quarta-feira, 25 de março de 2009

Porque não será fácil chegar aos 30...



RONALDO – Meu pai torto, meu conselheiro, acho que o amor não é fácil para ninguém, mas para uns é doloroso e quase ninguém entende.

LUCAS – Em quem tens pensado? Posso comemorar? De todos, és o irmão mais fuleiro e amado.

CRIS – Minha bonequinha da playmobil, uma hora, tenho fé que aprenderemos e quando reencontrarmos aquelas moças que vemos no espelho sairemos à comemorar.

ZIRA – Como me fazes falta amiga, hoje não há ninguém que me diga com toda sutileza: ‘Ai amiga, deixa de frescura, te arruma e vamos sair.’

NANA – Quando eu crescer eu quero ter a tua paz.

MANO – Como sinto falta das nossas tardes que entravam noite adentro... ao som de Los Hermanos, com sabor do sonho da Padaria do Largo de Santa Cruz e com o calor de uma bebida forte.

CAROL – Sabe o que eu lembrei agora? Aquela cena do cursinho, depois de uma semana sem falarmos, e o abraço por conta do teu gato que morrera atropelado. Nossa amizade é uma coisa tão simples e marcante. Preciso de tua serenidade.

PEDRINHO – Claro que não vou te decepcionar, mas mesmo as musas têm seus dias de vinho tinto e prozac. Obrigada pelas verdades bem ditas, mesmo em horas erradas.

CELLE – Descobrir tua amizade e saber que posso contar contigo foi uma dádiva.

ROBERTO – Espero que um dia possas perceber e reconhecer que a menina que conheceste cresceu. E tornou-se uma mulher fantástica aos olhos de quem sabe enxergar!

LEO – Um dia alguém me disse: ‘...e nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz...’, o problema é que o livro se fecha ou alguém dorme no meio da história perdendo a parte mais interessante. Será que esse livro será reaberto?

JAILSON – Tua amizade tem sido uma grata e musical surpresa.

CAMILLA – Crescer não é fácil, tão pouco fazer com que as pessoas percebam isso, principalmente em se tratando de pessoas intensas como eu e você. E por favor, se é mesmo minha versão 2.1 evite os erros que já cometi.

MARCELO – ‘...és parte ainda do que me faz forte, pra ser honesta só um pouquinho infeliz...mas tudo bem’.

SANDRO – Porque me enxergas e me entendes com uma verdade que assusta, mas que ao mesmo tempo me transmite uma segurança e uma paz avassaladora. Que eu possa contar sempre com tuas verdades!

LULA – Ei amarelo...olhando você, me veio à mente: ‘DE ONDE VEM A CALMA DAQUELE CARA?’ – O mundo é hostil, mas não custa pegarmos umas latas de tinta e pintar a nosso gosto, até porque nada nem ninguém é perfeito e nós gostamos mesmo da imperfeição que não nos deixa ficar na mesmice.

KATHY – Amiga, a gente se engana e não aprende não é? Mas até lá a gente sobe uma ladeira aqui, desce outra ali e vai aprendendo no caminho. E no fundo a gente gosta, mesmo eles sendo tão cheios de defeitos.

SUSSANA – Te conhecer foi uma surpresa e ter a tua amizade um generoso presente.

GLAUCE – Minha margarida perfumada, ando tão em falta com você que dá até vergonha de dizer. Mas nunca deixaste de habitar meu coração. Como vai o beija-flor?

ANTÔNIO – Quase tudo é mais simples do que imaginamos, nós é que temos a mania de complicar. Saudade de nossas conversas perdidas, que começam sempre sem sentido e terminam as gargalhadas.

GEORGE – ‘A necessidade de segurança nos leva a escolher uma pessoa que não nos faz feliz, mas está ali’. Difícil para taurinos como eu e você entendermos isso! Obrigada por ter entrado em minha vida e por ter me feito perceber coisas fantásticas que há em mim. Queria só que fôssemos mais presentes.

RICARDO – Amizade é uma coisa engraçada e surge quando menos esperamos. Sinto tua falta! Sinto falta das risadas que me arrancavas mesmo em dias de TPM.

EDSON – Por que este e-mail nunca chegará a você, mas também é teu.


* * * * *

Daqui a exatos 30 dias eu faço 30 anos! O tempo passa que a gente nem sente e eu já nem sei se estou ficando velha ou madura demais. Se eu disser que estou chegando bem aos 30 estou mentindo. Quer dizer, por um lado até estou, não me sinto fisicamente com 30 e isso ajuda um bocado. Até fui barrada outro dia na entrada de uma casa noturna... Essa maturidade me trouxe também percepções fantásticas de quem eu sou, embora não tenha me tornado uma mulher menos confusa. Cheia de medos, manias, birras, mimos, teimosias, aptidões e por aí vai.
Da menina briguenta e bocuda da adolescência a mulher por vezes serena e até um pouco cruel com as palavras passaram-se muitos anos. Antes eu carregava uma segurança que assustava, hoje sinto-me passível de mudanças, de demonstrações de força e fraqueza. As vezes desconheço a mulher que me tornei. Mas ainda assim consigo sorrir quando vejo a moça de olhos expressivos no espelho todas as manhãs. Me impressiono quando hoje escuto com frequência que sou INTENSA DEMAIS PARA CONVENCIONALIDADES. Leia como convencionalidades querer casar, ter filhos, almoço de domingo na casa da sogra...
Confesso que sou sim intensa. Todos os sentimentos em mim parecem alcançar patamares astronômicos, voluptuosos. Atraio, mesmo sem querer, intensidades! Não sei me definir e parece que quem está a minha volta também não. Uns dizem que sou segura demais, dizem que brava sou agressiva, a quem me ache forte com uma rocha, as vezes dizem que sou uma menina mole, outros que sou uma mulher fantástica, uma amiga pra toda hora. Tenho fragilidades que não entendo, friezas que não aceito. Sei o que quero e onde quero chegar, embora muitas vezes não saiba que caminho seguir.
Ao longo desses 30 anos conheci muita gente. Gente que se tornou essencial em minha vida, teve gente que apenas passou sem deixar nem levar nada. Teve gente que me abalou como ser humano, houve quem me deixasse nas nuvens. Teve quem me jurou amizade eterna e me apunhalou quando virou a esquina. Houve quem me desse um tapa, literal, na cara no meio da festa e não lembrou no outro dia. Teve também quem me disse verdades que me fizeram chorar e quem me desse aquele abraço sem nada dizer. Ganhei brigas, fiz amizades, amei e não fui amada, me amaram e não correspondi, falhei quando um grande amigo precisou de mim, mas cheguei na hora certa.
Aprendi, aliás, estou aprendendo da forma mais cruel do mundo que o meu tempo não é o tempo de DEUS e é no tempo DELE que eu devo aguardar. Aprendi que as pessoas não como eu quero que seja e eu também não preciso ser como alguns querem que eu seja, mas que se eu for eu mesma serei bem entendida. Aprendi que muitas vezes vou dizer que amo e não serei compreendida. Entendi que muitas vezes quem nos ama é capaz das maiores crueldades, palavras duras, rejeições e tudo por não querer admitir que ama. Orgulho sabe! Aprendi que não importa qual seja a distância geográfica, que não importa quanto tempo fiquemos sem falar, mas que para amizade verdadeira, para amor, nada disso importa. Descobri que ser rejeitada por quem eu amo me faz ficar forte! E que eles sempre voltam, mas que caberá a mim dizer se vou seguir ou não.
Não estou numa fase fácil... Nem espero que entendam. Desejo apenas que respeitem o meu tempo. Que entendam quando eu me calo ou quando os procuro aos prantos em busca apenas de um abraço. E que não esqueçam que eu sou a mais humana das criaturas. Aos que já magoei de alguma forma ou quem usei palavras duras, minhas mais sinceras desculpas. Aos que muito me machucaram o amor e carinho que tenho por vocês é maior do que qualquer perdão. aprendi com cada um de vocês e cada um de vocês, de uma certa forma, ajudaram a moldar a mulher que sou hoje. E não se preocupem, mesmo confusa, por vezes me sentindo meio só, eu estou bem ou ao menos me esforçando para estar.

Cheiro,
Srta. Marinho

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