sexta-feira, 27 de março de 2009

Porque eu vou entrar em reforma e ela pode ser permanente.




É isso aí... A pouco menos de 1 mês para o meu aniversário de 30 anos, eu resolvi dar um tempo. Dar um tempo de tudo, dar um tempo de um monte de coisas, dar um tempo de um monte de gente... Pode ser que eu volte a esse espaço que sempre foi tão meu. Pode ser que não! Por enquanto ele perdeu o sentido e talvez eu precise me reencontrar. Pode ser que dure para sempre, pode ser que dure só até o outono passar. Mas preciso desse tempo, desse espaço pra respirar. É certo que alguém falou, quando eu disse que pararia de escrever: '...vai ser teu coração que vai parar de bater um pouco, terá o pulsar mais lento...' De repente preciso desse descompasso!
Aos que sempre estiveram ou passaram por aqui, obrigada. Levo vocês comigo. Aos que se acostumaram a me esquecer e se permitiram me acompanhar pelo blog, terão que sair do ostracismo em que me colocaram e terão de chegar à mim e perguntar como estou. Isto se quiserem de fato saber de mim. Se tiverem o interesse.
Um dia penso na volta! Se couber uma volta... E como diria o poeta rebelde de minha geração:
"E nossa história não estará pelo avesso assim sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar e até lá, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás, apenas começamos. O mundo começa agora, apenas começamos."*
Pois é, minha história certamente não estará pelo avesso sem final feliz e até esse final chegar eu vou vivendo sem olhar pra trás. Quero (re)começar a viver porque ainda tenho muito por fazer e o mundo está, para mim, (re)começando agora. Não espero que me entendam, apenas me respeitem!
Beijos,

Srta. 'agradecida' Marinho
*Trecho de 'METAL CONTRA AS NUVENS' da Legião Urbana
Para Roberto, porque esse texto é só dele.





Roberto,

Lá se vão 3 dias que sento diante do computador e tento escrever um texto pra ti. Um novo texto na verdade, já que, desde que criei este blog em meados de 2005, boa parte dos textos que estão aqui são ou te dizem respeito. Sempre foi tão fácil falar de você, falar pra você em meus textos... Lembro de cada texto que escrevi e aqui publiquei. E fazia tempo que eu não sentia tanta dificuldade assim em escrever como estou sentido agora. Lembro-me da primeira vez que escrevi um texto para ti... O
texto que publique falando de como tinha te conhecido e de como te via, a importância que tinha pra mim naquele momento... Tanto tempo passou que nem nos demos conta e por vezes agimos e nos comportamos como se ainda estivéssemos em outubro de 2004. Para ser mais exata, a quinta-feira de 21 de outubro de 2004, dia em que nos conhecemos, por volta das 16h. Na ocasião eu acabara de levar o primeiro pé na bunda de Marcelo (tive a façanha de repetir a cena do pé na bunda com o mesmo Marcelo algumas vezes depois, mas o texto não é sobre ele) e você apareceu só sorrisos e gentilezas. Com uma conversa de derrubar avião. E eu caí...! Sentimentalmente fragilizada, logo decidi não embarcar na conversa que ganhou rumos e personagens inesperados, mas que também não serão mencionados neste texto. Não sei ainda, não decidi se quero escrever sobre você ou se é sobre mim. Acho que no fundo é sobre nós estarmos aqui, ao longo desses 05 anos.
Lembro de cada briga tua com aquela que, por favor, não se deve pronunciar o nome. E de como eu tentava feito louca fazer a reconciliação de vocês dois. Lembra de uma das brigas em que ela me ligou aos prantos dizendo que sairia de carro e eu te liguei desesperada dizendo que achava que ela faria uma loucura? Minha gente, o que era aquilo? Lembro que pouco tempo depois, eu e Marcelo voltamos e lá estava eu toda contente te apresentando ele pelo MSN e a gente combinando de fazer um casamento coletivo ou ao menos estarmos presentes no casamento um do outro. E como esquecer quando me ligou pela primeira vez para me contar que seria pai? Lembro do tom de perplexidade da tua voz e a sensação de impotência sem saber como contaria a figura antes citada e não pronunciada que seria pai e ela não era a mãe. Foi quase o início da 3ª grande guerra mundial e eu no meio para juntar os corpos se fosse preciso. Sem contar o quão fiquei feliz, parecia que o filho era meu. Acompanhei passo a passo da gravidez! Não cabias em ti quando Eduardo nasceu. Eu lembro que estava chegando à faculdade para renovar a matrícula, em 18 de julho de 2005, por volta das 12h da tarde quando recebi tua ligação e eufórico do outro lado da linha me dizias que teu filho nascera e era lindo como o pai. Eu do lado de cá chorava...de alegria!
De repente as coisas vão me chegando como um flash, mas tudo é tão vivo na minha mente... É tanta coisa que um dia o livro sai. Vai ter que sair!
No Natal de 2005, eu tinha acabado de ter uma discussão com minha mãe e chorava trancada no quarto quando chegou uma mensagem tua, que dizia assim: FELIZ NATAL COISA HORRÍVEL! – Eu chorava e ria ao mesmo tempo. A tristeza tinha se dissipado só por conta de uma mensagem tua. E foi assim, de pouquinho foste ganhando um espaço e uma importância na minha vida que ao mesmo tempo que eu me assustava, me enchia de felicidade.
Sabe Roberto, as nossas diferenças são gritantes, mas as nossas afinidades impressionam. Não entendo como duas pessoas se conhecem tanto a ponto de entender, identificar, alegrar e até mesmo atingir um ao outro como se desse um soco na boca do estômago. Me veio agora a cabeça, o final de semana que antecedeu o dia dos namorados de 2006. Tu me ligaste numa sexta-feira às 22h. Meu celular estava desligado e só vi a ligação perdida no sábado e claro que retornei... E não era nada! Era só você que queria conversar e saber o que eu tava fazendo. Resultado...foi o final de semana inteiro de ligações e troca de mensagens, que culminou com uma conversa que se estendeu até a segunda-feira, dia dos namorados. Não se preocupe, o teor da conversa e as que se seguiram durante aquela semana, início da COPA de 2006, me reservo o direito de guardar só pra mim e você. Nesse mesmo 2006, eu já estava de volta com Marcelo, fazendo planos de casamentos, meses antes do dia dos namorados, em meu aniversário que passaste o dia me enchendo de mensagens e ligações. Ele até hoje não lembrou de me parabenizar.
E o texto que te escrevi quando o pequeno fez um ano? Lembro que quando entrei no MSN vieste falar de cara e agradecer. Mas também houveram muitos que escrevi em momentos que me deixaste furiosa, magoada, triste mesmo. O primeiro texto de aniversário que publiquei para ti, eu chorei com tua alegria. Claro que o último te deixou enfurecido! Mas nem só de textos fizemos esses 05 anos.
A cada nova briga tua e de... eu estava lá. Acalmando, conversando, tentando conciliar, até quando eu fui apontada, injustamente, como uma das causas do ciúme exagerado. Aceitei, mesmo sem entender, cada vez que vinha uma nova determinação de ‘Ó...não vamos mais nos falar, vou te bloquear.’ O ‘bom’ quando isso acontecia era sempre a volta. As vezes haviam passado apenas 02, 03 meses e do nada voltávamos a falar e não conseguíamos nunca explicar a falta que fazíamos um ao outro. Passamos a ter muita importância sim na vida um do outro. Em fevereiro de 2007, 04 de fevereiro de 2007, eu tinha acabado de chegar de uma prévia de carnaval, tava numa ressaca e chegou uma mensagem tua dizendo que tinha visto uma guria parecida comigo na praia e tinhas sentido saudade de mim. Quem disse que eu dormi mais? Ainda transformei a mensagem num texto. Quase morri quando teu primo Rafael se acidentou feio na estrada. Quando por diversas vezes pedi para não ires à São Paulo. Dei risada quando você reclamou que estacionou em frente ao hospital que Rafael estava e te roubaram a bandeira do Brasil que estava no carro. E o que falar do texto que fiz em tua defesa pela guarda de Eduardo? Lembra quando ele foi para escolinha e te arrumou a primeira nora, a 'Isadola'. Quando ele resolveu virar artista e todo dia o gesso ganhava uma nova pintura. Quando ele te 'passou a perna' e te convenceu a fazer batata frita as 22h, ignorando tua explicação sobre ter dor de barriga.
E quando aquele médico retardado confundiu uma gastrite nervosa com um tumor? Nunca chorei tanto na minha vida, era um medo estranho de te perder que me dominava e não sei onde arrumei forças pra te dar apoio, te convencer a fazer todos os exames, a pedir para parar de falar besteiras de morrer. Quase peguei um avião e fui parar em Santa Catarina, mas um imprevisto me impediu. No réveillon de 2007 para 2008 estavas em Porto Seguro e queria me convencer a todo custo a ir pra lá. Já passávamos das 2h da madrugada de 01 de janeiro de 2008 e estávamos no telefone, não lembro bem o que falamos, mas lembro que eu ri horrores. Rimos do sotaque um do outro, do jeito de falar, das diferenças de gírias... “vou numa ‘janta’ hoje mala”. Nossos ‘apelidos’ merecem um capítulo especial, nem comento. E quando você pediu pra eu olhar hotel para vires passar o carnaval aqui? Me acostumei a receber tuas mensagens ou ligações no meu aniversário, no dia das mães... Me surpreendi quando começaste a comentar meus textos no blog, mesmo quando estávmos a dias sem falar, nunca deixaste de passar por aqui e saber como eu estava. O que estava se passando. Já planejamos muita coisa, como o cruzeiro que um dia faríamos, eu com Edson, você com Elaine. E onde estamos hoje? Nem comentarei, prometo.
Tivemos conversas marcantes, brigas horrorosas, sentimentos elevados a máxima potência. O que é isso que acontece entre nós dois? Faço a mínima idéia e sei que você também não. Mas há muito sentimento e não podemos negar. Fosse assim tuas namoradas não sentiriam ciúmes de mim, não teríamos essa coisa de simplesmente não conseguirmos sair um da vida do outro e sempre voltarmos quando mais precisamos. Sabemos que podemos contar um com o outro independente da situação. Nos conhecemos demais sim, mas isso nem sempre nos basta. E quando tu chegas desarmado, de peito aberto, eu pareço o incrível Hulk e armada até os dentes. Quando sou eu que chego desarmada e cheia de sentimentalidades, você vem com seu tanque de guerra sem tomar conhecimento da minha presença. Onde será que vamos chegar com isso tudo? Pior que estou aqui escrevendo e nem sei se vais entender, aceitar ou perceber tudo que estou querendo dizer. Tem horas que nem eu sei... Daí lembrei que comecei a escrever por conta de uma coisa que disseste outro dia e me machucou horrores. Você bradou assim: “Vc não precisa mais fingir sentir algo...” – CARAMBA! Será que é isso mesmo que pensas? Que eu finjo sentir algo? Será que quase 05 anos de blog te dizem alguma coisa? Será que estar aqui cada vez que me procuras te diz alguma coisa? Mesmo depois de um e-mail como aquele que recebi no último dia 14 de janeiro...
São 05 anos Feio! São 05 longos anos...e eu cresci, eu amadureci, eu mudei. No fundo nós mudamos e muito. E sei que não vai adiantar perguntar e querer saber qual é a visão que tens de mim, o que pensas de mim, como me vês de verdade, no fundo do teu coração. E espero mais ainda que um dia essa resposta possa ser dada. Ao longo desses 05 anos eu consegui perceber as tuas mudanças e transformações. Vi aquele cara festeiro mudar a rotina por conta de um alemãozinho que chegou para dominar a vida dele. Vi um homem sempre tão seguro desarmar diante de um problema de saúde por puro medo de ficar sozinho, de não ver o filho crescer. Vi a educação em pessoa perder a linha pra sair em defesa desse mesmo filho e decidir de uma vez por todas tomar as rédeas da situação e da educação de Eduardo. Te vi muitas vez passar por cima de suas convicções por um amor que muitas vezes não sabia se tinha. Te vi baixar a guarda e me pedi desculpa. Mas nunca te vi perder teu caráter, tua humildade... Mas aprendi a reconhecer tua força e tuas fraquezas... O mais importante é que eu aprendi a te reconhecer! A te amar por você ser assim. Se é um amor assim ou daquele jeito eu não sei. Só conheço um tipo de amor e é aquele de entrega, que não espera nada em troca mas sabe-se ali. Mais uma vez eu te digo, te conheço demais e isso me assusta. Conheço teu gênio, sei como gostas das golas de camisa passada, sei lidar com esse teu humor temperado, sei qual é teu perfume preferido, o desodorante que segundo tua mãe já faz parte do cheiro das tuas roupas, sei como te arrancar um sorriso, sei como te tirar do sério. sei qual é tua comida, tua bebida, teu estilo musical preferidos...eu te conheço, acho que por dentro e por fora. E podes até negar, mas é um fato!
Acho que já falei de mais e esse texto é teu. Falei muito? Falei, mas deixei de falar um monte coisa também. Talvez porque não há espaço, talvez porque não haja necessidade. E assim, quem sabe, um dia a gente se entende.
Meu Deus, quantas vezes saimos da vida um do outro e juramos que, 'daquela vez', seria para sempre. Parece que esse 'para sempre' não existe pra gente ou ele é curto demais. Quantas pessoas tivemos em nossas vidas que se acabaram de ciúmes de mim ou de você, fazendo com que nos afastássemos e colocássemos nossa amizade a prova. Muitas coisas passaram, muitas pessoas passaram, muitos sentimentos passaram, outros foram descobertos e nós estamos aqui. Sei lá porque permanecemos aqui. Espero que um dia Deus me, nos, faça entender! Só não adimito que nada disso seja mais colocado a prova, que nada mais seja duvidado...

Falei demais e ainda não falei tudo que eu queria e devia, mas vou aqui encerrar. E em bom português TE AMO ALEMÃO, GOSTO DE VOCÊ DESSE JEITO QUE ÉS. Gosto do teu jeito temperado, do teu mau humor as segundas, da tua pressa as quintas, do sorriso que sempre me arrancou só por estar presente, a tentativa de num dia de mau humor meu, me acalamar contando que havia feito a boa ação do dia ajudando uma guria que havia caído da moto bem a tua frente no trânsito, da maneira como aparecia do nada me pedindo para ouvir uma música porque achava minha cara, do jeito de debochar de mim quando quer me tirar do sério, do jeito incrível que tem de surpreender quando mais preciso, da simplicidade quando diz sem medo que não sabe o que me falar ou responder... Lembra do show de Ivete Sangalo, em Joinville? É tanta coisa, já disse uma dia caberá tudo num livro, E VAIS ESTAR PARA SEMPRE AQUI, COMIGO!


Srta. Marinho

quarta-feira, 25 de março de 2009

Porque não será fácil chegar aos 30...



RONALDO – Meu pai torto, meu conselheiro, acho que o amor não é fácil para ninguém, mas para uns é doloroso e quase ninguém entende.

LUCAS – Em quem tens pensado? Posso comemorar? De todos, és o irmão mais fuleiro e amado.

CRIS – Minha bonequinha da playmobil, uma hora, tenho fé que aprenderemos e quando reencontrarmos aquelas moças que vemos no espelho sairemos à comemorar.

ZIRA – Como me fazes falta amiga, hoje não há ninguém que me diga com toda sutileza: ‘Ai amiga, deixa de frescura, te arruma e vamos sair.’

NANA – Quando eu crescer eu quero ter a tua paz.

MANO – Como sinto falta das nossas tardes que entravam noite adentro... ao som de Los Hermanos, com sabor do sonho da Padaria do Largo de Santa Cruz e com o calor de uma bebida forte.

CAROL – Sabe o que eu lembrei agora? Aquela cena do cursinho, depois de uma semana sem falarmos, e o abraço por conta do teu gato que morrera atropelado. Nossa amizade é uma coisa tão simples e marcante. Preciso de tua serenidade.

PEDRINHO – Claro que não vou te decepcionar, mas mesmo as musas têm seus dias de vinho tinto e prozac. Obrigada pelas verdades bem ditas, mesmo em horas erradas.

CELLE – Descobrir tua amizade e saber que posso contar contigo foi uma dádiva.

ROBERTO – Espero que um dia possas perceber e reconhecer que a menina que conheceste cresceu. E tornou-se uma mulher fantástica aos olhos de quem sabe enxergar!

LEO – Um dia alguém me disse: ‘...e nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz...’, o problema é que o livro se fecha ou alguém dorme no meio da história perdendo a parte mais interessante. Será que esse livro será reaberto?

JAILSON – Tua amizade tem sido uma grata e musical surpresa.

CAMILLA – Crescer não é fácil, tão pouco fazer com que as pessoas percebam isso, principalmente em se tratando de pessoas intensas como eu e você. E por favor, se é mesmo minha versão 2.1 evite os erros que já cometi.

MARCELO – ‘...és parte ainda do que me faz forte, pra ser honesta só um pouquinho infeliz...mas tudo bem’.

SANDRO – Porque me enxergas e me entendes com uma verdade que assusta, mas que ao mesmo tempo me transmite uma segurança e uma paz avassaladora. Que eu possa contar sempre com tuas verdades!

LULA – Ei amarelo...olhando você, me veio à mente: ‘DE ONDE VEM A CALMA DAQUELE CARA?’ – O mundo é hostil, mas não custa pegarmos umas latas de tinta e pintar a nosso gosto, até porque nada nem ninguém é perfeito e nós gostamos mesmo da imperfeição que não nos deixa ficar na mesmice.

KATHY – Amiga, a gente se engana e não aprende não é? Mas até lá a gente sobe uma ladeira aqui, desce outra ali e vai aprendendo no caminho. E no fundo a gente gosta, mesmo eles sendo tão cheios de defeitos.

SUSSANA – Te conhecer foi uma surpresa e ter a tua amizade um generoso presente.

GLAUCE – Minha margarida perfumada, ando tão em falta com você que dá até vergonha de dizer. Mas nunca deixaste de habitar meu coração. Como vai o beija-flor?

ANTÔNIO – Quase tudo é mais simples do que imaginamos, nós é que temos a mania de complicar. Saudade de nossas conversas perdidas, que começam sempre sem sentido e terminam as gargalhadas.

GEORGE – ‘A necessidade de segurança nos leva a escolher uma pessoa que não nos faz feliz, mas está ali’. Difícil para taurinos como eu e você entendermos isso! Obrigada por ter entrado em minha vida e por ter me feito perceber coisas fantásticas que há em mim. Queria só que fôssemos mais presentes.

RICARDO – Amizade é uma coisa engraçada e surge quando menos esperamos. Sinto tua falta! Sinto falta das risadas que me arrancavas mesmo em dias de TPM.

EDSON – Por que este e-mail nunca chegará a você, mas também é teu.


* * * * *

Daqui a exatos 30 dias eu faço 30 anos! O tempo passa que a gente nem sente e eu já nem sei se estou ficando velha ou madura demais. Se eu disser que estou chegando bem aos 30 estou mentindo. Quer dizer, por um lado até estou, não me sinto fisicamente com 30 e isso ajuda um bocado. Até fui barrada outro dia na entrada de uma casa noturna... Essa maturidade me trouxe também percepções fantásticas de quem eu sou, embora não tenha me tornado uma mulher menos confusa. Cheia de medos, manias, birras, mimos, teimosias, aptidões e por aí vai.
Da menina briguenta e bocuda da adolescência a mulher por vezes serena e até um pouco cruel com as palavras passaram-se muitos anos. Antes eu carregava uma segurança que assustava, hoje sinto-me passível de mudanças, de demonstrações de força e fraqueza. As vezes desconheço a mulher que me tornei. Mas ainda assim consigo sorrir quando vejo a moça de olhos expressivos no espelho todas as manhãs. Me impressiono quando hoje escuto com frequência que sou INTENSA DEMAIS PARA CONVENCIONALIDADES. Leia como convencionalidades querer casar, ter filhos, almoço de domingo na casa da sogra...
Confesso que sou sim intensa. Todos os sentimentos em mim parecem alcançar patamares astronômicos, voluptuosos. Atraio, mesmo sem querer, intensidades! Não sei me definir e parece que quem está a minha volta também não. Uns dizem que sou segura demais, dizem que brava sou agressiva, a quem me ache forte com uma rocha, as vezes dizem que sou uma menina mole, outros que sou uma mulher fantástica, uma amiga pra toda hora. Tenho fragilidades que não entendo, friezas que não aceito. Sei o que quero e onde quero chegar, embora muitas vezes não saiba que caminho seguir.
Ao longo desses 30 anos conheci muita gente. Gente que se tornou essencial em minha vida, teve gente que apenas passou sem deixar nem levar nada. Teve gente que me abalou como ser humano, houve quem me deixasse nas nuvens. Teve quem me jurou amizade eterna e me apunhalou quando virou a esquina. Houve quem me desse um tapa, literal, na cara no meio da festa e não lembrou no outro dia. Teve também quem me disse verdades que me fizeram chorar e quem me desse aquele abraço sem nada dizer. Ganhei brigas, fiz amizades, amei e não fui amada, me amaram e não correspondi, falhei quando um grande amigo precisou de mim, mas cheguei na hora certa.
Aprendi, aliás, estou aprendendo da forma mais cruel do mundo que o meu tempo não é o tempo de DEUS e é no tempo DELE que eu devo aguardar. Aprendi que as pessoas não como eu quero que seja e eu também não preciso ser como alguns querem que eu seja, mas que se eu for eu mesma serei bem entendida. Aprendi que muitas vezes vou dizer que amo e não serei compreendida. Entendi que muitas vezes quem nos ama é capaz das maiores crueldades, palavras duras, rejeições e tudo por não querer admitir que ama. Orgulho sabe! Aprendi que não importa qual seja a distância geográfica, que não importa quanto tempo fiquemos sem falar, mas que para amizade verdadeira, para amor, nada disso importa. Descobri que ser rejeitada por quem eu amo me faz ficar forte! E que eles sempre voltam, mas que caberá a mim dizer se vou seguir ou não.
Não estou numa fase fácil... Nem espero que entendam. Desejo apenas que respeitem o meu tempo. Que entendam quando eu me calo ou quando os procuro aos prantos em busca apenas de um abraço. E que não esqueçam que eu sou a mais humana das criaturas. Aos que já magoei de alguma forma ou quem usei palavras duras, minhas mais sinceras desculpas. Aos que muito me machucaram o amor e carinho que tenho por vocês é maior do que qualquer perdão. aprendi com cada um de vocês e cada um de vocês, de uma certa forma, ajudaram a moldar a mulher que sou hoje. E não se preocupem, mesmo confusa, por vezes me sentindo meio só, eu estou bem ou ao menos me esforçando para estar.

Cheiro,
Srta. Marinho

terça-feira, 24 de março de 2009

Os palhaços...porque eles não param de chegar!
"ME FAZ CHORAR... E É FEITO PRA RIR!"
(Cher Antoine - Los Hermanos)
Por que os palhaços são assim... Me causam esse efeito! Porque tem sempre um novo palhaço que chega pra transformar minha vida numa grande galhofa. E aí fica a dúvida se quem tem o nariz vermelho e a cara pintada sou eu ou eles.
Srta. Marinho

sábado, 21 de março de 2009

O cheiro do outono...

Ontem começou o outono... Meu 30º outono! Março já começa a findar e já começam as primeiras chuvas, não tarda chegam as aulas do segundo bimestre, o meu aniversário, as baixas temperaturas, o cair das folhas, o cheiro da terra molhada e o chocolate quente ou leite caramelado antes de dormir O outono é um tempo que me fascina, gosto dos tons de laranja da estação, daquele cheiro único que traz consigo boas lembranças de outonos passados e a esperança de que amanhã tudo vai ser melhor.
O outono é, para mim, uma estação lindíssima. Suave, doce, equilibrada. Quando os dias e as noites são iguais. Quando a natureza começa a adormecer para se renovar. É a estação que mais gosto, pelo menos “o verdadeiro outono”, o da minha meninice, da minha adolescência, da minha juventude, da minha vida... Porque nos últimos tempos, pelas variações climátiicas que conhecemos bem, o outono só tem aparecido de fugida. Assim, uns diazinhos, só para nos deixar água na boca e depois é um frio alternando com calor.
O outono chega e a última semana de março se aproxima... Preparo-me, em breve estarei com 30 anos. Confesso que passei ‘uma vida’ à espera do dia em que ia estar no meu 30º ano e agora ele está tão próximo e tudo está tão normal. Mas espero que assim como o outono, minha vida seja renovada. E que junto com a nova idade que se aproxima, eu possa deixar o passado no seu devido lugar. Que eu possa renovar minhas esperanças, minhas expectativas, minha alegria... Então, com esse sentimento, eu brado: QUE VENHA O OUTONO!

Srta. 'quase renovada' Marinho

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aprendendo com Benjamin...


Esse não foi um domingo fácil, feliz ou mesmo tranquilo pra mim. Velhos medos, anseios, angústias, fantasmas voltaram a me assombrar. Nada que cause pânico, só a leve sensação de que não sei mais como administrá-los. Precisava fazer alguma coisa, já que não podia gritar, berrar, xingar ou até mesmo bater em quem, naquele momento, eu gostaria. Resolvi então sair de forma despretensiosa e fui até o cinema. Depois de três semanas ensaiando uma ida ao cinema, não fui antes porque não estava querendo ir sozinha, decide que hoje eu seria minha melhor companhia. Segui o conselho dado por minha amiga Celle e fui assistir O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON.
O filme, que traz um Brad Pitt primoroso no papel principal, narra a fictícia história de vida de Benjamin Button que fisicamente nasce velho, com direito aos sinais da idade, e ao longo do tempo vai rejuvenescendo.
Sua mãe morre ao dar a luz e por ser diferente, foi rejeitado pelo pai e abandonado por ele em frente a um asilo, onde foi adotado, por Queennie, funcionária do local. Assim, Benjamin cresceu entre pessoas fisicamente semelhantes a ele, e psicologicamente em um mundo bem diferente do dele. Apesar de fisicamente ser velho, ele tinha mente de criança.
Desde cedo aprendeu três grandes lições que carregou para o resto de sua vida. A primeira é que no mundo cada um de nós, embora não estejamos sozinhos, temos que aprender a caminhar, a fazermos nossos caminhos e escolhas sozinhos. A segunda é que, embora crescer seja até engraçado, não é uma coisa fácil e dói um bocado. E a terceira é que muitas vezes, embora não aceitemos, vamos rejeitar, contradizer, amaldiçoar o tempo, mas quando ele chega não temos como fugir ou recuar. Estas lições são reforçadas pelo abandono de Benjamin no asilo por seu pai biológico, pelos amigos que ‘crescem’ com ele, e pelo nascimento da filha da mulher que o adotou.
O fato de ter crescido em um asilo, convivendo com pessoas que pareciam com ele, fez com que Benjamin visse as pessoas de quem gostava partindo dessa vida, e ainda pelo fato de ser uma pessoa diferente, dentro dele surgiu um sentimento de aproveitar a vida ao máximo. Por isso, quando foi crescendo e sentindo a necessidade de ganhar, conhecer, descobrir o mundo, abraçou cada oportunidade que a vida lhe dava. E aprendeu, mesmo com as oportunidades que deixou passar. Viajou pelo mundo, conheceu pessoas, cresceu interiormente, até retornar pra casa e viver um amor que ele esperou amadurecer para aproveitá-lo. O resto, só acompanhando o filme.
A grande lição da obra é que devemos aproveitar a vida ao máximo, apesar das pedras no meio do caminho (adoro filmes com essa perspectiva!). Crescer não é fácil, fazer escolhas, tomar decisões, abrir mãos de coisas e pessoas não é fácil e muitas vezes machuca horrores. Mas até na dor é possível tirar lições. Hoje eu aprendi uma pequena grande lição com Benjamin Button. Aprendi que não são as coisas ou pessoas que estão a minha volta que estão mudando, SOU EU. E daqui pra frente muita coisa não será fácil, mas só dependerá de mim, das minhas escolhas.
No mais, só posso dizer que o filme é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Com ricas atuações de Brad Pitt e Cate Blanchett e ainda me impressiona muito o que Hollywood pode fazer! Porque deixar um ator velho é uma técnica de maquiagem bastante conhecida no cinema, no teatro e na televisão, mas deixar atores bem mais novos do que eles realmente são através de maquiagem como foi feito no filme, é impressionante. Nessas horas é que fico com pena do cinema brasileiro, porque além de estar muito preso a apenas retratar as mazelas da nossa sociedade, com raras exceções, ainda é incapaz de fazer determinados efeitos especiais e elaborar um roteiro que faça o público sonhar junto com o filme.
Srta. Marinho


SINOPSE:

"Eu nasci em circunstâncias incomuns." - Assim começa O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON, adaptação do romance de 1920 de F. Scott Fitzgerald sobre um homem que nasce com oitenta e poucos anos e rejuvenesce a cada dia que passa. Um homem, como qualquer um de nós, que não pode parar o tempo. A partir da Nova Orleans do final da I Guerra Mundial, em 1918, adentrando o século XXI, o filme percorre uma jornada tão incomum quanto pode ser a da vida de qualquer pessoa, através da grandiosa história de um homem nem tão comum assim, das pessoas e lugares que ele descobre ao longo do caminho, dos amores que encontra, dos que perde, das alegrias da vida e das tristezas da morte e do que permanece além do tempo.

sábado, 14 de março de 2009

E lá se foi mais uma sexta-feira 13...


Ontem foi sexta-feira 13... Talvez você não tome precauções de segurança toda sexta-feira, mas numa sexta-feira 13 você está totalmente imune à superstição? A maioria das pessoas tem as sextas 13 como um dia de azar, má sorte... Pra mim o dia 13, numa sexta-feira, é um dia como outro qualquer, um dia em que acontece sempre algo diferente, algo que quebra a rotina diária.
Bem, por ser uma sexta-feira já é um belo dia, pois as pessoas parecem sempre mais alegres e bem-dispostas. Agora quando é o dia 13, há algo no ar... nada de terror, claro. Talvez seja impressão minha, mas sempre me aconteceu algo especial nestes dias, e ontem não foi diferente, por menor ou insignificante que esse algo possa ser...
Por isso pergunto: Para vocês, sexta-feira 13 é um dia de sorte ou azar? Se pudesse escolher, você se casaria, começaria um novo trabalho ou compraria uma casa em uma sexta-feira 13? A maioria das pessoas não o faria, mesmo não dando muito importância para isso. Superstições dão um jeitinho de influenciar as pessoas quando elas se encontram vulneráveis emocionalmente. Mas para quem se impressiona muito com isso, e considerar como um dia de sorte, então vos desejo que mais sextas 13 venham pela frente, A próxima será em novembro. FELIZ SEXTA-FEIRA 13. E por favor, não atirem o pau no gato, mesmo que ele seja preto.
Srta., 'nada supersticiosa', Marinho

quinta-feira, 12 de março de 2009

PARABÉNS RECIFE!
Minha cidade merece e prometo que amanhã terá um belo texto para homegeá-la. Hoje, infelizmente meu tempo está curto.
Srta. Marinho

quarta-feira, 11 de março de 2009

Direito de te dar uma resposta.
Acho que já tem um tempo que estás merecendo uma resposta e como sei que, por maior que seja teu bico e tua birra, nunca deixaste de ler o meu blog... E como este blog já foi testemunha de tantos outros textos escritos única e exclusivamente para você, nada mais justo do que esse agora. Que não garanto querido, possuir palavras de gentileza. Então fica quieto e lê.
Há dois meses eu recebi um e-mail mal escrito, ridículo e infantil vindo de você. Com palavras, que até pela grafia, eu percebi que deve ter sido escrito sob coação. Incrível como você sempre se deixa manipular por cada nova mulher tua. E mais incrível ainda como elas te manipulam contra mim... Nesses 5 anos até já perdi as contas de quantas foram, claro que tem sempre as mais marcantes. Preciso citar nomes, querido? Não, vamos poupá-lo dessa, quase mórbida, lembrança. Mas voltando ao e-mail de dois meses atrás, nele VOCÊ falava, de livre e espontânea vontade, lógico, que não queria mais que eu te procurasse e que a partir daquela data (14 de janeiro) passaria a me ignorar. E que eu havia confundido as coisas em relação a você e que a sua então mulher tinha decidido por você... Resumidamente acho foi isso! Lembro que quando eu li o e-mail, dei uma risada, mas uma das risadas mais gostosas da minha vida. Eu sabia, por aquele e-mail, qual seria o resultado daquela história. Eu sempre sei, lembra?
Pois então, eis que na última segunda-feira me chega uma mensagem sua com um pedido de desculpas. Claro que eu não perdi a chance de cuspir algumas palavras ao te responder. São cinco anos e você aí é previsível para mim. Sabe que isso ainda me surpreende? Sempre assim, você berra, baba em mim, me diz palavras indelicadas, mas um tanto de grosserias e depois que o encanto com elas acaba e me vem com um novo pedido de desculpas. Minha amizade por ti é tão, tão grande que eu aprendi a não levar certas coisas em consideração.
Daí hoje, na mais bizarra de nossas conversas, eu pergunto o que a ‘sra. Perfeita’ da vez fez e você com gentilezas do tipo ‘sua vida particular não me interessa, porque até para amizades há limites’. Entendi essa frase como, seja fria e imparcial. E como sempre acabo fazendo o que me pedes, eu fui a mais fria e imparcial das criaturas. De repente, do nada, minha vida pessoal começou a te interessar, a ponto de querer saber quando seriam minhas férias. Só então eu percebi que o seu “seja fria e imparcial” era a mesma coisa de “me bajule, estenda o tapete vermelho e jogue pétalas de rosas”. Sinceramente, QUER MANDAR? COMPRA UM CACHORRO! Simples assim.
Bem, a conversa foi finalizada com uma: ‘...se arrependimento matasse eu não teria te procurado...’ Procurou porque então? Deixa eu te responder: Procurou porque sabia que eu estaria lá, mesmo depois de dois meses, porque sou tua amiga apesar de tudo e apesar de nada. E o discurso continuou: ‘...estou como nojo dessa sua cara de debochada, se fazendo de importante e intelectual...’ Se fazendo de importante e intelectual? Não querido, eu não me faço de importante e intelectual. EU SOU IMPORTANTE E INTELECTUAL. Desculpa, mas quem é que foi mesmo atrás de quem? Tudo bem, já cuspi o veneno e usei o guardanapo para garantir que não ficou vestígios. E para o ‘gran finale’ eu reservei o meu trecho favorito: ‘...não dá mais para manter contato contigo, a partir de hoje você está morta para mim...’. Meu bem, posso estar morta para você, o que eu duvido, para tantas outras pessoas estou bem viva. Estive viva durante esses últimos dois meses. Quer dizer, deixa eu ter certeza... Sim, eu tenho pulso, meu coração bate, pés e mãos estão quentinhas e o verão me deixou com um bronzeado incrível.
Então presta atenção! Quer sair da minha vida? Saia! Garanto que eu não vou atrás, não vou morrer ou mesmo implorar. Mas se vai mesmo fazê-lo faça como um adulto. O tempo passou, lá se vão cinco anos. O brilho dos meus olhos, a beleza do meu sorriso, a minha grandeza...continuam comigo, mas já não sou aquela menina, recém chutada pelo noivo que conheceste. E se for essa que procuras e que esperas encontrar em mim, vai perder seu tempo e essa maturidade não me permite mais certa palavras, atitudes, grosserias. Já sou capaz de também decidir quem quero que permaneça ou não na minha vida. Decide, tudo bem? Mas não faça de mim o seu iô-iô, nem espere escândalos e chantagens... Ei...graças a Deus não sou uma de suas mulheres perfeitas. Ah...antes de ir, me diz. Quem está sendo metido a importante, insuportável, chato e precisando ser um pouco mais amigo? E só volte se realmente quiser a minha amizade.
Srta. Marinho

É impressionante o calor que tem feito nesses últimos dias de verão. Nem parece que daqui a 10 dias estaremos entrando no outono. As águas de março? Vimos em dois ou três dias e só... Só calor! Essa manhã, quando saí para trabalhar, por volta das 6h, os termômetros da cidade já marcavam 33º, a sensação térmica beirava os 39º / 40º. Soltei um palavrão, involuntariamente, mas vamos combinar, 33º as 6h da manhã é de fazer qualquer um surtar. Quando cheguei ao trabalho senti meu coração bater mais forte de tanta emoção com aquele ventinho que saia do ar-condicionado. Da janela eu via um céu azul lindo e um sol escaldante, quase delirante... Ao entrar na sala, o vento fresco me abraçou e eu senti vontade de abraçar de volta e dizer ‘obrigada’. Obrigada por levar embora o calor enlouquecedor e paralisante da cidade-mãe, obrigada por me salvar e me devolver a capacidade de andar, pensar, fazer coisas e tomar iniciativas.
Quase enlouqueci de calor nesse fim de semana. Definitivamente eu não sou mais 100% calor, dias escaldante, sol a pino, corpos quase tostados... Sofro demais e isso afeta meu corpo, minha cabeça e meu humor. Não consigo mais sentir os 41º na sombra e achar normal. Uma longa fase finalmente está acabando.
Será que isso significa que vou suportar melhor o inverno? Não sei. Mas o verão não foi de todo mal ou insuportável. Ainda mais esse verão que se sobrepôs pelo calor, que é imenso, pelos rostos novos que foram muitos e ainda pelos sorrisos e mistérios que não param de crescer. Novas vidas, envolvidas e vividas no colo de outras vidas. Novas ideias, que chegam a cada início de um novo dia...o calor segue imenso e não há como se desculpar por isso.
Quando o calor é muito temos sempre a desculpa que o sol que nos encandeia, que a noite nos acorda e que as verdades não são tão verdades quanto eram. As vezes, por conta do calor, o verão é imenso. As vezes é só um verão pequeno. E um verão pequeno, não é mais do que um cair de um pedestal, um verão assim pequeno não é mais do que um sonho de que acordamos noutro dia... Por isso ele é pequeno, para não deixar que o calor nos invada a alma também, já que o corpo, esse, não podemos livrá-lo.
E como diria a Ritinha: '...nessa onda de calor, eu peguei até uma cor, tô com o corpo todo bronzeado...'
Srta., morrendo de calor, Marinho.

domingo, 8 de março de 2009

Os homens que me perdoem, SER MULHER É O MÁXIMO!


Quando em 08 de março de 1857 cerca de 130 mulheres foram mortas num incêndio, pra lá de suspeito, na fábrica em trabalhavam e onde foram trancadas depois de fazerem um protesto por melhores condições salariais e de vida, ficou assim instituído o dia internacional das mulheres. Em 1908, profissionais liberais norte-americanas protestavam nas ruas de Nova Iorque pelos mesmos motivos das operárias de 1857 e incluíram ao protesto o direito feminino ao voto. Só em 1975 a ONU instituiu a data como oficial de comemoração à mulher.
Os dados históricos são um ótimo argumento para celebração da data, mas acredito que a mulher não precisa de uma data específica para ser celebrada. A história de luta da mulher, por melhores condições de vida e de trabalho vem atravessando séculos, muito já se foi conseguido, muito já foi mudado. Mas as principais mudanças aconteceram na postura da mulher para com o mundo e com nós mesmas.
Hoje somos independentes financeiramente, sexualmente...mas não abandonamos o desejo de encontrarmos um homem encantador e apaixonado que estejam ao nosso lado mesmo em dias de TPM. Desejamos ter filhos, mesmo que nos levem a loucura e a perder noites de sono. Queremos quilos a menos, seios a mais, não dispensamos as pílulas (para tudo), os sutiãs em outrora queimados, hoje são poderosas armas de sedução. Cabelos lisos hoje, cacheados amanhã, saias curtas hoje, vestidos longos amanhã... Também não abrimos mão de vez ou outra de um bom cafajeste ou um cara grudento, até encontrarmos aquele que vai estar no meio termo. Já fomos cantadas, versadas, elogiadas, humilhadas, sempre desejadas. Os homens tentam, inutilmente, nos entender. Tolos, estão tentando algo que nem nós conseguimos, tamanha é nossa inconstância. Limitem-se a nos conquistar e não perguntar o porque. Devemos ser, para sempre, admiradas!
Somos insanas, choronas, dramáticas, descontroladas, independentes, lindas, ajuizadas, vaidosas, fantasiosas, verborrágicas, maníacas, delirantes, apaixonadas...APAIXONANTES. Somos muitas em uma só. Somos tudo isso, só não somos santas. Sabemos o que queremos e mais ainda o que não queremos. Sabemos onde devemos parar e onde podemos chegar... E chegaremos longe!
E os homens que me perdoem, nem de longe somos o sexo frágil, temos uma força que assusta e destrói quem se atravessa em nosso caminho. Que atire a primeira pedra quem não concorda, mas ser mulher é o máximo.
Srta. Marinho

sábado, 7 de março de 2009

Data Magna, revigorar, fim de tarde na praia (ou Lembrando a Velha e Feliz Infância)


Neste último dia 06 foi feriado aqui em Pernambuco. Comemorou-se a Data Magna, A data refere-se a Revolução Pernambucana de 1817 quando, na ocasião, os pernambucanos fizeram um levante contra a coroa portuguesa e tornaram o Estado independente. Pois então... feito a síntese histórica, vamos à revolução que, em dias atuais, considero mais importante, A REVOLUÇÃO QUE HÁ EM MIM. A revolução que por vezes me deixa impaciente, meio perdida em meio a um turbilhão de sentimentos e emoções.
Pois bem... nesta sexta-feira eu acordei meio melancólica, triste, chorosa, deprê mesmo. Resolvi então fazer algo para mudar meu estado de ânimo. Sabe-se lá porque, resolvi relembrar uma situação que foi típica da minha infância, foi então que tentei ir de volta a uma época, ou buscar semelhanças com essa época, que me faziam sentir feliz e segura. Para relembrar isso, seria impossível fazer sem lembrar meu avô Chico. Nos braços dele minha segurança era plena e absoluta.
Lembrei-me que durante a minha infância e de minhas irmãs, minha mãe nos deixava para passar as tardes depois da escola na casa dos meus avós maternos, vô Chico e vó Ló. Meu avô foi um sujeito incrível, falar dele é preciso um texto completo, vou providenciar e em breve publico. Mas meus avós moravam, na época, no famoso bairro de Boa Viagem, onde fica a praia de mesmo nome, a uma quadra da praia. Nas tardes de verão que se seguiam, meu avô nos colocava em seus grandes e largos braços e nos levava à praia. Era sempre uma delícia a praia no meio da semana, quase deserta e no fim de tarde. Ficávamos sempre em frente a casa do ‘brigadeiro’, casa essa que meu avô nos fez acreditar durante toda infância que era onde eram feitos todos os brigadeiros... Adorei acreditar nisso, melhor que acreditar em papai noel. Só na adolescência é que descobri que a casa fora de um brigadeiro da aeronáutica. Bom ser criança!
Nessas tardes, meu avô corria com a gente, brincávamos nas piscinas naturais formadas pelos arrecifes, e nessa época nem havia sombra de ataque de tubarões, estamos entre os anos de 83 a 86, 87... Depois que nos cansávamos, construíamos castelos de areia, bebíamos refrigerantes na ‘barraca’ de seu Rafael e meu avô lia um de seus livros de Jorge Amado. Na saída tinha uma pequena pausa para o sorvete. Lembro que meu pedido era sempre chocolate com maracujá...
Lembrar disso hoje me fez um bem tremendo. Quando decidi ir à praia já passava das 14h, mas eu sabia que encontraria a maré baixa e cheia de piscinas naturais. Fui com meu bloco de anotações do lado. Sentei em uma das cadeiras, bebi umas duas ou três cocas, ouvi um pouco de música e comecei a escrever esse texto. Quando tive certeza que a maré já baixara totalmente fui mergulhar. A água estava uma delícia, morna, o mar calmo, poucas pessoas caminhando pela areia, algumas famílias com crianças aproveitando o fim de tarde, alguns garotos jogando futebol, muita gente no calçadão... Uma delícia! Fique na água por seca de 3h horas, por mim só teria saído quando a maré voltasse a subir. O fato é que isso, todas essas lembranças, essa tarde que me propus, me fez ficar feliz. Me fez sentir bem! Fez com que eu me livrasse de alguns pensamentos, que eu percebesse que eu estou dando importância demais a pessoas que, se muito merecem, só deveria desperdiçar por educação um ‘bom dia’. Mas foi bom, bom para que eu possa perceber o quão incrível eu posso ser, por que o meu passado me diz isso. Tive uma das infâncias mais feliz que alguém poderia desejar e ter tido essa infância me faz ser a pessoa intensa que sou hoje. Me fez perceber que eu não mereço nada menor que a felicidade e o amor.
Srta. Marinho

sexta-feira, 6 de março de 2009

Casamento, casa, filhos... (ou Sobre Trivialidades)



Thalita diz:
Hoje se alguém perguntasse o que eu queria pra minha vida, eu diria que é uma casa com jardim, quintal, cachorro, um marido que me ame mesmo em dias de TPM, filhos de cuca legal, contas a pagar, cinema com pipoca no final de semana, casa da sogra no domingo, praia no verão...

George diz:
NOSSA ...Q CONVENCIONAL PRA UMA PESSOA TÃO ESPECIAL COMO VC

Thalita diz:
Acho que o problema é esse. As pessoal me vêm tanto como uma PESSOAL ESPECIAL que esquecem que eu sou humana, como qualquer outra mulher, e que não quero nada além do trivial, do convencional...

George diz:
NOSSA

* * *
Essa conversa me fez ficar pensando, pensando, pensando...e me espantar com as possibilidades de resposta. Me deu a sensação de que eu devo ser algum um tipo de extraterrestre. Ou devo me transformar em alguma aberração e assustar as pessoas cada vez que falo coisas assim. Porque é tão espantoso para as pessoas, ou pelo menos para algumas delas, principalmente para os homens, saber que eu quero casar, ter filhos, uma casa com quintal, jardim, cachorro, filhos...etc? Será que pensam que sou alguma devoradora de homens e que só me interesso por cama? Aos que pensam assim, estão mais do que enganados. Eu gosto de romance...
Cheguei a conclusão que talvez a culpa possa ser minha. Quer dizer, possa não, ela é toda minha. Fui criada sabendo que sou mulher e que tenho que ser feminina, educada, gentil, mesmo sabendo que tenho brigar com unhas (sempre bem feitas) e dentes (sempre bem cuidados) para ter meu espaço, para alcançar meus objetivos. Talvez o erro tenha sido esse. EU ME SUPEREI! Sou uma mulher plena, absoluta e intensa. E ser assim faz com que eu assuste as pessoas, os homens, com desejos tão simples, convencionais, triviais... Pode ser que espante sim, mas não é absurdo. Sou especial? Sem dúvidas! Assim como qualquer outra pessoas pode ser aos olhos de quem lhes conhece, mas eu sou antes e acima de qualquer coisa, HUMANA. Humana até demais se desejam saber. Sim, eu sou escolarizada, sou politizada, independente financeiramente, cheia de cultura, sei conversar sobre tudo, sei me vestir de acordo com o que as ocasiões me pedem, tenho amigos que representam parte do sou, tenho uma família que não me deixa esquecer quem eu sou e de onde vim, um trabalho que gosto e respeito... Mas eu também sei lavar, passar, cozinhar, sei escolher tomates na feira, comprar a quantidade certa de arroz, feijão, açúcar, etc, sem desperdiçar, sei comprar peixe (de água doce e salgada), churrasco então é comigo! Sei cuidar das pessoas, as vezes mais até do que de mim, mas com o mesmo cuidado, delicadeza e atenção. Qual é a estranheza disso?
Sei que sempre passei a imagem de uma mulher forte, independente, segura, absoluta...e sou tudo isso. Mas isso não me coloca abaixo ou acima de ninguém. Me coloca em pé de igualdade com muita gente e assim como todo mundo eu quero e espero ser respeitada e amada. Compreendida não, porque isso nem eu consigo boa parte das vezes.
Daqui a pouco mais de um mês eu faço 30 anos e ainda trago comigo alguns sonhos da menina de 10, 12 anos e lembro-me bem do que eu queria nessa época, além de passar de ano para ter a garantia que ganharia tudo que havia pedido de presente de Natal. E são esses desejos que eu não abro mão, porque eles representam a minha plenitude, a minha realização como ser humano, como mulher que sonha, luta, chora e ama. E plagiando os grandes Milton Nascimento e Fernando Brant, eu sou uma Maria como a Maria que eles cantam
‘...uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta...’

Srta. Marinho

quarta-feira, 4 de março de 2009

Convivo com o medo de morrer e ele me fascina. diz:
vc nunca erra ?

“vc nunca erra?” – Desde a última vez que falei com Ricardo, falei é até uma forma simpática, mas corrigindo... Desde a última vez que tive uma conversa mais ‘inflamada’ com Ricardo, ele vomitou essa pergunta em mim, fiquei remoendo-a em minha mente. Claro que no momento eu despejei sobre ele meio mundo de palavras malcriadas, elas andam cada vez mais afiadas quando com estou raiva, mas achei que caberia uma resposta a ser publicada aqui. Então, garoto, esse é diretamente para você. Era uma resposta que você queria, é uma resposta que vou te dar.

* * *

Ricardo,

claro que eu erro! Todos nós erramos e eu não sou diferente das demais pessoas. Sim, porque eu já errei, mais de uma vez, menos que muitas, mas errei. Serei só eu dona do erro? Não pode ser.

Olho em volta e erros não faltam, não podem ser apenas feitos por mim, há mais quem erre. E sim, errar é humano, eu sou humana e vivo num mundo de humanos, isso quer dizer que todos erramos, certo? Certo! Óbvio! Mas confesso que cada vez mais eu tento ser cuidadosa com os meus erros, principalmente quando quem está do outro lado, a receber o meu humano erro, é alguém de quem gosto muito, de quem preso amizade, convivência, carinho... Então, até um silêncio e quietude minha, na maioria das vezes mal interpretada e debochada, é só a tentativa humana de não errar. Não errar no momento errado, com a pessoa errada.

Em cada esquina pode estar um erro, em cada pessoa há um erro, em cada lugar há um erro, há erros em todos os lados e não um único a cometê-los. A natureza do nosso erro pode ter diversos motivos, pode não ter se quer motivo, mas não deixa de ser um erro. Normalmente se assumimos um erro é porque magoamos, mesmo sem pensar nas consequências, uma pessoa ou várias... E essa dor causada não pode ser esquecida mas poderá ser aliviada com um simples "desculpa-me...". Embora não se esqueça, a intenção está lá! Impressa nas palavras, nas atitudes e no próprio fato de assumir que se errou.

Errar é humano, vamos continuar errando, mas de forma consciente, há erros que nos machucam, que nos fazem chorar, que nos fazem sangrar, que nos fazem perder o chão. Mas há os erros que nos fazem crescer, e sinceramente, eu vou aproveitar!

Quero com os erros que cometi, com os que cometo e com os que ainda vou cometer, aprender, vou mais tarde perceber que errar não faz mal, fiz sem querer, aconteceu sem perceber, mas no final eu aprendi, e isso é tão grande e forte que as vezes até dá vontade de continuar a errar. Seria então querer errar um erro?
Bem, mas como você mesmo gosta de usar, para cada novo erro seu, PERDOA, EU SOU HUMANA!

Srta. 'errada, porém humana, Marinho