...dá um tempo! A idéia é apenas comentar o que os casais fazem que incomodam um ao outro e lembre-se, NÃO HÁ PERFEIÇÃO NO AMOR!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Carta 2 (ou Carta ao cara que pensa que é valente, mas é só um menino grande)





Esta música custa-me como se te contassem a tua própria vida de trás pra frente. Ao redor de muitos medos que não costumavas ter porque eras livre para te renderes no mundo sem olhar para trás. Para abraçares os feitiços de todos os homens e de todas as mulheres também. E agora é só o que tens. A tua vida encaixotada na dispensa da vida, cantada aos ouvidos para que não esqueças que pelo menos tentaste e até acreditaste que podias ser feliz assim. Não fosse o medo... Medo do novo!
E esta música custa-me como nos custam os primeiros fins. Custa-me como nos custam as primeiras distâncias, as primeiras certezas, os primeiros impasses. Como te custam as músicas que falam do que ficou por dizer, mas que sentiste em todos os centímetros de ti. Em todos os lugares em que paraste e desejaste ter tido alguém para os partilhares e te partilhares a ti, assim, naturalmente. Agora, peço apenas que ouças. E que me ouças também.
Srta. Marinho

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Um café pra depois...
Você sabe de todo o meu desdém, não venha com essa de se viciar. Não espero mais minha alma dedilhar-me ao avesso, nem que você me entenda meu bem. Mas leia estas palavras insensatas de uma insensatez falante:

Eu poderia ser tua nos dias de chuva. Secar algumas lágrimas e tentar te arrancar um sorriso sincero. Nada de escape. Não sirvo pra isso. Seria apenas nós e umas garrafas de vinho e nossas gargalhadas indevidas rodopiando em um asfalto vadio e espelhado da chuva. Nós, imersos na grossa camada de nuvem amarga. Ela nos encararia com certo ar de nostalgia... talvez inveja. Tanto faz, nós nem a perceberíamos. Estaríamos bêbados. Bêbados e completamente mergulhados na nossa intima loucura normal. Sentiríamos o sabor do pecado em qualquer beco escuro ou claro. Depois rodopiaríamos mais um pouco, cantaríamos umas ladainhas e os nossos olhos iluminariam o breu feminino de uma rua má educada. Você me levaria pra sua lata, me emprestaria seus ombros, camiseta e uns cd’s, como sempre faz. Eu prometeria a devolução olhando em seus olhos, você concordaria fingindo acreditar. Você fica lindo quando me olha nos olhos... Você me preencheria de si e confessaria todas as mentiras leais de um bom vira-lata enquanto me aperta contra seu corpo me deixando inebriada com as batidas do seu coração. Eu ouviria tudo muito atenta, você nem perceberia, mas diria que me ama, uma ou duas vezes durante as confissões. Veríamos tudo amanhecendo; o vento frio esquentando, o sol renascendo persistente, o jornaleiro infeliz, a solidão comunal e a saudade liberta. Sem chuvas, sem lágrimas, sem cobranças. Só nossos corpos entrelaçados e o céu deslumbrando verdades lá fora.

– Café?
– Café sim.

Café agora e um beijo depois. Eu passaria minha língua nos seus dentes, lábios, queixo e sumiria mais uma vez. Você iria se perguntar que sonho bom foi esse... meio confuso, meio estranho, meio insatisfeito porém sorridente. Eu só afirmo que foi um pesadelo bom cariño. Só isso. Mas a porcaria com a qual me alimentou é sempre a última jogada conosco. E eu aposto as fichas ou meu coração cretino que você joga mais sujo do que eu. Sou a idiota chorando na sala enquanto você me pede pra ficar. Eu não fico. Eu passo. Os anjos me disseram que preciso ser honesta com meu coração... mas quem precisa de anjos?
Srta. Marinho

domingo, 16 de novembro de 2008

AMEI...


Amei com exagero e intensidade. Com força, ternura, paixão, loucura. Sofri o desespero de quem ama sem saber o porquê de tal ironia! Amei muitas vezes o teu silêncio, a tua ausência, a tua indiferença. Amei-te de corpo e alma. Amei, até esgotar o louco desejo de te amar...
Srta. Marinho
P.S.: Seguirei para sempre amando!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

NÃO SOU FELIZ, MAS TENHO MARIDO

Zezé Polessa roda o Brasil apresentando o grande sucesso “NÃO SOU FELIZ, MAS TENHO MARIDO”. O espetáculo é sucesso por onde passa e mostra uma visão bem-humorada do casamento, com a direção de Victor Garcia Peralta. É adaptação do livro de crônicas homônimo da jornalista argentina Viviana Gómez Thorpe.
Nos primeiros minutos do monólogo já é possível saber o motivo de tanto sucesso. A personagem, Viviane, casada há vinte sete anos, vai contando sobre as dificuldades e problemas de manter o casamento. E lá no palco é contado tudo, desde a obra da casa de praia a uma ida ao motel, para aquecer o casamento.
Ouvi uma certa vez que a peça de Zezé fica perfeita quando assistida depois do monólogo “HOMENS SÃO DE MARTE… E É PRA LÁ QUE EU VOU”, com Mônica Martelli. Nessa a moça quer casar e conta suas aventuras chegar ao altar. É uma verdadeira saga, cheia de idas e vindas, muitas situações engraçadas e a terrível rotina de ser solteiro.
“NÃO SOU FELIZ, MAS TENHO MARIDO” continua a história. É como avançar a novela após o último capítulo, depois do casal de mocinhos trocar alianças e o “viverem felizes para sempre”. Então, percebemos como é difícil ser casado e estar envolvido em nessa instituição.
Vale ainda lembrar que, também não vale a pena se manter numa relação que não dá certo ou se prender a uma pessoa só para dizer estar com alguém. Conheço algumas pessoas assim! E sabe que sinto pena delas. É, porque manter-se numa relação para não dar o braço a torcer que fez a ‘escolha’ errada ou mesmo manter as aparências não faz muito a minha cabeça.


Srta. Marinho





Peguei alguns trechos para você ler e pensar também neste tal contrato: O CASAMENTO.


- “Não foi um desses casamentos com sobreviventes que continuam juntos por interesses econômicos, por medo da solidão ou simplesmente por inércia. O que se tentou construir foi um casamento ‘criativo’. Duas pessoas totalmente incompatíveis (todo mundo é incompatível) procurando tirar das entranhas isso de aprender a ceder partes de si mesmos em função de um projeto comum. E muitas vezes chegou-se à beira da destruição, para voltar a construir tudo novamente”.

- “O homem é infiel por esporte, enquanto a mulher é infiel quando está mal atendida, maltratada ou insatisfeita”.

- “Se o meu marido realmente tivesse me amado, não teria se casado comigo”.



Abaixo, alguns trechos da peça. Extraído do YOUTUBE



terça-feira, 28 de outubro de 2008

O choro alivia...e nem sempre é triteza!



Porque choramos? Talvez para desabafar e tirarmos do peito coisas que há muito tempo guardamos. Choramos em conseqüência de dores físicas ou emocionais, de tristeza, de saudade... O choro é uma defesa, que se assemelha ao medo. São reações psicológicas, que nos protegem dos perigos que nos cercam.
É bom chorar. Deitar a cabeça no travesseiro e sentir as lágrimas passeando pelo rosto. O choro incontido lava a alma.
É bom ter com quem chorar. Mas é bom chorar sozinho, em casa. Sem se preocupar com a maquiagem, com o rosto inchado e os olhos vermelhos. Alguns não sabem dizer porque choram. Estranhamente sentem um vazio dentro de si, e as lágrimas caem naturalmente, trazendo no final, uma sensação de conforto, de alivio. Não há explicação... Mas, como é bom!
Chorar no chuveiro. As lágrimas misturadas à água do banho. Mas só é bom chorar quando podemos nos entregar ao choro. Conter os soluços atrapalha. Quando choramos, o mundo parece girar mais devagar. Nos sentimos sozinhos, podemos refletir. Podemos entender o nosso próprio choro.
Choramos a perda de alguém, de algo, choramos uma dor, uma angústia, um pesadelo. Choramos um susto, um medo, um desespero. Choramos um filme, um comercial. Choramos por tudo, ou por nada. Choramos por querer, ou por não mais querer. Choramos de saudade, choramos por não gostar mais. Choramos pelas dúvidas e depois choramos quando encontramos as respostas.
Sou uma dessas pessoas. Sinto-me leve após o pranto. E não necessariamente preciso estar triste para que isso aconteça. Enchem-me os olhos os momentos de felicidade e de pura realização, mesmo que momentâneos. Afinal, de que é feita a vida nessa terra de provações, senão de alegrias passageiras?
É bom chorar. Depois das lágrimas o sorriso fica mais radiante. Assim espero!
Srta. Marinho
P.S.: E a quem interessar meu choro últimamente tem sido de emoção. Emoção pela alegria plena que está por vir...rs.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Quando parece fazer sentido...


Mainha me beija e mexe no meu cabelo:
- As lágrimas são pérolas escondidas nos olhos.
- ...
- Ao surgirem, elas liberam tudo aquilo que nos fere bem lá no fundo, lá onde toda dor e toda felicidade existem juntas.
Srta. Marinho
P.S.: E eu achando que, justo agora, poderia contar contigo. Com tua amizade! Obrigada.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AS INCRÍVEIS LISTAS...



Sempre adorei escrever! E por essa razão, tenho o hábito, desde a adolescência, de guardar velhos cadernos, agendas, pedaços de papéis, folhas... Não por gostar de ter os armários e gavetas entupidas de cadernos, agendas, papéis que, aparentemente, não tenham mais utilidades, por que no fundo têm e muita, e estão todos organizados. Mas vez ou outra remexo nesses pequenos tesouros e descubro grandes ‘relíquias’ que escrevi, anotei, rascunhei, rabisquei, esbocei em distintas fases da minha vida. Além de me divertir, me emociono cada vez que faço isso. É uma incrível volta ao passado, a fases que passei e vivenciei todas de forma bem intensa.
Numa dessas sessões nostalgia a qual me propus dia desses, descobri em alguns cadernos a sessão das “incríveis listas”. É isso mesmo, listas. Descobri que todo mundo adora listas... Tive uma época, que durou um tempo considerável, em que eu fazia as ‘incríveis’ listas. Eram listas das coisas que eu faria correspondentes a cada novo ano de vida, essa durou dos 16 aos 25 anos. Uma vez, na época do cursinho, eu e Carol fizemos a ‘INCRÍVEL LISTA DO HOMEM PERFEITO’. Na verdade montamos um frankstein com as características de garotos do nosso convívio, de fora mesmo só a voz de William Bonner que demos ao nosso monstrinho. Lógico que não demorou muito tempo (graças a Deus) para descobrirmos que não existe esse tal homem perfeito, só os distintos cavaleiros errantes que inventamos de amar.
Teve também a INCRÍVEL LISTA DAS 100 COISAS QUE EU DETESTO, e como conseqüência a INCRÍVEL LISTA DAS 100 COISAS QUE EU AMO... Lembro também dos velhos tempos de revista CAPRICHO. Sim, eu fui uma adolescente que lia e colecionava CAPRICHO, mas essa fase é história para um outro texto. Dos tempos de CAPRICHO, teve uma campanha sobre AS 100 RAZÕES PARA AMAR O BRASIL, e incentivavam as leitoras da revista a criarem suas próprias listas. Claro que fiz a minha e fui além, fiz também a lista das 100 RAZÕES PARA AMAR PERNAMBUCO.
Mas nem só de listas ilógicas, embora na época em que foram escritas me fizeram completo sentido, eu vivi. Tiveram também as listas de livros que li, de filmes que assisti, de músicas que ouvi, de CD’s que eu comprei, de shows que fui, de viagens que fiz...
No fundo senti até uma certa saudade de escrever as minhas ‘incríveis listas’. Hoje continuo envolta em meio a listas... de supermercado, de médicos para fazer check-up, de materiais para preparar, de coisas para fazer. Em razão disso, resolvi editar algumas dessas listas e publicá-las. Até mesmo fazer comparações de antigas listas com outras atuais. Será que meus gostos mudaram, melhoraram, pioraram...? O quanto será que eu mudei pelos meus gostos? Confesso que me impressionei com as surpresas as quais me deparei folheando velhos cadernos e relendo essas listas.


Srta. Marinho


P.S.: Em breve vocês terão o prazer de ver velhas e novas listas publicadas.

domingo, 5 de outubro de 2008

ELEIÇÃO x DEMOCRACIA


A pouco mais de 5h o Brasil dará início a mais uma votação. Dessa vez vamos eleger os novos gestores municipais. Na verdade vamos eleger os mesmo, porque há séculos a política brasileira não muda, não se renova...
Já tem algum tempo que a política não me atrai, não me chama atenção como a 4, 5 anos atrás. Não vejo mais as eleições como uma 'festa da democracia'. Afinal de contas, que democracia é essa que nos obriga a votar? Que nos faz guardar todo e qualquer comprovante de participação das últimas eleições porque caso contrário isso nos prejudicará ao passarmos em algum concurso, por exemplo. Muito bem, antes que os mais exaltados levantem criticando esse novo texto, acredito que não preciso lembrá-los que sou uma pessoa politizada. Política (partidária e estudantil) foi a minha cachaça por quase 10 anos, mas hoje, nossa, hoje é algo que não suporto.
Sei que lutamos por anos para acabar com uma ditadura militar no Brasil, para termos os direitos de cidadãos respeitado, principalmente através do voto... Pois bem, não estou desmerecendo ou desrespeitando tal luta, tal conquista, mas acho que nos cabe uma reflexão. Para a maioria dos brasileiros, a política só é lembrada quando chegam as eleições, porque somos obrigados a votar ou justificar nossa ausência nas urnas. Como disse anteriormente, vivi política uma boa parte da minha vida, hoje não suporto. Na verdade até me enoja um pouco. Um pouco não, muito! Deixei de acreditar na política, e lógico que nas pessoas que a fazem também. Sou romântica e idealista, e durante muito tempo acreditei na política e nas tais pessoas, como agentes transformadores capazes de mudar o país para melhor. Pessoas que podiam, através do poder público mudar sociedades, realidades, estatísticas...para melhor.
Acreditei que o voto era uma arma, o poder que transforma a vida das pessoas. E realmente é! O problema é que as pessoas que, infelizmente, elegemos, independente de partido, usam o nosso voto em benefício próprio. De concreto para a 'nação brasileira' nada é feito. Vou votar amanhã, mas vou porque sou obrigada. Sei quem são os candidatos e não sinto vontade, tão pouco confiança em votar em nenhum deles. Pior que estou com medo de votar branco ou mesmo anular meu voto. Não vou ficar bem se assim o fizer. Pensei em viajar, pra lá de longe justificar... Sei que muitos vão seguir com protestos de que é um absurdo eu pensar e agir assim, e que 'nós fazemos política até na hora em que vamos comprar um pãozinho na padaria'... De fato, fazemos política até na hora de comprar o bendito pãozinho, mas lá na padaria pelo menos eu sei que o meu dinheiro vai servir para que o padeiro pague seus funcionários, impostos, invista em seu negócio, na qualidade de seus serviços, produtos, etc. Enquanto na política, eu pago e não vejo o retorno do meu dinheiro. Nem obras, nem em benfeitorias para os mais carentes... Infelizmente no Brasil, política virou algo banal. Meio de ganhar publicidade e dinheiro fácil. Prova disso que estou falando é só dar uma olhada nos candidatos que nos apresentam. Tem de tudo, de ex-rainha do rebolado, a rei do brega, sem esquecer as celebridades instantâneas que fora da mídia precisam tentar subir no ibope que nunca tiveram. Preciso mesmo falar dos velhos caciques de sempre, os da esquerda e os da direita, os 'democráticos' e 'socialista'? Não, com toda certeza não! No fundo todos lobos capitalistas que querem mamar nas 'tetas' do povo brasileiro e aparecer bonito nas fotos dos jornais fingindo que estão trabalhando em prol de seus munícipios, estados... Em prol da população que confia, que acredita e se obriga a votar.
Tenho ainda a romântica e idealista esperança de que um dia o voto no Brasil deixará de ser democraticamente obrigatório. Só quando isso acontecer estaremos fazendo uma política verdadeira, justa, igualitária e democrática. Enquanto isso vou tentar dormir e tentar 'sonhar' com o que fazer com o meu voto, afinal de contas, com candidato certo ou não, sei que ele será em vão. Espero que vocês estejam menos perdidos que eu! Espero que tenham uma ótima eleição e tenho certeza que, independente, dos candidatos em que vão votar, alguém vai ganhar e dará uma festa bacana pra comemorar. Perde teu voto, mas aproveita a festa, até porque é você mesmo quem está pagando por ela.
Srta. Marinho

sábado, 4 de outubro de 2008

Simples assim...

E para quem acha que não, ainda continuo romântica demais. Além da conta na verdade! Só resolvi deixar de ser boba. Ainda exalo amor, eu sou o amor... Se é que você me entende!
Srta. Marinho (nova, e exuberante, fase)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Não, não tem sido dias tão fáceis assim. Ainda mais para um pessoa emocionalmente passional como eu e que é movida a amor, paixão... E dependendo do vento virado que eu pego, bate uma tristeza sem fim, capaz de transformar o mundo a minha volta. Sensível ao meu estado e me conhecendo, muitas vezes, mais do que eu me conheço, minha mais que amiga Carol, resolveu escrever-me uma ODE e publicar em seu blog. Com sua autorização, estou transcrevendo essa ode aqui. De fato amiga, ficou FODA, assim mesmo com letras grandes, como tu falas, o teu texto. Obrigada mais uma vez pelo amor, carinho, paciência...principalmente amizade. Te amo amiga!
Srta. Marinho

Esta é Carol, amiga de tantos e todos os momentos!

Ode a Thalita Marinho e Outras Considerções


Amada Amiga,

Muito me preocupa o fato de você estar triste e se sentindo sozinha. Sei o que se passa na sua cabeça, com todo o cuidado e muita propriedade, SINTO exatamente a mesma coisa. Ontem saí do trabalho fora do ar.

Tava feliz por algumas coisas que aconteceram, mas o medo de que tudo o que aconteceu me tirasse quem eu quero ter por perto me assombrou. Só isso. O cara foi contratado pra um cargo massa, mas isso simplesmente vai levá-lo pra longe.

E cri que não estava sendo justa comigo. Esperando por alguém que talvez não vá chegar. E sabe por que isso? Porque eu o amo. Se ele me ama, o jeito dele não se parece com o meu e lá vamos nós na terapia entender que as pessoas amam de jeitos diferentes, e porque é diferente não significa que ele não ame. E mais uns 500 reais pra chegar a essa conclusão.

Trabalhamos muito, estudamos muito, falamos mais de dois idiomas, cantamos, batucamos, cozinhamos, lavamos, passamos, temos dinheiro e somos independentes.

Aprendemos a cuidar da casa, do trabalho, da faculdade, temos um cacto plantado no jarrinho, criamos um cachorrinho, um hamster, tartarugas, um sobrinho, alguns primos... tudo ao mesmo tempo e tudo muito bem feito, afinal, temos um nome a zelar.

Mas a vida pessoal - eita caos. Outro dia André disse a mim que se estivesse perto, me estapearia. De fato, Dé... preciso de uns tapas.

Aí uma hora vc olha assim, e diz: "mas que merda é essa?"Nós temos tudo. Família, saúde, amigos, bons lugares pra ir, bons livros pra ler - ou reler, muita música, uma cidade linda, uma cabeça massa, cultura pra dar e vender, mas a gente por vezes se fez de burra ou aculturada né? Tanto assim, assusta... Mostre que você é humana criatura...

Até a Mulher Maravilha tem um jatinho invisível. Mas a gente tem um Prazeres/ Boa Viagem... Camaragibe/ Príncipe talvez...

Temos uma horda de homens nos paquerando. Sim, nós temos. Porque somos bonitas. Nosso sorriso chama a atenção. Nossos olhos dizem exatamente o que queremos. E isso chama a atenção de todo mundo. Para o bem ou para o mal. Lembra os passeios no Boa Vista, antes de ser povoado pelos GLSZYKBR?

Mas a gente só quer aquele cara. Aquele que está longe, que está preocupado demais com o trabalho, que viaja pelo mundo, que tem uma ex mulher xaroposa e uns filhos espalhados pelo planeta, ou umas ex namoradas histéricas, ou que está trabalhando demais, ou que se culpa porque não te dá atenção, ou que simplesmente some...

Esses a gente tá phD. O cara é tudo de bom. Inteligente, bonito, divertido, independente, beija bem, abraça você e você se sente protegidíssima, dança, conversa sobre tudo, gosta das mesmas músicas, não se incomoda em nos ver de camiseta de político e bermudão, com creme no rosto e bobs - sim, minha mãe adora eles! E de repente some.

Por que ele some? "Não é nada com vc, só eu que estou com uns problemas... não é nada... sou eu. Você é perfeita. Eu que não consigo fazer você feliz".

P* QUE P*, assim mesmo, em maiúsculas.

Queremos ser amadas, ter uma casa, sogra - sim ela é importante nesse processo, cachorro, samambaia, talvez filhos, churrasco em família, filme e pipoca no sofá... Queremos apresentar o cara pra mainha e perceber seu olhar de contentamento, porque dessa vez vai.

Uma festa intimista, um vestidinho pérola, uma aliança no dedo, comprar móveis, montar apartamento, comprar um carro, viajar junto, dormir junto, acordar junto. Dividir contas, ir no mercado juntos, medos, angústias, doença, gordura, e no fim sentir o coração tranqüilo. Tudo vai bem.

Simples né?

Não para nós. Aff, como a gente complica as coisas. A gente simplesmente quer o que ELE não quer. Porque se quisesse, e nosso querer fosse o mesmo, ao mesmo tempo, estaríamos muito felizes, bem acompanhadas, seguras de que está tudo certo. Casadíssimas... e aqui eu zero o contador.

E eles estariam igualmente bem, sem o medo do compromisso, sem o estresse de ter de te dar atenção, atender o telefone, te ouvir falar desesperadamente sem ter de te mandar calar.

Isso tudo, que queremos tanto, é fácil de alcançar.É só a gente desfocar. Isso mesmo, amiga. Esquece disso. Chega de querer mudar o mundo.Vamos ao cinema, ao show do Capim Cubano... viramos coqueteleiras humanas.Vamos à praia, vamos dançar, batucar, paquerar muuuuuuito.

Quando ele der pela nossa falta, aí a gente repensa, cala a boca e aceita.Porque a gente só quer que ele chegue junto, mas enquanto a gente move o mundo, ele tá esperando somente a gente parar.

Então amor, paremos. Agora. Vamos cuidar da vida, fazer o que a gente gosta, sem o pavor da obrigação.Porque se é nosso, a nós pertence. E não há concorrência. Não há competição.

E seremos muito felizes.

Amo muito você. Grata por sua presença em minha vida.Deus te abençoe e guarde na palma de Sua mão.

Carolina - http://carolinamulhervoadeira.blogspot.com/


segunda-feira, 22 de setembro de 2008



Além do início da primavera, o dia 22 de setembro marca o dia do AMANTE. É isso aí! Dia do amante. Isso me fez lembrar ‘dele’, da nossa condição, da nossa razão, do nosso sentimento... A figura do(a) amante é vista sempre de forma negativa e destrutiva. Quanta bobagem! Amante de verdade são aqueles que, segundo os mais diversos dicionários, apesar de o uso rotineiro em associar o(a) amante ao "outro(a)", ele também pode ser usado como aquele que ama e/ ou está apaixonado... Analisando por este aspecto, e outros também, eu sou amante. E daquelas bem apaixonadas!
Somos, fomos amantes...ao pé da letra. Esquecer dele, dos nossos momentos é quase impossível. Ele é o que me move, a nossa relação ‘ilegal’ e gostosa, intensa... Somos ilegais na nossa condição, mas totalmente compreendidos quando nos olhamos, em nossa cumplicidade. Cumplicidade que chega com o olhar, com o ciúme que temos que disfarçar, com as ligações que por vezes não podemos fazer ou atender, nas vezes que desejamos estar juntos e não nos foi permitido.
Sou amante porque amo demais... Porque estou apaixonada demais! E sou amante daquelas mais calorosas, porque meu sentimento é constante.
Srta. Marinho
P.S.: Em vez de imagem, a música ILEGAIS de Vanessa da Mata que explica bem a situação dos amantes.
Vejo flores em você...

Um pouco de Cecília Meireles, que também acreditava na primavera como sendo uma estação mágica, capaz de nos fazer ouvir as árvores cantarem, os pássaros assobiarem e flores brotarem do chão de concreto.

Srta. Marinho


Primavera
(Cecília Meireles)
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
É primavera...


‘Mudaram as estações, nada mudou...’ – A primavera chegou hoje como de costume. Silenciosa, mansa, com um calorzinho gostoso de esquentar a alma. A chegada de uma nova estação deveria ser mais perceptível dentro da gente. Toda vez que a primavera chegasse, deveríamos sentir sementes de lindas flores brotando em nosso peito e borboletas fazendo festa em nosso estômago. Queria também poder repetir certas primaveras... Como a do ano passado, em que a primavera foi mágica, daquelas de desenho da Disney. Aquela sensação engraçada de que a cada passo dado, uma flor brotava no chão de concreto, em que passarinhos davam bom dia na janela, que cachorros, gatos, cavalos sorriam e as pessoas pareciam bem mais educadas e no ouvido um sussurro gostoso dizendo: ‘É primavera e eu te amo muitão’. – Volta primavera, volta!
Mas hoje a primavera se fez sentir pelo trabalhão que vai dar guardar as roupas de inverno, colocar pra fora as mais fresquinhas, o calor que começa a esquentar mais, fazendo todo mundo suar como porcos... Olhei para o chão e não vi flores brotarem. Passarinhos na janela? Não! Só as marteladas do pedreiro derrubando as paredes em mais uma reforma que minha mãe está fazendo em casa.
Tenho ainda esperanças na ‘primavera’... Esperando que uma flor brote trazendo as sensações que espero que se repitam. Não, não deixo o romantismo de lado, não deixo de acreditar em um dia ter a primavera que sempre sonhei e que por dias vivenciei.
Srta. Marinho

sábado, 20 de setembro de 2008



Há dias em que são assim, olha-se no espelho e notamos que algo não vai bem, não combina, não está no lugar certo... E então precisamos fazer algo para mudar, pelo menos em aparência! Fiz isso essa semana quando resolvi cortar as madeixas. Precisava me sentir outra, renovada, de cara nova. Como se fosse possível me livrar, apagar pelo menos um pouco, do passado eliminando uns cachos excessivos. Só que eu não contava te encontrar enquanto eu atravessava aquela rua, justo a mais movimentada, e foi você a primeira (e única) pessoa que eu enxerguei. Você paralisou do outro lado da rua enquanto eu continuei atravessando. E sem querer eu parei e esperei que me dissesse algo... Foi como poesia! Eu sabia que qualquer outro nem perceberia, mas tu notarias, mesmo passado tanto tempo, as minhas madeixas. E foste direto ao ponto

- O QUE É QUE HOUVE, MEU AMOR, VOCÊ CORTOU OS SEUS CABELOS...
- FOI A TESOURA DO DESEJO, DESEJO MESMO DE MUDAR.
Segui meu caminho... Ainda deu tempo de olhar para trás e ver teu sorriso em meio a um certo ar de perplexidade.


Srta. Marinho

TESOURA DO DESEJO
(Alceu Valença)

Você atravessando aquela rua vestida de negro
E eu te esperando em frente a um certo bar, Leblon
Você se aproximando e eu morrendo de medo
Ali, bem mesmo em frente a um certo bar, Leblon

Quando eu atravessava aquela rua, morria de medo
De ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom
E o sonho fatalmente viraria um pesadelo
Ali, bem mesmo em frente a um certo bar, Leblon

- Vamos entrar...
- Não tenho tempo!

- O que é que houve?
- O que é que há?

- O que é que houve, meu amor, você cortou os seus
cabelos?
- Foi a tesoura do desejo, desejo mesmo de mudar

domingo, 7 de setembro de 2008

Murmúrio...


Não sei que dívida temos para com o destino que nos leva a percorrer caminhos tão estranhos!
Infinitas vezes perguntei, num murmúrio que se desfaz em silêncio… será possível, em tempo como este, viver vidas antigas, histórias sagradas que se sentem como um beijo profundo?
Serão ecos de outra era, tempos imemoriais em que deuses caminhavam na terra como gigantes? Terá sido o pó das estrelas que nos tivesse aspergido este querer, esta vontade, esta idéia de um amor que teima em não morrer?
Se pecado há, é este de crer teimosamente no sonho que nos resgata da miserável lei da vida. Contigo abandono a terra e faço-me luz!
Srta. Marinho

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Respirei fundo e escutei o velho, e orgulhoso, som do meu coração: "Eu sou, eu sou, eu sou."

Srta. Marinho


sábado, 30 de agosto de 2008

CABELEIREIRO vs. SEXO


Um dia eu li sobre uma pesquisa feita na Inglaterra, cujo resultado atestava que as mulheres preferem ir ao cabeleireiro a fazer sexo.
“COMO ASSIIIIIIIIIIIIIIIIIIM?” – dirão os revoltados homens-da-geração-criados-por-mulheres, e continuarão – “MULHER É TUDO MUUUUUUUUUUITO LOUCA!”
Pois eu acabei de voltar do "coiffeur", onde passei três maravilhosas horas com gente mexendo no meu cabelo, fazendo massagem, trazendo água e falando como eu estou linda.
Entenderam? É por isso que mulher, quando toma um pé na bunda (que não é o caso da minha ida ao salão) ou quando está insatisfeita com a própria vida ou quando está estressada com o trabalho (real motivo da minha ida ao salão) vai ao cabeleireiro. Pra passar algumas horas como essas últimas que eu tive, e ainda sair lindona, e com o ego lá em cima, quando terminar. Igualzinho sexo, não é?
Srta. Marinho

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Imaginação...


É isso, porque não?
Quando os dias estão negros, e nos escurecem a alma, nada melhor que passear com o arco-íris nas mãos.
Srta. Marinho

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

TAPA NA CARA? DÊ A OUTRA FACE...


Acho que decepção é um dos temas que mais descrevem meus textos. E sempre a pior delas: a decepção com o ser humano. Tem vezes que acho que preferia lidar com bichos. O homem não consegue conviver em paz com seu próprio semelhante. É uma competição o tempo inteiro. O mundo é dominado por sentimentos e coisas ruins, inveja, mau caratismo, covardia, mediocridade, mesquinhez. Odeio pessoas “pequenas“, de espírito e de atitudes. Pessoas incompetentes, incapazes de fazer coisas boas pela sua própria vida e que desperdiçam uma das coisas mais belas e necessárias que temos em nossas mãos: o tempo. Tenho uma espiritualidade bem resolvida e tenho a mentalidade muito aberta para muitas coisas e me indigna profundamente o fato de ver pessoas que vivem, que se alimentam da vida dos outros. Pessoas que não têm o que fazer, e que devem achar que não valem nada, pois dão tanta importância ao que o outro está fazendo, está comendo, está pensando, que esquecem de si. Almas pequenas, infelizes, incapazes de evoluir como seres humanos, incapazes de emanarem um raio de luz. Pessoas escuras, cinzas, e que eu quero distância. Sabe o que eu sinto por essas pessoas (se é que podemos chamar por este termo)? Pena, muita pena e desprezo. Uma pena, existirem pessoas tão desprezíveis misturadas a pessoas que eu considero tão acolhedoras. Incrível perceber que o divertimento de alguns é ver a desgraça dos outros, é falar da vida alheia, fazer fofoca, inventar histórias… Só não sei se são mais tristes os seres humanos que se dedicam a esse tipo de coisa ou se são os que acreditam nisso. Felizmente, tenho descoberto em mim, uma fortaleza e uma guerreira que ainda não havia despertado com tanta força, e que às vezes acho que eu não conhecia. Acho que a obrigação de ter que batalhar, e me recuperar sozinha, me faz amadurecer a cada dia. E coisas toscas como as que eu vejo acontecer, só me mostram que sou superior a tudo isso e que esse tipo de atitude e de pessoas não me atingem. Nem devo me permitir atingir. E tudo na minha vida, levo como um aprendizado e não peco por ser cautelosa nas minhas amizades e nos relacionamentos com as pessoas com as quais convivo. Já me decepcionei tanto, mas tanto nessa vida, por “N” motivos… mas como eu sempre digo, nenhuma lágrima até hoje, foi em vão. De tudo eu soube tirar uma lição e dessa vez, não será diferente. Sempre lembro que Deus não nos dá o fardo maior do que aquele que podemos carregar, e cada vez, eu meu fortaleço mais. Agradeço aos que não gostam de mim, aos que querem e sentem prazer em me machucar, humilhar, prejudicar...enfim, todas essas coisas desprezíveis, porque sem nem imaginar, elas me dão força, coragem e sabedoria para continuar lutando sempre.
Srta. Marinho

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Alma Machucada (Ou Enxugando a tempestade que há em mim)


Estou triste hoje. Estou triste há dias. Estou triste desde que percebi que alguns sonhos, alguns planos, simplesmente escorreram pelas minhas mãos como se fosse água. É doloroso ver as coisas que construímos se desmoronar com uma simples tempestade. Que paradoxo. Tempestade nunca é simples, sempre deixa estragos, ás vezes irrecuperáveis. As relações também são assim. Uma vez perdido o encanto, a magia, dificilmente se recupera. É como a confiança: quando se perde, nunca mais ela volta a ser a mesma. A gente sempre tem a ilusão de que tudo pode ser como era antes. Ah, doce ilusão! As coisas não funcionam assim, nem as pessoas. O tempo está passando e eu vejo que em vez de alicerces fortes, construí uma cabana, que pode desaparecer no primeiro vendaval. As coisas que sonhei, jamais vão se realizar. As pessoas que escolhi pra fazer parte da minha vida, pra dividir, pra somar, pra multiplicar, estão indo embora. Assim, como quem vai na esquina comprar cigarros e nunca mais volta. Essa sensação de perda, causa um vazio muito grande e uma angústia maior ainda. Acho que não sou uma boa perdedora, sofro demais quando não consigo as coisas que eu sonhara, que eu desejara e que eu lutara tanto para conseguir. Dói demais, ver alguém ir embora. Dói demais abrir mão de ser feliz. Mas ás vezes, a felicidade de um não é a felicidade de outro. E se não entendermos isso estamos sendo egoístas. Só que o amor, aquele que dizemos ser incondicional, quer ver os outros felizes, mesmo que seja longe de nós. Mas é duro, não termos mais a presença, não termos mais o sorriso, o carinho, a palavra amiga, o beijo…é duro saber que um dia as coisas foram perfeitas e de repente, acaba tudo. Mas eu já tenho quase 30 anos, sei que não dá pra se iludir com coisas que sabemos não ter mais conserto. Tentar, tentar e tentar, realmente não custa nada, talvez um sofrimentozinho a mais e só. Ás vezes, vale a pena, outras vezes é em vão. Como eu acho que é agora. Serão tentativas frustradas de deixar perfeito um vaso que se quebrou em pedacinhos. Podemos até ter a paciência de colar caco por caco, mas lá no fundo, temos a certeza de que jamais voltará a ser a mesma coisa. Pois a magia da perfeição, nunca será recuperada. Preciso terminar esse texto, pois aquele nó na garganta que me acompanha desde que meu coração se machucou, insiste em permanecer aqui, me angustiando cada vez mais.
Srta. Marinho