sexta-feira, 27 de março de 2009
Lá se vão 3 dias que sento diante do computador e tento escrever um texto pra ti. Um novo texto na verdade, já que, desde que criei este blog em meados de 2005, boa parte dos textos que estão aqui são ou te dizem respeito. Sempre foi tão fácil falar de você, falar pra você em meus textos... Lembro de cada texto que escrevi e aqui publiquei. E fazia tempo que eu não sentia tanta dificuldade assim em escrever como estou sentido agora. Lembro-me da primeira vez que escrevi um texto para ti... O texto que publique falando de como tinha te conhecido e de como te via, a importância que tinha pra mim naquele momento... Tanto tempo passou que nem nos demos conta e por vezes agimos e nos comportamos como se ainda estivéssemos em outubro de 2004. Para ser mais exata, a quinta-feira de 21 de outubro de 2004, dia em que nos conhecemos, por volta das 16h. Na ocasião eu acabara de levar o primeiro pé na bunda de Marcelo (tive a façanha de repetir a cena do pé na bunda com o mesmo Marcelo algumas vezes depois, mas o texto não é sobre ele) e você apareceu só sorrisos e gentilezas. Com uma conversa de derrubar avião. E eu caí...! Sentimentalmente fragilizada, logo decidi não embarcar na conversa que ganhou rumos e personagens inesperados, mas que também não serão mencionados neste texto. Não sei ainda, não decidi se quero escrever sobre você ou se é sobre mim. Acho que no fundo é sobre nós estarmos aqui, ao longo desses 05 anos.
Falei demais e ainda não falei tudo que eu queria e devia, mas vou aqui encerrar. E em bom português TE AMO ALEMÃO, GOSTO DE VOCÊ DESSE JEITO QUE ÉS. Gosto do teu jeito temperado, do teu mau humor as segundas, da tua pressa as quintas, do sorriso que sempre me arrancou só por estar presente, a tentativa de num dia de mau humor meu, me acalamar contando que havia feito a boa ação do dia ajudando uma guria que havia caído da moto bem a tua frente no trânsito, da maneira como aparecia do nada me pedindo para ouvir uma música porque achava minha cara, do jeito de debochar de mim quando quer me tirar do sério, do jeito incrível que tem de surpreender quando mais preciso, da simplicidade quando diz sem medo que não sabe o que me falar ou responder... Lembra do show de Ivete Sangalo, em Joinville? É tanta coisa, já disse uma dia caberá tudo num livro, E VAIS ESTAR PARA SEMPRE AQUI, COMIGO!
quarta-feira, 25 de março de 2009
LUCAS – Em quem tens pensado? Posso comemorar? De todos, és o irmão mais fuleiro e amado.
CRIS – Minha bonequinha da playmobil, uma hora, tenho fé que aprenderemos e quando reencontrarmos aquelas moças que vemos no espelho sairemos à comemorar.
ZIRA – Como me fazes falta amiga, hoje não há ninguém que me diga com toda sutileza: ‘Ai amiga, deixa de frescura, te arruma e vamos sair.’
NANA – Quando eu crescer eu quero ter a tua paz.
MANO – Como sinto falta das nossas tardes que entravam noite adentro... ao som de Los Hermanos, com sabor do sonho da Padaria do Largo de Santa Cruz e com o calor de uma bebida forte.
CAROL – Sabe o que eu lembrei agora? Aquela cena do cursinho, depois de uma semana sem falarmos, e o abraço por conta do teu gato que morrera atropelado. Nossa amizade é uma coisa tão simples e marcante. Preciso de tua serenidade.
PEDRINHO – Claro que não vou te decepcionar, mas mesmo as musas têm seus dias de vinho tinto e prozac. Obrigada pelas verdades bem ditas, mesmo em horas erradas.
CELLE – Descobrir tua amizade e saber que posso contar contigo foi uma dádiva.
ROBERTO – Espero que um dia possas perceber e reconhecer que a menina que conheceste cresceu. E tornou-se uma mulher fantástica aos olhos de quem sabe enxergar!
LEO – Um dia alguém me disse: ‘...e nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz...’, o problema é que o livro se fecha ou alguém dorme no meio da história perdendo a parte mais interessante. Será que esse livro será reaberto?
JAILSON – Tua amizade tem sido uma grata e musical surpresa.
CAMILLA – Crescer não é fácil, tão pouco fazer com que as pessoas percebam isso, principalmente em se tratando de pessoas intensas como eu e você. E por favor, se é mesmo minha versão 2.1 evite os erros que já cometi.
MARCELO – ‘...és parte ainda do que me faz forte, pra ser honesta só um pouquinho infeliz...mas tudo bem’.
SANDRO – Porque me enxergas e me entendes com uma verdade que assusta, mas que ao mesmo tempo me transmite uma segurança e uma paz avassaladora. Que eu possa contar sempre com tuas verdades!
LULA – Ei amarelo...olhando você, me veio à mente: ‘DE ONDE VEM A CALMA DAQUELE CARA?’ – O mundo é hostil, mas não custa pegarmos umas latas de tinta e pintar a nosso gosto, até porque nada nem ninguém é perfeito e nós gostamos mesmo da imperfeição que não nos deixa ficar na mesmice.
KATHY – Amiga, a gente se engana e não aprende não é? Mas até lá a gente sobe uma ladeira aqui, desce outra ali e vai aprendendo no caminho. E no fundo a gente gosta, mesmo eles sendo tão cheios de defeitos.
SUSSANA – Te conhecer foi uma surpresa e ter a tua amizade um generoso presente.
GLAUCE – Minha margarida perfumada, ando tão em falta com você que dá até vergonha de dizer. Mas nunca deixaste de habitar meu coração. Como vai o beija-flor?
ANTÔNIO – Quase tudo é mais simples do que imaginamos, nós é que temos a mania de complicar. Saudade de nossas conversas perdidas, que começam sempre sem sentido e terminam as gargalhadas.
GEORGE – ‘A necessidade de segurança nos leva a escolher uma pessoa que não nos faz feliz, mas está ali’. Difícil para taurinos como eu e você entendermos isso! Obrigada por ter entrado em minha vida e por ter me feito perceber coisas fantásticas que há em mim. Queria só que fôssemos mais presentes.
RICARDO – Amizade é uma coisa engraçada e surge quando menos esperamos. Sinto tua falta! Sinto falta das risadas que me arrancavas mesmo em dias de TPM.
EDSON – Por que este e-mail nunca chegará a você, mas também é teu.
* * * * *
Daqui a exatos 30 dias eu faço 30 anos! O tempo passa que a gente nem sente e eu já nem sei se estou ficando velha ou madura demais. Se eu disser que estou chegando bem aos 30 estou mentindo. Quer dizer, por um lado até estou, não me sinto fisicamente com 30 e isso ajuda um bocado. Até fui barrada outro dia na entrada de uma casa noturna... Essa maturidade me trouxe também percepções fantásticas de quem eu sou, embora não tenha me tornado uma mulher menos confusa. Cheia de medos, manias, birras, mimos, teimosias, aptidões e por aí vai.
Da menina briguenta e bocuda da adolescência a mulher por vezes serena e até um pouco cruel com as palavras passaram-se muitos anos. Antes eu carregava uma segurança que assustava, hoje sinto-me passível de mudanças, de demonstrações de força e fraqueza. As vezes desconheço a mulher que me tornei. Mas ainda assim consigo sorrir quando vejo a moça de olhos expressivos no espelho todas as manhãs. Me impressiono quando hoje escuto com frequência que sou INTENSA DEMAIS PARA CONVENCIONALIDADES. Leia como convencionalidades querer casar, ter filhos, almoço de domingo na casa da sogra...
Confesso que sou sim intensa. Todos os sentimentos em mim parecem alcançar patamares astronômicos, voluptuosos. Atraio, mesmo sem querer, intensidades! Não sei me definir e parece que quem está a minha volta também não. Uns dizem que sou segura demais, dizem que brava sou agressiva, a quem me ache forte com uma rocha, as vezes dizem que sou uma menina mole, outros que sou uma mulher fantástica, uma amiga pra toda hora. Tenho fragilidades que não entendo, friezas que não aceito. Sei o que quero e onde quero chegar, embora muitas vezes não saiba que caminho seguir.
Ao longo desses 30 anos conheci muita gente. Gente que se tornou essencial em minha vida, teve gente que apenas passou sem deixar nem levar nada. Teve gente que me abalou como ser humano, houve quem me deixasse nas nuvens. Teve quem me jurou amizade eterna e me apunhalou quando virou a esquina. Houve quem me desse um tapa, literal, na cara no meio da festa e não lembrou no outro dia. Teve também quem me disse verdades que me fizeram chorar e quem me desse aquele abraço sem nada dizer. Ganhei brigas, fiz amizades, amei e não fui amada, me amaram e não correspondi, falhei quando um grande amigo precisou de mim, mas cheguei na hora certa.
Aprendi, aliás, estou aprendendo da forma mais cruel do mundo que o meu tempo não é o tempo de DEUS e é no tempo DELE que eu devo aguardar. Aprendi que as pessoas não como eu quero que seja e eu também não preciso ser como alguns querem que eu seja, mas que se eu for eu mesma serei bem entendida. Aprendi que muitas vezes vou dizer que amo e não serei compreendida. Entendi que muitas vezes quem nos ama é capaz das maiores crueldades, palavras duras, rejeições e tudo por não querer admitir que ama. Orgulho sabe! Aprendi que não importa qual seja a distância geográfica, que não importa quanto tempo fiquemos sem falar, mas que para amizade verdadeira, para amor, nada disso importa. Descobri que ser rejeitada por quem eu amo me faz ficar forte! E que eles sempre voltam, mas que caberá a mim dizer se vou seguir ou não.
Não estou numa fase fácil... Nem espero que entendam. Desejo apenas que respeitem o meu tempo. Que entendam quando eu me calo ou quando os procuro aos prantos em busca apenas de um abraço. E que não esqueçam que eu sou a mais humana das criaturas. Aos que já magoei de alguma forma ou quem usei palavras duras, minhas mais sinceras desculpas. Aos que muito me machucaram o amor e carinho que tenho por vocês é maior do que qualquer perdão. aprendi com cada um de vocês e cada um de vocês, de uma certa forma, ajudaram a moldar a mulher que sou hoje. E não se preocupem, mesmo confusa, por vezes me sentindo meio só, eu estou bem ou ao menos me esforçando para estar.
Cheiro,
terça-feira, 24 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
Ontem começou o outono... Meu 30º outono! Março já começa a findar e já começam as primeiras chuvas, não tarda chegam as aulas do segundo bimestre, o meu aniversário, as baixas temperaturas, o cair das folhas, o cheiro da terra molhada e o chocolate quente ou leite caramelado antes de dormir O outono é um tempo que me fascina, gosto dos tons de laranja da estação, daquele cheiro único que traz consigo boas lembranças de outonos passados e a esperança de que amanhã tudo vai ser melhor.
O outono é, para mim, uma estação lindíssima. Suave, doce, equilibrada. Quando os dias e as noites são iguais. Quando a natureza começa a adormecer para se renovar. É a estação que mais gosto, pelo menos “o verdadeiro outono”, o da minha meninice, da minha adolescência, da minha juventude, da minha vida... Porque nos últimos tempos, pelas variações climátiicas que conhecemos bem, o outono só tem aparecido de fugida. Assim, uns diazinhos, só para nos deixar água na boca e depois é um frio alternando com calor.
O outono chega e a última semana de março se aproxima... Preparo-me, em breve estarei com 30 anos. Confesso que passei ‘uma vida’ à espera do dia em que ia estar no meu 30º ano e agora ele está tão próximo e tudo está tão normal. Mas espero que assim como o outono, minha vida seja renovada. E que junto com a nova idade que se aproxima, eu possa deixar o passado no seu devido lugar. Que eu possa renovar minhas esperanças, minhas expectativas, minha alegria... Então, com esse sentimento, eu brado: QUE VENHA O OUTONO!
Srta. 'quase renovada' Marinho
segunda-feira, 16 de março de 2009
O filme, que traz um Brad Pitt primoroso no papel principal, narra a fictícia história de vida de Benjamin Button que fisicamente nasce velho, com direito aos sinais da idade, e ao longo do tempo vai rejuvenescendo.
Sua mãe morre ao dar a luz e por ser diferente, foi rejeitado pelo pai e abandonado por ele em frente a um asilo, onde foi adotado, por Queennie, funcionária do local. Assim, Benjamin cresceu entre pessoas fisicamente semelhantes a ele, e psicologicamente em um mundo bem diferente do dele. Apesar de fisicamente ser velho, ele tinha mente de criança.
Desde cedo aprendeu três grandes lições que carregou para o resto de sua vida. A primeira é que no mundo cada um de nós, embora não estejamos sozinhos, temos que aprender a caminhar, a fazermos nossos caminhos e escolhas sozinhos. A segunda é que, embora crescer seja até engraçado, não é uma coisa fácil e dói um bocado. E a terceira é que muitas vezes, embora não aceitemos, vamos rejeitar, contradizer, amaldiçoar o tempo, mas quando ele chega não temos como fugir ou recuar. Estas lições são reforçadas pelo abandono de Benjamin no asilo por seu pai biológico, pelos amigos que ‘crescem’ com ele, e pelo nascimento da filha da mulher que o adotou.
O fato de ter crescido em um asilo, convivendo com pessoas que pareciam com ele, fez com que Benjamin visse as pessoas de quem gostava partindo dessa vida, e ainda pelo fato de ser uma pessoa diferente, dentro dele surgiu um sentimento de aproveitar a vida ao máximo. Por isso, quando foi crescendo e sentindo a necessidade de ganhar, conhecer, descobrir o mundo, abraçou cada oportunidade que a vida lhe dava. E aprendeu, mesmo com as oportunidades que deixou passar. Viajou pelo mundo, conheceu pessoas, cresceu interiormente, até retornar pra casa e viver um amor que ele esperou amadurecer para aproveitá-lo. O resto, só acompanhando o filme.
A grande lição da obra é que devemos aproveitar a vida ao máximo, apesar das pedras no meio do caminho (adoro filmes com essa perspectiva!). Crescer não é fácil, fazer escolhas, tomar decisões, abrir mãos de coisas e pessoas não é fácil e muitas vezes machuca horrores. Mas até na dor é possível tirar lições. Hoje eu aprendi uma pequena grande lição com Benjamin Button. Aprendi que não são as coisas ou pessoas que estão a minha volta que estão mudando, SOU EU. E daqui pra frente muita coisa não será fácil, mas só dependerá de mim, das minhas escolhas.
No mais, só posso dizer que o filme é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Com ricas atuações de Brad Pitt e Cate Blanchett e ainda me impressiona muito o que Hollywood pode fazer! Porque deixar um ator velho é uma técnica de maquiagem bastante conhecida no cinema, no teatro e na televisão, mas deixar atores bem mais novos do que eles realmente são através de maquiagem como foi feito no filme, é impressionante. Nessas horas é que fico com pena do cinema brasileiro, porque além de estar muito preso a apenas retratar as mazelas da nossa sociedade, com raras exceções, ainda é incapaz de fazer determinados efeitos especiais e elaborar um roteiro que faça o público sonhar junto com o filme.
SINOPSE:
"Eu nasci em circunstâncias incomuns." - Assim começa O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON, adaptação do romance de 1920 de F. Scott Fitzgerald sobre um homem que nasce com oitenta e poucos anos e rejuvenesce a cada dia que passa. Um homem, como qualquer um de nós, que não pode parar o tempo. A partir da Nova Orleans do final da I Guerra Mundial, em 1918, adentrando o século XXI, o filme percorre uma jornada tão incomum quanto pode ser a da vida de qualquer pessoa, através da grandiosa história de um homem nem tão comum assim, das pessoas e lugares que ele descobre ao longo do caminho, dos amores que encontra, dos que perde, das alegrias da vida e das tristezas da morte e do que permanece além do tempo.
sábado, 14 de março de 2009
Bem, por ser uma sexta-feira já é um belo dia, pois as pessoas parecem sempre mais alegres e bem-dispostas. Agora quando é o dia 13, há algo no ar... nada de terror, claro. Talvez seja impressão minha, mas sempre me aconteceu algo especial nestes dias, e ontem não foi diferente, por menor ou insignificante que esse algo possa ser...
Por isso pergunto: Para vocês, sexta-feira 13 é um dia de sorte ou azar? Se pudesse escolher, você se casaria, começaria um novo trabalho ou compraria uma casa em uma sexta-feira 13? A maioria das pessoas não o faria, mesmo não dando muito importância para isso. Superstições dão um jeitinho de influenciar as pessoas quando elas se encontram vulneráveis emocionalmente. Mas para quem se impressiona muito com isso, e considerar como um dia de sorte, então vos desejo que mais sextas 13 venham pela frente, A próxima será em novembro. FELIZ SEXTA-FEIRA 13. E por favor, não atirem o pau no gato, mesmo que ele seja preto.
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Há dois meses eu recebi um e-mail mal escrito, ridículo e infantil vindo de você. Com palavras, que até pela grafia, eu percebi que deve ter sido escrito sob coação. Incrível como você sempre se deixa manipular por cada nova mulher tua. E mais incrível ainda como elas te manipulam contra mim... Nesses 5 anos até já perdi as contas de quantas foram, claro que tem sempre as mais marcantes. Preciso citar nomes, querido? Não, vamos poupá-lo dessa, quase mórbida, lembrança. Mas voltando ao e-mail de dois meses atrás, nele VOCÊ falava, de livre e espontânea vontade, lógico, que não queria mais que eu te procurasse e que a partir daquela data (14 de janeiro) passaria a me ignorar. E que eu havia confundido as coisas em relação a você e que a sua então mulher tinha decidido por você... Resumidamente acho foi isso! Lembro que quando eu li o e-mail, dei uma risada, mas uma das risadas mais gostosas da minha vida. Eu sabia, por aquele e-mail, qual seria o resultado daquela história. Eu sempre sei, lembra?
Pois então, eis que na última segunda-feira me chega uma mensagem sua com um pedido de desculpas. Claro que eu não perdi a chance de cuspir algumas palavras ao te responder. São cinco anos e você aí é previsível para mim. Sabe que isso ainda me surpreende? Sempre assim, você berra, baba em mim, me diz palavras indelicadas, mas um tanto de grosserias e depois que o encanto com elas acaba e me vem com um novo pedido de desculpas. Minha amizade por ti é tão, tão grande que eu aprendi a não levar certas coisas em consideração.
Daí hoje, na mais bizarra de nossas conversas, eu pergunto o que a ‘sra. Perfeita’ da vez fez e você com gentilezas do tipo ‘sua vida particular não me interessa, porque até para amizades há limites’. Entendi essa frase como, seja fria e imparcial. E como sempre acabo fazendo o que me pedes, eu fui a mais fria e imparcial das criaturas. De repente, do nada, minha vida pessoal começou a te interessar, a ponto de querer saber quando seriam minhas férias. Só então eu percebi que o seu “seja fria e imparcial” era a mesma coisa de “me bajule, estenda o tapete vermelho e jogue pétalas de rosas”. Sinceramente, QUER MANDAR? COMPRA UM CACHORRO! Simples assim.
Bem, a conversa foi finalizada com uma: ‘...se arrependimento matasse eu não teria te procurado...’ Procurou porque então? Deixa eu te responder: Procurou porque sabia que eu estaria lá, mesmo depois de dois meses, porque sou tua amiga apesar de tudo e apesar de nada. E o discurso continuou: ‘...estou como nojo dessa sua cara de debochada, se fazendo de importante e intelectual...’ Se fazendo de importante e intelectual? Não querido, eu não me faço de importante e intelectual. EU SOU IMPORTANTE E INTELECTUAL. Desculpa, mas quem é que foi mesmo atrás de quem? Tudo bem, já cuspi o veneno e usei o guardanapo para garantir que não ficou vestígios. E para o ‘gran finale’ eu reservei o meu trecho favorito: ‘...não dá mais para manter contato contigo, a partir de hoje você está morta para mim...’. Meu bem, posso estar morta para você, o que eu duvido, para tantas outras pessoas estou bem viva. Estive viva durante esses últimos dois meses. Quer dizer, deixa eu ter certeza... Sim, eu tenho pulso, meu coração bate, pés e mãos estão quentinhas e o verão me deixou com um bronzeado incrível.
Então presta atenção! Quer sair da minha vida? Saia! Garanto que eu não vou atrás, não vou morrer ou mesmo implorar. Mas se vai mesmo fazê-lo faça como um adulto. O tempo passou, lá se vão cinco anos. O brilho dos meus olhos, a beleza do meu sorriso, a minha grandeza...continuam comigo, mas já não sou aquela menina, recém chutada pelo noivo que conheceste. E se for essa que procuras e que esperas encontrar em mim, vai perder seu tempo e essa maturidade não me permite mais certa palavras, atitudes, grosserias. Já sou capaz de também decidir quem quero que permaneça ou não na minha vida. Decide, tudo bem? Mas não faça de mim o seu iô-iô, nem espere escândalos e chantagens... Ei...graças a Deus não sou uma de suas mulheres perfeitas. Ah...antes de ir, me diz. Quem está sendo metido a importante, insuportável, chato e precisando ser um pouco mais amigo? E só volte se realmente quiser a minha amizade.
Quase enlouqueci de calor nesse fim de semana. Definitivamente eu não sou mais 100% calor, dias escaldante, sol a pino, corpos quase tostados... Sofro demais e isso afeta meu corpo, minha cabeça e meu humor. Não consigo mais sentir os 41º na sombra e achar normal. Uma longa fase finalmente está acabando.
Será que isso significa que vou suportar melhor o inverno? Não sei. Mas o verão não foi de todo mal ou insuportável. Ainda mais esse verão que se sobrepôs pelo calor, que é imenso, pelos rostos novos que foram muitos e ainda pelos sorrisos e mistérios que não param de crescer. Novas vidas, envolvidas e vividas no colo de outras vidas. Novas ideias, que chegam a cada início de um novo dia...o calor segue imenso e não há como se desculpar por isso.
Quando o calor é muito temos sempre a desculpa que o sol que nos encandeia, que a noite nos acorda e que as verdades não são tão verdades quanto eram. As vezes, por conta do calor, o verão é imenso. As vezes é só um verão pequeno. E um verão pequeno, não é mais do que um cair de um pedestal, um verão assim pequeno não é mais do que um sonho de que acordamos noutro dia... Por isso ele é pequeno, para não deixar que o calor nos invada a alma também, já que o corpo, esse, não podemos livrá-lo.
domingo, 8 de março de 2009
Os dados históricos são um ótimo argumento para celebração da data, mas acredito que a mulher não precisa de uma data específica para ser celebrada. A história de luta da mulher, por melhores condições de vida e de trabalho vem atravessando séculos, muito já se foi conseguido, muito já foi mudado. Mas as principais mudanças aconteceram na postura da mulher para com o mundo e com nós mesmas.
Hoje somos independentes financeiramente, sexualmente...mas não abandonamos o desejo de encontrarmos um homem encantador e apaixonado que estejam ao nosso lado mesmo em dias de TPM. Desejamos ter filhos, mesmo que nos levem a loucura e a perder noites de sono. Queremos quilos a menos, seios a mais, não dispensamos as pílulas (para tudo), os sutiãs em outrora queimados, hoje são poderosas armas de sedução. Cabelos lisos hoje, cacheados amanhã, saias curtas hoje, vestidos longos amanhã... Também não abrimos mão de vez ou outra de um bom cafajeste ou um cara grudento, até encontrarmos aquele que vai estar no meio termo. Já fomos cantadas, versadas, elogiadas, humilhadas, sempre desejadas. Os homens tentam, inutilmente, nos entender. Tolos, estão tentando algo que nem nós conseguimos, tamanha é nossa inconstância. Limitem-se a nos conquistar e não perguntar o porque. Devemos ser, para sempre, admiradas!
Somos insanas, choronas, dramáticas, descontroladas, independentes, lindas, ajuizadas, vaidosas, fantasiosas, verborrágicas, maníacas, delirantes, apaixonadas...APAIXONANTES. Somos muitas em uma só. Somos tudo isso, só não somos santas. Sabemos o que queremos e mais ainda o que não queremos. Sabemos onde devemos parar e onde podemos chegar... E chegaremos longe!
E os homens que me perdoem, nem de longe somos o sexo frágil, temos uma força que assusta e destrói quem se atravessa em nosso caminho. Que atire a primeira pedra quem não concorda, mas ser mulher é o máximo.
sábado, 7 de março de 2009
Pois bem... nesta sexta-feira eu acordei meio melancólica, triste, chorosa, deprê mesmo. Resolvi então fazer algo para mudar meu estado de ânimo. Sabe-se lá porque, resolvi relembrar uma situação que foi típica da minha infância, foi então que tentei ir de volta a uma época, ou buscar semelhanças com essa época, que me faziam sentir feliz e segura. Para relembrar isso, seria impossível fazer sem lembrar meu avô Chico. Nos braços dele minha segurança era plena e absoluta.
Lembrei-me que durante a minha infância e de minhas irmãs, minha mãe nos deixava para passar as tardes depois da escola na casa dos meus avós maternos, vô Chico e vó Ló. Meu avô foi um sujeito incrível, falar dele é preciso um texto completo, vou providenciar e em breve publico. Mas meus avós moravam, na época, no famoso bairro de Boa Viagem, onde fica a praia de mesmo nome, a uma quadra da praia. Nas tardes de verão que se seguiam, meu avô nos colocava em seus grandes e largos braços e nos levava à praia. Era sempre uma delícia a praia no meio da semana, quase deserta e no fim de tarde. Ficávamos sempre em frente a casa do ‘brigadeiro’, casa essa que meu avô nos fez acreditar durante toda infância que era onde eram feitos todos os brigadeiros... Adorei acreditar nisso, melhor que acreditar em papai noel. Só na adolescência é que descobri que a casa fora de um brigadeiro da aeronáutica. Bom ser criança!
Nessas tardes, meu avô corria com a gente, brincávamos nas piscinas naturais formadas pelos arrecifes, e nessa época nem havia sombra de ataque de tubarões, estamos entre os anos de 83 a 86, 87... Depois que nos cansávamos, construíamos castelos de areia, bebíamos refrigerantes na ‘barraca’ de seu Rafael e meu avô lia um de seus livros de Jorge Amado. Na saída tinha uma pequena pausa para o sorvete. Lembro que meu pedido era sempre chocolate com maracujá...
Lembrar disso hoje me fez um bem tremendo. Quando decidi ir à praia já passava das 14h, mas eu sabia que encontraria a maré baixa e cheia de piscinas naturais. Fui com meu bloco de anotações do lado. Sentei em uma das cadeiras, bebi umas duas ou três cocas, ouvi um pouco de música e comecei a escrever esse texto. Quando tive certeza que a maré já baixara totalmente fui mergulhar. A água estava uma delícia, morna, o mar calmo, poucas pessoas caminhando pela areia, algumas famílias com crianças aproveitando o fim de tarde, alguns garotos jogando futebol, muita gente no calçadão... Uma delícia! Fique na água por seca de 3h horas, por mim só teria saído quando a maré voltasse a subir. O fato é que isso, todas essas lembranças, essa tarde que me propus, me fez ficar feliz. Me fez sentir bem! Fez com que eu me livrasse de alguns pensamentos, que eu percebesse que eu estou dando importância demais a pessoas que, se muito merecem, só deveria desperdiçar por educação um ‘bom dia’. Mas foi bom, bom para que eu possa perceber o quão incrível eu posso ser, por que o meu passado me diz isso. Tive uma das infâncias mais feliz que alguém poderia desejar e ter tido essa infância me faz ser a pessoa intensa que sou hoje. Me fez perceber que eu não mereço nada menor que a felicidade e o amor.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Hoje se alguém perguntasse o que eu queria pra minha vida, eu diria que é uma casa com jardim, quintal, cachorro, um marido que me ame mesmo em dias de TPM, filhos de cuca legal, contas a pagar, cinema com pipoca no final de semana, casa da sogra no domingo, praia no verão...
George diz:
NOSSA ...Q CONVENCIONAL PRA UMA PESSOA TÃO ESPECIAL COMO VC
Thalita diz:
Acho que o problema é esse. As pessoal me vêm tanto como uma PESSOAL ESPECIAL que esquecem que eu sou humana, como qualquer outra mulher, e que não quero nada além do trivial, do convencional...
George diz:
NOSSA
* * *
Cheguei a conclusão que talvez a culpa possa ser minha. Quer dizer, possa não, ela é toda minha. Fui criada sabendo que sou mulher e que tenho que ser feminina, educada, gentil, mesmo sabendo que tenho brigar com unhas (sempre bem feitas) e dentes (sempre bem cuidados) para ter meu espaço, para alcançar meus objetivos. Talvez o erro tenha sido esse. EU ME SUPEREI! Sou uma mulher plena, absoluta e intensa. E ser assim faz com que eu assuste as pessoas, os homens, com desejos tão simples, convencionais, triviais... Pode ser que espante sim, mas não é absurdo. Sou especial? Sem dúvidas! Assim como qualquer outra pessoas pode ser aos olhos de quem lhes conhece, mas eu sou antes e acima de qualquer coisa, HUMANA. Humana até demais se desejam saber. Sim, eu sou escolarizada, sou politizada, independente financeiramente, cheia de cultura, sei conversar sobre tudo, sei me vestir de acordo com o que as ocasiões me pedem, tenho amigos que representam parte do sou, tenho uma família que não me deixa esquecer quem eu sou e de onde vim, um trabalho que gosto e respeito... Mas eu também sei lavar, passar, cozinhar, sei escolher tomates na feira, comprar a quantidade certa de arroz, feijão, açúcar, etc, sem desperdiçar, sei comprar peixe (de água doce e salgada), churrasco então é comigo! Sei cuidar das pessoas, as vezes mais até do que de mim, mas com o mesmo cuidado, delicadeza e atenção. Qual é a estranheza disso?
Sei que sempre passei a imagem de uma mulher forte, independente, segura, absoluta...e sou tudo isso. Mas isso não me coloca abaixo ou acima de ninguém. Me coloca em pé de igualdade com muita gente e assim como todo mundo eu quero e espero ser respeitada e amada. Compreendida não, porque isso nem eu consigo boa parte das vezes.
Daqui a pouco mais de um mês eu faço 30 anos e ainda trago comigo alguns sonhos da menina de 10, 12 anos e lembro-me bem do que eu queria nessa época, além de passar de ano para ter a garantia que ganharia tudo que havia pedido de presente de Natal. E são esses desejos que eu não abro mão, porque eles representam a minha plenitude, a minha realização como ser humano, como mulher que sonha, luta, chora e ama. E plagiando os grandes Milton Nascimento e Fernando Brant, eu sou uma Maria como a Maria que eles cantam ‘...uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta...’
quarta-feira, 4 de março de 2009
vc nunca erra ?
“vc nunca erra?” – Desde a última vez que falei com Ricardo, falei é até uma forma simpática, mas corrigindo... Desde a última vez que tive uma conversa mais ‘inflamada’ com Ricardo, ele vomitou essa pergunta em mim, fiquei remoendo-a em minha mente. Claro que no momento eu despejei sobre ele meio mundo de palavras malcriadas, elas andam cada vez mais afiadas quando com estou raiva, mas achei que caberia uma resposta a ser publicada aqui. Então, garoto, esse é diretamente para você. Era uma resposta que você queria, é uma resposta que vou te dar.
* * *
Ricardo,
claro que eu erro! Todos nós erramos e eu não sou diferente das demais pessoas. Sim, porque eu já errei, mais de uma vez, menos que muitas, mas errei. Serei só eu dona do erro? Não pode ser.
Olho em volta e erros não faltam, não podem ser apenas feitos por mim, há mais quem erre. E sim, errar é humano, eu sou humana e vivo num mundo de humanos, isso quer dizer que todos erramos, certo? Certo! Óbvio! Mas confesso que cada vez mais eu tento ser cuidadosa com os meus erros, principalmente quando quem está do outro lado, a receber o meu humano erro, é alguém de quem gosto muito, de quem preso amizade, convivência, carinho... Então, até um silêncio e quietude minha, na maioria das vezes mal interpretada e debochada, é só a tentativa humana de não errar. Não errar no momento errado, com a pessoa errada.
Em cada esquina pode estar um erro, em cada pessoa há um erro, em cada lugar há um erro, há erros em todos os lados e não um único a cometê-los. A natureza do nosso erro pode ter diversos motivos, pode não ter se quer motivo, mas não deixa de ser um erro. Normalmente se assumimos um erro é porque magoamos, mesmo sem pensar nas consequências, uma pessoa ou várias... E essa dor causada não pode ser esquecida mas poderá ser aliviada com um simples "desculpa-me...". Embora não se esqueça, a intenção está lá! Impressa nas palavras, nas atitudes e no próprio fato de assumir que se errou.
Errar é humano, vamos continuar errando, mas de forma consciente, há erros que nos machucam, que nos fazem chorar, que nos fazem sangrar, que nos fazem perder o chão. Mas há os erros que nos fazem crescer, e sinceramente, eu vou aproveitar!
Quero com os erros que cometi, com os que cometo e com os que ainda vou cometer, aprender, vou mais tarde perceber que errar não faz mal, fiz sem querer, aconteceu sem perceber, mas no final eu aprendi, e isso é tão grande e forte que as vezes até dá vontade de continuar a errar. Seria então querer errar um erro?
Bem, mas como você mesmo gosta de usar, para cada novo erro seu, PERDOA, EU SOU HUMANA!
Srta. 'errada, porém humana, Marinho