quarta-feira, 11 de março de 2009

Direito de te dar uma resposta.
Acho que já tem um tempo que estás merecendo uma resposta e como sei que, por maior que seja teu bico e tua birra, nunca deixaste de ler o meu blog... E como este blog já foi testemunha de tantos outros textos escritos única e exclusivamente para você, nada mais justo do que esse agora. Que não garanto querido, possuir palavras de gentileza. Então fica quieto e lê.
Há dois meses eu recebi um e-mail mal escrito, ridículo e infantil vindo de você. Com palavras, que até pela grafia, eu percebi que deve ter sido escrito sob coação. Incrível como você sempre se deixa manipular por cada nova mulher tua. E mais incrível ainda como elas te manipulam contra mim... Nesses 5 anos até já perdi as contas de quantas foram, claro que tem sempre as mais marcantes. Preciso citar nomes, querido? Não, vamos poupá-lo dessa, quase mórbida, lembrança. Mas voltando ao e-mail de dois meses atrás, nele VOCÊ falava, de livre e espontânea vontade, lógico, que não queria mais que eu te procurasse e que a partir daquela data (14 de janeiro) passaria a me ignorar. E que eu havia confundido as coisas em relação a você e que a sua então mulher tinha decidido por você... Resumidamente acho foi isso! Lembro que quando eu li o e-mail, dei uma risada, mas uma das risadas mais gostosas da minha vida. Eu sabia, por aquele e-mail, qual seria o resultado daquela história. Eu sempre sei, lembra?
Pois então, eis que na última segunda-feira me chega uma mensagem sua com um pedido de desculpas. Claro que eu não perdi a chance de cuspir algumas palavras ao te responder. São cinco anos e você aí é previsível para mim. Sabe que isso ainda me surpreende? Sempre assim, você berra, baba em mim, me diz palavras indelicadas, mas um tanto de grosserias e depois que o encanto com elas acaba e me vem com um novo pedido de desculpas. Minha amizade por ti é tão, tão grande que eu aprendi a não levar certas coisas em consideração.
Daí hoje, na mais bizarra de nossas conversas, eu pergunto o que a ‘sra. Perfeita’ da vez fez e você com gentilezas do tipo ‘sua vida particular não me interessa, porque até para amizades há limites’. Entendi essa frase como, seja fria e imparcial. E como sempre acabo fazendo o que me pedes, eu fui a mais fria e imparcial das criaturas. De repente, do nada, minha vida pessoal começou a te interessar, a ponto de querer saber quando seriam minhas férias. Só então eu percebi que o seu “seja fria e imparcial” era a mesma coisa de “me bajule, estenda o tapete vermelho e jogue pétalas de rosas”. Sinceramente, QUER MANDAR? COMPRA UM CACHORRO! Simples assim.
Bem, a conversa foi finalizada com uma: ‘...se arrependimento matasse eu não teria te procurado...’ Procurou porque então? Deixa eu te responder: Procurou porque sabia que eu estaria lá, mesmo depois de dois meses, porque sou tua amiga apesar de tudo e apesar de nada. E o discurso continuou: ‘...estou como nojo dessa sua cara de debochada, se fazendo de importante e intelectual...’ Se fazendo de importante e intelectual? Não querido, eu não me faço de importante e intelectual. EU SOU IMPORTANTE E INTELECTUAL. Desculpa, mas quem é que foi mesmo atrás de quem? Tudo bem, já cuspi o veneno e usei o guardanapo para garantir que não ficou vestígios. E para o ‘gran finale’ eu reservei o meu trecho favorito: ‘...não dá mais para manter contato contigo, a partir de hoje você está morta para mim...’. Meu bem, posso estar morta para você, o que eu duvido, para tantas outras pessoas estou bem viva. Estive viva durante esses últimos dois meses. Quer dizer, deixa eu ter certeza... Sim, eu tenho pulso, meu coração bate, pés e mãos estão quentinhas e o verão me deixou com um bronzeado incrível.
Então presta atenção! Quer sair da minha vida? Saia! Garanto que eu não vou atrás, não vou morrer ou mesmo implorar. Mas se vai mesmo fazê-lo faça como um adulto. O tempo passou, lá se vão cinco anos. O brilho dos meus olhos, a beleza do meu sorriso, a minha grandeza...continuam comigo, mas já não sou aquela menina, recém chutada pelo noivo que conheceste. E se for essa que procuras e que esperas encontrar em mim, vai perder seu tempo e essa maturidade não me permite mais certa palavras, atitudes, grosserias. Já sou capaz de também decidir quem quero que permaneça ou não na minha vida. Decide, tudo bem? Mas não faça de mim o seu iô-iô, nem espere escândalos e chantagens... Ei...graças a Deus não sou uma de suas mulheres perfeitas. Ah...antes de ir, me diz. Quem está sendo metido a importante, insuportável, chato e precisando ser um pouco mais amigo? E só volte se realmente quiser a minha amizade.
Srta. Marinho

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