segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Carta ao moço que mora longe.



Tentei fugir, te ignorar, te evitar...! Tu sabes que eu acordo quase de madrugada, que volto tarde e que, entre esses dois pontos eu tenho inúmeros afazeres.
Trabalho mais do que qualquer ser humano, estudo
, corro em um ritmo frenético em que tu não poderias e nem deverias te encaixar. Mas hoje abri a janela de manhã e foi como se teu cheiro entrasse intruso, pelo quarto. Senti tua presença em mais um dia que iniciava. Fechei os olhos, tentei te expulsar, mas tu não obedeceste.
Me acompanhaste ainda que as janelas do carro estivessem fechadas, estavas na música que eu ouvia e na saudade que eu sempre admiti sentir. De repente a minha fantasia de mulher forte e auto-suficiente nunca pareceu tão desbotada e fora de moda. E tudo o que eu queria era estar perto de ti, no teu colo... só um pouquinho! Esquecer-me do mundo, dos relógios, dos compromissos que se multiplicam e me sufocam.
Sim! Eu atingi muitas metas nos últimos dias e meses, só tu, somente tu, continua faltando na minha vida, como uma incógnita, um sonho irrefletido no espelho.
Thalita Marinho
P.S.: Bem-vindo de volta!

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