quinta-feira, 15 de maio de 2008

Em nome do pai e do filho...

Há um tempo atrás, sempre que uma relação era desfeita, a guarda dos filhos era garantida a figura da mãe. Nada mais lógico! Afinal de contas Deus deu às mulheres a dádiva de gerar uma criança e trazê-la ao mundo. Até aí tudo bem... A grande questão é que os tempos mudaram. Hoje em dia é mais fácil colocar uma criança no mundo que estacionar o carro no shopping center na véspera de Natal. E infelizmente algumas mulheres não sabem gozar da dádiva que lhes foi concedida pelo Senhor. Também é bem certo que certas convenções, ditas como corretas pela sociedade, e que fique bem claro que não é isso que está em questão, foram sendo deixadas para trás. Não é mais preciso que se tenha uma união formalizada pela instituição do casamento para que homens e mulheres tenham filhos. O problema é que algumas mulheres não merecem esse direito e muitos homens são cada vez mais dignos de receberem a honra de serem pais.
Mãe é mãe! Mãe é uma só! Ser mãe é padecer no paraíso! Quantas frases feitas podemos enumerar para definirmos ou, ao menos, tentarmos explicar todo sentido do que é ser mãe? Várias... Mais muitos pais merecem o respeito igual. Acho maravilhosa as mudanças que vêm acontecendo, não só na sociedade, mas também no código civil brasileiro, em que se dá o direito igual aos homens para brigarem pela guarda dos seus filhos. E eles brigam por essa guarda com o mesmo cuidado e zelo que as mulheres, se me permitem o atrevimento, mas é com conhecimento de causa que falo, muitas vezes até mais amor.
Para algumas mulheres, ter filho virou fonte de renda fácil. É... Não é preciso explicar como as crianças são ‘feitas’ nem dar ‘lições de moral’ de como se prevenir para que, o resultado daquela brincadeirinha gostosa que todos nós adoramos, não se transforme numa gravidez não planejada. Aconteceu, foi bom, não se preveniu...tudo bem, nove meses depois uma criaturinha linda chegará a esse mundão de meu Deus. E ela não pediu para vir, mas tem total direito de ser cuidada, amada, respeitada...pelo pai e mãe, mesmo que vivam em casas separadas. Mas volto a repetir que, infelizmente, algumas mulheres não reconhecem essa dádiva e seus filhos parecem servir-lhes apenas como garantia de uma boa pensão no final do mês.
Tenho conhecido muitos homens que são pais solteiros e são simplesmente maravilhosos. O melhor presente que Deus colocou na vida de algumas crianças. Mas tem um homem em especial que me surpreendeu quanto ao amor que tem pelo seu filho. Um amor zeloso, apaixonado, pleno...incondicional! Amor esse que o transformou e o fez lutar pela guarda do seu pequeno com toda força que esse mesmo amor pode ter. Emociona-me vê-lo falar do seu filho! Emociona-me vê-lo falar das descobertas, das conquistas, das gracinhas do dia-a-dia, dos pedidos inusitados, da dor de barriga no meio da noite, das festinhas de escola, dos ‘porquês’ que começam a surgir, do descobrir-se pai em tempo integral, do identificar gestos, olhares, do perceber que mesmo sendo seu filho tão pequeno e inocente, ainda assim ele possui um entendimento e reconhecimento desse amor que lhe é dedicado. Emociona-me vê-lo sentir-se feliz e realizado por tudo isso. Por transformar-se em fera para sair em defesa de sua cria contra qualquer um que o queira ou tente fazê-lo mal, mesmo que de forma involuntária e quase sem querer.
O código civil dá plena condição e direito para que o pai detenha a guarda definitiva do seu filho, assim como ainda garante a guarda à mãe. O que se leva em consideração hoje, é que essa criança seja bem assistida, viva em um lar harmonioso que lhe garanta o direito de crescer em paz, com saúde, princípios, educação, liberdade para desenvolver-se e amor, muito amor. E esse homem, esse pai a quem defendo e admiro tem dado tudo isso e muito mais a seu filho. Abriu mão de certos caprichos, mudou sua vida e sua rotina de forma radical sem nem pensar duas vezes, e tudo pelo bem-estar desta criaturinha. Um cuidado e dedicação tamanha que não pode, não deve e certamente não passa despercebido por ninguém que os conheça.
Não tenho filhos, não sei se um dia chegarei a tê-los, mas os desejo. Só que tem uma coisa que eu desejo mais, e peço a Deus por isso, é para que quando meus filhos vierem, eles tenham a sorte de ter um pai como Eduardo tem a Roberto. E espero que o juiz, que vai julgar o mérito dessa guarda, esqueça o cordão umbilical e perceba o que tem sido melhor, e mais seguro, para esta criança... Em nome do pai e do filho!
Thalita Marinho

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