sábado, 26 de dezembro de 2009

O último post.

No último dia 09 de novembro o meu blog fez 4 anos na rede mundial de computadores, a então chamada internet. Não é mais segredo pra ninguém que meu blog surgiu por aconselhamento do analista que me acompanhou durante a adolescência. Depois que parei com a terapia, vez ou outra eu ainda me comunicava com o Dr. Rodrigo e ele dentro de sua sabedoria e amizade me aconselhou a escrever como forma de desabafar, de colocar para fora as coisas que eu sinto e não consigo expor. Durante quase 1 ano eu mantive o blog no anonimato, nem público ele era, mas essa história eu também já contei em um dos textos.

O fato é que eu nunca esperei que esse blog fosse lido por tanta gente e de tantos lugares distintos; e não só por amigos mais próximos. Ainda me surpreendo quando vejo alguém comentar que leu um dos meus textos... Acho que devo o sucesso desse blog, se é que posso colocar a modéstia de lado e assim falar, ao fato dos textos nele publicado serem histórias, sentimentos reais. É o que eu sinto, como sinto, as minhas impressões traduzidas em palavras. O problema que eu começo a enxergar agora é que eu me mostrei demais, me revelei demais e isso permitiu que as pessoas tivessem o direito de julgar minhas palavras escritas e mais ainda os meus sentimentos. Fui analisada a cada novo texto.

Quem me conhece sabe que eu dificilmente, para não dizer NUNCA, peço ajuda para resolver meus problemas. As minhas tempestades vêm e vão e eu sempre seco a casa sozinha. Algumas dessas tempestades duram uma estação inteira, mas elas sempre passam. Mas alguém pode estar se perguntando o porque desse texto está sendo colocado aqui hoje. Eu explico.

Vou tirar o blog do ar! A partir de janeiro de 2010 ele sairá do ar, até lá não escrevo mais. Quer dizer, vou continuar escrevendo, vou continuar com minha 'terapia' se é que assim posso chamar... Mas o que escrevo, as coisas que sinto, nada disso será mais público! O que eu sinto, o que escrevo só deve dizer respeito a mim. No momento essa é a decisão mais cruel que eu tomo, mais sofrida, quase como ver morrer um filho e essa dor, acreditem, eu já senti. Mas cheguei à conclusão que hoje, o lugar mais seguro é dentro da minha conchinha. Aquele mesmo lugar de onde eu saí quando segui o conselho de Dr. Rodrigo e comecei a escrever...

Quero ainda pedir desculpas se em algum momento eu ofendi ou machuquei alguém com minhas palavras. Peço também desculpas ao Dr. Rodrigo (sim, ele me lê sempre e me envia e-mails para comentar!). Quero pedir-lhe desculpa doutor por recuar no 'tratamento', por voltar 18 anos no tempo, e me trancar como quando o senhor me conheceu aos 12 anos.

No mais, agradeço a todos que me acompanharam durante esse tempo. Agradeço a todos que deram risadas, que choraram, que se emocionaram, que participaram desse espaço que é tão meu. Que me mostra, me revela de uma maneira tão crua e tão direta. Mais de uma maneira real, sem máscaras, sem maquiagem, sem retoques de photoshop. Se quiseram saber de mim a partir de agora terão que me perguntar diretamente e se contentarem com o que eu quiser responder. Isso se eu quiser.



Sem mais demoras, a todos, OBRIGADA!

Thalita Marinho

Nenhum comentário: