quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ah o SAMBA...

Ontem, dia 02 de dezembro, foi DIA NACIONAL DO SAMBA. Por pura falta de tempo, não publiquei nada ontem. Então, resolvi faze-lo hoje.





Samba… Eita palavrinha mágica! Ao falar em samba eu lembro automaticamente de alegria, cadência, molejo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia... De certa boêmia que o ritmo por si só lança no ar. Lembro das origens, do “jeitinho brasileiro”, da malemolência, do passista, da mulata fogosa, das noites estreladas, do feitiço das batucadas, dos morros.
O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e em 1963 virou uma comemoração nacional.
O ritmo tem suas origens na África, derivado do lundu e do batuque. Os escravos que vieram para cá o trouxeram e o ritmo se popularizou. Este ritmo se diversificou e se multiplicou, agora possui várias vertentes: o samba-enredo, partido alto, pagode, swingueira, sambalanço, samba rock, samba reggae... Contudo o dia dois não é apenas o dia do samba, é também dia do bom malandro e das comunidades que se criaram e cresceram tendo o samba como herança. Há quem diga que o samba é carioca, uns que dizem que é baiano e outros afirmam que é pernambucano. Mas com uma coisa todos concordam O SAMBA É BRASILEIRO!
Muito são os nomes que ao longo dos anos valorizam o ritmo, como Ary Barroso, Cartola, Nelson Sargento, D. Ivone Lara, Monarco, Bezerra da Sila, Paulinha da Viola, Roberto Silva, Leci Brandão, Elza Soares, Riachão, Zé Ketti, Pixinguinha, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Almir Guineto, Sombrinha, Jamelão, Martinho da Vila, Alcione... Chegando a nomes da nova geração como Dudu Nobre, Monobloco, Maria Rita, Roberta Sá, Mariana Aydar, Seu Jorge, Paula Lima, Casuarina, Mart’nália, Diogo Nogueira, Aline Muniz, Diogo Pozas, Simoninha e tantos outros que elevam o ritmo a máxima potência e não deixam o samba morrer.
O samba não tem idade. O samba não é como esses ritmos da moda que depois que passam ninguém sabe cantar uma música. O samba está vivo e constante. É bonito ver pessoas de mais idade empolgadas com um samba, mas bonito ainda é ver as novas gerações, como a minha, se derreter pelo ritmo e entoar canções que chegam a ter mais idade que nossos pais, mas que seguem tão originais e contagiantes. O samba não tem preconceitos, não tem segregação, não tem discriminação... Basta uma roda de amigos, uma batucada cadenciada e a festa está feita. Porque samba é isso. Samba é alegria, amor, paixão, amizade. O samba tem a cara, o ritmo, o cheiro do Brasil. O samba alegra, emociona, contagia... e mesmo que não saiba um passo, uma música é só senti-lo com o coração e se deixar levar. Adoro, sou apaixonada por música e não tenho muito tempo que eu descobri que o sangue corre em minhas veias. Eu sou do samba. Eu sou o samba! E é com o samba que vou, é no samba que eu sigo. Pra quem não gosta, sinto muito, mas já diz o ditado ‘é ruim da cabeça ou doente do pé.’
Srta. 'do samba' Marinho

Nenhum comentário: