segunda-feira, 23 de julho de 2007


Agora penso em tudo o que poderia ter sido e não foi. Em como odiava o seu silêncio, que fazia parte de você, mas que era angústia pura. Como odeio o seu jeito de sentir pena de si mesmo. O seu medo contido e quase exposto. A sua falta de atitude.
Lembro de quantas vezes você me deixou triste. E confusa! Das vezes em que uma simples palavra sua traduzia todo um significado. Uma confusão de pensamentos que eclodiam num sentido único. Quantas vezes você fez sentido. Quantas vezes você resumiu tudo em nada. Hoje, tento esquecer. Não para apagar o que nem chegou a ser escrito, mas para não odiar o que tanto gostei. As qualidades, hoje, me soam como defeitos e teimam em se sobrepor. A vista, agora mais apurada, consegue enxergar os mínimos detalhes. E mostra o que é dor! Agora vejo com lentes de aumento. Vejo a sua eterna solidão imposta por você mesmo. E quando o que vejo me aperta o peito ou me oprime a alma. Fecho os olhos e sigo em frente. Prefiro acreditar que não vi a destruí algo que foi criado por mim. Mesmo que seja irreal, mesmo que tudo tenha sido à toa. Percebo que só agora, eu consigo dizer NÃO! Talvez esta seja a palavra mais difícil do momento NÃO! Depois de tantos SIM, aprendi o NÃO. E agora, esta será a palavra de ordem.


- Permissão para lhe magoar?

- NÃO!

- Permissão para te fazer de boba?

- NÃO!

- Permissão para te fazer feliz?

- NÃO!


Felicidade, é poder dizer NÃO! E agora eu posso logo, sou feliz! Aprendi a dizer NÃO, quando quero tanto dizer SIM. A sorrir, para conter as lágrimas que se escondem dentro de mim E a mentir, mesmo que me supliquem a verdade!
Thalita Marinho

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