sábado, 18 de março de 2006


Tem sido dias difíceis. Dias de greves, paralisações, manifestações, perdas, recomeços, violência, descobertas...mas ainda assim, tudo isso é suportável. Ruim mesmo de agüentar é o calor.
Ah o calor! Lembra sol, verão, praia, biquíne, bermudões, sorvete, água de coco, roupas leves, sandálias rasteiras, amigos sentados à mesa em volta de uma cerveja gelada. Mas o calor! As pessoas parecem derreter no meio da rua, os dias parecem não ter fim, os condicionadores de ar nada gelam e qualquer liquído evapora, não só os dos copos e garrafas, mas de nossos corpos também.
Só de pensar em ter que sair de casa já dá um desânimo total. Mal saimos do chuveiro e temos a sensação térmica que já precisamos de outro banho. E quando colocamos os pés fora de casa? Nossa, olhamos o horizonte e não avistamos uma sombra, um vento perdido. Tudo parado e um calor insuportável. Então o que era para ser o paraíso de calor e praia se transforma em inferno vivo. Pessoas se amontoando em qualquer resquício de sombra que aparece no caminho, pessoas derretendo dentro de fardas ou qualquer tipo e minímo de roupa que vista. E o calor? Cada vez pior! Se andar a pé não dá, imagine no aparente conforto de uma automóvel?! Se ele tem ar-condiconado, não esfria por conta do calor. Se não tem, é impossível ficar por conta do calor. Chego a acreditar que estamos sendo cozidos vivos.
O pior é que ficamos procurando culpados e motivos para todo esse calor. Mas paramos no meio do caminho pois o calor é tão grande que dá preguiça de pensar. Dá preguiça de fazer qualquer coisa, até de escrever, porque movimentar as mão para escrever requer energia e energia provoca calor e calor aumenta o calor
E quer saber, em dias de coelhinhas, vizinhos, cachorras, boladonas, mainhas e neguinhas, Bola de Fogo é que tá com a razão. O CALOR TÁ DE MATAR!
Thalita

quinta-feira, 16 de março de 2006

VÍCIOS DA ALMA (3)



CONFIAR. [Do lat. confidere, com mudança de conjugação.] V. int. 1. Ter confiança; ter fé; esperar, acreditar: É um crédulo: confia demais. T. i. 2. Pôr ou ter confiança, esperança (em alguém ou alguma coisa): “esperava; não confiava em si absolutamente, mas confiava muito do acaso.” (Aluísio de Azevedo, O Coruja, p. 273). T. d. e i. 3. Comunicar ou transmitir em confiança: "Confiei-lhe a minha opinião sobre o assunto;” 4. Entregar em confiança; fiar. P. 5. Tter confiança; acreditar; fiar-se... (Dicionário Aurélio)

Confiar...esse é um dos vícios mais explícitos e, também, mais injustos da minha alma. Eu simplesmente confio! Confio na vida, nos meus desejos, nas minhas vontades, na minha capacidade... EU CONFIO NAS PESSOAS. Mais até do que eu gostaria ou que elas mereçam. E já me machuquei muito por conta dessa confiança que deposito nelas. Tenho o estranho hábito de acreditar e confiar no ser humano, mas esqueço que ele é tão imperfeito e capaz das maiores atrocidades. A pior de todas elas é trair o amigo. E por confiar, por achar que todos a minha volta são amigos é que fui, por diversas vezes, traída. Já tentei mudar, mas acredito que essa é uma das minhas virtudes, confiar nas pessoas até que se prove o contrário. Não sei se algum dia isso vai mudar, se eu vou mudar minha postura em relação a isso. Também não sei quantas Isabelas, Robertas, Joãos, Fábios...serão necessários para eu aprender. Mais um dia eu aprendo!

“...eu sei também tem gente me enganando, mas que bobagem já é tempo de crescer...” (20 e poucos anos – Fábio Jr.)

continua...

terça-feira, 14 de março de 2006