sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mais um texto... (das 'descobertas' que faço!)

Mas um texto que não é meu sendo publicado aqui, mas que caiu como uma luva para o momento. Embora eu saiba que algumas de minhas qualidades, que parecem ser defeitos para alguns, inclusive para ti, quase todo mundo sabe que sou curiosa, inteligente e intelectualizada... Estou sempre descobrindo novos livros, músicas, autores, expressões... O fato é que em um desses meus passeios pela rede e pelos livros, voltei a descobrir o escritor nicaraguense, Ernesto Cardenal. Estudei um pouco sobre ele na época em que eu fazia um curso de literatura hispânica. Apaixonei-me por sua escrita!

Daí outro dia, minha amiga Cris, que me ligou na ocasião eufórica, pra falar exatamente deste texto, AO PERDER-TE. Ele é um daqueles textos que você lê e diz: ‘Caramba... é exatamente o que eu gostaria ter escrito!’ Foi o que senti com o texto... Acho esse poema de uma singularidade cortante. É uma verdade dita, embora aparentemente de forma fria, direta e cruel, de um jeito sublime. Em poucas linhas é a história de alguém que ama e de alguém que rejeita esse amor, mesmo sabendo que ele faria bem a ambos. E o pior, é que nós dois sabemos disso!

Srta. Marinho


AO PERDER-TE

Ao perder-te eu a ti

tu e eu teremos perdido.

Eu, porque tu eras

o que eu mais amava;

tu, porque era eu

que te amava mais.

Mas, de nós dois

tu perdes mais do que eu.

Porque eu poderei amar a 'outros'

como amava a ti,

Mas a ti não te amarão mais

do que te amava eu!

(Ernesto Cardinal)



2 comentários:

Denise Marinho disse...

Amei o poema!!Estarei sempre por aqui, te prestigiando, pretigío esse muito merecido!! Amo vc prima.

Unknown disse...

ÔÔÔÔÔ...prima! Fica tão feliz quando recebo o carinho de pessoas como você quanto ao que escrevo. Tenho gostado cada vez menos do que escrevo, ando até pensando em excluir o blog.

Beijo. Também te amo!