terça-feira, 6 de julho de 2010

Escrevo, logo existo!



Se eu quero escrever para sempre? Antes fosse uma questão de querer! Eu escrevo, logo existo e escrever é como o ar, como respirar, escrever é tocar o infinito com as pontas dos dedos.
Escrever é como acordar pela manhã e abrir os olhos é inevitável. É como enxergar o sol da manhã. É mais que isso, é transformar o abstrato em real. Escrever é uma realização íntima. Não importa quem lê ou se lê. A escrita foi a maneira que encontrei de fazer carinho na alma, de tocar o intocável, atingir o inatingível... Uma maneira especial de existir, de gravar-me no tempo. As palavras sempre me foram o presente mais especial, um dom natural. Nelas sempre encontro o conforto que preciso, o desabafo, a explicação, o refugio. Sempre me traduzi melhor com a palavra e é assim que eu sei falar a voz do coração. Escrever é uma maneira que parece tímida de colocar o meu eu pra fora.
Quando escrevo não peço licença, mergulho fundo, me abro, me exponho, me deixo ser. Um vício delicioso, tudo bem que nem sempre inofensivo, mas ainda assim alucinante. Sou eu, minha melhor mais sincera, verdadeira e intensa tradução... Sou eu em cada palavra, em cada linha e entrelinha.
Apesar desse caráter tão pessoal, escrever também é um ato de caridade, de doação de amor, alegria, de plantar esperanças. Palavras enfeitam o dia, arrancam sorrisos, dão cor a alma, aumentam as perspectivas. Palavras fazem pensar, fazem sentir, refletir, fazem lembrar, fazem direcionar. Palavras confortam, animam e divertem os leitores. Palavras pegam pelas pernas e derrubam. Palavras confessam o que muita gente tem escondido dentro do coração. Palavras apenas palavras! E as palavras, definitivamente, têm poder.
Escrever é mais que contar uma história, é fazer a história ganhar vida, é guardar para sempre pequenos ou grades momentos vividos. É registrar os fatos, os pensamentos, as tendências, as expressões, os estilos, os desejos, os dissabores, o que sinto.
Às vezes, acredito que estou fazendo um textinho à toa, um simples textinho que ninguém vai ler uma coisa que é tão minha, mas na verdade está eternizando um momento, está fazendo algum coração vibrar, está fazendo alguém pensar. E se bobear, nessa brincadeira de escrever, acabo eternizando a mim. Como eu poderia, então, não querer desejar escrever para sempre?
Escrever vem direto do coração, da alma e nada mais importante do que o coração e a alma para que eu me mostre, em toda minha essência. Enquanto existirem pessoas que, como eu, escrevem, o calor estará garantido, as emoções estarão bem cuidadas, os sonhos estarão plantados.
A escrita me proporciona encontros mágicos comigo e é um contato raro... Escrever é bom demais. Escrever é existir! E saber que me lêem e gostam é sem explicação.

Srta. Marinho

P.S.: Quero dedicar esse texto em especial a Léo que primeiro me inspirou e incentivou a voltar a escrever, depois porque ele as vezes se assusta com 'minhas frases', mas, mais ainda, para que ele também continue a escrever e encantar de forma tão simples e verdadeira.

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