quinta-feira, 28 de junho de 2007

Um velhinho que passa... Já tropeço, pelo cansaço pela idade, vê seu fim aproximar-se e relembra quando era pequenino. Quando em criança ria, brincava, saltava! Corria sem cansaço algum e entre lágrimas hoje, quando uma criança encontra seus olhos nos dizem: “Tempos que já se vão...!”
E ele sonhou tanto... Hoje porém vê-se só e perdido num recanto da vida. Viu seus dias passarem, seus sonhos aumentarem e viveu do sonho que nunca descobriu qual era. Mas era um sonho, um sonho de fantasia. Não o viveu, mas com ele morreu!
Thalita Marinho

P.S.: Pensando no meu avô!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Xama u Aurelhu!


E lá estava eu mais uma noite sem ter o que fazer, sapeando o controle da televisão. Logo eu que não sou disso, de TV, me vi forçada pelo tédio a procurar dentro daquela caixinha mentirosa e cretina alguma coisa pra matar o tempo. Eis que tomo um susto, quase engasgo com meu próprio cuspe. Era um filme, em um canal de tv por assinatura. Eu já havia assistido àquele filme, um desses de terror adolescente, mas algo estava diferente, algo que me fez confirmar e reafirmar pra mim mesma o porquê de cada vez mais eu odiar televisão:

- Vc tem certeza q eh por aih?

Foi assim que quase perco o fôlego. Não era apenas o filme que era adolescente, mas as legendas, todas as legendas eram pura adolescência e “nerdice”, se me permitem o neologismo. Estavam repletas de VC, PQ, NAUM e tudo mais que o vocabulário internauta chulo permite. Confesso que demorei muito mais que o tempo habitual para entender o que estava escrito na tela, era quase um hieróglifo virtual de tão inteligível. Devo admitir que os internautas estão mesmo de parabéns, porque para decifrar esse dialeto tem que ser muito esperto mesmo.
Mas será que levar a linguagem virtual pra TV também é coisa de gente esperta? Ah tá, esqueci! Essa história de que estamos estimulando a burrice e o semi-analfabetismo nos adolescente está ultrapassada. Não é isso o que dizem? Teoria furada, isso é apenas uma forma mais prática de se comunicar no mundo virtual, mas isso naum influencia em nossas vidas. Ops! Quero dizer, NÃO. Desculpem, força do hábito. Deve ser por isso que meu primo recebeu seu trabalho da faculdade todo marcado de vermelho em cada palavra em que ele trocara o CH pelo X, “axo”, “xeque” e até o estrangeiro e já tão comum para nós “xopin”, tudo por causa da teoria furada. Não é crime usar um PQ, um VC, pra facilitar a comunicação de vez em quando por e-mail ou em uma conversa no MSN, chat... Mas desaprender? Transformar nosso vocabulário em um Chat? Mas tudo bem, se nosso país já está tão bom de português mesmo, a gente pode continuar incentivando nossos jovens a escrever errado. Eles que são os maiores usuários de internet do mundo, e que passam o dia inteiro plugados, viajando pelos dialetos, neologismos, contrações e bizarrices de vida virtual.
Tem razão, para a TV, é mais fácil se comunicar com os jovens e atingi-los falando a linguagem deles. Mas é que pensei que a linguagem deles fosse o português, o bom e velho português. Mas tudo bem, se eles já lêem pouco ou quase nada mesmo, é melhor fazer isso na TV, ao invés de ajudar a dar-lhes um pouquinho de cultura, coisa que a internet infelizmente não está conseguindo.
Talvez a família nem precise se atentar para isso, ou as escolas, ou ninguém! Quem é que liga pra isso, não é? É tão bonitinho falar ‘axim’ que a gente ‘si iskeci’! E nem é mais novidade que esses meninos nunca tenham nem ouvido falar de Antônio Houaiss ou do mais conhecido, Aurélio Buarque de Holanda, todo mundo está careca de saber que ler e estudar é muito chato, além do mais deixar o mundo virtual invadir não só nossas vidas como nosso vocabulário é rulez!
Talvez eu esteja exagerando no uso da hipérbole, mesmo assim ainda acho que estou sendo eufêmica, mas tanto faz, figura por figura de linguagem, esses jovens só conhecem o barbarismo. Aliás, deixa pra lá, eles não estão entendendo bulhufas... auhauhauh!
Thalita Marinho

quinta-feira, 21 de junho de 2007


Porque nos apaixonamos por quem não devemos?

Alguma vez vocês já se perguntaram por que se apaixonaram por quem não devia? Alguma vez lhes ocorreu que não entendem como se interessam por pessoas que sabem que não lhes convêm e que podem lhes fazer mal? Amar é uma experiência comum para os seres humanos, em especial para nós mulheres. Sentimo-nos atraídas por homens problemáticos, distantes, inacessíveis, infantis, imaturos, inseguros... Acabamos amando o homem errado e sofrendo por amor. Acontece a todas...ou não?
Thalita Marinho

Sabe Cansaço Feliz ?

Um tantinho de preguiça? Sono atrasado que nunca coloco em dia, saudade chatinha apertando o peito, livro na cabeceira esperando para ser lido, idéias fervilhando na cabeça... Trabalho muito trabalho! Provas para corrigir, aulas para preparar, cadernetas para fechar média, relatório...ARGH! E-mails no meio do dia que me fazem sorrir e assim aliviam meu cansaço. Um beijo sonhado cheio de vontade de se dar, as horas passando, outras horas e horas sem você. Na verdade com você, sempre com você que mesmo longe trago em meu peito.
Tudo que é dito e tudo que não é dito, subentendido, delicado... Meus dias assim são sentidos.
Thalita Marinho

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Conflitos entre a vontade e os impulsos

Como resultado da decisão, os impulsos também podem ser inibidos. Tal acontecimento é comum quando eles são passageiros e a sua força pequena. Mas nem sempre esta inibição é eficaz, fenômeno este que os psicanalistas conhecem e descrevem bem.
Daqui podem nascer novos sentimentos que de outro modo se realizem. E pode ainda acontecer do impulso, ora deliberadamente inibido, ora realizado, aumente neste processo e se transforme em paixão: a paixão amorosa, a paixão do jogo, a paixão da aventura.
Nos casos de paixão, o impulso é aceito pela consciência de si. Mas se existir uma luta cerrada e dolorosa, de tal modo que o impulso só se realize quando escapa à vontade, ele não deixará também de crescer, mas será vivenciado como algo de estranho à personalidade. Esta luta ocorre em todos os fenômenos compulsivos que podem ser um componente dos vícios, e levam quase sempre ao enfraquecimento da vontade.
As obsessões e compulsões neuróticas têm a mesma gênese. Nestes casos, a vontade faz recurso a comportamentos laterais para esconjurar os impulsos indesejáveis: outros pensamentos, imagens, símbolos, rituais. Estes, por sua vez, tornam-se tão absurdos e indesejáveis que acabam por ser combatidos. Assim, o obsessivo fica preso num círculo vicioso: inibe as obsessões através de rituais e novas obsessões que, por sua vez, inibe através de outras, numa desgastante luta que se auto-agrava sem fim.
A luta entre impulsos e vontade pode-se organizar de múltiplas formas, gerando sentimentos complexos e deformando a manifestação de impulsos instintivos. Outro caso particular é a fobia de impulsão, em que o indivíduo se sente impelido a um ato condenável (como atirar-se da janela, esfaquear ou assassinar alguém), e luta ansiosamente contra essa tendência, luta essa que mais faz crescer o impulso. Impulsivamente, hoje tentei, sem sucesso, matar você dentro de mim! Conflitos e mais conflitos...

Thalita Marinho