segunda-feira, 21 de abril de 2008

Concha, analogias, suposições... ou um daqueles textos bem ‘pense no que está fazendo’.



Eu não sou uma concha como me disseram. Mas usando esta analogia, e supondo que eu esteja errada e você certo, eu diria: TUDO BEM! Eu sou uma concha. Uma ostra. A questão é que não é difícil extrair de mim a pérola (ou as respostas, ou os quereres, ou...), apenas você terá um pouco de trabalho para isso. Mas antes temos que saber o que são pérolas. “Uma pérola é um material orgânico duro e esférico produzido por alguns moluscos, as ostras, em reação a corpos estranhos que invadem o seu organismo, como um grão de areia”.
Não tenho nem idéia de como se dá o procedimento de extração dessas pérolas, nem da captura destas ostras (acredito que com gaiolas no fundo do mar), mas suponhamos (já que o que mais fazemos é supor coisas) que um mergulhador tenha que ir até o fundo do mar, para conseguir achar uma ostra, trazê-la a superfície, e então abri-la cuidadosamente para tirar dela o que ela tem a oferecer. O que eu espero de você (ou de alguém) é no mínimo uma disposição para mergulhar o mais fundo que puder em mim, me trazer a superfície e então com cuidado abrir-me para extrair de mim o que tenho a oferecer.
Analogicamente, podemos dizer que uma pérola só se forma, depois que uma concha é invadida. Podemos também imaginar que uma ostra, só se fecha desta forma, tornando a extração de sua preciosidade uma coisa meio complicada, porque ao se dar esta invasão, ela foi ferida, machucada. Sendo eu, como você afirmou, uma ostra, fui invadida, e machucada. Fechando-me cada vez mais, e produzindo minhas próprias pérolas, disposta a entregá-las para alguém que esteja verdadeiramente querendo-as, a ponto de correr o risco de fazer todo esse processo. De se aventurar num mergulho, de procurar a ostra certa, de abri-la cuidadosamente, e depois cuidar do que encontrou. Porque suponho eu, mais uma vez, que ostras não gostem de ser engaioladas sem que demonstrem um esforço para conquistá-las.Mas veja bem, eu não entendo nada de conchas, de ostras, de pérolas, de pesca... Apenas suponho que seja assim. Como você supõe que eu seja uma concha!
Thalita Marinho

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