quarta-feira, 11 de março de 2009


É impressionante o calor que tem feito nesses últimos dias de verão. Nem parece que daqui a 10 dias estaremos entrando no outono. As águas de março? Vimos em dois ou três dias e só... Só calor! Essa manhã, quando saí para trabalhar, por volta das 6h, os termômetros da cidade já marcavam 33º, a sensação térmica beirava os 39º / 40º. Soltei um palavrão, involuntariamente, mas vamos combinar, 33º as 6h da manhã é de fazer qualquer um surtar. Quando cheguei ao trabalho senti meu coração bater mais forte de tanta emoção com aquele ventinho que saia do ar-condicionado. Da janela eu via um céu azul lindo e um sol escaldante, quase delirante... Ao entrar na sala, o vento fresco me abraçou e eu senti vontade de abraçar de volta e dizer ‘obrigada’. Obrigada por levar embora o calor enlouquecedor e paralisante da cidade-mãe, obrigada por me salvar e me devolver a capacidade de andar, pensar, fazer coisas e tomar iniciativas.
Quase enlouqueci de calor nesse fim de semana. Definitivamente eu não sou mais 100% calor, dias escaldante, sol a pino, corpos quase tostados... Sofro demais e isso afeta meu corpo, minha cabeça e meu humor. Não consigo mais sentir os 41º na sombra e achar normal. Uma longa fase finalmente está acabando.
Será que isso significa que vou suportar melhor o inverno? Não sei. Mas o verão não foi de todo mal ou insuportável. Ainda mais esse verão que se sobrepôs pelo calor, que é imenso, pelos rostos novos que foram muitos e ainda pelos sorrisos e mistérios que não param de crescer. Novas vidas, envolvidas e vividas no colo de outras vidas. Novas ideias, que chegam a cada início de um novo dia...o calor segue imenso e não há como se desculpar por isso.
Quando o calor é muito temos sempre a desculpa que o sol que nos encandeia, que a noite nos acorda e que as verdades não são tão verdades quanto eram. As vezes, por conta do calor, o verão é imenso. As vezes é só um verão pequeno. E um verão pequeno, não é mais do que um cair de um pedestal, um verão assim pequeno não é mais do que um sonho de que acordamos noutro dia... Por isso ele é pequeno, para não deixar que o calor nos invada a alma também, já que o corpo, esse, não podemos livrá-lo.
E como diria a Ritinha: '...nessa onda de calor, eu peguei até uma cor, tô com o corpo todo bronzeado...'
Srta., morrendo de calor, Marinho.

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