segunda-feira, 30 de janeiro de 2006


Esta deve ser a terceira ou quarta vez que eu começo a escrever este texto. Tinha tudo para ser um texto simples, afinal de contas eu só tinha que escrever sobre o meu amigo e falar dos amigos é fácil. Mas não quando o amigo em questão é o Roberto. Ele tem esse delicado e sutil dom de me deixar confusa!
Tem pouco mais de um ano que nos conhecemos. Começamos com uma paquera, mas depois de alguns imprevistos e uma pequena mentira, quer dizer, como ele mesmo gosta de falar, uma pequena omissão nos tornamos mais que amigos. Hoje somos cumplices! Fomos alvos de fofocas, de ciúmes, de confusões, de intrigas, de mal entendidos…ou seja, todos os elementos que podem fazer afundar qualquer amizade ou relacionamento, mas superamos cada um deles.
Quem olha de fora certamente dirá que essa é uma amizade que nunca dará certo. Ele mora em Joinville (SC) e eu em Recife (PE). Eu sou chata, ele é grosso. Eu sou metida, ele é grosso. Eu manhosa, ele é grosso. Eu sou mimada, ele é grosso. Eu sou teimosa, ele é mais. Eu sou temperamental, ele é muito mais. Alguém pode me perguntar porque nos damos bem então se somos assim tão imperfeitos. Porque somos humanos, amigos, nos damos bem e nos entedemos! Chega a assustar como somos, em certos aspectos, parecidos.
Roberto e eu temos uma cumplicidade que as vezes me assusta. Nós sabemos como lidar um com o outro mesmo num momento de briga. E também somos bem orgulhosos para adimitirmos tudo isso, mas somos amigos e não há quem diga o contrário.
Mesmo não estando por perto, me faz feliz saber que posso contar com ele, que somos amigos, que tenho a quem procurar quando parece me faltar o chão. Tivemos momentos de fragilidades… Roberto é também um menino grande que as vezes deixa vir à tona sua fragilidade, seus medos, seus anseios. Eu pude ver isso meses atrás, num susto que ele me deu! Passamos um tempo, não por nossa vontade, afastados, sem dar notícias, sem nos falarmos, mas voltamos para a vida um do outro no momento certo.
Ele é a coisa mais chata da minha vida, o alemão estressado, mas eu o amo assim mesmo. Roberto sabe e consegue me fazer sorrir mesmo nos momentos de maiores tristezas e angústias. E isso já me basta!

P.S.: A arte nas fotos é da minha amiga Frávia Maria.

Um comentário:

Flávia Chaves disse...

Você esqueceu de dar os créditos nas fotos!!!