segunda-feira, 24 de novembro de 2008


E ela chorou... Ao anoitecer lamentou-se por tudo aquilo que queria fazer e nunca fez. Lamentou pelo seu comportamento prematuro em relação aos problemas e por ser quem ela era.
Suas lamurias não tinham fim, e estava redondamente insatisfeita. Em um surto de desespero repetiu a música triste que soava até em seu coração e percorria as veias, como a sua consternação a tomava. E ela estava assim, entregue a ela mesma, entregue a vida e a morte principalmente, não achava sentido nela nem nas coisas ao seu redor. Motivos para viver ou morrer, motivos para sorrir ou prantear. Motivos...isso era o que ela mais tinha.
E ela chorou, sem saber mesmo o porquê. Sua dor era tão infinita, tão profunda, tão entranhada nela mesma que era ela. Ela era só amargura.
A menina cujos olhos não pude ver a cor, pois ela só chorava de olhos fechados, pobre de mim, uma simples menina.
Srta. Marinho

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