terça-feira, 24 de novembro de 2009

Guns don't kill people. I kill! (Calma... É só um pouco de cólica)



A natureza é engraçada! Nós mulheres, ao longo dos anos, somos chamadas de o ‘sexo frágil’. Até entendo e aceito, de certa forma... Mas como sermos chamadas de sexo frágil quando somos tão fortes na hora da dor? É, porque parece que o Pai fez com gosto, olhou para a mulher e disse: ‘Mulher sofrerás com a dor de amor, com a dor de cabeça quando teu marido quiser fazer amor depois de fazer uma besteira, com a depilação, com a manicure que vai te tirar alguns ‘bifes’, com a dor do parto... e com a CÓLICA MENSTRUAL.’ Caramba Deus, podia ter pego mais leve!
Não sei se as mulheres que lêem meu blog concordam comigo, mas tem coisa pior que a tal da cólica menstrual? Tudo bem que eu também não suporto a dor, momentânea, da depilação com cera quente. Lá se vão 15 e não me acostumei com ela ainda... Mas deixemos essa dor de lá lado porque a dor aqui é outra. Minhas cólicas têm se tornado terríveis. Os anos passam e não me acostumo com elas. Na verdade eu nem sei explicar!
O período menstrual de uma forma geral, embora seja uma dádiva feminina, é um verdadeiro transtorno. Primeiro que a inconstância de nossos hormônios nesse período altera nosso humor de forma violenta. Acreditem, nem nós nos reconhecemos. Nesse período dobramos de peso, o que já motivo suficiente para acabar com o dia da mulher moderna, sempre tão ligada as dietas da moda. Mas, ficamos totalmente inchadas e, homens acreditem, isso incomoda muito. Não só pelo fato de ‘naquela’ semana não conseguirmos entrar em nosso jeans ou saia predileta. Ficamos pesadas, lentas e doloridas. Tudo incomoda, desde andar até a insensibilidade dos outros. Os seios também nos torturam, parece que não conseguimos acomodá-los no sutiã que até a semana passada te dava uma sensação de poder. É, nós mulheres temos isso, usar um sutiã ou um jeans que nos faz sentir poderosas. Mas no período menstrual esqueça tudo isso. Somos capazes de matar ou de morrer. A coisa é tão séria que, hoje, o código civil brasileiro tem um parágrafo que trata de mulheres que cometem crime nesses períodos. Hoje a justiça entende que, em boa parte das vezes, e por conta da alteração hormonal que sofremos, não podemos ser totalmente responsabilizadas por um crime que cometemos. Não respondemos por nossas faculdades.
Pra mim a coisa é ainda pior. Não posso tomar esses remédios apropriados para cólica, principalmente os que acabam em ‘AM’ (buscopAM, atroverAM, ponstAM...etc.), eles baixam minha pressão e os outros não são tão eficazes assim. Resultado, são anos tentando lidar com ela. Com toda essa ‘briga’ hormonal que acontece dentro da gente, o nosso humor é afetado. Eu vou da irritabilidade com nada a sensibilidade extrema. Fico insuportável. Nem eu me aguento e acaba que quem está a meu lado sofre junto. Coisa doida isso! Tem períodos que pareço uma pitbull fêmea em TPM, pronta para matar, em outros momentos estou me acabando em lágrimas, por qualquer motivo...até com propaganda de merthiolate. É a morte!
Homens, embora eu saiba que é um período difícil para vocês também, entendam que para nós é muito pior. Até porque, parece que nada parece justificar o nosso destempero. O que passamos é torturante! Talvez se Deus tivesse feito com que vocês sentissem, pelo menos uma única vez em suas vidas, o que sentimos nos compreendesse melhor e não saíssem por aí achando que somos loucas. Tudo bem, justiça seja feita! Alguns homens são de uma compreensão absurda com as mulheres nesse período. Eu tive a sorte de conhecer alguns!
Não existe receita para enfrentar esse período. Cada mulher passa por ele de uma forma diferente, com reações diferentes, com irritabilidades diferentes, mas ainda assim horríveis. Um pouco de compreensão, carinho, cuidado com as palavras, uma boa massagem, bolsa de água quente e chocolate são uma boa pedida. Não resolve o problema, mas ameniza um bocado. No mais, são só por alguns dias!
Bem...enquanto vocês se distraem aí lendo o texto, eu vou ali tentar entrar na calça jeans e fazer com que os cachos dos meus cabelos fiquem no lugar em que devem ficar. E rezar pra eu não morder ninguém até isso passar. Fazer o quê, mês que vem tem mais mesmo!
Srta. 'com cólica' Marinho

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nota rápida de um 'bom dia'!
Eu e Letíca - Semana Santa de 2009
Eu andava reclamando, dias - meses ou anos atrás, não me lembro em que parte foi que me tornei uma chata - de tudo, acordar cedo, dias nublados, azul não combinar com céu...

Não sei ao certo o que aconteceu durante minha noite cheia de pesadelos com morte, fogo e carnaval. Só sei que despertei com um barulho que antecedeu o despertador e ao invés de reclamar que 'as pessoas' não respeitam meu sono, eu sorri. Talvez por efeito do 'boa noite' que virou 'bom dia' ou simplesmente eu tenha sido tomada por um espírito de luz que me mostrou que sorrir é melhor que chorar. Concordei com o Padre Mário Bonatti, que certa vez disse que a vida tem a cor que você pinta.

Então, que bom que pude acordar mais cedo. Assim, tomei um banho gostoso e demorado (como eu amo) e pude me arrumar bem bonita - porque assim eu me vi e me achei. E sei que sou!

Coloquei o pé na rua e ao invés de reclamar a ausência do carro eu pensei que pessoa de sorte sou eu: tenho um ponto de ônibus na esquina da minha casa, outro bem na esquina do meu trabalho, não tenho que me preocupar com as buzinas no trânsito. Ainda pude ouvir um pouco de música e ler o livro que peguei emprestado com minha tia.

Daí lembrei de Letícia, minha prima-sobrinha. Dia desses ela aprendeu o significado da palavra lindo e desde então tudo que ela topa pela frente, aponta feliz e diz "QUE LINDO!". Certa vez estávamos indo ao Parque da Jaqueira, caiu a maior chuva e quando eu já ensaiava para ficar de mau humor ela sorrindo disse "Que chuva linda, titia!", ela me fez sorrir assim. E já que humor é uma coisa que contagia, deixo aqui o meu melhor.

Deixo então o meu sorriso. Quero fazer com todos o que Letícia faz comigo.
Srta. Marinho
P.S.: Queria ter colocado uma foto mais recente, minha e de Letícia, mas não tive tempo de procurar.

sábado, 21 de novembro de 2009

A escolha é sua! (Deve ser)


Outro dia resolvi ficar em casa, sossegada, vendo alguns filmes no DVD. Um dos escolhidos foi CRIMES E PECADOS, filme de 1989, dirigido por Woody Allen. A certa altura do filme, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase ficou em minha mente e de lá nunca mais saiu. Compartilho, em parte, do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser. O destino, muitas vezes, pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazermos uma escolha, estamos descartando outra. E de escolha em escolha vamos construindo nossa vida.
No momento em que eu escolhi ser Professora, abri mão de muitas outras coisas que eu poderia ser, como: Bailarina, Psicóloga, Administradora, Publicitária, Cientista Contábil (como meu pai), Juíza de Direito, Pediatra (que foi um grande sonho de infância), entre outras. Deixei todas essas outras opções de lado e resolvi optar por Língua e Literatura Espanhola, primeiramente, e depois Letras, com habilitação em Português e Inglês. Mesmo tendo dons elogiados para Psicologia e Jornalismo, sendo esse o último curso alvo do meu desejo para muito em breve. Mas, ao me decidir pela licenciatura plena, abri mão de todas as outras vontades, porque a vida é feita de escolhas e precisamos renunciar algumas coisas para obter outras. Muitas vezes é necessário que chutemos pro ar tudo aquilo que no fundo não nos faz felizes, não nos agrada e isso vale para as pessoas que, de certa forma, ficam atravancando nosso caminho. Sim, eu poderia ser diretora de uma multinacional e mudar o rumo das coisas, levar uma empresa a ganhar milhões, porém, eu não quis. Eu escolhi ser Professora. Mesmo com as mazelas da profissão, ainda assim uma bela profissão e que me orgulha. Agradeço ao Prof. Tomás Maciel, que me fez enxergar que às vezes é preciso renunciar aquilo que não nos faz bem e buscar o novo.
Já parou para pensar que no amor também é assim? Ao longo da vida temos vários romances, machucamos algumas pessoas por causa de nossas escolhas, nos machucamos com a escolha dos outros... Mas nesse vai e vem de pessoas que entram e saem de nossas vidas, chega um momento em que temos que decidir entre passar o resto da vida sem um compromisso formal com alguém, pulando de pessoa em pessoa, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando já não são mais a ‘tal novidade’ ou casar e ter filhos. E através do casamento descobrir o universo maravilhoso de compartilhar uma vida, uma história com uma pessoa, com tudo que se tem direito, (briguinhas, contas a pagar, reuniões e festinhas na escola, reuniões e festa em família, almoço de domingo na casa da sogra, etc.) e ter a certeza que não será fácil, mas de que VAI VALER A PENA!
No fim, você que tem duas opções e que elas têm seus prós e contras:
Você pode ficar 20 anos com uma pessoa e descobrir mil maravilhas e, quem sabe, viver até mais, 40, 50, ou 60 anos, compartilhando filhos, netos, histórias... Uma vida! Ou você pode optar pela solteirice e lá pelos 40, 50 e poucos anos vá se orgulhar das ‘conquistas passageiras’ que fez e de não ter constituído uma família. Certamente seus dias acabarão em reuniões de trabalho e ao chegar em casa, e se ver sozinho, talvez se arrependa, ou não! Talvez você vá amar ser assim. Quem sabe você viaje pelo mundo e aos 80 anos acabe em uma dessas casas de repouso realizando várias atividades condizentes com a idade.
Ou quem sabe você chegue em casa e encontre a ‘mulher da sua vida’, aquela que sabe tudo de você e te receba do jeito que você tanto adora. Com filhos divertidos, bem educados e de cuca legal, cheios de histórias e com uma alegria que farão teus dias serem completos. Mas pense bem nessa escolha, pense bem em quem será o homem ou a mulher com quem dividirá sua vida. Pra quando chegar aos 40, 50 e poucos anos tenha certeza de que fez a escolha certa. Por favor, não magoe ninguém nessa procura e não tolere pessoas de coração leviano.
A vida é feita de escolhas e todas elas vêm carregadas de suas consequências. Por isso é importante, antes de conhecer o outro, se conhecer. Autoconhecimento é a chave para as boas escolhas. Ler muito e de tudo um pouco, conhecer outras culturas, novas pessoas, conversar, ouvir música, ouvir as pessoas, pensar, visitar novas tribos, novos mundos... E, não deixar de fazer as coisas das quais se tem vontade, mas com responsabilidade, sem ferir os limites ou individualidade do outro e sua mesmo.
Por fim, devemos reavaliar todas as nossas decisões, cuidar de nossas escolhas, com maturidade e responsabilidade. Pois tudo em nossa vida tem metade de chance de dar certo. A maneira como escolhemos, como nos dedicamos, é o que influenciará para alcançarmos o êxito e a felicidade plena.
A escolha é sua!
Srta. 'escolhendo' Marinho

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Do seu jeito!



Diariamente lemos jornais, revistas, sites... e nos deparamos com inúmeras fórmulas perfeitas de como: Como emagrecer 10Kg em um mês e ter um corpão com barriga sarada? Como fazer seu namoro esquentar? Como ter uma vida feliz? Como ser saudável? Como ter uma carreira de sucesso? Como ser um bom líder? E por aí a lista vai aumentando! Até parece que conseguimos resolver nossa vida com meia dúzia de conselhos. Invente alguma coisa todos os dias para manter sua relação aquecida, não fume, não beba, não faça careta, não fale palavrão, não fique de mau humor... e assim sua vida será tranqüila e saudável. Resumindo, e segundo as revistas, para ser feliz todo mundo tem que blábláblábláblá...

Será que alguém realmente sabe o que é melhor pra nossa vida, além de nós mesmos e Deus? Será que, se seguirmos realmente essas tendências seremos pessoas mais felizes? Será que, realmente precisamos ser iguais aos modelos das capas de revista para nos sentirmos bem, satisfeitos? Porque, até onde eu sei, aquelas fotos passam por uma grande maquiagem...

Nem sempre eu estive a fim de me reinventar todos os dias. Às vezes eu sou só eu, quero ser só eu. Às vezes eu acho que é o outro que tem que me surpreender e na maioria das vezes não passo de absinto. Mas, não acredito nessas fórmulas perfeitas de felicidade eterna que as revistas vendem. Será mesmo que precisamos comer, beber, malhar, vestir, amar e sofrer todos de uma mesma maneira? Porque não firmar a sua própria personalidade, fazendo as coisas do seu jeito, criar a sua própria moda, escolher sozinha o jeito como que deve ser seu corpo, como deve ser o cara por quem vai se apaixonar, as coisas que você considera saudável. É uma grande maneira de destacar-se.

Nós rimos, nós choramos, nós amamos, nós sofremos, nós nos vestimos, mas cada um no seu jeito. Não precisamos ser uma sociedade padronizada, robotizada, moldada. Não acredito que um relacionamento acabe se uma das pessoas não se reinventar todos os dias. Que não gostarão de você se não tiver um corpão. Que o mundo te odiará se não comer de forma saudável. Que não te respeitarão se você não for o líder do seu trabalho. Não acredito mesmo nisso!

Cada um tem uma maneira diferente de amar, de viver, de trabalhar, de comer, de agir, de reagir, de se comportar... Também não creio que todas as relações esquentem da mesma maneira. Todas as tendências não passam de sinalizadores comportamentais da moda, da mídia.

Então faça o que quiser, desde que seja do seu jeito. Do jeito que cada um tem.

Srta. 'fazendo do meu jeito' Marinho

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Hoje Deus falou comigo!



Hoje Deus falou comigo! Tem algumas noites que não durmo direito... Na verdade nem durmo! Não como, não trabalho direito e só choro. Uma angustia apertando o peito. Uma revolta com destinatário certo.

Hoje quando acordei, essa angustia, pressão no peito me acompanhava e eu estava disposta a aliviar tudo falando, escrevendo para quem era de direito. Iria, através das palavras, colocar tudo pra fora, desabafar mesmo e da forma mais desbocada e desaforada do mundo. E segui meu caminho disposta a isso. Mas é incrível como as coisas acontecem e quando menos esperamos, um milagre é operado em nossa vida.
Há pessoas que não acreditam na existência de Deus, e o porquê de não acreditarem não cabe a mim responder. Eu creio Nele, e posso dizer, vez ou outra, os meus porquês.
Passei alguns dias a espera de um milagre, e este milagre aconteceu, talvez não da maneira que eu esperava, mas da maneira que Ele quis que acontecesse. Nesses últimos dias eu parecia ter um grande peso sobre minhas costas. Tem horas que a vida cansa! E, por vezes, me pego pensando se vale à pena ainda continuar.
Hoje o meu dia não começou diferente de todos os outros das últimas semanas. As 8h da manhã fui ao trabalho e fiz o que, rotineiramente, faço. Liguei o rádio! Mas ao fazer isso tive uma sensação estranha, primeiro porque o rádio já ligou numa estação religiosa, que não é o meu costume, algo não me deixou mudar a estação, ouvindo as palavras, eu apenas chorei. Um choro que, embora tivesse uma certa angústia e desespero, foi um choro de desabafo. E então ouvi:
E Deus disse: “Vinde a mim vós que estais cansados, e eu os aliviarei. Confia teu caminho ao Senhor!”
Depois o que se seguiu, foram palavras fortes e que me tocaram o coração. Parecia que aquele pregador sabia que eu estava escutando e falava só para mim. Palavras, verdades que eu precisava ouvi. E a cada nova palavra, a cada nova canção, meu coração aliviava. O peso era tirado de minhas costas. E senti que então eu estava ‘diante’ de Deus. Que ele usava aquele rádio para falar comigo e para me confortar. Deus falou comigo, agora sei. E em meio à angústia e sofrimento que afligiam o meu coração; orei ao Senhor e pedi a sua intervenção em meu favor. Ele me disse para confiar e entregar minha vida à Ele, pois sempre estará comigo. Eu o fiz sem pensar duas vezes e fui recoberta de paz.
Acreditem, não estou aqui para converter ninguém, estou apenas para dizer onde está a minha fé. Se me vejo em desespero, aprendi a chamar por um alguém que pode aliviar minhas dores, esse alguém sabe tudo de mim e está ao meu lado em todo o momento. Muitas vezes, eu vacilo em minha fé, e se me vejo cega por momentos tortuosos eu grito e Ele vem ao meu encontro, ao meu socorro.
Não posso dizer e não sou exemplo de fé, mas se tenho uma fé maior agora, devo a uma pessoa, que através de sua vida me ensina a ser assim. Alguém a quem chamo de AMIGO, e que tem a fé mais extraordinária que um dia imaginei. E que mesmo em meio a tantas turbulências soube procurar a Deus.
E hoje, eu aprendi que milagres acontecem todos os dias e que Deus sempre estará ao lado de quem verdadeiramente O procura.
Srta. 'em paz' Marinho
Escrevendo, escrevendo... (ou Passando uns dias no casulo)



Meu vício sempre foi escrever. Escrevo por qualquer coisa. Escrevo por felicidade, escrevo por dor, escrevo por amor, escrevo, escrevo... Mas ultimamente tenho ganas de ler, de conhecimento, de saber mais sobre aquilo que eu ainda não sei. Tenho devorado livros...

Estou com várias ideias fervilhando na cabeça. Ideias, inclusive, para mudar o blog. Dar uma vida nova, cara nova... Estou com muitas ideias para novos textos. Estou lendo muito, quem sabe não consigo passar para vocês o que leio. Muita gente, gente que me conhece muito, gente quem nem me conhece tanto assim, anda reclamando que estou fechada nesse mundinho que é só meu. Não que não caiba todo mundo aqui dentro, até cabe. Mas existem momentos que devemos nos dar um tempo, fechar as portas pra balanço e abrir as janelas, para sentir o sol, o ar puro, a brisa suave correndo e, claro, abrir a cabeça pra pensar e pensar.

Estou devorando quase tudo que anseio saber. E essa voracidade, de certo modo, me faz bem. Faz-me lembra de um moço que, aliás, um dia confessou ser fã dos meus textos, que sempre me (re)visita durante a leitura matinal, entre uma lida e outra das notícias do dia. Confesso que já devorei Martha Medeiros, Arnaldo Jabour, Nelson Motta, Veríssimo e seus afins cheios de crônicas que, até hoje, me fazem perder a cabeça. Grandes inspirações que me fizeram escolher uma carreira na área de comunicação. E querendo mais. Penso em jornalismo dessa vez. É fato que continuo amando crônicas, loucamente. Mas tenho ido além. Estou cada vez mais apaixonada por música e estudante voraz da modalidade. Percussão, bateria, violão... Descobri também pinturas magníficas de Pierre Verger e o fascínio de sua fotografia. Estou descobrindo outros encantos dele como seus assuntos ocultistas e toda sua magia. Mexeu de certa forma comigo! Descobri ainda a arte escrita de Ernesto Cardenal. Outros autores mexeram minha cabeça nesses últimos tempos também. Quem sabe faço outros textos para poder citá-los, caso contrário ficarei aqui por horas, falando sobre o sabor de ler, de descobrir novos rumos, novos interesses... Do quanto é bom se dar um tempo, ler coisas diferentes e novas, comer novas comidas, experimentar novos gostos, respirar. Simplesmente parar e respirar.

Confesso, admito que esteja um pouco complicado sair do meu mundinho... Está tão bom aqui! Só eu e os meus livros, as músicas, as fotografias, as descobertas, os pensamentos... Bom demais! Eu até sei que, daqui a pouco, vão achar que me afundei em depressão ou até, quem sabe, que morri. Mesmo vendo que alguns amigos têm se esforçado muito pra me tirar do meu canto, do meu sossego, da minha introspecção e me fazer balançar, sacudir as cadeiras. Mas entendam, mais do que férias, mais do que tempo de repouso, mais do que qualquer coisa, me fechei nesse pequeno casulo, como uma borboleta, pra poder me olhar melhor por dentro, poder me sentir, me enxergar, me renovar. Daqui a pouco eu vou (re)nascer e voar. Voar com novas asas. Com uma nova maneira de olhar, de (re)agir, de sentir.

Tudo, todo mundo tem o seu tempo. Eu estou aqui dentro, estou bem acreditem. Daqui a pouco dou o ar de minha graça... Por enquanto a festa é aqui, dentro de mim. Só comigo!Para os mais chegados, a porta está só encostada, basta empurrar e serão sempre bem-vindos. Para os que estão com dificuldade em entrar, peguem um mapa e certifiquem-se de estarem no caminho certo.
Srta. Marinho

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O que faz de você (ou O que faremos de nós)

“Às vezes damos uma impressão de dinamismo ao dizermos alguma coisa. Outras vezes, damos uma impressão igualmente significativa ao permanecermos em silêncio".

Dalai-Lama.


Porque será que há um limite para as paixões humanas quando elas provêm dos sentimentos? E pior, porque não há limite para aquelas pessoas que sofrem a influência da imaginação? As palavras perdem completamente o significado diante de alguns gestos e atitudes.

Conquistar uma pessoa é até fácil, difícil mesmo é conquistar essa mesma pessoa todos os dias. A prova maior e também mais simples, parece bem peculiar. SINCERIDADE! Ser sincero é preservar a confiança que as pessoas nos dão e não deixar pontos de interrogações. Cada ser humano carrega seus próprios medos, anseios e esperanças. Assim como cada ser humano sabe a dor, a alegria e o prazer de ser quem é. E acredite, ás vezes dói demais ser sincera e mostrar o outro lado, admitir as nossas mancadas. Estou assumindo minhas mancadas e pagando um preço alto por isso. Mas é isso que nos torna pessoas de caráter, isso preserva o que há de melhor em cada um.

Todos nós temos uma história triste para contar. Todos! Não escapamos um. E é muito natural justificar as besteiras que fazemos culpando a pessoa ou o episódio A, B ou C de nossa biografia. Sem desculpa. Todo mundo já errou e vem mais provação por aí, por que a vida é isso. Paz e chumbo grosso, céu e inferno, tempestade e bonança alternadamente. E tem mais, não nos pertencemos, somos livres, não possuímos as pessoas, podemos apenas cultivar um sentimento.

Rotular alguém, ou até nós mesmos, é besteira, pois podemos viver 30 anos com uma pessoa e não conhecer seu infinito de predicados. Vivemos uma vida e não nos conhecemos de fato. Estamos sempre nos surpreendendo, e aos outros também. A única coisa que realmente importa nessa vida é o que você fez e faz consigo mesmo. Não importa o que fizeram com você, mas o que você vai fazer com o que fizeram de você. Pois pra ser, verdadeiramente, feliz é preciso se permitir.
Permita-me te amar, permita-se me amar e nos permitiremos juntos, que depois de tantos enganos e de muito termos sido enganados, sermos felizes e amados!

Srta. Marinho



Das coisa que eu penso (ou Tentando orquestrar a vida)




Se eu sou bagunceira? Não, claro que não! A minha bagunça mora aqui, bem dentro da minha cabeça. São sentimentos, inquietações, pensamentos que dormem e acordam, sempre em transição, em ebulição. Minha cabeça mais parece ‘O Fantástico Mundo de Bobby’! Mas uma coisa é certa: EU NÃO PARO! Às vezes até me perco, mas sempre chego. Tropeço, ralo os joelhos, bato com a cara de frente no muro ou na porta, caio de cabeça no chão, mas sei exatamente aonde quero chegar. E, simplesmente, sigo! Sigo tropeçando, me ralando, caindo, voando, cantando... Mas EU VOU!

Dentro dessa inquietação, sempre me pergunto quanto tempo falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo, se existe outros meios... Sempre questiono se estás feliz, se vais fazer bem pra outras pessoas como sempre fez pra mim ou se eu vou ganhar estrelinha, pra somar a minha com a tua e criarmos assim uma constelação. A vida é uma soma diária! Subtraímos o que, quem não nos faz bem, o que, quem não nos leva pra frente. O que nunca foi o nosso caso, afinal de contas sempre somamos e multiplicamos muita coisa. Muita risada, muita cumplicidade, muita amizade... muito sentimento.

Não gosto, nunca gostei de meias palavras, de sentimentos mornos, de pessoas mornas. Eu me abuso fácil, fácil de quem não comete erros, de quem não tenta melhorar, de quem se esconde atrás de um papel que insiste em interpretar, de quem se faz de vítima. Irrito-me, profundamente, com quem prefere o morno. Embora não goste de viver a perigo, eu gosto do risco de viver intensamente. Gosto dos que arriscam.

Tenho verdadeira admiração por quem, racionalmente, segue o coração. Admiro quem dá a cara pra bater, quem tenta, tenta e um dia consegue. Acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser! Tem coisa mais admirável? Coragem, das boas, de se mostrar. Dar a cara à tapa mesmo! Ser irônica, teimosa, geniosa, manhosa, um pouco mimada é verdade, as vezes estranha, vez ou outra sou metida, chorona, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. A minha TPM se resume em uma carência afetiva sem tamanho. Sou viciada em gente, em escrever, em música, em cultura, em querer aprender sempre, em amar cada vez mais, em me superar, em ser feliz todos os dias... Nem eu me suporto quando estou triste. Há vida demais dentro de mim. Eu vivo para sentir! Sou inteligente, divertida, tímida, intensa, exagerada, curiosa, romântica, doce, ácida as vezes, tenho milhões de reticências. Aprendi que palavra é igual oração, tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque aqui dentro eu carrego o meu mundo. Sou criança crescida, mulher que brinca de balanço. Menina que anda de salto alto e tem contas a pagar.

E mesmo ‘pequena’, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas... O que não posso é desanimar, nem desmerecer... Desmerecer-me, jamais! Tenho que focar no topo da montanha e criar seu próprio atalho. Ter a certeza que não importa onde eu esteja, eu sempre posso e devo fazer a diferença. Eu sempre posso me superar, não existem limites dentro de mim. Só os que crio para me frear.

De repente chega a hora do recreio, e lá vou eu... Faço careta, faço manha, fecho a cara, choro quando dói, choro quando não dói, danço sozinha, assisto desenho, canto no chuveiro, vejo filme romântico, conto piada, faço danças esquisitas pra alegrar a família (não me pergunte como, é só pros familiares!), faço palhaçada para meus sobrinhos para arrancar-lhes um sorriso. As vezes sou palhaça... E eu amo! Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O! Sem restrições, sem medo, sem frases cortadas, sem censura. Eu nasci assim, sem entender o começo, conhecendo o fim e improvisando o meio. Preciso sentir antes de pensar, falar... Só depois ajo. E vivo como vive quem planeja. Bato a cabeça do mesmo jeito. Arrisco-me. Machuco-me. Choro. Dou gargalhada. Costuro. Reconstruo-me. Conheço-me. Ou tento me conhecer... Crio, aliás, eu amo criar.

A vida é uma grande escola, a maior de todas. Deus quando nos mandou pra esse mundão aqui, não foi para bobearmos ou simplesmente sentar no meio fio e esperar a banda passar. Porque tem muita gente sentada no meio fio esperando a banda para começar a se animar. O negócio é olhar pra frente, pegar a batuta, a partitura e começar a orquestra. Pode ser que venham vaias ou aplausos. A platéia é grande, mas somos nós que dizemos qual o ritmo que em que se deve dançar. Então feche os olhos, sinta a música e vamos dançar.
Srta. 'orquestrando a vida' Marinho

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Na paz... (ou Buscando a minha paz)



Hoje o dia amanheceu cinzento. Um tom diferente de cinza, mas um cinza que eu já vi tantas vezes. O vento que anunciava a chuva levava com ele as músicas que eu escutava para esquecer... Tentava me distrair escutando notas que, ninguém além de mim parecia ouvir. Mas eu as escutava apenas para aliviar. Mas foi em vão.

Nem a música, nem o vento, nem a chuva conseguiram me fazer esquecer a dor que sinto e que eu, às vezes, nem sei que dor é essa. Não sei de onde vem essa dor. Não sei por que sinto essa dor. Não pode ser por causa de amores não correspondidos. Com este tipo de dor meu peito, meu coração, já estava acostumado.

Talvez eu não queira nada em especial. Talvez eu só queira, precise, ficar em paz. Em paz comigo! Satisfeita com a insatisfação de estar sempre lutando por algo melhor. Minha cabeça vive me lembrando dos trabalhos que tenho a realizar, das responsabilidades que tenho que ter e das atitudes que tenho que melhorar para me tornar alguém melhor.

A minha cabeça não tem graça nenhuma. Seria notável se a tivesse vivendo em paz e alegria. Algo está errado e eu não sei o que é! Mas deixo isso com Deus. Não quero mais me preocupar com coisas desse tipo. A vida não é fácil, muito menos quando se está cansada.

Às vezes tudo parece difícil. Até levantar com disposição para enfrentar as atividades de trabalhos, estudos e tudo mais. E não pensem que eu estou triste, deprimida... Não é nada disso! Não quero mais nada. Nada além de encontrar a minha paz. É só isso que eu quero, ainda que sozinha. Eu quero ficar em paz!
Srta. Marinho
Façamos de conta...




Tantas pessoas vivem em um mundo de "faz de conta"... Faz de conta que eu tenho namorado, faz de conta que eu estou bem sozinha, faz de conta que dou conta do recado, faz de conta que eu te amo, faz de conta que te odeio... Faz de conta e faz de conta. Quanta besteira, vocês não acham?
Que ser humano não sofre? Que ser humano não aprende errando. Quem de nós não chora, não ama, não mente, não quer sumir de vez ou outra? A questão é: Será que esse mundo de faz de conta, que muitas pessoas criam, não é simplesmente pra não olharem o que não possuem? Isso acaba trazendo certo conforto.
A internet está aí pra isso. Pela rede as pessoas esbanjam coisas que não são, que não tem, que não possuem.. Às vezes, apenas, para mostrar as pessoas que invejam aquilo que elas gostariam de ser. Foi a essa conclusão que cheguei. Não sei se estou certa ou se há alguma razão, coerência, no que falo. Mas viver nesse mundo de faz de conta é como viver num mundo irreal. Não existe pessoa perfeita! Não existe quem não sofra! Alguém é feliz 24 horas por dia? Então meu bem, se esse alguém existe, me ensine essa fórmula eterna de felicidade. Pois eu adoro até as briguinhas bobas. Aquelas que metem medo na gente e depois fazem a gente perceber tudo aquilo que podemos perder.
Faz de conta é uma cortina da vida real. Olhe para fora! Viva, escreva sua história. Mas não faça de conta que está tudo bem. Porque muitas vezes não está mesmo. Então chute o balde! Não faça de conta ser quem você não é. Não faça de conta sentir o que não sente. Ou se importar com o que ou quem não se importa. A vida não é de faz de conta! Mas, se continuar achando conveniente, vamos fazer de conta que eu não escrevi nada disso e que você não leu tudo isso!
Srta. 'fazendo de conta' Marinho

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Era vidro e se quebrou...



Paro pra escrever e o tempo voa. Paro pra uma música e o tempo passa. Paro pra ler o capítulo de um livro e o tempo corre. Paro pra um domingo e o tempo acelera. E quando me encontro diante do espelho sou como um golfinho e os cientistas são capazes de jurar que posso me reconhecer. Mas não me reconheço nunca. Apenas me surpreendo com as inegáveis semelhanças.
Quem dera ser aquela que vejo no espelho e ser nova a cada encontro. Eu sei que sou a mesma sempre; sempre um pouco mais velha, um pouco mais amadurecida, um pouco mais decidida, um pouco mais ansiosa, ás vezes um pouco mais insegura, um pouco mais no tempo do próprio tempo. Enquanto ela... Surge e desaparece como um reflexo do sol. Ela se renova; e eu me procuro!
O vidro é capaz de quebrar. O tempo escorre como água pelas minhas mãos e tento, inutilmente, retê-lo, mas tudo o que toco se desfaz em cheiro de anos atrás. Parece pouco para quem vai lá adiante, mas a vertigem é a mesma, o tempo é o mesmo e o passado engorda a olhos vistos.
Mas... Onde fica o freio? Minhas mãos vão soltas e sacudindo acima da cabeça e a montanha-russa me toma sem a adrenalina de outras tardes. Não há mais graça em perder o controle. Daqui pra frente será só eu e o tempo, rasgando. E a escrita segue iludindo o ser eterno, mas nem mesmo a escrita agora sou eu. Cada linha é uma nova linha e ainda que mal traçadas ou sem nexo, cada leitura é e será sempre uma nova leitura. Renascendo do próprio fim. Da última palavra. Transbordando do aquário. Recriando o que saiu de mim e que junto com o tempo, passa.
A palavra e a moça do espelho assim como o tempo eram de vidro e se quebrou. Mas ao invés de juntar os cacos, preferiu não ser mais de vidro.
Ser humana ainda me causa muita dor, porque amo demais, e sem limites, as pessoas. E mesmo não reconhecendo o meu limite de amar, incondicionalmente, acredito que Deus não me deu um vidro novo, nem untou o meu quebrado. Ele me deu sim a força pra amar mais ainda, porém, me deu um coração mais vivo que talvez só se abra para a minha família ou os grandes amigos.
Não são barreiras que estou me impondo e, por consequência involuntária, impondo aos outros. É a vida me ensinando... Ensinando-me a observar mais, a me conhecer mais!
Srta. 'em caquinhos' Marinho

P.S.: Aos amigos e leitores assíduos, meu muito obrigada pelos e-mails, mensagens, carinho e compreensão. Estou na minha toca e com muitas palavras esperando o tempo exato pra falar.
Caloooooooor...




Por que tanto calor? Castigo? Só pode ser! Eu e Recife ardemos no fogo, que se não é o do inferno está bem próximo de ser. Sem exageros! A metáfora é mais do que verdadeira. Acho que alcançamos os 43º em plena primavera. Ora, é claro que alcançamos! Somando os 39º dos termômetros ao asfalto, ao efeito estufa e ao ventilador capenga que insiste em me encarar os 43º passaram batido por aqui. E já me ponho a sonhar com o frio que há pouco tempo torcia para acabar de uma vez.
Por que somos assim? Agora a pouco assisti um documentário sobre um casal perdido na neve e corri ao congelador para pegar umas pedrinhas de gelo. Eles sorviam a neve na boca para beber um pouco de água e eu copiava o gesto, quase sem entender porque na televisão essa dádiva parecia um castigo. Nunca satisfeitos. Nunca felizes. O verão finalmente está chegando e não desgrudamos os olhos da previsão do tempo para saber quando é que diabos ele vai terminar.
Por que tanta inconstância? A impressão que dá é que nós mesmos somos culpados pelo tempo passar tão rápido. Quantas vezes eu disse: “Meu Deus, o ano passou num piscar de olhos!” – E passou mesmo. Talvez não tivesse sido assim se eu não passasse o verão esperando pelo inverno e o inverno esperando pelo verão. Se eu não passasse o Natal pensando no feriado de Carnaval. Se eu não enfrentasse o Carnaval fazendo planos para a Páscoa. Se eu não desejasse que o meu aniversário nem existisse. Se eu não ansiasse tanto pelo fim do semestre e pelas férias de julho. Se eu não reclamasse tanto que agosto-setembro-outubro passam se arrastando. Se eu não passasse novembro dizendo: “O Natal já está aí... O ano já acabou. Passou voando!”
Por que precisamos de tanta pressa? Este ano eu cortei o cabelo. Mudei diversas vezes a cor do esmalte. Mudei a dieta. Despedi-me de alguns amigos que foram morar fora da cidade. Saí do emprego... Comecei num novo emprego. E essa coisa toda de despedida, de recomeço, de bola pra frente não é assim tão bonito como final de novela. Por falar nisso, daqui a pouco mais uma novela acaba numa sexta-feira dessas, antes do ano novo chegar. Já.
Por que a pressa? As mudanças são boas. Já escrevi sobre isso em algum momento aqui no blog. O fato é que há sempre algo muito bom em uma mudança. Mesmo quando ela parece a pior coisa do mundo. Nós só não precisamos ser tão ‘esquentadinhos’. Eu sei que a vida é curta. Ah, como eu sei! Acho uma injustiça tremenda essa ‘rapidez’ da vida. Parece trailer de filme bom. Ficamos com vontade que o trailer é que seja o filme. Ficamos com desejo que ele estréie de uma vez. Ficamos loucos para que o tempo passe e... Lá vamos nós de novo.
Por que tanto mal-humor, gente? Esse calor até que deixa os dias mais longos. Fazemos tudo arrastado. Molengas. Sem tanta pressa, mesmo porque o corpo não responde muito bem às ordens do cérebro. O único problema é a torcida para que o dia acabe logo. Para chegar logo em casa. Para tomar um banho e dormir. Mas não deveria ser assim...
O calor é ruim, mas muito pior é ver e sentir o tempo evaporar. Analisando bem, é muita coisa. Deixa-me puxar o ventilador mais para perto. Assim... Nada mal. Viu? Deu até pra terminar de escrever este texto.

Srta. 'morrendo de calor' Marinho

sábado, 7 de novembro de 2009

Privado nãããããão...

Que eu sou curiosa não é novidade para ninguém. Mas não há nada que me deixe mais curiosa que receber uma ligação de número privado. Principalmente se eu deixei de atender a tal ligação. Fico em cólicas querendo saber quem terá sido.
Sinceramente, mesmo com toda curiosidade que tenho, confesso que não sou lá muito fã desse tipo de ligação, até porque num passado recente, uma criatura infernizou minha vida através desse tipo de ligação. Hoje em dia só atendo por curiosidade e por que sei que tem alguns amigos, como Vanesinha, que o celular é um mistério e só liga de número privado, mesmo que não receba essa configuração.
O fato é que está noite, ou melhor, está madrugada, para ser mais exata às 02:30:18 da madrugada, me ligaram de um número privado. Não vi a ligação... Depois do trabalho, ontem à noite, saí com um amigo que está morando em Brasília e está em á em Recife de férias. Fomos ao Bar da Praia com uns amigos dele e depois ele me deixou de volta em casa à 1h. Tomei um banho e caí morta de cansada na cama e não ouvi nem senti mais nada. Resultado, acordei hoje às 7:30h, muito atrasada, já que tinha que dar uma aula hoje às 8h e quando olhei o telefone, havia essa chamada perdida.
Durmo sempre com meu celular ligado e ao lado da cama... Foram raras às vezes em que ele tocou ou disparou o alerta de mensagens e eu não vi. E justo nessa madrugada teve uma ligação privada. Claro que meu coração disparou, até porque só veio uma pessoa em minha mente que pudesse me ligar uma hora dessas e de número privado.
Bem, o fato é que vou ficar me acabando aqui com minha curiosidade, querendo adivinhar a todo custo quem terá sido. Se for mesmo de quem estou pensando, até porque houve um tempo que ele me ligava de número privado para fazer-me surpresas, vou esperar que ligue novamente e atenderei feliz da vida, mesmo que me tire do meu sono.

Srta. 'curiosa' Marinho


Luxo à parte...

Uma das coisas mais gostosas da vida é cheiro de pele! Pele limpa, cheirosa, perfumada, hidratada, bem cuidada... É sempre muito bom. Adoro! Particularmente sou fascinada por cremes, sabonetes (líquidos claro!), óleos de banho, hidratações e afins. Entre os meus preferidos está a linha Vanilla Lace (baunilha) da Victoria’s Secret. Babo por essa linha e uso já tem um tempo.
O efeito que causa na pele é incrível. Uma sensação de pele limpa e cheirosa o dia todo. Tem um cheiro doce, mas não é enjoado. Tem dias que o hidratante e a loção corporal são meus únicos perfumes. E quando estou usando-os sempre recebo elogios. Virou uma de minhas marcas registradas. Uma vez, um ex-professor de literatura, me disse que as primeiras impressões que uma mulher deve causar é através do cheiro e do sorriso. São lembranças que ficarão para sempre. Neste ponto então, modéstia a parte, eu sou o máximo.
Essa semana, satisfazendo meu luxo olfativo, comprei minha reserva de Vanilla Lace. Meus banhos estão cada vez mais perfumados e cheirosos, sem contar a sensação aveludada que está minha pele. Pena que não dê para sentir cheiro pela internet... Neste momento vocês estariam se sentindo inebriados com meu perfume.

Srta. 'perfumada' Marinho


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Quem acompanha meu blog sabe que dificilmente eu publico textos que não sejam meus. Mas hoje, cabe publicar aqui esse texto de Oswaldo Montenegro. Confesso que não sou fã dele, gosto de poucas coisas em seu trabalho, mas a singularidade desse texto me tomou de assalto e, embora muitas das pessoas que passam por aqui já o conheça, resolvi compartilhar minha entrega a essas palavras.

Srta. Marinho


Metade
(Oswaldo Montenegro)
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca pois metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância porque metade de mim é a lembrança do que fuie a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma respostamesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer porque metade de mim é platéiae a outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Pela metade...


15 dias desde a nossa última discussão! Lá se vão 15 dias que parecem uma vida. Não há um único dia em que eu não tenha pensado ou sonhado contigo. Se estou sentindo tua falta? Mais do que sinto de mim. E sei que também, embora não vás admitir com facilidade, sentes a minha.
Sei que alguma pessoas que acompanham o blog ou conhece nossa real história, vão achar absurdo o que vou dizer, mas há tempos não preocupo com a opinião alheia em relação a nós dois, a nossa história. Sabemos quem somos e o que sentimos um pelo outro. ESTOU ME SENTINDO METADE SEM TI. Incompleta... Me falta algo, alguém . Me falta você... Meus dias estão incompletos, os pensamentos desordenados, a música sem ritmo o sorriso amarelo e sem graça. E o coração... Bem, o coração está batendo por pura obrigação!
Sinto falta do sorriso que abria quando te via chegar. Sinto falta das bobagens que falávamos só para arrancar uma gargalhada. Sinto falta das músicas trocadas no meio do expediente. Das mensagens no final da tarde ou durante o final de semana. Das comparações de gírias... sinto falta até do jeito com o qual, às vezes me irritavas. Sei que fui rude com algumas das coisas que te falei, escrevi... Mas entenda, foi a raiva do momento, o calor da discussão. Já te implorei perdão!
Sou metade sem ti. Incompleta... E embora eu não desmereça os amigos que tenho, as pessoas que me fazem companhia, é tua falta que sinto. Porque tu és minha maior alegria, minha conquista mais sublime, meu amor mais puro, meu sorriso mais fácil, o sonho mais esperado.Estou contando os dias para ver essa eternidade que se instalou entre nós dois acabar. E ver o celular disparar com uma nova mensagem tua dizendo que voltou. E dessa vez pra ficar! Só então me sentirei de novo completa.
Srta. 'pela metade' Marinho

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem sou ou o que sou... (porque as vezes nem eu sei)



Às vezes o que ou quem somos dificulta o nosso viver. Quando não conseguimos falar em público, procurar um novo e melhor emprego, começar aquela dieta para o verão, mudar o corte de cabelo, se livrar daquele monte de roupas que não usamos mais... PEDIR DESCULPAS. Quando nem querendo sai da garganta a opinião embargada, a raiva engolida, a vontade de gritar, o choro contido, a gargalhada escandalosa. Tem vezes que o que ou quem somos atrapalha tanto a nossa vida que dá vontade de sair chutando tudo, inclusive a nós mesmos. É muito difícil ser o que ou quem somos quando o que ou quem somos nos impede de ser o que gostaríamos ser. Quem gostaríamos de ser! Já pensei em processar a minha pessoa por maus-tratos. Nunca vi alguém tão cruel.
Nas horas em que mais preciso de coragem para tomar atitudes, ela, ou a falta dela, me paralisa, me trava, me impede de continuar. Basta eu precisar falar umas verdades - as minhas verdades - para tudo embolar e nem o cérebro funcionar direito. Se surgir uma discussão, então... as verdades que deveriam ser sensatas, saem num tom de crueldade pura. De resto, o que sai são lágrimas e elas não vão longe, pois as bebo de volta antes de alcançarem a vida lá fora. E ainda tem a parte sentimental da coisa. Família, amigos, o homem que eu amo... Aí sim, é um pega pra capar. Nada acontece como deveria acontecer e acabo sendo para eles justamente o oposto do que queria ser. Ou parecer. E tenho a sensação que frustro as expectativas deles. É judiação me deixar assim, tão à mercê do mundo!
Eu queria, pelo menos de vez em quando, abandonar o que ou quem sou e me tornar o que ou quem imagino que seria certo ser. Bem daquele jeito que aparece nos filmes: lutadora, decidida, destemida, corajosa e forte. Forte o suficiente para protagonizar qualquer saga. Mas não, na verdade, sou daquelas ‘heroínas’ românticas que engasgam na hora do vamos ver e ficam paralisadas, com as bochechas vermelhas, os olhos lacrimosos e perdidos no vazio, imaginando o que poderia ter feito. O que poderia ter sido...Sei que tudo isso não passa de um breve desespero, cansaço, fantasia... Não sou, nem de longe, uma pessoa amargurada, triste ou frustrada. Nem passo as noites chorando pelos dias. Isso é só reflexo de uma, pequena e passageira, dor que dá de vez em quando. Mesmo pequena e passageira, é uma dor forte, aguda, mas que tem um lado bom: ELA ME MOVE. E quando eu menos espero e imagino, MUDEI. Quando me dou conta, estou um pouco mais calma, mais segura, mais confiante, ainda mais decidida e determinada. Em determinadas ocasiões, olha só que coisa, eu até sou mais eu. Nada como um dia após o outro. NADA COMO VIVER, pois a vida é assim. Ela circula, ela dá voltas, ela ensina, ela ironicamente repete situações para que possamos balançar a cabeça sorrindo e pensando: "DESTA VEZ VAI. AH VAI...!”

Srta. 'tentando ser' Marinho


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Perdi meu celular (ou Um pedacinho dele!)


Perdi meu celular... Não sei, não lembro como aconteceu mas perdi. Tudo bem que hoje em dia isso nem é motivo para desespero... Troca-se celular com tanta facilidade e nem é preciso adquirir outro número. Basta um contato com a operadora que bloqueiam teu número até que compre um novo chip. O meu celular já estava com 2 anos e os dias de sua aposentadoria se aproximava. Iria trocar em dezembro mesmo! A dor maior, se assim podemos dizer, foi por conta da agenda, das fotos, das informações que constavam nele, números que talvez sejam mais difíceis de recuperar. Mas tudo isso é superável.
Ligo para o número insistentemente e ele chama, chama, chama...e vai para caixa postal. Isso é angustiante. Na certa ninguém o encontrou ainda e como está no silencioso. Nos dias atuais, celualr achado, logo tiram o chip e dão um destino. Estou rezando para que tenha ficado no carro de um casal amigo e não no taxi que peguei na madrugada de sábado para domingo.
Choro desde o momento que me dei conta que havia perdido. Incrível como um aparelhinho manipula a vida da gente. Só que pra mim não era o lado material, mas sentimental, pessoal... No meu celular haviam nada mais nada menos que 85 mensagens de Roberto. Mensagens enviadas desde 2007. Todas lá! Das mais carinhosas como as mensagens que me passou no dia das mães, meu aniversários, das mais bobas como a que me mandou em 1º de abril deste, os pedidos de desculpas...até nossa última briga. Tudo lá, registrado, guardado, lidas e relidas inúmeras vezes. Bastava eu sentir um pouco de saudade que eu relia todas. Dava risada com umas, chorava em outras, sentia raiva de algumas poucas, mas era um jeito engraçado de senti-lo mais perto, presente em minha vida.
A tecnologia que por tantas vezes é contestada, marginalizada por conta de seu uso excessivo, tem lá suas funcionalidades. Sei que vou recuperar e permanecer com mesmo número, talvez hoje ainda eu já providencie um novo aparelho, isso se tiver alguma loja aberta na cidade. Talvez eu volte a receber mensagens dele, mas nenhuma será como aquelas que lá estavam registradas. Sei também que muita gente que lê meus textos vai considerar meio piegas e sem noção esse novo texto, mas é de sentimento que falo. É de um amor que só eu, e ele, entendemos. De duas vidas que estavam lá naquelas mensagens. De duas vidas que estão ligadas pelo sentimento e mais ainda pelas palavras. Sinto que não perdi o celular, mas um pedacinho de Roberto que estava comigo, estava em mim.

Srta. Marinho