segunda-feira, 1 de junho de 2009

Se é pra queimar, que fique nos 40...


Oitavo dia consecutivo de febre e mais um ida no hospital. Espero que não vire rotina! Mas hoje até que gostei, principalmente quando o enfermeiro disse que tenho veias de bailarina. Achei singelo, poético até. Ele me explicou que chamam de ‘veia de bailarina’ aquela que fica fugindo da agulha, como se dançasse. Bonito, não é? Mas voltando a febre...

A febre que hoje me queima não é a mesma que me agrada na minha normalidade. De uma certa forma eu até gosto de febre. Mas gosto quando essa febre me esquenta as entranhas, faz meu sangue borbulhar e parte a minha linha do juízo. Essa sim provoca minha libido, me arrancando as roupas, vezes até a pele. E não ousem duvidar!

Essa que desce feito cachaça garganta abaixo de quem prova, que desce queimando tudo e entorpecendo todos os sentidos.

Mas a febre que hoje me toma, que me dá desânimo até de falar... Me deixa murcha, frouxa, chorona... Os nervos aproveitam e fazem festa no ápice da minha pele e antecipam assim o meu carnaval. Essa febre que não quer passar, que como a outra, também me leva pra cama. Mas que pobre coitada infeliz, vai morrer ou vai me matar, mas nunca vai saber o gosto do que é amar.


Srta. ‘febril’ Marinho


P.S: A propósito, o motivo da febre, dizem os médicos, é a tal da virose, nem queiram saber "que delícia" que é tê-la hospedada no seu querido corpitcho fazendo-lhe companhia dia e noite. No fundo eu duvido ser esse motivo e sei bem o que me causou a febre dessa vez, mais essa vez... E de medrosa que sou, apenas peço que emanem vibrações positivas para mim. Obrigada!

Isso me lembrou um trecho de uma música do Renato Russo, que diz assim:

."E essa febre que não passa,

e o meu sorriso sem graça.

Não me dê atenção...

mas obrigado por pensar em mim."

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