segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
E então chegou o carnaval... Muitos esperam o ano inteiro só por esses quatro dias de folia que acabam quando chega a quarta-feira ingrata. Mas porquê será que aguaradamos com tanta ansiedade por essa festa? A festa da carne. Muitos fazem tudo que desejam, no seu mais íntimo eu, nesses quatro dias porque é carnaval. Traições são perdoadas nesses quatro dias porque é carnaval. Toda nudez é perdoada, afinal de contas é carnaval. Pode-se beijar qualquer boca sem se preocupar em perguntar o nome ou mesmo esperar uma ligação no dia seguinte, tudo bem, é carnaval.
Desejar, beijar, beber, comer, despir, extravazar, comemorar, cantar, dançar, esquecer...TUDO BEM, FAÇA O QUE QUISER, É CARNAVAL. Mas quando quarta-feira chegar tire a fantasia, guarde a máscara, lave o rosto, tome um sonrisal para ressaca e comece a contar os dias que faltam para o próximo carnaval.
A sensação que me dá é que tudo só é permitido porque é carnaval. Acho que é no carnaval que tiramos as fantasias e máscaras que usamos durante o ano inteiro, e só no carnaval somos quem realmente somos e quem realmente desejamos ser. Durante os outros 361 dias estamos fantasiados e mascarados, somos quem as pessoas a nossa volta desejam que sejamos.
Por isso, não se preocupe ainda com a quarta de cinzas, ela ainda custará um pouco a chegar. Até lá vista, ou melhor, tire essa fantasia ridícula que vestes durante o ano inteiro, desça e suba muitas ladeiras, acompanhe os blocos que passam, sintam o coração trepidar com o toque das alfaias, emocionem-se com os clarins que acordam a cidade, riam dos caretas e mascarados, batam palmas para as passistas, beijem, bebam, comam o que quiserem e quem desejarem. Afinal de contas, É CARNAVAL.
Thalita
TODO MUNDO QUER
(Morais Moreira)
No carnaval todo mundo quer, todo mundo quer ser o que é.
No carnaval só importa ser, pouco importa o que, homem ou mulher.
Se tem alguém com ciúme, dança.
Geração lança perfume, passa.
Se eu sou a sua cachaça, a fumaça, a comida
Me coma, me beba e fume não fica a pensar na vida
No meio da praça.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
Querido amor,
Não tenho a menor noção de onde foi parar minha inspiração. Se é que algum dia ela esteve comigo. Hoje é um dia normal que estou tentando fazer intenso, que começou bem e pelo visto não vai terminar tão bem assim. Se eu estou animada? Não, não estou, mas finjo estar e confesso que pouco me importo com certas animações. Pelo menos SÓ POR HOJE como cantava o poeta rebelde de minha geração, Renato Russo. Aliás, hoje se um gênio me perguntasse o que eu mais gostaria que acontecesse, eu diria com certeza, simplicidade e alegria no coração que gostaria de comer tapioca na pracinha perto da praia com você, gostaria de ir comprar pão pro lanche a tarde, ver televisão (que não tem nada pra ver!), preparar algo pra jantarmos a noite, de ouvir música abraçada com você no sofá da sala... Gostaria de qualquer coisa que pudesse me remeter a tua presença. Se eu pudesse pelo menos sentir o teu perfume, tua respiração, teu coração bater junto ao meu... Se o tal gênio me dissesse: Só posso deixar que você esteja com ele se for às 4h da madrugada, topas? Ainda assim, as 3:30h, estaria eu me arrumando pro tal encontro. Queria qualquer coisa, desde que estivesse a seu lado. E o que, apesar de tudo, me conforta é que sei que também desejas o meu desejo! E você sabe que existe todo esse amor em mim. Vou rezar pra esse gênio bom, quem sabe, quando eu adormecer, me levar até você em sonho. Será que minha saudade diminui assim?
Beijos.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006
Dúvida...mas um vício da minha alma! Esse posso garantir que é um dos que está mais presente nos últimos meses. Tenho dúvidas... e elas têm judiado de mim. Hoje me encontro na incerteza de que caminho seguir, de que decisões tomar, de quem amar. E se eu estiver errada? Se errar na escolha? Vou poder voltar e decidir pelo que deixei pra trás num momento de dúvida? Nossa quanta tortura! Isso tudo me aflige a alma. Faz-me ter medo de seguir adiante. Justo a mim, sempre tão decidida, tão certa do que fazer. Sinto-me parada, numa inércia de dar dó, como se esperasse que decidissem por mim. Mas sei que não posso delegar tal tarefa a ninguém além de mim. O que fazer então? Vou parar e pensar um pouco, quem sabe não consigo decidir antes que a vida acabe.