quinta-feira, 8 de julho de 2010

CHOVE CHUVA...


A chuva banha a cidade do Recife e sua Região Metropolitana desde o começo do mês... E quer saber? Eu amo essa chuvinha... Chuvinha que dá sono, que dá vontade de ficar em casa fazendo nada bem devagarzinho pra não cansar, fazer nada debaixo das cobertas vendo um filme ou bem abraçadinho, bem juntinho. Chuvinha boa pra ler o livro que eu ainda não terminei, pra amar... Não pra escrever, eu escrevo melhor na calada da noite, na madrugada, me inspiro na correria do dia a dia ou no meio da noite quando eu acordo cheia de ideias e preciso escrever senão, não volto a dormir tranquila.

Minha cabeça é quase uma fábrica de pautas diárias que criam asas nos momentos mais inusitados, inadequados, inexplicáveis. A inspiração é a correria, é o não poder escrever na hora que a ideia surge que me dá asas, a palavra não, o proibido... O proibido sempre me atraiu! E o que isso tem em comum com escrever? Tudo! Tenho vontade de escrever quando não posso, quando preciso dormir, quando preciso trabalhar, quando preciso estudar, quando preciso prestar atenção. Mas e o que isso tem a ver com a chuva do começo do texto? Absolutamente nada! Decidi escrever, agora, apenas porque está chovendo e estou amando essa chuva. Não posso, simplesmente, deixá-la passar em branco, desapercebida, como se eu não amasse a minha loucura de me deixar cair nos braços dessa chuva, arrastando quem esteja do meu lado e brincando como criança. Abro os braços e fecho os olhos, ponho a língua pra fora, quero saber que gosto tem a chuva, já que o cheiro que a chuva traz com ela é tão maravilhoso. Abro os braços e recebo a ‘lágrima’ divina da natureza. E beijo na chuva? Ah... beijo na chuva é o melhor que existe, o abraço apertado, o calor dos corpos, o coração pulsando, esquecer que a gripe pode vir certa depois. Pensar somente na alegria de estar viva e poder sentir a bênção que vem do céu. Caminhar na terra ou na grama molhada é uma das melhores terapias!

Claro que muitas vezes a chuva que vem faz estrago e causa transtornos, mas dia de chuva é sempre um dia especial. Um dia, uma pessoa muito especial me disse, quando eu ainda era criança, que a chuva era a lágrima de Deus, lágrima divina...

É vô Chico, não sei bem em que nuvem tu te escondeste, mas quando chove, é quase impossível eu não lembrar de ti. Olha por mim, sempre!

Srta. Marinho

2 comentários:

Léo disse...

Inicio e meio dá para sentir sua respiração esbaforida, kkkk.
Mas um final magnífico e divino, calmo e em paz, enfim com Deus.

Parabéns

Thalita disse...

Engraçado...me senti exatamente assim, com a respiração esbaforida! kkkkkk... Acho que é a pressa que estou aprendendo para escrever ou foi a euforia para aproveitar a chuva. Mas a paz chegou quando lembrei do meu avô e da certeza que ele sempre me aproximou muito de Deus.